Férias do cúmulo do Inferno escrita por Marzipan


Capítulo 7
Capítulo 07 - O encanto de um parque!


Notas iniciais do capítulo

Sugiro não beberem água enquanto leem pois poderão morrer afogados. n



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Chegaram no conhecido parque aquático. Estava ensolarado, alegre, cheio de pessoas rindo e se divertindo. Bom, até agora. Ao horizonte foi possível ver uma mulher de cabelos longos e loiros com uma expressão de morte súbita, e do outro lado do horizonte, um homem de cabelos curtos e negros com uma expressão de suicídio. Bishamon e Yato ficaram se encarando e se segurando para não se matarem bem ali.

— Você. – Bishamon disse.

— Eu. – Yato respondeu.

Algumas crianças estavam se assustando com os dois e começaram a chorar.

Kazuma, Hiyori, Yukine e as demais shinkis de Bishamon que vieram começaram a por os assuntos em dia e estavam animados. Estavam combinando de ir ao Aquário depois, já que era do lado do parque. Hiyori puxou Yato para perto dela e Kazuma puxou Bishamon para perto dele, afim de evitar outro genocídio.

— Aposta quanto que a Kofuku vai aparecer? – Yato comentou com Hiyori.

— Que clichê – riu.

— Pior do que tá não fica, pode ter certeza. – Disse emburrado.

— Para de ser chato, Yato – Yukine comentou ao fundo – Você que tá estragando tudo.

— Você fique quieto – respondeu irritado – Eu queria ter vindo só com vocês, não com aquilo.

— Quando fomos pra Capyperland eles também foram e nem foi tão ru... – Hiyori travou ao lembrar de tudo e ficou vermelha.

Yato notou o silêncio dela e também ficou vermelho. O grupo queria ir para vários lugares ao mesmo tempo, então decidiram se separar e se encontrar depois. Kazuma e Bishamon foram para a sorveteria, enquanto Yukine e as outras shinkis foram para o tobogã gigante do parque. Yato e Hiyori se entreolharam e ficaram juntos, tímidos porém contentes.

— Onde você quer ir? – Yato perguntou tentando esconder o sorriso.

— Eu conheço um lugar legal. – Sorriu, o puxando pelo braço.

Hiyori os levou para um lugar um pouco longe do parque, mais entrando pela floresta atrás, até chegarem em um pequeno túnel com uma placa. A escrita estava apagada por causa da areia e da maresia, então não dava pra ler.

— V-Você quer entrar aí? – Se assustou.

— Essa toca fazia parte do parque quando eu era pequena, mas como o parque ficou todo para aquele lado, aqui acabou ficando deserto. Mas ainda faz parte do parque, eles até colocaram uma trilha!

— E o que que tem aí? – Yato ainda estava assustado.

— O nome é “Caverna Encantada”. Vem! – Hiyori disse enquanto entrava na caverna meio escura.

Yato estava quase chamando por Sekki, mas resolveu entrar também. Chegou a se perguntar se era mesmo Hiyori ou se era seu pai o zoando de novo.

Lá dentro tinham algumas arandelas com vagalumes dentro, iluminando parcialmente o lugar. Haviam poucas pessoas lá dentro (no máximo umas dez). Hiyori chamava Yato com entusiasmo, porém sussurrando. Ao adentrarem mais fundo seguindo a trilha de pedrinhas, Yato viu uma enorme lagoa azul florescente. Toda a caverna parecia iluminada apenas pela água cor ciano. Ele ficou boquiaberto e Hiyori ficou esperando suas palavras sobre a caverna, ansiosa.

— Que... O que é isso?

— As algas dessa caverna brilham no escuro!

A lagoa tinha várias flores flutuando, que eram os próprios visitantes que jogavam, além de algumas carpas. Era água doce. Nem precisavam de flash nas fotos de tão iluminado.

— Por que você me trouxe aqui? – Yato perguntou, meio sem graça por estar tão impressionado.

— São da cor dos seus olhos – Disse tímida, olhando para a lagoa – Você me fez lembrar daqui.

Hiyori ficou vermelha (Se fosse pra ser engraçado, eu diria roxa, porque o lugar era azul...), evitando olhar para Yato depois perceber o que disse.

Sentiu uma mão segurar a sua e, ao olhar para Yato, ele abriu um imenso sorriso. Hiyori não conseguiu evitar e sorriu também, muito feliz. Sem hesitar, Yato a beijou de novo e Hiyori cedeu.

[...]

Já estava na hora de encontrar os outros, então o casal correu disparado até o ponto de encontro. Todos já estavam lá, até que os dois chegaram ofegantes.

— Onde vocês estavam? – Todos perguntaram.

— Por aí...! – Yato gritou ao tropeçar no próprio pé e cair de cara no chão.

— A gente se perdeu – Hiyori disse arfando depois de tanto correr.

— Bem a sua cara, seu inútil! – Yukine desaprovou Yato, que estava choramingando no chão.

— Ainda são 15h... Vocês querem ir pra onde? – Kazuma perguntou.

— Vamos para o aquário! – Hiyori disse entusiasmada.

Todos concordaram e começaram a andar em grupo até o Aquário, que era basicamente um pequeno estabelecimento do lado do parque. Na verdade, era como um zoológico marinho. Estava tudo bem, até que de repente um tubarão-martelo com asas de águia começou a voar para fora do aquário segurando uma âncora na boca. Logo em seguida, uma voz conhecida...

— HIIIIYORINNNNNNNNNNNNNNNN – Kofuku gritou aos céus.

— KOFUKU! – Todos gritaram, tentando fugir das piranhas assassinas que também estavam voando.

— Sai daqui, praga! – Yato gritou, segurando Kofuku para jogá-la no mar – Volta pro mar, oferenda!

— NÃO TOQUE NA MINHA MULHER! – Daikoku o socou na cara e Yato caiu.

— Isso nem é mais má sorte... Eu nem sei que merda é essa – Yukine comentando Kazuma, que concordou.

— A gente vai morrer, a gente vai morrer, a gente vai morrer! – Yato repetia de forma autista.

— KOFUKU, EU TE DISSE PRA NÃO SAIR DA CAVERNA! – Daikoku segurou Kofuku, dando um cascudo nela.

— Caverna? – Hiyori perguntou.

— Sim, uma aqui perto. O nome é Caverna Encantada. A Kofuku por algum motivo não destruiu o lugar e...

— Vocês... Vocês estavam lá há quanto tempo? – Hiyori perguntou extremamente intrigada e logo Yato entendeu e também ficou tenso.

— Ah, sei lá, desde cedo eu acho... Por quê?

— D-Desde cedo...? Tipo, há mais de duas horas atrás...? – Os dois falaram.

— É... – Daikoku também ficou intrigado com as perguntas desconexas.

Os dois começaram a ferver de vergonha e viraram de costas para sussurrar um com o outro.

— Você acha que eles viram?! – Hiyori gaguejou.

— É claro que viram, quem não viu?! – Yato quase gritou.

— B-Bom, lá era meio escuro, talvez eles n-não tenham percebido...!

— HIYORI, LÁ ERA TÃO CLARO QUE PARECIA DE DIA! – Agora gritou mesmo.

— NÃO ERA TÃO CLARO ASSIM! – Gritou também.

Todos, sem exceção, estavam sem entender nada.

— Vocês fizeram alguma coisa que eu não estou sabendo? – Daikoku ficou assustador de repente.

Os dois viraram, ainda vermelhos, tentando arrumar uma desculpa.

— C-Claro que n-não! – Gritaram de vergonha. Hiyori sussurrou logo depois um “Viu? Eles não viram”.

Foram interrompidos por um peixe-boi pegando fogo dentro d’água. De fato, a vinda de Kofuku estragou o aquário inteiro em apenas dez minutos. Até saiu no noticiário local. Tinham algumas pessoas de benzendo ao fundo.

— Seria cômico se não fosse trágico... – Todos pensaram a mesma coisa.

Com o aquário detonado, voltaram ao parque. Daikoku levou Kofuku embora. Passou-se um tempo. Eram 18h e já estava anoitecendo. Antes de irem embora, Yukine disse que queria ir no tobogã gigante de novo e dessa vez todos foram com ele. Um de cada vez foi escorregando até cair na piscina. Quando Yato caiu, seu short saiu e foi parar em cima de uma pilastra.

— SÓ PODE SER PIADA! – Gritou ao perceber que estava pelado ao redor de várias crianças, incluindo sua cria, Yukine. O pior: Hiyori estava do lado dele.

Yukine, Kazuma e os demais homens riram da situação. Já Hiyori ficou vermelha e Bishamon fez uma cara de profundo desgosto.

— YUKINE, PEGA MINHA SUNGA! – Gritou se tampando, morrendo de vergonha.

— VOCÊ TÁ ACHANDO MESMO QUE EU VOU BOTAR A MÃO NAQUILO?! – Saindo da piscina.

— EU SOU LIMPO!!!!! – Gritou.

— PROVE!!! – Gritou mais.

— SEU MALDITO...! – Saiu da piscina pelado e todos gritaram e Hiyori quase desmaiou.

— MEU DEUS, QUAL É O SEU PROBLEMA?! – Yukine tampando os olhos e tentando empurrar ele na água.

Yato desviou e pegou seu short ele mesmo. Após vestir, o salva-vidas o expulsou por ter ficado pelado na piscina.

Eram 19h, estava tarde e todos pretendiam ir embora. O grupo de Bishamon se despediu do trio, teleportando de volta para Takamagahara. Os três pegaram um táxi para casa. Ao chegarem em casa, tomaram banho, botaram um pijama e se jogaram na cama. Hiyori dormiu na hora. Yukine e Yato conversaram um pouco antes de dormir.

— Engraçado que não encontramos um único ayakashi por aqui.

— É que fantasmas odeiam praia. – Yato riu.

Foram dormir, mas Yato não conseguia. Virou-se de lado para a janela e pensou na vez que saiu com Hiyori por essa janela. Viu a lua e lembrou da Caverna Encantada.

“Vou querer voltar aqui de novo. ”

Virou-se novamente, dessa vez olhando para Hiyori, e não hesitou em abraçá-la. Ela parecia feliz, mesmo que dormindo.


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Notas finais do capítulo

Desculpem por demorar para postar. Prometo que não abandonarei a fic ♥
Obrigada por lerem e espero que continuem acompanhando!