Barriga de Aluguel escrita por Maia Castillo Vargas


Capítulo 12
"Um Tudo para a felicidade..."


Notas iniciais do capítulo

OLHA EU AQUIIIII, postando esse capítulo onze horas da noiteeeeeeeeeeee!

Desculpa meus amores, eu estava fazendo o simulado do enem e acabei nem me tocando que ainda não tinha postado um capítulo novo essa semana...

Bom, #TeamSofia , se preparem porque nossa princesinha está resurgindo das cinzas como uma mini fênix haha'
SOFIA TÁ DE VOLTA YAAAAAAAAY

Nossa achei esse capitulo tão fofooooo, espero que gostem tanto quanto eu!

HEEEEEEEEY, temos mais duas leitoras no nosso "clubinho de favoritos", Bárbara Oliveira e Belinhaporto. Muito obrigada por favoritarem a fanfic ❤❤

Tivemos bastantes comentários no último capítulo! Muito obrigada amores, eu fiquei muito feliz com issoooooo!
Ain genteeeerr, muito obrigada!


Bom, bora ler?



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VIOLETTA CASTILLO

Tentei retomar a pose depois da discussão entre León e Ludmila. Aquela briga foi totalmente culpa minha... Eu não devia ter aceitado assistir um filme com León, era errado. Ele era o patrão, porque estaria me convidando para isso? Ele estava abraçado a mim enquanto dormia e eu não conseguia pensar em um motivo sério pra que ele tivesse feito isso...

— Minha menina, eles já foram? — Tia Olga perguntou saindo do escritório de León.

— Sim, Olguinha.

— Graças a Deus! — Ela levantou as mãos — Esses dois brigam como cão e gato, depois voltam a se falar como se nada tivesse acontecido...

— É, eles são complicados mesmo... — Disse ajeitando meu pijama amarrotado — Se precisar de algo, Olguinha, estarei lá em cima tomando banho. Vou visitar minha pequena, estou morrendo de saudade dela e de meus tios!

— Tudo bem, vai lá.

Subi as escadas correndo e atravessei o segundo andar em passos largos. Joguei a coberta de qualquer forma em cima da cama e nem me atrevi a tentar arrumar, só Olga conseguia dar jeito nessas camas gigantes. Entrei no closet e peguei um vestido florido bem soltinho. Para acompanhar, optei por uma sapatilha preta com detalhes em dourado.

Entrei debaixo do chuveiro e comecei o meu pequeno momento de devaneios. Atrevi-me um pouco e me dei ao luxo de pensar em León - como se aquilo não fosse acontecer de qualquer maneira. Peguei-me pensando em seus olhos e o poder que eles tinham sobre mim. Só despertei desse pequeno sonho quando ouvi o barulho do meu celular vibrando em cima da pia. Encerrei meu banho e me sequei rápidamente. Quem é que estivesse me ligado não estava com tempo para esperar eu atender. Olhei no visor e lá estava escrito "Uma chamada perdida de Tia Angie". Disquei o número de seu celular e esperei ela atender. No segundo toque ouvi sua voz.

— Alô, Vilu? — Ela perguntou.

— Oi tia, tudo bem com você? — Perguntei educadamente.

— Tudo sim, meu amor. Bem... Eu te acordei?

— Não, tia. Eu estava no banho.

— Ah, sim... Mas você deve ter estranhado eu estar te ligando tão cedo. Eu preciso da sua ajuda.

— Estou livre hoje. Do que precisa?

— Que cuide da Sofia. Seu tio e eu temos que trabalhar e não conseguimos arrumar alguém pra ficar com ela. A escola dela não funciona hoje.

— Tudo bem, tia. Eu já ía fazer uma visitinha a vocês hoje, não há problema ficar com ela. Estou morrendo de saudade de vocês!

— Nós também, querida! Nos vemos daqui a pouco.

— Até logo!

Encerrei a chamada com um toque na tela e fui me arrumar. Coloquei a roupa escolhida e penteei o cabelo antes de passar uma maquiagem básica e vem simples. Peguei uma pequena bolsa na cor amarela e lá coloquei meu celular e minha carteira, que continha pouco mais do que 1200 pesos mexicanos. Se eu fosse precisar de mais, era só retirar do meu cartão em algum caixa eletrônico.

Passei pela sala quase correndo e quando abri a porta principal, o motorista particular estava à minha espera. Mas, espere um pouco... Eu não pedi motorista nenhum!

— Senhorita Violetta, me acompanhe.

— César, não preciso de carona. Eu pego um ônibus ali na frente do prédio — Disse e ele me encarou sem demonstrar nada.

— Dona Olga disse que é pra você vir comigo, não há necessidade de pegar um ônibus.

— Tudo bem, então.

Descemos de elevador e ele me acompanhou. Abriu a porta de trás para mim e depois se sentou no banco da frente. Deu partida na BMW preta de León e então seguimos caminho à casa nova dos meus tios. A viajem demorou pouco menos  de quarenta minutos e eu fiquei muito feliz por reencontrar meus tios e minha "irmãzinha" depois de quase duas semanas sem vê-los. Eu quase não conhecia a casa nova que meus tios começaram a pagar à pouco tempo. Seria uma ótima chance de dar uma olhada.

Toquei a campainha e logo ouvi uma voz fininha gritar do segundo andar. Tia Angie abriu a porta e ao me ver abriu um largo sorriso, e eu não fiquei diferente. Dei um abraço nela mas anter que pudesse dizer alguma coisa, uma garotinha surgiu à sua frente pulando numa animação fora do comum.

— Vilu! — Sofia gritou e pulou no meu colo — Eu estava com tantas saudades!

— Eu também, meu amor! — Disse e dei um beijo em sua bochecha — E então, como está indo na escola?

— Eu sei contar até nove mil trezentos e vinte e quatro! — Ela exclamou dando pequenos saltinhos ainda no meu colo.

— Nossa, estou vendo que estudou muito!

— Sim, do jeitinho que você mandou não é,  tia? — Ela perguntou e tia Angie assentiu ainda sorrindo.

— Já deu a minha hora, tenho que ir trabalhar.

— Mas cadê o tio Pablo? — Perguntei mexendo nos lindos cabelos louros de Sofia.

— Ele já foi, pegava mais cedo no trabalho hoje. Eu estava esperando você chegar pra poder sair de casa mais tranquila.

— Tudo bem, tenha um bom dia de trabalho! — Desejei a ela. Tia Angie se virou e mandou dois beijos antes de continuar andando até o ponto de ônibus.

— E então, o que faremos hoje? — Perguntei à minha pequena, que cantarolava algo baixinho e mexia em meu colar dourado.

— Eu quero ir ao parque! — Ela disse animada mas seu sorriso logo se desmanchou — Mas eu também queria ir no shopping...

— E por que não vamos nos dois? — Perguntei e vi seus olhinhos brilharem — Já tomou banho hoje? — Ela assentiu sorridente — Então, falta apenas trocar essa roupa, não?

— Eu tenho isso aqui de vestidos... — Ela disse mostrando as duas mãos abertas para mim e eu sorri.

Adentramos a casa e Sofia correu para mostrar o novo quarto, que parecia agradá-la. Ela continuou a falar enquanto eu terminava de arrumá-la. Ela escolheu um macacão jeans e uma blusa vermelha com corações amarelos, então prendi em seus cabelos laços amarelos e peguei uma sapatilha vermelha para ela calçar.
Minutos depois já estávamos dentro do carro à caminho do Parque Chapultepec, um bem famoso da região. Dispensei o motorista e tratei de começar logo o nosso passeio. Andamos um pouco até chegar a um grande lago, onde muitos patos se refrescavam ao nadar.

— Vilu, eu quero dar comidinha para os patos! — Sofia disse e eu assenti. Busquei com o olhar alguém vendendo ração ou pão para alimentar as aves. Um homem que estava sentado na beira da lagoa segurava uma placa que dizia "Vende-se ração para patos" e então fui lá comprar.

— Aqui, meu amor — Entreguei um saquinho pra ela e abri o meu.

— Comam patinhos! — Ela jogou alguns grãos na água e três patos se aproximaram. Aproveitei e tirei uma foto dela brincando com os patinhos menores.

— Huuum, comam tudo! — Disse animada e joguei parte do conteúdo perto de alguns patos, que fugiram de susto mas voltará depois que perceberam que era comida.

— Quá, quá, quá, quá, quá! — Ela os imitou e eu ri.

— O que duas lindas garotas fazem de frente ao lago desse gigantesco parque a essa hora da manhã? — Alguém falou atrás de mim mas eu não consegui identificar a voz. Virei-me para ver quem estava falando comigo e me deparei com um rapaz alto, um tanto musculoso e bem bonito a me encarar sorridente.

— Estamos alimentando os patos... — Respondi abrindo um sorriso ao constatar que ele era bem bonito. O sorriso era perfeito e seus olhos castanhos brilhavam de maneira tão vibrante que pareciam duas pedras preciosas.

— Desculpa, não me apresentei. Sou Alex — Ele disse sorridente.

— Violetta Castillo — Falei apertando sua mão que estava estendida.

— E quem é a pequenina ali? É sua filha?

— Minha irmã, Sofia. Estamos passeando um pouco pela cidade já que ela não tem aula hoje.

— Ela deve se sentir muito sortuda de ter uma irmã mais velha tão linda e tão prestativa! — Ele disse sorridente e eu senti meu rosto queimar. Eu estava vermelha.

— Culpa sua eu ter ficado vermelha! —  Repreendi-o mas comecei a rir antes mesmo que pudesse fingir estar brava com ele.

Alex sorriu e tirou a mochila das costas. Procurou algo lá de dentro e tirou se celular de um dos bolsos.

— Me daria a honra de dizer o seu número de celular, bela moça? — Ele perguntou educado e eu abri um sorriso inconscientemente. Peguei o objeto de sua mão e digitei.

— Aí está. Espero que não seja um maníaco que queira me sequestrar, porque eu iria ficar bem chateada se fosse!  — Brinquei e ele negou com a cabeça.

— Jamais tentaria fazer mal a uma garota tão legal quanto você... — Encarei-o pasma pelo "elogio", não consegui dizer nada.

— Vilu, a comidinha acabou! — Sofia disse puxando o meu vestido e eu sorri para ela.

— Não tem problema, meu amor. Vamos comer sorvete agora!

— Eba! — Ela gritou pulando de alegria e nós rimos.

— Estou vendo que gostou da ideia... — Alex observou.

— Quem é esse moço, Vilu? — Ela perguntou ao perceber a presença dele ao meu lado.

— Ele é... Hum... O meu amigo.

— Oi, eu sou o Alex. Você é a Sofia, não é? — Ele perguntou e ela assentiu tímida — Bom, acho que já vou indo. Bom passeio para vocês duas!

Continuei a encará-lo até o perder de vista. Ele havia sido tão simpático e parecia ser tão interessante que uma parte de mim ficou curiosa. Outra havia ficado preocupada. Eu tinha acabado de dar o número do meu celular para um "estranho". Por mais que eu tivesse gostado de conversar com ele, era inevitável desconfiar. Hoje em dia não podemos confiar em quase ninguém. Espero que ele seja do time de pessoas que merecem ganhar confiança...

Continuamos a andar até avistar uma pequena barraca de sorvete.

— Você quer sorvete de quê? — Perguntei e Sofia fez uma cara de pensativa. Ri disso.

— Morango e eu quero com estrelinhas! — Ela exclamou apontando para um pote cheio de confeitos em forma de estrelas.

— Bom dia, gostaria de um sorvete de morango com esses confeitos e um de creme apenas com calda de chocolate. — Pedi e a moça que atendia tratou de providenciar logo nossas casquinhas. — Obrigada, tenha um bom dia!

Andamos mais um pouco e nos sentamos em um banco em baixo de uma grande sombra. Olhei para Sofia e vi que a mesma estava totalmente lambuzada de sorvete. Suas bochechas estavam cheias de estrelinhas grudadas e eu ri quando ela tentou alcançar os confeitos com a língua. Ora ela tentava lamber as bochechas (impossível), ora ela tentava sugar o sorvete que ainda tinha dentro da casquinha. Essa menina é uma comédia...

— Come a casquinha, meu amor. Desse jeito você não vai conseguir tomar esse sorvete nunca! — Instruí ela e minha pequena me encarou sorridente antes de começar a comer o biscoito.

— Tá tão gostoso! — Ela exclamou feliz e eu ri.

Era mágico ver como em tão pouco tempo nos tornamos tão íntimas. Éramos verdadeiras irmãs, mesmo não sendo de mesmo sangue. Ela era tão linda, tão educadinha, tão feliz... Ainda é difícil imaginar que alguém a largou na rua. Eu me sentiria a pessoa mais feliz e realizada do mundo se tivesse uma filha tão fofa quanto ela e fico muito honrada de poder fazer parte da vida de Sofia agora.

— Acabei! — Ela disse animada e eu procurei na bolsa que trazia uma toalhinha para limpá-la. Tirei o sorvete de seu nariz e sua bochecha, e tratei de trocar sua blusa suja ali mesmo, ela era uma criancinha, não via problema algum.

— E agora, o que quer fazer? — Perguntei a pegando no colo.

— Eu quero ir no parquinho.

— Mas você acabou de comer, vai acabar passando mal se ficar correndo e pulando o tempo todo.

— Então eu quero ver os passarinhos! — Ela disse e eu lembrei que havia uma parte do parque reservada apenas para pássaros, macaquinhos e outros bichinhos super fofos.

O parque era tão grande que quase não perdemos, mas no fim encontramos algumas placas que nos instruíram até a gaiola gigante dos papagaios coloridos. Sofia ficou deslumbrada com todos os bichos que via. Fosse um papagaio vermelho voando lindamente, ou uma pequena cutia que corria por aí procurando sementes para comer.

— Olha, um macaquinho! — Apontei para um galho de árvore perto de nós.

— Ele é tão bonitinho... Eu posso ter um desses? Posso?

— Não, meu amor. Você não acha que ele ficaria mais feliz vivendo livre e com o papai e a mamãe dele?

— Sim... — Ela fez uma carinha triste — Até o macaquinho tem mamãe e papai e eu não! — Ela fechou os olhos e respirou fundo. Ela vai chorar... Ah, vai. E muito. Eu conheço ela.

Coloquei-a de volta em meu colo e massageei suas costas enquanto a ouvia soluçar sem parar. Suas lágrimas pingavam em meu ombro e tudo aquilo me fazia querer chorar também. Por que diabos eu fui falar aquilo? Pelo amor de Deus, Violetta!

— Ei, não chora. Você tem agora a tia Angie, o tio Pablo e eu. Eu nunca vou deixar você, minha princesinha. Não chore!

— Eu queria que você fosse minha mamãe! — Ela disse entre alguns soluços e eu gelei por dentro. Meu coração acelerou ao ouvir as palavras dela e tive mais vontade de chorar.

— Oh, meu amor! — Abracei-a mais forte e ela retribuiu ainda fungando.

Seja a minha mamãe, Vilu! — Ela implorou começando a chorar novamente — Por favor!


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Notas finais do capítulo

AI MEU DEUS! O que vocês acham que a Vilu vai responder? Comentem o que acharam desse capítulo... Da Sofia! Comentem aí...


Desculpem-me se encontrarem erros, não tô tendo tempo de revisar os capítulos...

Recomendem e favoritem para deixar essa autora mais feliiiiiz HAHA'

Até logo, amores!