Não é apenas Uma Aposta é Amor escrita por Lany


Capítulo 7
Vidas e Famílias


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, mais um capítulo.
Espero que gostem.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/67909/chapter/7

 

*Alice*

 

-Bom dia! Acorda dorminhoca! –Abri os olhos com dificuldade, tentando me acostumando com a claridade que invadia as janela. Fazendo sol em forks?

 

-Bom dia Elizabeth. –Respondi sonolenta me levantando devagar. –Porque você me acordou tão cedo? –Completei entre um bocejo.

 

-Por que? Allie eu quero saber de tudo. Quem era aquele carinha que veio te deixar em casa? Ele era bonito. Você tem namorado? Como pode não ter me contado antes? - Elizabeth estava tão empolgada que mais parecia uma adolescente, Voltei a me jogar na cama, mais feliz impossível, lembrando de tudo o que tinha acontecido. A festa, os beijos, e que beijos.  

 

-Isso é maldade! Eu aqui morrendo de curiosidade e você me torturando desse jeito. –Elizabeth interrompeu meus pensamento.

 

-É mesmo, desculpa. E pra começar ele não é meu namorado, é só um...um amigo.-Não, Jasper é bem mais que um amigo.

 

-Nem tente me enganar! Eu sei que você não anda beijando todos os seus amigos daquele jeito. – Fiz cara de indignada e joguei o travesseiro mais próximo nela.

 

-Olhando pela janela. Que feio Elizabeth! –Acusei. Voltando a sentar de frente pra ela.

 

-Não! Eu só me levantei pra pegar um copo com água, escutei um barulho de carro e fui ver quem era, e o que eu vejo? Vocês dois no maior beijo, no maior cli... –Elizabeth gesticulava, fazendo gestos como se estivesse beijando um homem invisível.

 

-Chega... eu já entendi. –Eu realmente não precisava do relato.

 

-Você entendeu, mas eu não. Como vocês começaram a namorar? E por que você não me contou? –Exigiu. Com as mãos na cintura.

 

-Elizabeth nós não estamos namorando. –Expliquei.

 

-Mas você gosta dele não gosta? –Boa pergunta.

 

-Sinceramente eu não sei. Confesso que sempre sentir algo por ele, mas antes ele era diferente, era idiota, arrogante, mimado, mais agora eu não consigo vê-lo desse jeito. Agora ele é simpático, extremamente alegre e romântico. –Desabafei.

 

-As pessoas mudam querida, principalmente quando estão apaixonadas. –Elizabeth sempre diz o que mais quero ouvir. Esse é o pior defeito e a maior qualidade dela.

 

 Passei a narrar minuciosamente tudo o que tinha acontecido e Elizabeth prestava total atenção e mim. Rindo, fazendo brincadeiras e ela ate se emocionou quando lhe disse que realmente gostava de Jasper. Só parei de falar quando o celular de Elizabeth tocou.

 

-Espera um segundinho. –Pegou o celular olhando no visor.

 

-Oi. –Disse assim que atendeu.

 

-Por que? Você disse que viria. –Uma pausa. Pelo o que parece meu pai teve mais um de seus compromissos. Era de se esperar.

 

-Faz um mês que você está viajando! – Outra pausa.

 

-Sim! Ela esta aqui!-Elizabeth me passou o celular em seguida.

 

-Pelo o que entendi você não vai poder vim não é? –Falei assim que peguei o aparelho.

 

-Desculpe querida, Mais quem sabe no próximo fim de semana eu esteja livre? –As palavras, no próximo e quem sabe sempre predominaram nos nossos diálogos.

 

-Quem sabe? –Disse sarcástica.

 

-Então, tchau querida e divirta-se. –Desligou o telefone.

 

-Bom! Não é só porque Nickolas não vem que nós vamos deixar de se divertir. – Elizabeth disse animada. -Vamos tomar um café reforçado e Shopping. –Jogou os braços pra cima como uma criança.

 

 Faz mais de duas semanas que não vou fazer compras ta mais do que na hora. Saltei da cama animada. Afinal tenho certeza que meu pai não vai se preocupar ou se lamentar por não poder ter vindo, então vou fazer o mesmo.

 

  Sinceramente às vezes acho que ele só lembra de mim. quando as faturas do cartão chega.

 

-E nós temos que contar pra Judith que você ta namorando. –Disse saindo do quarto.

 

-Eu não to namorando! –Exclamei, saindo atrás dela.

 

  Judith era quase como da família, já trabalha conosco há décadas, ela e Paul o motorista moram em uma casa ao lado da nossa, nem preciso falar que eles são casados né?  Judith faz a melhor comida do mundo, e Paul é quase um Enófilo, ele passa horas na adega, sempre da dicas de vinhos para meu pai e os amigos.

 

                                               ...

 

 

 

*Jasper*

 

Poderia passar o dia todo dormindo, mas as risadas estrondosas que vinha do andar de baixo me acordaram, e nem precisava ser vidente pra saber que era Emmett. Tomei uma ducha um pouco demorada, vestir uma calça de moletom, uma camiseta e desci.

  A TV estava ligada, mas todos, Rose, Edward, Bella, prestava atenção em Emmett, que tentava contar algo entre risadas.

 

-Vocês não tem mais casa não, é? –Perguntei me jogando no sofá.

 

-Bom dia pra você também Jazz! –Rose disse sarcástico. Certo essa eu mereci.

 

-Desculpa! Bom dia! Ta bom assim Rose? –Perguntei irônico.

 

-Ta bem melhor.- Voltou a olhar pro namorado, acenei pra Bella, Edward, e Emmett. –Desculpa, mau humor matinal e vocês sabem que eu não to falando serio. –Disse sincero.

 

-Relaxa cara. –Edward cumprimentou e Bella sorrio.

 

-Então qual era o motivo de tatos risos. –Perguntei curioso.

 

-Eu tava contando uma piada, mas eles não entenderam. –Emmett explicou.

 

-Emmett como nós podemos entender se você não parava de rir, por um só segundo. –Bella acusou. Emmett apenas deu de ombros e sentou.

 

-Agora que você acordou eu quero saber... –Rose fez uma pausa e voltou a me olhar. –Eu entendi que você convidou a Alice, mas, por que você a beijou? –Os garoto e eu trocamos um olhar cúmplice.

 

-Por que ela é Bonitinha! –Respondi simplesmente. Alice é bem mais que bonitinha, ela é uma garota incrível.

 

-Bonitinha? Cara nem vem, ele pode ate ser bonitinha mais ontem à noite ela tava... –Emmett colocou a mão no queixo parecendo pensar na palavra certa.

 

-Sexy. Você se deu bem!

 

-A Alice é bem legal, e vocês ficam bem juntos, tipo um casal. –Bella disse animada.

 

-Nem pense nisso Bella! –Falei rapidamente. Embora imaginasse isso frequentemente.

 

-Ela parece ser legal, bem você é quem sabe! –Rose deu de ombros. -Vem Bella você não vai acreditar nas bolsas que eu comprei. –Puxou Bella escada acima.

 

-Tenho escolha? –Bella parecia suplicar, ela sabia que quando Rose começava a falar dessas coisas, só muita paciência.

 

-Então a sininho beija bem? –Emmett perguntou, quando ficamos sozinhos deixando Edward e eu sem entendermos nada. Revirei os olhos, ele só podia está falando da Alice.

 

-Como? sininho? –Edward perguntou encarando o irmão.

 

-Sim! Sininho, aquela fada pequeninia, que mora na terra... na terra do Sempre com o Robin Hood. –Explicou, ou melhor, misturou tudo.

 

-Emmett eu sei que a sininho é uma fada, mas nas historias ela mora na terra do nunca com o peter pan, e não nessa terra do sempre com o Robin Hood. –Edward esclareceu.

 

-Há tanto faz! Você ainda não respondeu, ela beija bem? –Voltou a perguntar.

 

-Eh... Beija...ela beija bem. –Disse meio receoso, por que tudo é tão complicado, por que não consigo tira-la da cabeça. Eu não devia me sentir tão... tão feliz.

 

  Antes que Emmett viesse com outra pergunta a campainha tocou, Pulei do sofá atendendo a porta logo em seguida.

 

-James. –Disse enquanto passava por mim. Ele ainda estava machucado e furioso por conta disso. Tenho que admitir que foi bem engraçado ver ele apanhar daquele jeito, Seth manda muito bem.

 

-Pega! –Me passou um envelope, abri e lá se encontrava a quantia combinada na aposta. Droga! A sensação estranha que senti durante a noite voltou dessa vez mais forte. De alguma forma, que não entendo, sentir que era errado ficar com o dinheiro, quer dizer foi uma aposta e eu ganhei de forma limpa. Não deveria me sentir assim.

 

-Algum problema Jazz? –Edward perguntou. Provavelmente notou a mudança em meu humor.

 

-Ta faltando dinheiro é? –Emmett concluiu, entre risos.

 

-Não! Ta tudo aqui! Você já vai pagar?! –Perguntei para James que deu de ombros.

 

-Não gosto de dever nada a ninguém. Sem falar que você mandou bem, nunca pensei que a Alice fosse tão fácil assim, acho que até eu tenho chance com ela. –Acusou.

 

-Ela não é esse tipo de garota James. – Disse firme, me arrependendo no mesmo instante, pois três olhares curiosos voaram em minha direção!

 

-Não! É que pra mim é fácil! –Fiz uma pausa, pensando no que iria dizer, não queria falar besteira de novo. –Vocês tem que entender que só existe dois tipos de mulheres no mundo as que são apaixonadas por mim, e as que ainda não me conhecem. –Disse convencido. Mas funcionou e aliviou a tensão no assunto Alice.

 

-Jazz ainda ta cedo não vamos começar com isso! –Emmett disse revirando os olhos.

 

-Eu só respondi! –Disse simplesmente.

 

   ...

 

 E a tarde se passou assim... Quase anoitecendo todos foram embora. Rose e eu assistimos uns filmes. Nossos pais chegaram em casa depois de uma reunião ou algo assim, ambos são advogados, e são donos de uma empresa de Advocacia, a gerações essa empresa está na nossa família.

 

  Depois de algum tempo Louise, sérvio o jantar, conversamos de coisas banais, estava sendo agradável até que meu pai comentou:

 

 -Não vejo à hora de velos formados, Jasper sem duvida terá uma carreira brilhante, na empresa.

 

-O senhor sabe muito bem, que não pretendo prestar advocacia.- Falei educadamente.

 

-Isso é o que você diz agora, tenho certeza que mudará de opinião. –Disse serio. Soltei os talheres, me levantando bruscamente.

 

-Não pai, não importa como à advocacia é importante pra você, é o meu futuro e não o seu, eu tenho o direito de fazer as minhas escolhas. –Estava me exaltando, na maioria das vezes tinha uma relação amigável com meu pai, exceto quando ele queria controlar minha decisões. Ele repetiu os meu gestos soltando os talheres e levantando-se.

 

-Richard! Não é hora de discussões. –Minha mãe o advertiu. Meu pai a olhou por alguns segundos em seguida me fuzilou com o olhar.

 

-Não quando essas escolhas vão lhe levar para um caminho errado. Quando tinha a sua idade também não gostava de advocacia, tinha muitas duvidas, mas graças ao seu avô agora eu estou bem, tenho uma família, uma casa, empregados enfim, e tudo isso só aconteceu por que ele fez a mesma coisa que eu estou fazendo com você agora. –Disse rígido, ficando cada vez mais vermelho de raiva. Sentia o sangue do meu corpo esquentar, ele não tem o direito de falar assim comigo .

 

-Jazz vamos subir! Por favor. –Rose pediu. A ignorei, ela detestava essas discussões mais que qualquer um aqui.

 

-Você nem sabe quais são as minha escolhas, como pode saber se elas são erradas. Eu tenho muitas duvidas sim! mais de uma coisa eu tenho certeza , eu não quero e não vou ser advogado, e não importa o que você diga ou faça. Você pode ser meu pai mais não pode controlar minha decisões. Com licença.

 

  Dei as costas e subi as escadas tentando me acalmar. Entrei no quarto batendo a porta com força. Jogando-me na cama.

 

-Jazz? –Rose chamou, já dentro do quarto. Abri os olhos encarando-a por alguns segundos. –Jazz não fica assim, você sabe que papai só estava exaltado. –Disse sentando-se ao meu lado.

 

-Eu sei Rose, eu sei. Eu só não suporto quando ele quer me controlar desse jeito, Eu não só fraco como ele, ele não vai me dominar como o vovô fazia com ele. –Desabafei.

 

-Se você contasse logo o que quer fazer, tenho certeza que ele ia parar de  importunar. –Era uma solução simples, mas não com o meu pai.

 

-Não rose, ele não me escuta, eu já tentei inúmeras vezes, mas sempre que começo falar “eu andei pensando...” ele nem deixa eu terminar, fica dizendo que sabia que eu ia acabar gostando de advocacia. –Disse lembrando das varias tentativas. –Quem sabe, quando ele passar a me escutar eu conte. –Concluir.

 

 Rose sabia que estava certo por isso não discutiu, desejou boa noite e foi para o seu próprio quarto.

 

 Decidi tomar um banho quente. Depois de longos minutos dentro da banheira percebi que era inútil ficar mais tempo ali já que não conseguia relaxar. Envolvi a toalha envolta da cintura, pegando a primeira calça que encontrei,  com o cabelo ainda molhado deitei na cama, ainda era cedo não dormiria agora, mas tentaria, quem sabe o sono vem.

 

 Depois de muitas tentativas desistir. peguei o celular passando por vários e vários nomes, já passava pelos mesmos nomes pela segunda vez, percebendo que o numero de quem queria não estava ali.

 

-Jasper tira essa garota da cabeça. –Murmurei para mim mesmo. Porem sorri ao lembrar da noite passada. Das suas pequenas mãos, dos seus lábios, do seu gosto. Voltei a pegar o celular dessa vez sabendo para quem ligaria.

 

 O aparelho chamou três vezes quando Jacob atendeu.

 

-Alô. Jacob é Jasper.

 

-Aconteceu alguma coisa? Ou vai rolar outra festinha? –Jacob perguntou animado, do outro lado da linha.

 

-Não Jacob! Liguei por que preciso de um favor seu.

 

-Se eu poder fazer, É só falar.

 

-Tem como você conseguir o numero da Alice pra mim, eu sei que ela é muito amiga do seu irmão. –Jacob passou um longo tempo sem responder. Em certo momento pesei que a ligação tinha caído.

 

-Eu não tenho, mais Seth deve ter. Espera eu vou ver onde ta o celular dele. –Esperei algum tempo, aproveitei para pegar uma caneta e um pedaço de papel.

 

-Jasper ainda ta aí? –Jacob voltou a falar.

 

-To! conseguiu o numero?

 

-Anota aí! –Jacob falava os números rapidamente.

 

-Fico te devendo essa cara!

 

-Que nada. Você também já me ajudou muito, principalmente com números de telefones da mulherada. Agora Jasper... sem querer me meter... –Pra quem não queria se meter ele provavelmente queria saber coisas de mais.

 

-Jacob agora eu tenho que desligar. Valeu cara. –Desliguei antes que ele pudesse perguntar o que queria.

 

 Peguei o papel digitando pausadamente os números no celular. O que essa garota ta fazendo comigo. Tive vontade de desligar, mas no mesmo instante  que pensei na hipótese  ela atendeu.

 

-Alô. Quem é? –A duvida era evidente em sua voz.

 

-Er...Sou eu... Jasper. Conseguir seu numero com um amigo, espero não ter te acordado.

 

-Não! Não me acordou. Eu só não estava esperando que você ligasse. –Apesar do pouco tempo que convivi com Alice, sei que não existe alguém tão sincera como ela.

 

-Nem eu... Quer dizer eu só tive vontade de ouvir a sua voz, de conversar e decidir ligar.

 

-Que bom que ligou.

 

 Foi apenas o que disse, mas essas palavras nos deixaram conversando até 1:30 da madrugada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A : Dois capitulo em um só dia! Espero que assim vocês nos perdoem pela demora.
A TaTa contia sem poder betar ela pedio desculpa a todos por isso.

Muito Obrigado a todos que estão sempre comentando, isso é muito importante,Acreditem. E aos leitores novos sintam-se avontade, comentem,critiquem só não abandone a Fic. rsrsrsrs.

Bjinhos