As Peripécias Purpurinadas De 110 Estudantes escrita por Pam, Hanlia


Capítulo 3
As mil faces de Nalu


Notas iniciais do capítulo

Olhem só quem voltou!
Contextos importantes para entenderem a inspiração deste capítulo: a Mattel adorava reutilizar o modelo facial do Nalu para personagens figurantes nos filmes antigos. Ou seja, existem milhentos clones do Nalu a vaguear pelo multiverso. Demasiados Nalus. -Pam



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Um pouco mais distante das outras escolas ficava o Colégio Oceana, um moderno e sofisticado grupo de edifícios construídos em torno de uma vasta piscina. Não por acaso, este colégio era conhecido pelo seu muito bem destacado clube de natação, que ajudara a formar nadadores profissionais de alto nível. Uma outra coisa bem conhecida nesta escola era um aluno peculiar chamado Nalu.

Nalu era uma experiência científica criada pelo governo que tinha a intenção de povoar nações fora do planeta e dentro também, no entanto, isso era segredo interestelar. Na verdade nem o narrador desta história sabe disto, no entanto está a dizer-vos.

Era um menino com porte físico… adequado, e aparência comum, literalmente. Era aquela pessoa cuja face nunca era estranha a ninguém.

Bem, voltando à história. Era uma linda manhã de sol, como sempre é, e o Nalu encontrava-se sentado na berma da piscina escolar, seminu, a beber um refresco caro enquanto aulas decorriam dentro do edifício. Nalu sempre teve riquezas, logo não precisa de aulas. Foi então que um corpo misterioso saltou de uma janela e aterrou no interior da piscina, arruinando o momento perfeito de Nalu.

— MAS QUE CASTANHOLAS?! - resmungou Nalu, enquanto observava a pessoa misteriosa regressar lentamente à superfície, enquanto uma música familiar tocava de fundo.

A pessoa não era nada mais nada menos que Merliah, uma menina bem peculiar. Merliah percebeu a presença de Nalu, e falou:

— Oh, olá! Está um belo dia para aproveitar as ondas!! 

Mas a piscina não tinha ondas, o que deixou Nalu confuso. Mas todos sabem que o que realmente importava era ser a Rainha das ondas, mesmo sem elas. Então de repente outro misterioso salto aconteceu. E em poucos segundos uma outra aluna fugitiva chamada Kylie havia-se juntado a Merliah na sua navegação por ondas inexistentes.

Nalu realmente estava confuso com todo o acontecido, mas ficou ainda mais confuso quando a navegação previamente mencionada começou a ir um pouco além do esperado.

Merliah e Kylie foram para o fundo da piscina e coisas aconteceram.

Nalu ficou a observar a piscina enquanto terminava o seu refresco. Eventualmente as duas regressaram à superfície, porém os seus rostos estavam... diferentes.

O QUE SE PASSA, QUEM SÃO VOCÊS? - disse o Nalu surpreso

— O que estás a dizer Nalu? Sou eu, o Nalu. - respondeu Merliah, isto é, Nalu.

Nalu sabia que não estava louco, ele realmente conseguia se enxergar. Então ele ouviu passos atrás de si, e quando se virou, estava lá... o Nalu.

Havia porém uma pequena diferença nestes outros Nalus que estava a deixar Nalu desconfortável. Enquanto que o verdadeiro, original, genuíno, autêntico Nalu estava seminu, os outros Nalus levavam roupa!! Que ultraje. Um autêntico insulto à magnificência do Nalu.

Nalu nunca vestia mais do que o necessário, fosse Verão ou Inverno. Na verdade, ele mesmo não entendia porque calções seriam necessários, mas eles estavam colados como alguma medida preventiva. Nalu não sabia nem sequer o que fazia naquele momento, se ficava indignado por tantas vestimentas ou se ficava assustado com a situação. Não se decidindo, Nalu resolveu lançar-se para a piscina.

No fundo da piscina havia muitas coisas interessantes que Nalu nunca tinha visto, assim como uma vasta abundância de rãs, coloridas, amarelas, de pedra, pequenas estatuetas e até umas sem cabeça.

Nalu nadou por entre as rãs, nadou e nadou pelo infinito até chegar a uma coisa. Uma coisa grande e azul.

— Siga os seus sonhos Nalu, siga os seus sooonhos

— Mas quais sonhos? - Nalu perguntou, sem certezas do que ele mesmo estava a falar. E então ouviu uma outra voz.

— Nalu…. Nalu….

A voz parecia distante, mas ao mesmo tempo era alta, neste momento Nalu olhou para cima e avistou uma garota com olhos cor arco-íris e longos cabelos loiros.

— Elina? Elina! - Nalu exclamou enquanto nadava para cima novamente, e de súbito sentiu um estranho ardor no rosto, como se tivesse acabado de ser esbofeteado.

— Nalu! Nalu! Acorda!

Desta vez a voz não era mais de Elina, e estava mais alta e um pouco irritante. Foi então que Nalu abriu os olhos, e percebeu que tudo não havia passado de um sonho. À sua frente estava Nori, a portadora da voz, a olhá-lo numa mistura de raiva e preocupação.

— Você sabe que horas são?! Dormiu a aula toda! - falou ela. E aí Nalu percebeu onde estava, curvado sobre a mesa da sala de aula. Devia ter adormecido ao ouvir as enfadonhas explicações da professora Renata, que ensinava Literatura de uma forma excessivamente empolgante. Tão empolgante que cansava os alunos.

— Ah... Desculpa Nori - respondeu finalmente, e lançou à mencionada um pequeno sorriso que a fez corar ligeiramente e desviar o olhar.

— Bem, er... estás à espera do quê, então? Vamos embora Nalu - retorquiu ela tentando readquirir a compostura - Pensei que estavas entusiasmado pela aula de Natação de hoje.

Nalu automaticamente lembrou-se do sonho, e como tudo aquilo foi esquisito, no entanto, isso não o fez perder o entusiasmo para a aula, afinal, aquilo de alguma forma o acalmava.

— Você tem razão... Vamos lá então - Nalu ergueu-se calmamente do assento e estendeu uma mão a Nori, que estava prestes a reclamar da demora, mas rapidamente mudou de ideias.

— Sim, vamos - esta respondeu entregando-lhe a sua mão, e assim os dois foram muito felizes para a aula de Natação.


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