Nosso Destino Começa escrita por Tuka


Capítulo 4
O que você está fazendo aqui?


Notas iniciais do capítulo

Gente me desculpem mesmo por não ter postado semana passada nem ontem, mas não tive tempo livre, e a escola está cruel. Bom, aqui está o capítulo.
Espero que vocês gostem!



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NOTAIS INICIAIS E FINAIS!!!! LEIAM SEMPRE!!!

POV VIOLETTA

—Bom, de acordo com os exames feitos meticulosamente como foi pedido, o resultado saiu e comprovou que os gêmeos Daniele e Daniel Castillo Vargas, são compatíveis com Leonard Vargas.

Fiquei muito, muito, muito feliz.

—Obrigada Dr. –Agradeci.

Nos despedimos, eu e o Leon saímos da sala e do laboratório.

—Deve desculpas a alguém. –Falei.

—Eu sabia que eles eram meus filhos. –Ele falou com um sorriso bobo no rosto. –Só queria ver se você ia fazer mesmo o teste.

—Por que você fez isso? –Bati em seu ombro forte o bastante para machucar.

—Te testar, até onde iria por um capricho do seu marido. –Ele riu.

Fiquei sem graça.

—Sabe que eu te amo, né? –Ele me olhou carinhoso.

—Tenho certas dúvidas atualmente. –Fiquei olhando-o.

Entramos no carro e colocamos o cinto.

—Eu continuou te amando igual, eu sou o mesmo.

Fiquei encarando-o.

—Leon, podemos fazer uma coisa? -Perguntei.

—O quê? –Foi vez dele perguntar.

—Você me conta o que está escondendo e eu te conto uma coisa.

Ele olhou para frente e suspirou.

—Vilu, eu vou ter que viajar para o México por alguns meses. –Ele falou baixo.

—O quê? Por quê?

—Lembra, mês passado quando meus pais estavam indo passar as férias no México?

—Uhum. –Assenti.

—O Avião caiu um pouco antes de pousar, meus pais estão no hospital em coma, preciso ir cuidar deles, conversar com o hospital e algumas coisas.

—Leon, eu sinto muito. –Peguei em sua mão. –Por que não me contou?

—Queria que não se preocupasse com meus problemas.

—Quer que eu vá com você?

—Não, quero que você fique aqui com as crianças. –Ele disse.

—Tem certeza? –Perguntei preocupada.

—Tenho, vou ficar bem. Não pretendo ficar muito, só até as coisas se ajeitarem um pouco e eles melhorarem. Mas, o que você tinha para me contar?

Eu queria contar a ele sobre o bebê, mas tinha medo de que se ele soubesse não fosse ir visitar os pais.

—Ann... É que a Dani vai ter uma apresentação muito importante e o Dani um jogo de basquete, eles estão muito preocupados em relação a você, eles acham que você não vai, tem que conversar com eles.

—Eu vou falar com eles. –Ele falou carinhoso. –E outra coisa, nossa filha está muito mimada.

—Eu sei. –Dei um sorrisinho de lado. –Nós a mimamos de mais, né?

—Com certeza. –Ele riu.

Bom, pelo menos finalmente minha relação com o Leon tinha voltado ao normal, só teria que pensar em algo para esconder a gravidez.

2 Meses depois

Estávamos no aeroporto se despedindo do Leon.

—Tchau, papá. –A Dani o abraçou. –Vou sentir saudades. E traga algo pra mim.

Bati de leve em seu braço.

—Calma, estava brincando. –Ela riu.

—Tchau, pai. –O Daniel se despediu.

—Cuide dos seus irmãos e da sua mãe.

—Claro.

—Tchau, papai! –O Pedro o abraçou.

—Não brigue com sua irmã, campeão. –O Leon o abraçou.

—Não vou prometer. –Ele disse com um sorriso sapeca.

—Nem eu. –A Daniele cruzou os braços.

—Vou sentir saudades de vocês. –Ele nos deu um abraço coletivo.

Nos separamos e ele foi embarcar. Ficamos olhando ele ir em bora.

...

Estava com a Fran na sala da minha médica, estava lá para fazer meu primeiro ultrassom e saber se o bebê está bem.

—Pode se deitar. –Disse minha médica.

Fui até a maca e deitei levantando a camisa até a altura dos seios. Ela derramou o gel supergelado em minha barriga fazendo eu me arrepiar levemente. Ela começou a passar a maquininha e olhar na tela da TV. Eu não entendia nada do que ela estava vendo, mas a vi sorrir por um estante.

—E então? –Perguntei.

—Seu bebê está muito bem. Ainda não dá para ver o sexo dele, mas logo saberemos. Ele está bem grandinho, só... não sei, acho que vi algo. –Ela desligou a maquina

—O quê? –Perguntei um pouco preocupada enquanto ela limpava minha barriga com um pano.

—Não é nada, a imagem só estava meio borrada, não era nada, seu bebê está ótimo. –Ela me disse.

Levantei da maca e fui me sentar na cadeira que estava antes.

—Bom. –A Dra. Disse se sentando em sua cadeira. –Continue com os exercícios, nada de comer besteiras e, é isso. Te vejo mês que vem. –Ela falou.

Nos despedimos e eu e a Fran saímos da sala dela. Fomos andando até o estacionamento onde pegamos o carro. Estávamos com o carro da Fran, então ela foi dirigindo.

—Está preocupada? –A Fran me perguntou enquanto dirigia.

—Um pouco na verdade. –Disse acariciando a barriga. –Se fosse você, ficaria? –Perguntei-a.

—Sim. -Ela continuou dirigindo. –Mas a médica disse que está tudo bem, confio nela. –Ela me olhou por um estante.

—Eu também, ela que cuidou da minha última gestação. –Falei. –Mas, sei lá, ela parecia estranha.

—Eu reparei. –Ela virou o carro. –Eu, se fosse eu, qualquer coisinha eu ficaria preocupada, não gostaria que acontecesse de novo o que aconteceu. –Ela falou provavelmente ao lembrar de seu passado.

Cinco anos atrás, fomos em uma festa da Julia e a Fran nos contou que estava grávida, era um menino, ia se chamar Gabriel, mas, quando a Fran estava com quase oito meses de gestação, o cordão umbilical se enroscou no pescoço do bebê e ele morreu ainda na barriga. A Fran teve que fazer uma cirurgia para retirar o bebê. Ela e o Diego ficaram muito tristes. Eles só ficaram felizes de verdade quando a Lia nasceu, um bebê lindo, saudável e forte. Agora a pequena Lia está com 2 aninhos.

—Eu sinto muito, Fran, sei como é.

—Esquece isso. –Ela engoliu seco. –Isso já passou, já fazem cinco anos. –Ela respirou fundo. –Tenho a Lia agora, e não vou perde-la de jeito nenhum.

Depois disso ficamos conversando sobre coisas totalmente aleatórias.

A Fran me deixou em casa e foi embora.  Entrei em casa, deixei minha bolsa encima da mesa e fui até o sofá, sentei lá e fiquei pensando se foi o certo deixar o Leon ir em bora sem saber que vai ter outro filho, ou o que a Dra. Tinha visto no ultrassom, fiquei pensando em tanta coisa que nem vi o tempo passar, quando percebi as crianças estavam chegando da escola.

—Oi mãe. –Eles entraram em casa.

—Como foi na escola? –Perguntei levantando.

—Nós ganhamos o jogo de basquete de hoje. –O Daniel falou enquanto corria pela casa batendo a bola de basquete.

—Desculpe por não estar lá, querido. –Falei.

—Tudo bem, você tinha coisas mais importantes.

—Como foi sua prova Pedro? –Percebi que ele estava saindo de fininho da sala.

—Que prova? –Ele disfarçou escondendo algo atrás das costas.

—Vai Pedro, a prova. –Mandei.

—Tá... –Ele me deu a prova.

Peguei a prova de sua mão e comecei a analisa-la.

—Tirou 4 Pedro! –Olhei-o brava.

—Foi mal... –Ele olhou para o chão.

—Você vai ficar sem seu Skate se reprovar na prova de amanhã

Ele arregalou os olhos.

—Me desculpa, mamãe, eu vou estudar! –Ele pegou a prova e foi para o quarto.

—E vocês? –Olhei para os gêmeos.

—Eu tirei 10. –A Daniele mostrou.

—Eu tirei 9. –O Daniel mostrou.

—Meus dois orgulhos. –Olhei-os orgulhosa lembrando de quando eram pequenos.

Os dois foram para o quarto e eu fui para a cozinha.

POV DANIELE

Estava sentada em frente a minha escrivaninha fazendo a lição de casa. Comecei a fazer uma redação quando alguém bateu na porta.

—Pode entrar. –Falei sem nem olhar quem era.

Ouvi a porta se abrindo e logo passos se aproximando.

Olhei e vi o Daniel parado ao meu lado me olhando.

—O que foi? –Perguntei voltando a escrever.

—Você já fez a lição de Matemática? –Ele perguntou.

—Já, por quê? –Perguntei ainda sem olhar.

—Você faz a minha?

Aí resolvi olha-lo.

—Não, claro que não. –Encarei-o séria. –Por que eu faria isso?

—Porque você é minha irmãzinha linda do meu coração.

—Agradeço ao elogio, mas não. –Neguei. –Além disso, a lição é sobre a mesma coisa que caiu na prova, se você tirou nove sabe como fazer.

—É que, eu meio que posso ter... colado um pouquinho. –Ele disse.

—Você colou!!! –Falei alto e ele tapou minha boca.

—Só um pouquinho.

—Você colou!!! –Indaguei brava.

—Não quero que a mamma saiba. –Ele disse.

—De quem você colou? –Perguntei.

—De você...

—O QUÊ?! –Falei já nos nervos. –Se você não contar a ela, eu conto!

—Não, Dani, por favor. –Ele implorou.

—Sim.

—Eu faço qualquer coisa.

—Então tá. –Assenti.

—O que você quer? –Ele me perguntou.

—Que você conte logo para a mamma!!!

—Eu não vou contar! –Ele insistiu.

—Então eu conto. –Levantei.

Levantei e saí do quarto com ele falando no meu ouvido para que eu parasse.

—Não. –Cochiche pra ele. –Nem sei como ousou colar de mim.

—Eu não tinha estudado, tinha o jogo de basquete, tive que treinar.

—A escola é mais importante.

Fui até a cozinha com o Daniel me perseguindo e me mandando parar. Não encontrei minha mãe, na sala não estava, nem no jardim, na garagem, nem no quarto dela. Parei um estante para pensar.

—Por favor, Dani...

—Cala a boca, Daniel. Estou pensando.

Meu quarto ela não estaria, muito menos do Daniel. Pensando... A casa é grande e tem duas partes. Pensa Daniele. Resolvi ir passando de quarto de em quarto para achar minha mãe, nos ocupados e nos vazios. Acabei que encontrei minha mãe em um dos quartos vazios. Olhando pela janela que dava para uma vista linda para o horizonte, dava para ver o bairro inteiro e mais além dele. O quarto é bem grande com um banheiro assim como a maioria.

—O que está fazendo aqui, mamma. –Perguntei olhando-a olhar pela janela.

—O que vocês acham de aqui ser o quarto do bebê?

—Eu adoro esse quarto. –Falei.

—É, esse quarto é legal. –O Daniel assentiu nervoso. –Olha, eu tenho que ir fazer a lição.

O Dani foi em bora do quarto.

—Você descobriu o sexo do bebê, mãe? –Perguntei animada.

—Dani, eu falei que ainda não ia para ver o sexo do bebê. –Ela me olhou rindo. –Mas quando souber vai ser a primeira a saber, te garanto.

Ela ficou em silencio, e eu também, ela me encarava sorrindo sem parar.

—O que foi? –Perguntei meio sem graça com ela me olhando

—Estou lembrando de quando você era pequenininha, era tão ciumenta, nunca quis ter um irmãozinho. Lembro que quando contei que estava grávida do Pedro, você ficou muito, muito, muito triste e brava. Quando ele nasceu então, você nem o olhava, você uma vez tentou deixa-lo no mercado.

Sorri de lado meio sem graça.

—Eu cresci. –Falei.

—Eu sei, perdi a minha menininha. –Ela deixou uma lagrima cair.

Ela estava sensível por causa da gravidez.

—Eu sempre vou estar aqui, mãe...

Fiquei pensando, minha mãe estava feliz, e meio sensível por causa da gravidez, então resolvi não contar a ela sobre o Daniel.

2 Meses Depois

POV VIOLETTA

Estou com cinco meses de gestação, minha barriga está enorme e pesada. Os gêmeos me ajudam bastante com tudo, criar uma família grávida, é muito difícil.

Eu e o Leon nos falamos por telefone, mas ainda não contei a ele sobre o bebê, ele disse que os pais deles ainda estão muito ruins no hospital, ainda não acordaram do coma, não quero que ele deixe os pais para se preocupar comigo.

Estava na sala sentada assistindo um filme enquanto comia minha terceira maça.

—Preciso de outra. –Olhei para o restinho da maçã.

Levantei do sofá com uma das mãos em cima da barriga e a outra segurando o miolo da maça. Cheguei na cozinha e joguei no lixo, andei até a dispensa e pequei outra maça, ia morde-la, mas a campainha tocou. Deixei a maça em cima da bancada e fui atender.

Fui andando lentamente até a porta, não conseguiria andar mais rápido que aquilo.

Cheguei na porta, destranquei-a e abri-a.

—O que você está fazendo aqui?


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Notas finais do capítulo

Quem será que está na porta? Quem vocês acham que está na porta?
—Leon
—Fran
—Cami
—Jennifer
—Thomas
—Geri
*Quem acertar vai aparecer na história!
#Comentarnãocaiobraço