“Amor é quando você tem todos os motivos para desistir de alguém, e não desiste.” (Aninha Irala)

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Regina e Emma estavam no mesmo restaurante em que há dois anos Regina a pediu em casamento.

 — Meu amor, nem acredito que já faz dois anos que você chegou ao Brasil e me fez toda aquela surpresa. – Disse Emma, segurando a mão de Regina por cima da mesa.

Era uma mesa para duas pessoas e estava novamente muito bem decorada em um espaço reservado do restaurante, como do dia que Regina a pediu em casamento.

 — Pois é amor, nem eu acredito que amanhã vamos nos casar, também não acredito que minha mãe está aqui no Brasil a mais de uma semana nós ajudando, com os preparativos e com as crianças. ­– Regina disse provando a bebida que acabava de ser entregue pelo garçom.

 — Falando nisso amor parece que está faltando algo em mim, só nós duas aqui, sem o Henry e nossa princesinha Sarah. – Emma falou encarando Regina que sorriu.

 — É verdade linda, hoje é nosso primeiro encontro sozinhas depois que nossa pequena nasceu, e quem diria que você seria essa mamãe tão doce e apaixonada pelos nossos filhos, com tanto medo de engravidar que tinha, por não saber se podia amar e cuidar de uma criança e olha agora você toda preocupada em deixá-los. – Regina disse sorrindo para a loira.

 — Realmente e tinha pavor de pensar, lembra aquele dia em que você falou sobre eu ter um bebê, nossa aquele dia foi apavorante para mim, tanto que o Gaby percebeu e eu acabei contando pra ele porque estava tão pensativa e ele me como sempre me deu os melhores conselhos e como aos poucos a idéia foi tomando forma em meu coração até que chegou o dia que te falei que queria fazer a inseminação.

 — Me lembro como se fosse hoje Emma, quando você me entregou aquela caixa de presente e quando abri encontrei um coração escrito “Nosso bebê já começou nascer em meu coração, quero fazer a inseminação.” Ali a nossa pequena realmente começou a nascer, e então tudo foi dando super certo e na primeira tentativa você já engravidou, lembra do medo de ter 2 ou 3 bebês (Risos) um alivio pra você quando a ultrassom mostrou apenas um bebê né? Eu até tava torcendo pra vir 2 ou 3. – Regina disse sorrindo.

— Eu bem sei disso, sei que você ficou um pouquinho decepcionada (Risos) mas Deus nos deu o melhor presente e Ele sabia que uma filha já era suficiente pra gente, assim ficamos com um casal.

— Sim eles são nossos presentes mais preciosos, eles e você em minha vida. – Regina pegou a mão de Emma e deu um beijo a olhando nos olhos. Ia continuar falando quando foi interrompida por uma moça que parou ao lado da mesa.

 — Oi desculpa incomodar, mais você é Regina Mills? – Perguntou uma moça loira de cabelos cacheados, de óculos e ficou toda vermelha ao fazer a pergunta.

 — Sim sou eu. – Regina respondeu sorrindo percebendo a timidez da jovem.

 — Meu nome Catarina, você pode autografar meu livro? – Ela disse mostrando o livro que tinha em mãos, que era o livro que Regina escreveu sobre seu romance com Emma, “A Cabana da Praia.”

 — Claro que sim, Catarina, será um prazer autografar seu livro. – Regina estendeu a mão para pegar o livro e a caneta que a jovem a entregava.

 — Eu estou quase no capitulo final. – Catarina começou falar timidamente. – E quando vi vocês aqui eu quis muito vir, porque eu estou apaixonada por esse livro, ele tem me ajudado muito a me entender melhor, a ver que as duvidas que tenho vocês também passaram, esse com certeza é o livro da minha vida, obrigada Regina por contar a história de vocês.

— Como você sabe que essa história realmente é nossa história, sendo que os personagens têm outros nomes? ­– Regina perguntou curiosa.

— Pelas características físicas que você descreveu, é só olhar para você duas juntas que dá pra saber. – Regina olhou para Emma que sorria também timidamente.

— Prontinho Catarina, aqui está. – Regina entregou de volta o livro com o autógrafo.  - Obrigada por ter vindo, é muito bom saber que esse livro tem ajudado pessoas a se entenderem e se aceitarem.

— De nada, será que eu posso tirar uma foto com você? – A moça perguntou e conseguiu ficar mais vermelha que antes.

— Claro. – Regina e Emma se levantaram e a Catarina tentou tirar uma selfie, um garçom percebeu e se ofereceu para tirar a foto, a garota se despediu das duas e se foi toda sorridente.

 — Amor parabéns! Que coisa mais linda essa menina e o que ela disse, ta vendo e você não acredita nos emails que as pessoas te mandam, hoje você conheceu e ouviu da boca de uma leitora como o livro foi importante para ela.

— Você tem razão, eu acredito sim nos emails, é só que era pra ser somente um romance e virou um livro de auto-ajuda, isso que me assusta, mais é bom saber que tem vendido acima do esperado e que tem feito bem as pessoas. – A morena disse emocionada.

— Eu tenho tanto orgulho de você, te amo tanto. – Emma chegou com a cadeira mais perto de Regina e acariciou seu rosto.

— Eu também amo muito você. Ta se lembrando que amanha é nosso casamento?

— Simmm, to nervosa. – A loira mostrou as mãos e tremeu fazendo graça.

— Vai ser tranqüilo amor, afinal só tem pessoas que a gente gosta muito, falando nisso, meus amigos Marry e David e o Sr. Gold e a esposa estão hospedados aqui no hotel, que bom que deu pra eles virem e que também suas amigas vieram lembra como elas estavam em duvida, mais foi muito bom que elas aceitaram as passagens e também aceitaram ser madrinhas do nosso casamento, mesmo tendo resolvido em cima da hora.

— Sim foi verdade, Bella e Lily são as pessoas mais perto de família que tenho. – Emma disse e logo corrigiu. – Fora você e nossos filhos, claro.

— Ainda bem que elas estão hospedadas em casa também, assim ajuda a dona Cora com as crianças, nem acredito que minha mãe mudou tanto assim Emma você não conheceu a mulher que minha mãe foi, agora até me assusto em ver ela de bermuda e camiseta, sentada no chão brincando com a Sarah e a Sarah fazendo ela de gato e sapato (risos).

— Olha amor, ainda bem que eu conheci a fase boa dela, que é essa de vovó coruja. – Emma sorriu. – Sarinha é tão doce e veio de presente pra derreter os corações de nós todos, olha o Henry mesmo, ele é tão super protetor com a irmã e ela ama tanto ele que não o deixa em paz quando está em casa.

— Verdade a nossa loirinha puxou a mamãe loira que derreteu meu coração. – Regina disse.

— Só na aparência porque é toda “patricinha” e mimada igual à mamãe morena. – Falou Emma provocando.

— Falando nas crianças, na quarta-feira tem reunião na escola do Henry, vai ser as 19:00 hrs, não me deixa esquecer, quem diria que ele se acostumaria tão bem aqui no Brasil, ele nunca pediu pra voltar para o EUA, e nem se lembra que tem pai, bom com um pai daquele é melhor nem se lembrar mesmo. – Regina disse nervosa por lembrar do abandono total do pai do Henry nesses dois anos.

— Henry tem a você e a mim, ele não precisa de um pai só pra dizer que tem, ele sempre vai ter a nós duas.

— Eu sei Emma, ele ama muito você, às vezes até tenho ciúmes quando ele chega em mim e pergunta: Mãe cadê a Emma?

— E eu amo quando ele me pede qualquer coisa boba, quando ele confia em mim, quando ele me desafia no jogo, quando ele pede conselhos e ajuda nas tarefas, eu me sinto parte da vida dele cada dia mais. – Falou uma Emma toda emocionada.

O jantar foi servido e elas ainda continuaram a conversar e a recordar esses dois anos, em que os livros de Regina estavam fazendo o maior sucesso, e sim Regina realizou seu sonho que era sustentar a família com o dinheiro das vendas dos livros, o projeto de transformar as fotos de Emma em livro também deu super certo e tem vendido bastante, Emma agora era diretora do projeto Tamar em Salvador, e agora tinha um horário mais flexível, quando Emma está em casa Regina aproveitava para escrever um novo livro que é como uma continuação para o livro “A Cabana da Praia” , Henry está com 12 anos no 8º ano do ensino fundamental, se adaptou muito bem aos costumes Brasileiros e tem muitos amigos na escola, Sarah tem 1 ano e 1 mês, já está andando e falando algumas palavrinhas e é o xodó da família e amigos próximos.

Após o jantar as duas caminharam pelo calçadão a beira mar e logo voltaram para casa, pois o dia seguinte seria um tanto quanto agitado.