De volta! escrita por Izabel Nascimento
Notas iniciais do capítulo
Hello peoples!
Vamos a mais um cap!
Pov Bonnie
Acordei em um lindo jardim. Olhei em volta e várias flores estavam desabrochadas. Espera! Eu conhecia esse jardim. Olhei para a casa a minha frente e era a mesma casa no lago que meus pais tinham. Eu estava confusa, o que eu estava fazendo aqui?
Eu ainda estava parada quando meu pai saiu pela porta da frente e começou a sorrir pra mim. Ah meu Deus! Eu estava tão contente em vê-lo. Fazia tanto tempo que nem lembrava de seu rosto, seu sorriso e até mesmo de sua voz.
Rudy: Bonnie!- veio até mim a passos largos e me abraçou, eu não hesitei em retribuir seu abraço.
Bonnie: pai!- lágrimas rolaram pelo meu rosto- mas... o que... como...
Rudy: eu senti sua falta- falou me interrompendo e me abraçando ainda mais forte.
Bonnie: mas... o que está acontecendo?- ele me soltou e olhou em meus olhos.
Rudy: vamos entrar e explicaremos tudo.
Bonnie: mas... eu...
Rudy: venha- segurou minha mão e me levou para dentro.
Eu entrei e logo pude ver a decoração, que não havia mudado nada. Ainda havia fotos minhas nas paredes, brincando de boneca, fazendo chocolate com minha avó, brincando com Elena e Caroline, meus pais me abraçando... mais lágrimas começaram a rolar. Chegamos a cozinha e um cheiro gostoso invadiu minhas narinas, logo pude ver minha mão no fogão preparando algo.
Abby: Bonnie?- falou sorrindo com os olhos marejados.
Bonnie: mãe?- meu pai me soltou e eu corri até ela.
Nos abraçamos e começamos a chorar juntas. O que estava acontecendo afinal? Minha mãe me soltou após um longo tempo e nossos olhos estavam igualmente vermelhos, por causa do choro.
Abby: ah meu amor, está tão linda- alisou meu rosto.
Bonnie: eu... eu senti tanto sua falta minha mãe.
Abby: eu também meu amor- beliscou minha bochecha um pouco e eu sorri.
Bonnie: mas... o que estou fazendo aqui mãe?
Abby: sente-se- sentei e logo notei que meu pai já não estava na cozinha.
Bonnie: cadê o papai?
Abby: ele já volta- ela desligou o fogo e pôs o conteúdo, que pude ver que era chocolate, em um prato- você, Elena e Caroline adoravam isso- pôs em cima da mesa e rimos.
Bonnie: mãe, me explique o que está acontecendo, por favor.
Abby: não lembra de nada?
Bonnie: apenas de...- foi então que lembrei de estar saindo da casa em que Enzo me manteve presa e logo depois ouvir um tiro e tudo se apagou- oh não! Eu... eu...- mais lágrimas começaram a rolar.
Xxxxx: Bonnie?- uma voz familiar chamou e agora as lágrimas de saudade começaram a tomar conta de meu rosto.
Bonnie: vovó!- me levantei da cadeira e me encaminhei até ela abraçando-a com força.
Sheila: meu amor!- ela chorava também- oh meu Deus, como está linda!
Bonnie: ah vovó, eu senti tanto sua falta- falei desabando.
Sheila: shhh. Calma meu amor.
Nos separamos depois de um tempo e eu tentei me acalmar, quando já estava calma sentei novamente na cadeira, agora acompanhada por meus pais e minha avó, e começamos a conversa em questão.
Bonnie: eu estou...
Abby: provavelmente.
Bonnie: como assim?
Rudy: não morreu, mas está em coma querida.
Bonnie: como posso vê-los? Isso é um sonho?
Sheila: é como se fosse um, querida, mas na verdade é real.
Bonnie: como posso saber se é ou não?
Abby: pôde nos abraçar e pode sentir as lágrimas que escorrem de seus olhos, não?- assenti.
Olhei para o prato de brigadeiro e pus o dedo, logo sentindo-o queimar. Pus o dedo na boca e senti o gosto do chocolate.
Bonnie: é real- eles sorriram.
Rudy: é tão real, quanto quando você abraça Peter e beija Malachai.
Bonnie: podem vê-los?
Sheila: sim, e que confusão você se meteu minha filha- abaixei a cabeça e assenti fraco.
Abby: acredite, isso é culpa nossa.
Bonnie: não.
Rudy: sua mãe tem razão, se nó tivéssemos vivido mais...
Bonnie: o que estão falando? Ninguém escolhe quando vai morrer.
Abby: deveríamos ter prestado atenção no transito, a chuva...
Bonnie: eu me nego a ouvir vocês se lamentarem por isso. Não foi culpa de vocês ok? Não tiveram nada a ver.
Sheila: Bonnie tem razão, não escolhemos quando iremos partir ou não- sorri um pouco para minha avó.
Bonnie: eu que devo pedir desculpa, talvez se eu não tivesse sido tão ingênua de ter engravidado cedo...
Sheila: ah não. A culpa não foi sua, você só... só não se preveniu.
Bonnie: mas eu devia.
Sheila: não se culpe. Nunca expliquei nada disso a você, não tinha como saber.
Rudy: e eu me recuso a ouvir desculpas por isso- rimos um pouco.
Abby: Peter é um lindo garoto.
Sheila: realmente é.
Bonnie: foi difícil cria-lo praticamente sozinha, mas eu consegui- eles sorriram.
Rudy: eu gostaria de ter conhecido meu neto.
Bonnie: mas... o conheceu.
Rudy: de pega-lo no colo, de brincar com ele... bom, ele gostaria de ter um avô, certo?
Bonnie: não se culpe meu pai- ele assentiu.
Abby: e o Kai, ele é um anjo.
Sheila: nem tanto.
Abby: mãe!
Sheila: ora Abigail, ele a abandonou.
Rudy: mas pediu desculpas.
Sheila: acredite querida, quando ele apareceu de novo eu queria que um carro passasse por cima dele, ou que você nunca o perdoasse- ri um pouco- mas ele se mostrou bom depois de um tempo.
Abby: sem falar que ele fez de tudo para salvar Bonnie das garras de Enzo.
Bonnie: ele fez?
Rudy: oh querida, nós vimos tudo.
Sheila: Kai ficou desolado. Não comia, não bebia e nem dormia direito. Peter estava bem aparentemente, mas por dentro estava uma bagunça.
Abby: ele não parava de chorar a noite e pedir para que você estivesse bem- uma lágrima escorreu por meus olhos só de imaginar essa cena.
Bonnie: eu nunca devia ter conhecido Enzo.
Rudy: verdade. Enzo era bom no começo, mas se mostrou um problema quando não conseguiu o que queria.
Sheila: mas ele tem uma história bem ruim, não?
Bonnie: tem? Eu e ele não conversávamos sobre isso.
Abby: os pais de Enzo se separaram por um tempo e ele presenciava várias brigas, vivia de casa em casa, pois sua mãe não queria ele com seu pai e do mesmo modo seu pai. Então Enzo pôs na cabeça que teria uma família com a mulher que ama e seriam felizes.
Bonnie: então...
Rudy: sim- falou me interrompendo- o amor dele por você era real.
Sheila: mas com um tempo o amor virou obsessão. Ele queria a todo custo tê-la ao lado dele e quando fugiu da cadeia, cumpriu o que seu coração queria.
Bonnie: ele é doente- falei balançando minha cabeça.
Rudy: era- olhei para meu pai confusa- ele morreu.
Bonnie: o quê?
Abby: quando ele atirou em você, a xerife Forbes atirou nele e ele morreu.
Sheila: bom, acho melhor comermos, não?- rimos.
Minha mãe pôs algumas xicaras na mesa com alguns biscoitos e torradas, então pude pensar que era hora do lanche. Meu pai pegou uma jarra de suco e pôs na mesa juntamente com alguns copos.
Comemos, conversamos e rimos bastante. Eu não podia acreditar que estava aqui com minha família, meu Deus! Após o lanche minha mãe foi lavar a louça e minha avó me pediu para segui-la. Acabamos parando em um jardim que tínhamos atrás da casa, onde minha avó plantava suas ervas e variadas flores também.
Sheila: lembra que você adorava os jasmins?- ri.
Bonnie: sim.
Sheila: a Valentina é linda- olhei para ela confusa e depois sorri.
Bonnie: a senhora viu ela?
Sheila: quer vê-la?- achei estranho.
Bonnie: sim... acho que sim- ela riu.
Sheila: pense nela.
Fechei os olhos, respirei fundo e comecei a pensar em minha filha. Logo eu estava em uma sala cheia de incubadoras. Olhei ao redor e em todas elas haviam bebês. Vi Josette parada em frente a uma delas e ela sorria.
Bonnie: Jo!- ela nem me olhou.
Sheila: ela não pode ouvi-la- olhei para minha avó e assenti devagar- vai lá.
Fui devagar até a incubadora de minha filha. Cheguei bem perto e a vi. Ela tinha uma pele pálida, seus olhos eram verdes igual os meus e por um momento pude vê-la sorrir.
Bonnie: Valentina!- uma lágrima escorreu por meu olho.
Sheila: linda, não?- assenti sorrindo.
Bonnie: eu... eu posso toca-la?- ela negou com a cabeça.
Sheila: o que acha de ver você?
Bonnie: posso?- ela assentiu.
Olhei para Val de novo e mandei um beijo invisível no ar. Saí de lá e segui pelo corredor. Vi Josette entrar em um quarto e a segui. Logo pude ver meu corpo ali. Eu estava com uma expressão serena, respirando devagar, meus batimentos estavam normais.
Josette: vai ficar tudo bem, minha amiga- segurou minha mão.
Sheila: todos eles precisam de você- logo a porta se abriu e por ela entrou Caroline e Elena.
Caroline: tudo bem?
Josette: está- sorriu- tudo está normal.
Elena: eu sinto tanta falta dela- uma lágrima escorreu de seu olho e ela enxugou rápido.
Caroline: logo ela estará aqui- sorriu.
Josette: bom, vou deixa-las. E o Kai?- meu coração acelerou.
Elena: ainda está desacordado- desacordado?
Caroline: a enfermeira disse que ele logo vai acordar- Jo assentiu.
Ela saiu da sala e minha avó tocou meu ombro.
Bonnie: o que houve com Kai?
Sheila: ele sofreu um tiro na perna, para fazer a cirurgia usaram anestesia, mas ele ficará bem- assenti- vamos, temos que voltar.
Olhei uma ultima vez para meu corpo e saí.
**
Já havia se passado dias que eu estava aqui com meus pais e minha avó. Meses, eram meses. Eu marcava os dias todos os dias em uma folha de papel.
Eu estava no jardim e estava brincando com algumas flores. Resolvi ir me ver novamente, tinha que estar tudo bem. Me concentrei e logo estava na minha sala de novo, mas o que acontecia era que vários médicos estavam correndo e dando choques em meu peito.
Bonnie: o que está havendo?- comecei a me desesperar- O QUE ESTÁ...- lágrimas invadiram meu rosto.
Josette: EU NÃO VOU PERDÊ-LA, FAÇA O QUE FOR PRECISO!- ela parecia ainda mais agitada.
Abby: filha- olhei para ela.
Bonnie: eu não posso mãe, Kai precisa de mim, Peter precisa de mim, Val precisa de mim.
Abby: filha, você não vai- ela me abraçou forte e mais lágrimas invadiram meu rosto.
Logo estávamos de novo no jardim de minha casa. Depois daquele dia eu me visitei vários dias e pude ver Kai chorando segurando minha mãe, ele estava tão abatido. Pude ver Peter também, que chorava algumas vezes.
Bonnie: preciso despedir-me de Kai minha mãe.
Abby: você não vai morrer Bonnie- segurou meu rosto- não vai.
Estava começando a escurecer, então fomos para dentro. Jantamos e logo fomos para nossos quartos. Eu não consegui dormir só pensando em como ficaria se eu... não! Não vou morrer!
**
Mais dias haviam se passado e graças a Deus eu não tinha partido. Eu estava mais uma vez no jardim, olhando para as nuvens no céu e imaginando todo esse tempo que passei em dois lugares. Aqui com minha família e vendo minha outra família naquela luta constante. Eu tinha que voltar para eles.
Rudy: filha?- se sentou a meu lado.
Bonnie: oi pai!
Rudy: eu sei o que está pensando.
Bonnie: sabe?
Rudy: e sim, precisa voltar para eles.
Bonnie: e vocês?
Rudy: precisa nos deixar Bonnie. Agora você tem um marido que precisa de você, um filho que sente sua falta, uma filha que precisa da mãe- ele segurou meu rosto- viva Bonnie!
Bonnie: eu não quero deixar vocês- lágrimas começaram a correr.
Rudy: mas precisa minha princesa- enxugou minhas lágrimas- precisa ir.
Bonnie: mas...
Rudy: Bonnie, já nos vimos novamente, conversamos e compensamos um pouco o tempo que passamos longe- ele também chorava- mas você precisa voltar- assenti derrotada- venha- falou se levantando e estendendo a mão.
Peguei sua mão e nós entramos. Minha mãe e minha avó já estavam com lágrimas transbordando. Abracei as duas de uma vez e começamos a chorar ainda mais.
Abby: estaremos sempre com você- beijou minha bochecha.
Sheila: volte com Deus, minha pequena- sorriu um pouco.
Rudy: eu te amo minha princesa- sorri e o abracei.
Nos despedimos depois de tudo e agora estava na hora de ir. Estava na hora de encontrar Kai novamente, abraçar Peter e segurar Val em meus braços. Eu fechei os olhos e tudo desapareceu.
De repente eu respirei fundo e pude ouvir bipes e alguém chamando meu nome. Abri os olhos lentamente e uma luz ofuscante tomou conta de minha visão. A minha visão voltou ao normal e pude ver uma sala azul, luzes e escutei uma voz...
Peter: mãe? Mamãe?- ele estava eufórico- PAI! A MAMÃE ACORDOU- e sua voz sumiu.
Olhei ao meu redor e era meu quarto. Eu havia voltado? Ah meu Deus!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Nossa, que experiencia da Bon Bon!
Espero que tenham gostado, beijos!