é Amor escrita por hanna barbara


Capítulo 3
Capítulo 3




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A paternidade fez daquele casal, mais que um casal, uma família. Mas o desfecho dessa família não é tão bom quanto parece. Assim, é inesperado por tamanho amor que ali dentro tem.

A Fernanda, principal personagem dessa trama, ela convive com os amigos dos pais em sua casa desde cedo. Eram militantes contra o governo da ditadura que, fugiram do Ceará e abrigaram-se por aqui (Natal), integrantes da federação de vidraceiros, da federação de distribuidores. Bom, eles sempre estavam por lá, discutindo política é claro, negócios, tomando uma cervejinha e soltando piada a fora. Porem um casal importante desde agora na formação da nossa menina aprendiz, é a Rosa mulher do Sérgio, ambos amigos da Nathália e do Humberto e os respectivos PADRINHOS da nossa menininha. Sérgio conheceu Humberto na escola em Fortaleza e foram presos na ditadura e soltos na mesma época, ficaram ate em celas vizinhas. O que ajudou a fortalecer aquela historia de amor.  Rosa deu a luz a três crianças, Carolina a mais velha ( 5 anos mais velha que Fernanda ), Davi o do meio (2 anos mais velho que Fernanda) e Virginia a coisa fofa de todos (2 anos mais nova que Fernanda).

Como já previsto, a amizade dos pais fez com que seus filhos se aproximassem por estudarem na mesma escola e por estarem juntos todos os fins de semana em um almoço, na praia, no jogo ou na igreja.  Porem, não entrarei em muito detalhe aqui, o que interessa saber é o nome dos filhos de Rosa e Sérgio por enquanto e as suas funções.

                Quando completara seus 10 anos algo de triste iria acontecer a vida de nossa pequena Spanemberg. A semana passava rapidamente, cheia de atribulações, Humberto como havia aberto a distribuidora, se desdobrava com o trabalho. Nathália tentava ajudar o marido duas vezes ao quadrado. Ficava na sorveteria, tomava conta da filha, marido, sogra e casa, e ainda ajudava na fabrica de vidros.  Dona Maria, e Fernandinha haviam passado a semana muito bem obrigada. A senhora fazendo trabalhos sociais, ensinando a neta a fazer crochê e feliz da vida.

                O aperreio de ir pegar a filha na escola, do congestionamento na hora do almoço, e a noite deixava a todos estressados.  Ao contrario do que pensas, o casamento do casal formado em época de ditadura não era um mar de rosas não, eles também brigavam. Na quinta feira tiveram uma pequena discussão, que logo se passou e os envolvidos puderam dormir em paz. No fim de semana iriam viajar, não a passeio, iam a um congresso em Recife dos Vidraceiros. Já em recife, chegaram vivos, participaram do congresso que teve como participação quase quinhentas pessoas de publico. Passearam e curtiram o momento de casal sem filhos e “sem obrigações”, não que achassem que os filhos esfriam o relacionamento, mas todo casal tem de ter seu momento a sós, de intmidade.   

Tudo certo. Congresso terminado e enfim estariam retornando a seus lares.  Voltando para casa depois das três horas da tarde, fizeram como de costume: Rezaram antes de pegar a estrada, pediram para que Deus iluminasse seus passos, seus pneus, o freio do carro, e mais que qualquer outra pessoa, iluminasse a sua Filha.

Viagem tranqüila ate metade do caminho. Já escuro, a estrada era iluminada pelos faróis de caminhões, carros e motos, e se podia ver muito bem a luz cheia no alto do céu. Estrada antiga que cortava faixas enormes de terras, já na fronteira da Paraíba e Rio Grande do Norte, em uma subida curvada para direita e esquerda em uma Br. de mão dupla. Com uma velocidade de 100 km/h Humberto subia a ladeira e quando cruzou com um caminhão, uma carreta veio para ultrapassar o caminhão e conseqüentemente pegou em cheio na Pajero 1997 da família. Perda total do carro, danos insubstituíveis a Fernanda que perdeu seus pais em uma tragédia de uma maneira bastante brutal, e quanto ao motorista da carreta, foi preso e indiciado por estar alcoolizado e por tentativa de homicídio doloso.

                Mas a dor maior estava nas maiores vitimas. A Mãe que se sentia culpada por não ter ido primeiro que o filho já que é mais velha que ele, e a da pobre criança que perdeu os seus pais ao mesmo tempo, questão de mesmo segundo e ate milésimos. Deu hora nem pra se livrar, de raciocinar o que estava acontecendo. Depois da morte existe vida? Ou você vai fica esperando o juízo final dentro da terra escura e os bixos comendo o seu corpo?

 

 


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