Nas férias de verão...

Eram férias, não só para o ano letivo de quem estudava em Hogwarts, como também para quem trabalhava no ministério ou profeta diário e para quem jogava quadribol profissionalmente.

Fazia alguns anos que Gina e Harry não tiravam férias ao mesmo tempo que o outro ou que as crianças, e aquilo era ótimo. Os dois tentavam aproveitar ao máximo os filhos nessas férias.

— Como eu senti falta das minhas crianças. – Gina comentou para os filhos, que estavam na sala assistindo juntos, e pegou uma cerveja amanteigada que os filhos haviam levado para ali aos montes. – Estou adorando essas férias.

— Não somos mais crianças, mãe! – Protestou James.

— Para mim vocês quatro sempre vão ser crianças. – Gina respondeu puxando seus quatro filhos para um abraço coletivo.

— Até mesmo Liah que daqui a pouco irá casar e ter filhos? – Lilian indagou fazendo Merliah engasgar com a cerveja amanteigada que tomava.

— Sim, até mesmo ela. – Gina respondeu com um sorriso divertido olhando a filha rapidamente voltar a respirar normalmente. Um dos benefícios de seus poderes.

— Lilian, de onde foi que você tirou isso?! – Merliah questionou alarmada. – Filhos?! Eu só tenho 21 anos!

— Não estou falando para ter filhos agora. – Lilian falou revirando os olhos para a irmã. – Primeiro, case-se com Teddy, depois vocês têm filhos.

Merliah iria responder, mas Lilian a interrompeu.

— Não fale nada. Algum dia você irá se casar com Teddy e serão muito felizes juntos. – Ela disse com muita convicção.

Merliah calou-se e sorriu, levantando os braços em rendição.

— Teddy me mandou uma coruja. Ele e Andrômeda estão vindo jantar aqui em casa. – Harry se fez ouvir ao entrar na sala e se juntar a eles.

— E o que está fazendo aqui e não na cozinha que mal lhe pergunte? – Gina questionou quando o marido se sentou ao seu lado.

— Hoje é o dia de monstro. – Harry respondeu passando um dos braços pelo ombro de Gina. – Tentei insistir para ajudá-lo porque seriam mais pessoas, mas ele disse que James havia lhe dito que hoje seria um jantar especial.

James paralisou de olhos arregalados olhando para frente e tentou disfarçar tomando um gole de sua cerveja amanteigada enquanto todos da sala olhavam para ele. A bebida desceu queimando pela sua garganta como whisky de fogo. Ele olhou para os pais como se não fosse nada.

— Ah… esqueci de dizer a vocês que Joyce viria jantar conosco. – Ele falou. – Ela vem me visitar.

— Ainda não entendi a parte do jantar ser especial. – Alvo comentou.

— Não é nada. – James disse rapidamente. – Monstro entendeu errado, vocês sabem, ele já está velhinho.

Os outros se entreolharam e Gina perguntou:

— Então porque esta tão nervoso? Se ela só vem te visitar e não é nenhum jantar especial?

— Eu não estou nervoso. – James disse tentando disfarçar. Falhando miseravelmente.

— Não? Então porque estamos fervendo aqui? – Alvo questionou tentando aliviar o calor balançando a camisa.

James suspirou derrotado.

— Vocês irão descobrir no jantar. É algo que eu quero contar com ela presente. – Ele falou evitando o olhar de todos.

— Por favor, não me diga que você engravidou a menina! – Gina exclamou de repente.

Foi a vez de James engasgar com a cerveja amanteigada que tomava. Rindo, Merliah bateu em suas costas, ativando seus poderes e o ajudando a voltar a respirar normalmente rapidamente.

— É claro que não, mãe! – James negou muito vermelho.

— Só conferindo. – Gina disse com um sorriso maroto e uma piscadela.

Pouco depois, eles ouviram um barulho de aparatação em frente de casa, não demorou muito e a campainha tocou. Harry levantou-se, e ao abrir a porta, ele recebeu Teddy e Andrômeda. Harry se dirigiu para sala junto as visitas que acabaram de chegar no mesmo momento em que a terceira visita chegava a casa via pó-de-flú. James a ajudou a se levantar e a limpar-se. Todos se juntaram ali na sala, esperando monstro terminar o jantar. Harry havia servido cerveja amanteigada para eles enquanto pegava uma para si também.

Agora, todos conversavam animadamente na sala esquecendo-se, em alguns momentos, da televisão ligada.

Momentos depois, monstro os avisara que o jantar estava na mesa e eles se dirigiram para a mesa de jantar que estava com cadeiras a mais para as visitas.

— Obrigado pela comida, monstro. – Harry agradeceu e o elfo fez uma reverência exagerada para Harry e dirigiu-se para fora dali, indo fazer sua próxima tarefa antes de se deitar.

Enquanto comiam, eles continuaram a conversa que estavam tendo na sala, mas o local começou a ficar quente e todos, menos Joyce, olhavam de soslaio para James, que parecia nervoso. O motivo de seu nervosismo foi revelado logo em seguida.

— Família... – James falou juntando toda a coragem que tinha. – Joyce e eu estamos namorando.

A reação de todos, para James, foi no mínimo, cômica.

Liah o olhou incrédula, seus olhos estavam arregalados e sua boca entreaberta. Teddy o olhava ironicamente, como se não tivesse acreditando no que o “irmão” havia dito. Lilian se engasgara com o que estava comendo e Alvo parou com o garfo que estava indo em direção a boca. Já seus pais... Harry havia cuspido todo o suco que estava em sua boca e sua mãe ficava olhando dele para Joyce de olhos arregalados. As únicas reações diferentes de susto ou incredulidade que sua família teve, foi a de Andrômeda, que lhe sorria docemente, e a de Joyce, que lhe sorria apaixonadamente e segurava a sua mão por cima da mesa.

— Está quente aqui, não? – Joyce comentou abanando-se com uma das mãos.

Todos logo se recuperaram do susto e fixaram o olhar em James e em seguida, em Gina. Ela, com um sorriso divertido nos lábios, puxou todo o calor para seu corpo com seus poderes, enquanto Harry enrolava fingindo colocar um feitiço climatizador na sala de jantar, alegando que o ar-condicionado estava quebrado.

— Então… vocês estão namorando? – Gina conversou ainda mantendo o sorriso divertido.

— Sim. – Joyce respondeu com as bochechas adquirindo um leve tom rosado.

— Meus parabéns. – Harry falou sorrindo feliz pelo filho.

— Bem-vinda à família, Joyce. – Alvo a recebeu.

— Esperamos que dê um jeito em James. – Merliah disse com um sorriso maroto e uma piscadela.

— Engraçadinha! – James respondeu mostrando-lhe a língua e Merliah lhe correspondeu também mostrando a língua.

— Até que ela é bonita. – Lilian comentou enquanto olhava e sorria para Joyce.

— Obrigada, Lilian. – Joyce respondeu também sorrindo.

— Isso ela é mesmo. – James concordou olhando e sorrindo totalmente bobo para a namorada.

— Já está todo bobo! – Teddy caçoou.

James jogou um pãozinho em Teddy, que riu.

— Sua mão está quente James, você está bem? – Joyce notou preocupando-se.

Novamente, todos fixaram os olhares em James. Ele olhou de sua família para Joyce, e sem mais olhar para eles, concentrando-se nos olhos da namorada, falou:

— Tenho que te contar uma coisa.

— James... – Harry tentou intervir.

— Não, pai. Se eu vou mesmo namorar com Joyce, eu tenho que falar a ela. Não posso esconder nada dela. – James o interrompeu e olhou para seus irmãos, como se estivesse pedindo autorização, e eles acenaram com a cabeça suspirando. Ele voltou seu olhar para Joyce.

— Assim você me preocupa… o que foi, Jay? Você está doente? É grave? – Joyce indagou preocupando-se ainda mais.

— Não, não estou doente. – James respondeu e ele pegou em sua mão. – Eu vou contar o porquê de eu e meus irmãos termos sido capturados alguns anos atrás, e não, não foi porque nossos pais são famosos.

— Então porquê? – Joyce perguntou agora curiosa.

— Meus irmãos e eu temos poderes. Além dos poderes que toda criança bruxa adquiri aos seus sete anos. Nós podemos, desde que nascemos, controlar, absorver e fazer tudo que se possa imaginar com os quatro elementos. – James explicou com um tom sério, mas gentil. - Eu “controlo” o fogo, Liah o ar, Alvo a água e Lilian a terra. Herdamos esses poderes da nossa mãe, que por ser a sétima filha, pode controlar e fazer o que quiser com um dos quatro elementos, no caso dela, o fogo. Igual a mim.

— Vocês... vocês quatro controlam os quatro elementos? Você controla o fogo? – Joyce indagou deslumbrada para os irmãos Potter.

— Controlar, controlar, eu não controlo. Ainda não consigo usar os poderes quando quero e eles sempre aparecem quando estou sentindo algum sentimento forte. O mesmo acontece com Alvo e Lilian, apenas Merliah conseguiu controlar os poderes dela… e mamãe, é claro. – James respondeu, sentindo-se mais leve agora que não precisava mais esconder isso dela.

— Por isso estava quente aqui e a sua mão também! – Joyce concluiu. – Mas, porque apenas Merliah sabe controlar?

— Nós não sabemos exatamente. – James respondeu dando de ombros.

— Você quer ver? – Merliah se fez ouvir.

— Claro! – Joyce respondeu com um sorriso animado.

Merliah se levantou e foi em direção a porta dos fundos da casa, indo para o jardim. Ela parou no meio do jardim e olhou para trás, vendo a todos que antes estavam jantando ali perto da porta. Merliah voltou a olhar para frente, fechou os olhos, abriu totalmente suas mãos relaxando os braços ao lado do corpo e em seguida um vento forte começou no jardim, balançando árvores próximas, junto com os cabelos e roupas das pessoas que olhavam. Merliah abriu os olhos, fez um movimento com a mão, como se estivesse girando, e um redemoinho se formou, fazendo Joyce ficar cada vez mais impressionada. Gina se aproximou de onde a filha estava.

— Que tal ver um pouco do que o seu namorado pode fazer? – Gina se fez ouvir através do vento.

Com um sorriso maroto igual aos dos filhos, Gina abriu completamente sua mão direita, uma bola de fogo se formou e ela a lançou em uma pilha de folhas secas as queimando. Joyce bateu palmas animada.

Gina e Merliah continuaram com o show para Joyce, mas entraram depois de um tempo quando começou a chover e eles voltaram para terminar o jantar, depois que Gina o esquentou.

— O que os poderes de vocês têm de tão especial para vocês serem raptados alguns anos atrás? – Joyce indagou pensativa.

James se entreolhou com seus irmãos e pais antes de responder a Joyce.

— Eles queriam roubar nossos poderes. – Ele explicou.

— Roubar?! E isso é possível? – Joyce questionou.

— Sim, por isso não contamos a ninguém sobre eles… e você também não pode contar, ruiva. – James pediu com um tom carinhoso.

— Não se preocupe, eu não sei de nada. – Joyce disse sorrindo pegando em uma das mãos dele e depositando um beijo. James sorriu e fez o mesmo com ela.

Depois do jantar, Teddy e Andrômeda foram para casa e James falou que Joyce iria passar a noite ali. Não demorou muito para todos na casa dos Potter irem dormir.

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Poucas semanas depois...

Teddy estava planejando aquilo havia muito tempo, ele chutava um mês de planejamento. Afinal, tinha que ser especial, isso iria mudar sua vida de uma maneira muito grande, todos sabiam o que ele pretendia fazer… todos, exceto Merliah. E depois de tanto planejamento, enfim, seria hoje.

Tudo já estava pronto e faltava pouquíssimo tempo para que seu plano se concretizasse. Ele não podia estar mais nervoso com o que ele pretendia fazer. Será que ela queria o mesmo? Ele esperava que sim, se não pagaria um mico daqueles.

A capitã do time de sua namorada, Guga Jones, apareceu na pequena sala particular, que ele estava ocupando no clube naquele momento, com algo em mãos e quando chegou perto dele ela lhe estendeu o que segurava, Teddy pegou o que ela lhe oferecia.

— É o uniforme do nosso time, o único do tamanho que pediu e que não irá incomodar tanto quando voltar ao normal. – Guga falou com um sorriso e uma piscadela.

— Certo. Obrigado, Guga. – Teddy agradeceu cheio de nervosismo.

— De nada. E não fique tão nervoso, com certeza, Merliah irá aceitar. – Guga tentou tranquiliza-lo.

— Você acha? – Teddy perguntou olhando-a ansioso.

— Sim, acho que ela parece amar muito você. – Guga respondeu com gentileza.

Teddy apenas sorriu agradecido e Guga saiu dali em seguida, indo se arrumar para um grande jogo. Teddy começou a fazer o mesmo, estava quase na hora de entrar em campo e executar seu plano.

Já vestido e se olhando no espelho do aposento, ele se transformou em uma garota loira e baixa, e o uniforme se ajustou mais ao seu “novo” corpo. Ele colocou a mão no bolso da capa do uniforme e tirou de lá uma pequena caixa preta, ele a abriu e vislumbrou um anel de noivado com pequenas pedras de esmeralda, banhado em prata, perfeito e delicado. Ficaria lindo em Liah.

Ele não sabia por quanto tempo ficou olhando para o anel, mas apenas voltou a realidade quando bateram na porta do aposento e entraram.

— Lupin, entraremos em campo em cinco... – Uma das jogadoras falava enquanto entrava, mas parou de falar quando viu uma garota e não Teddy. - ...minutos. Nossa! Você consegue fazer isso muito bem, nem parece que é você, não é?

— Mas, sou eu, em uma forma e gênero diferentes. – Teddy respondeu. – Vamos, não podemos nos atrasar.

Os dois saíram dali e a jogadora o encaminhou para a entrada do campo onde as jogadoras esperavam para entrar em campo. Chegando lá, avistou, não muito longe dele, Merliah, ela esperava para entrar em campo com sua vassoura em mãos, o uniforme do time e uma trança bem-feita. Teddy ouviu o narrador apresentar os jogadores do time adversário para em seguida fazer o mesmo com as harpias. A medida que cada jogadora era apresentada, saiam voando dali e iam para o campo. Teddy foi o último a fazer isso quando o chamaram pelo sobrenome de seu amigo Dylan, ou seja, Logan.

Ele sobrevoou o campo junto ao time das harpias, ainda continuava nervoso e não ajudava em nada o fato de ele ter começado a tremer em cima da vassoura.

O jogo começara e vultos coloridos em cima de vassouras começaram a se mover para tudo quanto era lado. Teddy também se movia em sua vassoura disfarçado de artilheira, ele jogava bem em sua época em Hogwarts - não tão bem quanto Merliah - e conseguia enganar o público e a sua namorada, que ainda não sabiam de seu plano.

Teddy, mesmo com o uniforme das harpias, perseguia Merliah de perto, fazendo com que ela estranhasse. Não eram do mesmo time? Espera... quem era aquela garota mesmo? Merliah balançou a cabeça como se estivesse expulsando esses pensamentos de sua cabeça e se concentrou no jogo quando uma de suas colegas de time lhe lançou a goles porque estava sem saída e muito longe dos aros. Merliah a pegou com extrema habilidade antes que a goles fosse ao chão e disparou com sua vassoura para os aros. A torcida gritava animada com a expectativa de um gol de Merliah com tão pouco tempo de jogo, quando, de repente, um adversário se colidiu com ela, tentando pegar ferozmente a goles das mãos dela. Merliah avistou “Teddy” e jogou a goles para ele. Teddy a pegou e saiu em disparada. Ele era apenas uma distração, pois assim que saíram de perto de Merliah e ela se aproximou dos aros, ele arremessou a goles para ela, que a pegou e rapidamente a lançou para dentro dos aros, marcando pontos para seu time quando o goleiro não conseguiu defender e a torcida gritou eufórica.

O time das harpias se juntou para comemorar juntas em um abraço em grupo. Então, as jogadoras começaram a se afastar, deixando apenas Teddy e Merliah juntos. Ele a abraçava comemorando o gol que ela havia feito, ele sempre quis fazer isso a cada vez que ela fazia um gol desde que Merliah jogava em Hogwarts, ele a soltou e percebeu que Merliah estava sorridente, mas com um olhar confuso, que se transformou em avaliador enquanto ela dava uma rápida analisada na garota, olhou todo o seu corpo, subindo sua vista para os olhos de “Teddy” e não demorou muito para que ela arregalasse os olhos em surpresa.

— Teddy? – Merliah questionou incrédula.

Teddy sorriu e foi voltando ao normal aos poucos. Primeiro foram os olhos, que voltaram para a cor original, em seguida, o cabelo encurtou e ficou azul, e assim foi, até que a loira jogadora das harpias se transformou em Teddy Lupin.

Ele colocou a mão no bolso do uniforme das harpias e pegou a caixinha que havia guardado ali e sem demora a abriu. Merliah paralisou olhando de olhos arregalados e boca entreaberta e pareceu não ouvir o enorme coro de “oh” que ecoou pelo estádio inteiro. Mas eles só tinham olhos um para o outro naquele momento.

— Merliah Potter, aceita se casar comigo? – Teddy falou completamente nervoso. Estava suando muito, e estava receando cair da vassoura de tanto que tremia.

— Sim! É claro que sim! – Merliah respondeu depois de alguns segundos apenas olhando com os olhos marejados e a boca entreaberta.

Teddy abriu um enorme sorriso e os dois se abraçaram e se beijaram apaixonadamente ao som de palmas, vivas e assobios. Quando se separam ele colocou o delicado anel no dedo dela que sorria emocionada e cheia de felicidade e ela o abraçou fortemente.

— Você é louco sabia? Nunca pensei que faria algo assim em público, amanhã isto estará em todos os jornais. – Merliah comentou em meio ao abraço.

— Ótimo! Quero que todos saibam de nossa felicidade.

Ela sorriu e o beijou novamente.

— Odeio ter que atrapalhar os recém noivos, mas temos que continuar o jogo, Potter. – Guga se fez ouvir.

— Certo. – Merliah respondeu e ela se soltou de Teddy, que com um grande sorriso no rosto, voava para o chão e a jogadora que Teddy havia substituído voltou para o campo.

E o jogo recomeçara, com Teddy e Merliah mais felizes que nunca. Principalmente depois que as harpias ganharam.

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Um mês depois....

Jay entrou correndo no quarto do irmão Alvo o assustando, e Al soube assim que olhou para James, que ele havia aprontado alguma coisa. Sua suspeita foi confirmada quando ouviu Lilian gritar do quarto ao lado:

— JAMES SIRIUS POTTER!!

Ele olhou de olhos completamente arregalados para Alvo.

— Me esconde! – James pediu começando a procurar um lugar para se esconder no quarto de Alvo.

— O que você fez? – Alvo perguntou como se aquilo fosse uma cena corriqueira.

— Foi totalmente sem querer! Pelas barbas de Merlin, ela vai me matar! – James falou ainda procurando um lugar.

— Você está com medo de Lilian? Ela tem 11 anos e você 16. – Alvo conversou.

— Eu tenho medo dela desde que aquela coisa pequena e ruiva tinha cinco anos. Nunca, nunca, jamais, em hipótese alguma irrite Lilian Luna Potter!

Alvo deu uma risada.

— Acho que você quis dizer nunca irrite uma mulher Weasley. – Alvo o corrigiu ainda em meio a uma risada.

— Você tem total razão.

— Eu vou te matar, James! – Lilian esbravejou entrando no quarto e iria avançar em James se Alvo não a segurasse.

— James, o que você fez?! – Alvo questionou, agora realmente alarmado, enquanto tentava impedir a irmã de atacar a James.

— Foi totalmente sem querer! Você me deixou com raiva! – James falou se afastando o máximo que podia.

— Você queimou o vestido que eu usaria no noivado de Merliah!

— Eu não tenho culpa que ele era inflamável! Você sabe muito bem que eu não consigo controlar os meus poderes!

— Lilian, o que você fez? James tinha que ter sentido algo realmente forte para que seus poderes surgissem. – Alvo questionou curioso.

— Eu não fiz nada! – Lilian respondeu parando de tentar atacar James.

— Lilian... – Alvo disse desconfiado.

— Está bem! Nós discutimos, você sabe como James é! – Lilian confessou e Alvo concordou com ela com um aceno de cabeça.

— Ei! Eu ainda estou aqui! – James reclamou do canto do quarto.

— Enfim, eu posso… ter me precipitado um pouco e ele não reagiu muito bem. – Lilian continuou.

— Um pouco?! – James repetiu ofendido.

— Não precisava ter queimado meu vestido! – Lilian disparou voltando a tentar atacar James.

— Eu já disse que foi totalmente sem querer! Menina teimosa! – James continuou se defendo enquanto se espremia na parede do quarto.

— O que está acontecendo aqui? Que gritaria é essa? – Harry se fez ouvir aparecendo na porta do quarto e se deparando com a cena de Lilian sendo segurada por Alvo para não atacar James.

— James queimou meu vestido! – Lilian imediatamente o acusou.

— James fez o que?! – Harry perguntou aturdido.

— Quantas vezes eu vou ter que dizer que foi sem querer?! – James questionou revirando os olhos.

— Espera, ele queimou? Lilian, o que você fez? – Harry questionou autoritário.

— Nós discutimos e eu me precipitei. – Lilian repetiu. – Mas isso não justifica o fato de ele ter queimado meu vestido, papai! Eu usaria ele no noivado de Liah.

— Já disse que eu não tenho culpa que ele era inflamável! – James se fez ouvir.

— Papai, o que eu vou usar agora? – Lilian indagou cruzando os braços.

— Filha, por que não usa algo de seu guarda-roupa? Ficará linda de qualquer jeito. – Harry sugeriu.

— Papai, aquele era um de meus melhores vestidos! E ele nem era novo. – Lilian reclamou fazendo sua melhor cara de emburrada.

— Está bem, irei ao beco diagonal com você para comprar um vestido novo. – Harry resolveu.

— Sério?! – Lilian exclamou animando-se.

— Sim, vá se arrumar. – Harry respondeu sorrindo para a incrível mudança de humor da filha. – Temos que voltar antes do noivado começar.

— Está bem! – Lilian respondeu e saiu correndo de volta para seu quarto.

— E vocês, como sempre, não quero que nada de errado aconteça. É o noivado de sua irmã e tem que dar tudo certo, então tomem cuidado para não causarem um incêndio ou uma tempestade, me ouviram? – Mandou Harry seriamente.

— Sim, papai. – Alvo e James responderam.

— Relaxem, está bem? Nem pensem em ter sentimentos fortes, por favor, se controlem.

— Sim, papai. – Repetiram.

— Ótimo. – Harry falou e já ia saindo, mas deu meia volta e completou. - A mãe de vocês está louca lá em baixo, aconselho a não descerem sem necessidade.

— Está bem. – Alvo e James responderam sorrindo cúmplices.

Harry deu uma piscadela marota e saiu dali indo em direção ao seu quarto pegar alguns galeões para comprar o vestido da filha.

— O que Lilian disse que te deixou tão nervoso? – Alvo perguntou se sentando na cadeira do computador de seu quarto.

James suspirou e sentou-se na cama de Alvo ficando de frente a ele.

— Ela disse que eu não ligo para a nossa família, que desprezo e sou arrogante com todos que me amam, que só penso em mim mesmo e que… que Joyce só pode estar comigo pela nossa fama.

Alvo olhou para o irmão sem reação.

— Bom... a primeira parte é verdade. – Alvo confessou e James lhe olhou com uma mistura de descrença, raiva e tristeza e suas mãos começaram a ficar vermelhas de tão quentes. – Mas a última não é. Joyce gosta mesmo de você, Lilian só disse aquilo em um momento de raiva.

James apenas olhou para o irmão, fechando as mãos em punho tentando se controlar. Ele se levantou e saiu do quarto de Alvo sem olhar para trás e o irmão não o impediu.

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Mais tarde...

— Está tudo lindo, mamãe. – Merliah falou olhando maravilhada para a decoração que ela e sua mãe haviam planejado juntas para o jantar de noivado que seria no jardim da casa.

 - Não é? Foi uma ótima ideia fazer o jantar no jardim. – Gina concordou. – Vi no noticiário que não vai chover ou nevar, vai dar tudo certo!

Merliah olhou sorrindo para a mãe, que lhe retribuiu muito animada.

— Onde está Teddy? O noivo já deveria estar aqui. – Gina indagou nervosa olhando para os lados procurando por Teddy.

— Ele já deve estar chegando, mamãe. – Merliah respondeu tentando tranquilizar a mãe. – Você está realmente muito animada com o meu casamento, não é?

— É claro! Meu Merlin, minha menininha irá casar! – Gina respondeu quase dando pulinhos de felicidade. – Mal posso esperar pelos netos!

— Mamãe, um passo de cada de vez está bem? – Merliah falou segurando o riso com a animação dela.

— Está bem… mas eu quero muitos netos, está me ouvindo?

— Sim, mamãe. – Merliah respondeu sorrindo com a animação da mãe.

— Irei chamar seu pai e seus irmãos, eles também já deveriam estar aqui. – Gina avisou e se virou e foi para dentro da casa, deixando Merliah sozinha. Porém ela não ficou assim por muito tempo, pois Teddy havia acabado de chegar com a avó.

— Está tudo lindo, Liah. – Andrômeda conversou admirando a decoração.

— Vocês fizeram um ótimo trabalho aqui, meu amor. – Teddy falou também olhando o jardim.

— Obrigada, gente. – Merliah respondeu sem parar de sorrir.

— Irei me sentar em uma das mesas. – Andrômeda avisou já começando a caminhar.

— Eu lhe ajudo, vovó. – Teddy disse e fez menção de segui-la.

— Que isso, menino? Ainda posso escolher uma mesa e me sentar sozinha, meu querido, não estou tão velha assim.

Teddy e Merliah riram e ficaram recebendo os convidados que chegavam.

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Minutos depois...

— Mamãe sentiu nossa falta? – Lilian perguntou chegando no jardim junto ao pai, que olhava para os lados procurando por Gina.

— Há poucos minutos. Ela deve estar louca com vocês dois. – Merliah respondeu rindo.

— Ela está vindo. – Harry a avistou.

— Onde vocês dois estavam? – Gina questionou assim que os alcançou.

— Houve um incidente com o vestido de Lilian, tivemos que comprar outro. – Harry explicou.

Gina analisou a filha mais nova e sorriu.

— Está linda, meu lírio vermelho. – Gina elogiou.

— Papai que escolheu. – Lilian disse sorrindo.

— Desconfiei. Ele tem bom gosto. – Gina conversou.

— A gente ainda está aqui. – Merliah se fez ouvir prendendo o riso.

Eles riram antes de se destinarem a mesa reservada à família, ou seja, a maior delas.

Amigos e familiares foram convidados para aquela festa, a maioria com o sangue de Merliah, mas que Teddy também considerava como sua família desde de menino. Eles comiam e se divertiam, fizeram declarações e piadas uns aos outros, dançavam e conversavam, enfim, a festa estava ótima.

— Olá, você é irmã da noiva, não é? - Um menino moreno de sorriso bonito e que estava olhando para ela havia um tempo se aproximou de Lilian quando ela foi pegar um copo de ponche para si.

— Sim, sou. – Lilian respondeu com um sorriso gentil.

O menino a olhou de cima a baixo e lhe dirigiu um sorriso… sedutor? Lilian o olhou com os olhos semicerrados, analisando-o descaradamente, como ele estava fazendo com ela.

O menino era um pouco alto, tinha cabelos pretos com cachos um pouco revoltos, uma pele nem tão pálida e nem tão escura, olhos azuis e um sorriso muito bonito, que Lilian simplesmente não conseguia para de olhar. Ela pigarreou e decidiu que eles não podiam ficar naquele silêncio.

— Prazer, meu nome é Lilian... Lilian Potter. E o seu? – Se apresentou.

— Miguel Logan. – Respondeu o menino com um sorriso bonito.

— Você é algum irmão ou parente de Dylan? – Lilian perguntou reconhecendo o sobrenome.

— Ele é meu irmão mais velho. – Miguel respondeu.

— Entendi… até que vocês são um pouco parecidos. – Lilian conversou.

— Você acha? – Miguel disse como se não tivesse certeza

— Só um pouco. – Lilian ela afirmou.

 Eles permaneceram conversando durante o resto da festa.

— É impressão minha, ou o seu irmão está dando em cima da minha irmã? – Merliah perguntou para Dylan enquanto os dois olhavam os irmãos mais novos de longe.

— Não é culpa nossa que gostamos das mulheres Weasley. – Dylan respondeu pegando na mão de Vic, que estava ao seu lado.

— Eu tenho muitas primas. Tinha que ser justo a minha irmã?

— Bom, ela está espetacular naquele vestido verde. – Dylan deu de ombros, fazendo todos na mesa olharem para o vestido de Lilian.

— Quando Miguel conquistar o coração de minha irmã, lembrarei ao papai que foi culpa do vestido. – Merliah disse fazendo um lembrete na memória e todos eles riram.

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Na pista de dança....

— Mel, eu não aguento mais, vamos parar um pouco, por favor. – Alvo pediu para a ruiva agitada em sua frente que parecia que nunca iria parar de dançar.

— Qual é, Potter? Aproveita! – Melissa respondeu sem parar de dançar. Ela se aproximou do ouvido dele. – Nem chegou na música lenta ainda.

Alvo engoliu em seco, principalmente porque assim que ela terminou de falar, uma música lenta começou a tocar. Ela lhe estendeu a mão.

— Juro que essa será última. – Ela disse e ele pegou a mão que lhe era estendida enquanto sua outra mão pousava na cintura de Melissa. Ela colocou a outra mão no ombro dele e colou mais o corpo ao dele. Incrivelmente, Alvo relaxou e deixou-se levar pelo momento. De vez em quando, pisava no pé de Mel, provocando risos na garota.

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Do outro lado da pista, James e Joyce dançavam...

— O que você tem James? Está estranho… principalmente comigo.

— Joyce, você me ama? – James perguntou. – Apesar do jeito que eu sou… você me ama?

Joyce lhe olhou aturdida pela pergunta repentina, mas logo se recuperou e respondeu:

— É claro que eu te amo, Jay. Eu me apaixonei perdidamente por você. Quem sabe um dia não temos um jantar de noivado como este? – Não podendo ser mais sincera.

James sorriu e a abraçou, afundando o rosto nos cachos vermelhos da namorada.

— Eu te amo, Joyce.

— Eu também te amo, James.

E eles continuaram a dançar abraçados.

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Fora da pista de dança....

— Dora e Remo devem estar muito felizes agora. Eu mesma não vejo melhor esposa para meu neto. – Andrômeda conversou com Harry e Gina, enquanto os três observavam Teddy levando Merliah para a pista de dança.

— Sim, eles devem estar, eu como pai e padrinho, estou muito feliz pelos dois. – Harry disse.

— Eu nunca pensei que você ficaria feliz por nossa filha estar prestes a casar. – Gina comentou divertida.

— Sei que com Teddy ela estará bem. – Harry respondeu. – Afinal, nós três fizemos um ótimo trabalho com ele. Olhem como está feliz.

Os três observaram o casal dançar desajeitadamente na pista de dança.

— Os dois estão felizes. Vocês fizeram um ótimo trabalho com Merliah. – Andrômeda os elogiou.

— Ao nossos bons trabalhos. – Harry falou erguendo uma taça de whisky de fogo.

— Ao nossos bons trabalhos. – Gina e Andrômeda repetiram também erguendo suas taças.

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Na pista de dança...

— Está feliz? – Teddy falou no ouvido de Merliah enquanto dançavam.

Ela olhou para o anel em sua mão direita.

— Sim… muito.

— Este é apenas o começo de nossa eterna felicidade, meu pequeno lírio. – Teddy afirmou com convicção. Ela sorriu e o beijou, estava feliz e apaixonada.

Mas… por quanto tempo durará toda essa felicidade da família Potter?