Thinking Out Loud escrita por Grace


Capítulo 19
Be The One


Notas iniciais do capítulo

Tem alguém aí ainda? Rs
Atendendo a alguns pedidos que recebi no privado, aqui vai mais um capítulo! Peço desculpas pelo grande sumiço e se alguém ainda ler esta fiz, continuarei com a história!

Beijos de luz ♥



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Come back to me, baby, we can work this out

 

— Amor? — Eu escuto alguém me chamar. Eu reconheço a voz. É Tobias. Faço um imenso esforço e abro meus olhos. Ele está olhando pra mim parecendo preocupado. Seus olhos não estão tão serenos como costumavam estar.

Eu procuro olhar em volta. Ainda estou na cabana e o dia parece que está claro, devido a luz que entrava pelos buracos do teto.

Eu estava me sentindo mal, como se o meu corpo estivesse pesando toneladas e minha cabeça estivesse mergulhada em um vulcão em erupção.

— Tris, pelo amor de Deus, fala comigo — Tobias pede, parecendo apavorado.

— Tobias, o que… — Eu começo a falar — Eu não estou me sentindo muito bem — Eu digo por fim, percebendo que minha cabeça está rodando e que eu estou tendo problemas em focalizar um ponto fixo. Os olhos de Tobias pareciam embaçados em minha visão.

— Anjo, você está fervendo — Ele diz, encostando a mão na minha testa. A mão dele parece uma pedra de gelo contra o meu rosto — Você deve estar com uma febre altíssima.

— Eu vou ficar bem — Eu digo. Eu não tinha a mínima noção se ia ficar bem ou não, mas ouvir a voz de Tobias soar preocupada do jeito que estava me fazia querer confortá-lo.

— Trouxeram água e pão a alguns minutos atrás — Ele diz, me encostando na parede e se movimentando rapidamente — Você tem que comer.

— Eu não estou com fome — Eu digo, encostando a cabeça pra trás, fechando os olhos e tentando respirar fundo. Eu estava cansada de um modo totalmente estranho. Meu corpo parecia ser feito de chumbo.

— Tris, você não pode dormir, tá legal? — Ele diz e eu abro os olhos — Eu preciso que você fique acordada e me diga tudo o que você está sentindo. Se você dormir não tem como eu saber como você está.

— Dor no corpo. Tudo em mim parece que está pesando uma tonelada — Eu digo — Minha cabeça está parecendo que está mergulhada num vulcão em lavas.

— Ok — Ele diz, se sentando ao meu lado e me examinando atentamente. Ele realmente parecia preocupado comigo — Eu preciso que você fique hidratada.

Ele me entrega uma garrafa d’água e eu me esforço para tomar alguns goles. A água está em temperatura natural. Tobias me pede para comer alguns pedaços de pão, o que eu faço, mesmo contrariada. Eu sabia que tinha que comer se quisesse ficar relativamente bem e também não queria deixá-lo mais preocupado do que ele já estava. Forço os pedaços de pão garganta abaixo.

Observo Tobias em silêncio. Ele toma um gole d’água e também come um pedaço de pão, mas me parece estar distante. Eu tento focalizar o rosto dele, mas ainda estou meio tonta. Ele olha pra mim e encosta a mão na minha testa novamente.

Eu podia estar quente, mas estava morrendo de frio e tremia muito. Tobias me dá a blusa dele, que não era de manga longa, mas que ajudaria um pouco e eu a coloco, deixando os meus braços junto ao corpo ao invés de passar pelo lugar da manga. Ele me abraça e me mantém junto a ele.

— Pequena, o que mais você está sentindo? — Tobias pergunta, mantendo seus olhos em mim. Ele parecia profundamente preocupado.

— Nada demais — Eu digo. Eu não queria mentir pra ele, mas fazê-lo ficar mais preocupado ainda não era uma boa ideia — Provavelmente um resfriado por conta da chuva de ontem — Eu estava me sentindo um pouco desconexa, como se tudo ao meu redor estivesse acontecendo em câmera lenta. Sem contar o frio e o mal estar — Daqui a pouco eu já tô legal.

Ele me lança um olhar totalmente desconfiado e eu forço um sorriso.

— Promete que me conta se você sentir qualquer coisa a mais? — Ele pergunta, passando a mão pela minha testa e em seguida me dando um beijo no rosto.

— Eu prometo — Eu respondo, sendo sincera. Se eu começasse a sentir algo a mais, eu contaria a ele. No momento, eu não via motivos para preocupá-lo mais ainda.

— Eu vou pensar em um jeito de tirar a gente daqui — Ele diz, olhando em volta como quem busca algum tipo de inspiração. Eu achava impossível a gente conseguir sair, mas não digo nada. Era melhor ele ávido por achar um jeito de ir embora do que preocupado comigo.

***

O dia se arrasta e conforme ele passa, eu vou me sentindo mais cansada e tendo mais e mais dificuldade de manter os olhos abertos e até mesmo de responder Tobias. Penso em desistir de lutar contra tudo que eu estava sentindo várias vezes, mas penso em Tobias para continuar tentando. Ele, além de me fazer beber água de pouco em pouco tempo, parecia estar bolando um plano que eu não sou capaz de acompanhar. Eu continuava muito quente e delirava um pouco.

Percebo uma movimentação e pessoas falando. Logo em seguida, descobro que vieram trazer comida e eu novamente me esforço para engolir alguma coisa.

— Anjo, eu vou tirar a gente daqui, ok? — Ele diz, me puxando para seu colo e me abraçando. — Amanhã a gente sai daqui.

— Tobias — Eu chamo, com a voz fraca. Ele olha pra mim e eu tento focar meus olhos nos seus. — Eu não tenho a mínima condição de fugir daqui. — Eu digo, quase dando de ombros. — Você vai ter que me prometer que vai sem mim.

— De jeito nenhum. — Ele diz, categoricamente. — Eu não vou te deixar aqui sozinha nunca.

— A nossa chance é melhor com você correndo e tentando achar a polícia do que tendo que me arrastar com você. — Eu argumento.

— Anjo, você precisa de um hospital. — Ele diz. — Eu posso ver que você está pior do que estava pela manhã. Se eu tiver 1% de chance de te tirar daqui, eu vou arriscar. E te largar aqui não é uma opção.

Eu dou um sorriso fraco pra ele, que me aperta contra si e faz carinho no meu rosto. Adormeço um pouco depois.


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Notas finais do capítulo

E aí?



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