— Engraçado... Vocês foram os maiores idiotas do mundo em reconhecer a lança do destino em uma lanchonete repleta de demônios! - Falou Belzebuth, sorrindo para eles.

Anthea, Roan, Alexy, Jade, Ônix, Mel e Akemi estavam acorrentados, enquanto Belzebuth estava parado com Chex e Jason, olhando diretamente para eles, com sorrisos maliciosos.

— Tire-nos daqui! - Gritou Alexy, aparentemente com os olhos marejados.

Belzebuth gargalhou.

— Para fazer o que? Chamar a polícia? Rezar? - Falou Belzebuth, com ironia. – Vocês devem achar que eu sou um idiota, não é?

— Não, não achamos! – Falou Akemi, um pouco assustada.

Belzebuth estava com a lança nas mãos.

— Chex, tire o sangue deles! Será preciso desenhar um pentagrama no chão e pronunciar o encantamento para abrir a porta do inferno. – Falou ele, secamente.

Chex puxou uma adaga e fez pequenos cortes nos braços de cada um deles e coletou um pouco de sangue.

Belzebuth derramou o sangue no chão, fazendo o desenho do pentagrama e falando palavras irreconhecíveis.

— Anthea, você consegue pegar a Vanity e cortar as minhas cordas? – Sussurrou Akemi, lançando a faca, fazendo um pequeno barulho.

Anthea pegou a faca, mas ela voou de sua mão e foi parar nas mãos de Jason, que sorria para eles.

— Parece que os garotinhos sabem brincar, mestre! – Falou Jason, orgulhoso de ter feito a faca levitar.

— Eles tem uma faca Capital, que interessante, e por sinal é uma faca extremamente inútil, já que eu represento a gula. – Belzebuth jogou a faca para o lado.

Jason e Chex riram.

— Agora, Jason, me traga o Livro da Morte! – Ordenou Belzebuth, olhando friamente para eles.

— Aqui está mestre. – Falou ele.

Belzebuth sorriu e começou a pronunciar palavras, aparentemente em latim.

As gotas de sangue borbulharam e uma espécie de porta apareceu no chão, era uma porta escura, totalmente repleta de símbolos estranhos, o que faziam com que ela ficasse ainda mais assustadora.

— Ah, o inferno. Uma peça importante na vida miserável dos seres humanos, vocês ainda creem que há salvação no coração idiota. – Falou Belzebuth, contemplando a porta.

— O que faremos com os garotos? – Perguntou Chex, com um sorriso cruel.

— Irei retirar a energia vital deles, e jogar os seus corpos nas portas, para que os demônios matem a sua sede com esses corpos imundos. – Respondeu Belzebuth, com desprezo.

— Acho que não, Bel! – Falou uma voz suave, porém impondo respeito.

Todos se viraram e viram Miguel parado, encostado na porta, brandindo uma espada dourada, no qual chamas irrompiam pela lâmina.

— Miguel... Parece que a escória veio lutar! – Gritou Belzebuth, olhando de Miguel para os garotos.

Miguel voou na direção de Belzebuth, que foi arremessado a uma longa distância. Akemi aproveitou o momento e desamarrou a si mesmo e a seus colegas.

— Ei Vadia! – Gritou Anthea para Chex, que a olhou com um profundo desprezo.

Chex avançou, fazendo com que Anthea se desequilibrasse e caísse no chão.

Jason lutava contra o trio e Roan, eles eram bons, porém Jason superava todas as expectativas.

Anthea chutou Chex no rosto, fazendo com que ela ficasse, momentaneamente, tonta.

— Doeu, sabia? – Falou Chex, com uma péssima imitação infantil.

Anthea abriu as asas, agarrou Chex, e voou com ela até o topo da torre, deixando-a pendurada.

— Me tira daqui! – Gritou furiosamente.

— Não até aprender a ser gentil. – Falou Anthea, sorrindo e deixando Chex pendurada.

A luta prosseguia fervorosamente na torre, Miguel ainda enfrentava Belzebuth.

— Você é tolo, Miguel. Acreditar que esses seres humanos tem chance de viver. Eles são poeira. – Falou Belzebuth, nocauteando-o.

Quando Belzebuth virou na direção dos garotos, sentiu uma dor extrema, a Lança do Destino estava cravada em seu peito.

— Você achou realmente que eu teria medo de você? – Falou Ônix, soltando o cabo da lança.

O corpo de Belzebuth começou a desintegrar, deixando apenas um rastro de poeira no chão.

— Como fecharemos essas portas? – Falou Jade.

Anthea pousou ao lado dela e começou a empurrar a porta, mas algo a agarrou. Jason agarrou Anthea e os dois caíram no abismo. Miguel fechou a porta.

Akemi caiu de joelhos, ficou olhando para o espaço onde a porta estava.

— Vem, vamos sair daqui! – Falou Roan, segurando-a.

— Vamos tirar ela! – Tranquilizou Alexy.