De volta! escrita por Izabel Nascimento


Capítulo 47
Capitulo 47


Notas iniciais do capítulo

Hello peoples!

Desculpem a demora. Hoje terá dois caps, ok?

Let's go!



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1 mês depois...

Pov Bonnie

Estava começando a ficar insuportável ficar aqui o tempo todo. Esse quarto é tão deprimente. Tudo ficava escuro, a não ser por uma luz pendurada no teto. A janela com o vidro quebrado pela manhã revelava a luz do sol, pela noite a lua pairava no céu, mas nada era bonito pra mim enquanto eu estava ali. O quarto não era muito arejado, por isso não tinha um cheiro bom. Eu só queria estar em casa, na minha cama, ao lado do meu marido e do meu filho. Meus pensamentos foram interrompidos pelo ranger da porta.

Enzo: bom dia!- falou com certa animação- o que acha de um café?- pôs em cima da mesinha ao lado da cama.

Bonnie: onde comprou isso?

Enzo: ah amor, isso eu que fiz.

Bonnie: aqui tem... tem eletrodoméstico?

Enzo: tem tudo que você imaginar.

Bonnie: você já estava planejando isso a muito tempo?

Enzo: sim- sorriu cinicamente.

Peguei o café na mesinha e olhei bem, após isso cheirei e olhei para ele. Ele gargalhou.

Enzo: acha mesmo que quero te fazer mal? Se eu quero que sejamos felizes, não vou pôr veneno aí.

Bonnie: você já está me fazendo mal.

Enzo: vai beber o café ou não?- falou revirando os olhos.

Enfim pus a xicara em minha boca e engoli um pouco do liquido. Se fosse só por mim eu não beberia, mas eu precisava ficar forte pela Valentina. Após beber todo o liquido pus a xicara em cima da mesinha novamente.

Enzo: mais tarde trago seu almoço- falou pegando a xicara- e como vai nossa bebê?- falou se abaixando a minha frente.

Bonnie: já falei que essa bebê não é sua e nunca vai ser. Ela pertence a mim e ao Kai- falei com raiva e ele riu.

Enzo: pena que o Kai não está aqui, não é?- olhei para ele desejando que alguém estourasse a cabeça dele.

Ele deu um beijo em minha barriga e levantou-se. Quando saiu, as lágrimas começaram a rolar por meu rosto. Eu desejava com todas as minhas forças que Kai me resgatasse e levassem Enzo pra bem longe de mim. Eu estava com saudades de Peter, de acorda-lo pela manhã, de sentir seus beijos em meu rosto e dele conversando com a Val. Estava morrendo de saudades do Kai, de acordar pela manhã e me deparar com um lindo par de olhos azuis cinzentos.

Bonnie: Kai- sussurrei enquanto as lágrimas caíam mais e mais.

Pov Kai

Um mês! Já fazia um mês que tudo isso acontecia e eu não tinha boas notícias para dar para ninguém. Eu e Peter já estávamos em casa, mas era raramente as vezes em que ficávamos sozinhos. Caroline e Elena já haviam saído do hospital. Elas se revezavam para ficarem aqui. Quando Elena saía Caroline entrava, quando Caroline saía Josette entrava, quando Josette saía Damon e Stefan vinham fazer uma visita... Peter não era mais tão animado como antes, e claro que ele tem toda a razão. Ele não chorava muito, mas dava para ver que sofria muito, pois não falava com quase ninguém, mal comia e vivia mais no quarto do que em outro cômodo.

Eu não estava muito diferente. Sim, eu conseguia chorar bem mais que ele. Eu mal comia também. Na verdade, eu só comia por que Josette me obrigava a comer. Eu vivia mais na sala pensando. Estava afastado do trabalho até que me sentisse com cabeça para trabalhar. Mas quer saber? Sem Bonnie eu não tenho cabeça pra nada. E pensar que ela está nas garras daquele idiota me dá uma raiva muito grande.

Caroline: Kai?- olhei para ela, que estava parada na entrada da cozinha.

Kai: desculpe... o que estava dizendo?

Caroline: falei que o almoço está pronto.

Kai: ah sim, mas não estou com muita fome.

Caroline: a doutora Parker me disse que você tem que comer- sorriu um pouco, mas como viu que eu não retribuía veio até mim- eu sei que está doendo muito. Se dói para mim, que sou a melhor amiga dela, imagina pra você que é o amor da vida dela.

Kai: eu não sei se vou conseguir viver sem ela.

Caroline: eu sei que vai ser muito difícil- ela pôs a mão em meu ombro- mas... e se... e se ela não voltar- olhei para ela rapidamente- não! Calma! Eu só estou dizendo uma hipótese. Claro que Bonnie vai voltar e vocês vão seguir como uma família feliz. Mas... vai ficar assim para o resto da vida caso...- ela parou de falar.

Kai: eu sei que não quis falar por mal- sorri fraco para ela- mas eu não sei Caroline... eu a amo tanto.

Caroline: eu sei que sim, eu também a amo muito- sorriu- mas olha, eu tenho certeza que ela voltará e logo estaremos fazendo um churrasco na casa dos Salvatore comemorando- riu um pouco- mas para ter forças para poder abraça-la e beija-la, vai ter que comer.

Kai: tem razão- nos levantamos- vou lá em cima chamar o Peter.

Caroline: ok- voltou para a cozinha.

Subi as escadas e cheguei em frente a porta do Peter. Abri-a e me deparei com ele sentado no sofá que tinha perto de sua janela. Ele olhava lá pra baixo com uma cara triste.

Kai: garotão?- ele olhou pra mim.

Peter: oi papai. Tudo bem?

Kai: na medida do possível- fui até ele e sentei ao seu lado- o que acha de comer um pouco?

Peter: não estou com fome, papai.

Kai: eu sei que não- alisei seu cabelo- mas... se quiser ter forças para abraçar a mamãe quando ela voltar, vai ter que comer- usei a tática de Caroline.

Peter: é...- levantou-se devagar- vamos?

Kai: vamos- me levantei.

Fomos para a cozinha e Caroline nos esperava. Sentamos a mesa e nos servimos. Mal tínhamos terminado e a porta se abriu.

Damon: olá- falou sorrindo.

Caroline: onde está Elena?

Damon: já está vindo. Passou em casa para pegar algumas coisas.

Caroline: e Stefan?

Stefan: aqui- falou entrando- olá para vocês.

Kai: oi.

Damon: você quer ir em casa, Caroline?

Caroline: preciso fazer algumas coisas por lá, sem falar que minha mãe precisa da minha ajuda.

Stefan: quer que eu te acompanhe, amor?

Caroline: só se quiser- sorriu- bom, até mais meninos- veio até mim e tocou meu ombro, depois foi até Peter e beijou o topo de sua cabeça.

Peter: até mais, tia.

Caroline: até mais, meu amor- sorriu- vamos.

Ela e Stefan saíram e Damon ficou ali nos observando.

Kai: não quer comer, Damon?

Damon: ah não, já almocei quando saí do trabalho.

Kai: acho que logo voltarei.

Damon: ah não cara, só volte quando estiver bem mesmo.

Peter: já terminei- falou empurrando o prato que ainda tinha um pouco de comida- com licença- saiu da cozinha e supus que subiu as escadas.

Damon: deve estar insuportável para vocês- assenti.

Kai: a xerife tem novas informações?

Damon: eles até tentaram rastrear o número privado, mas ele foi muito inteligente de ter privado a linha.

Kai: eu só quero que ele pague muito caro- fechei o punho- só queria saber como ele conseguiu fugir.

Damon: a xerife disse que ele fez amizades por lá que acabaram o ajudando.

Kai: idiota- bati na mesa com força.

Damon: calma amigo. Quando conseguirmos pôr as mãos nele, ele vai desejar nunca ter nascido.

Kai: só espero que pague muito, muito, muito caro mesmo.

Terminei de comer e me levantei. Pus a louça na pia e lavei, sequei e guardei. Saí da cozinha e sentei no sofá novamente.

Damon: precisa fazer a barba- falou sentando na poltrona.

Kai: acho que não tenho cabeça nem pra isso.

Damon: olha que se você não se cuidar, Bonnie não vai te querer quando voltar- ri um pouco.

Depois o silencio pairou e Damon foi até a cozinha para beber um pouco de água. Eu só queria pôr as mãos em Enzo e fazê-lo sofrer muito. Como ele conseguiu fugir? Será que Anna estava nesse plano também? Espera! Se Anna não estiver nisso tudo, ela continua presa e deve saber algo. Levantei mais do que depressa e peguei a chave do carro.

Damon: ei! Para onde vai?

Kai: preciso ir até Anna.

Damon: espera- segurou meu braço- o que vai fazer?

Kai: ela tem respostas para mim Damon, eu sei que tem.

Damon: tá, e se ela não te der nenhuma?

Kai: vou arrancar dela- me soltei dele- cuida de Peter e não deixa ele sozinho um minuto.

Damon: Kai...

Eu não fiquei para ouvir. Saí, entrei no carro e fui em direção ao presidio em que Anna se encontrava. Eu só precisava de respostas.


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Notas finais do capítulo

Eita!

Espero que tenham gostado, beijos!



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