Não é apenas Uma Aposta é Amor escrita por Lany


Capítulo 19
Uma solução para meus problemas


Notas iniciais do capítulo

Meus amores aqui esta mais um capitulo betado e escrito com muito carinho.
Nos vemos lá em baixo...



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*Alice*

 

 

 Minha cabeça pesava em meio às dores desconfortáveis, abri os olhos com relutância, pois o que mais desejava era voltar a entregar-me aos meus sonhos, pesadelos, ou seja lá o que for. Com certeza seria melhor do que a realidade mentirosa que teria de conviver. Descobrir toda a mentira que foi a minha vida era um baque eu não precisava ter tido nesse momento tão tortuoso da minha vida. Na verdade, em momento nenhum. Por que simplesmente ninguém me disse a verdade? Pisquei diversas vezes, acostumando meus olhos a claridade das luzes.

 

-Você acordou! Que bom. –Jasper desajeitou o cabelo, já bagunçado.

 

 Sua face era dominada pelo o cansaço, com um leve sorriso de alivio enchendo os cantos de sua boca. Estava sentado na borda lateral de minha cama, e mesmo depois que despertei, seus dedos continuavam traçando pequenos desenhos sobre o edredom, sentia apenas um leve toque, distante, mal sendo notado pela minha pele. Mesmo assim as correntes elétricas continuavam a viajar entre nós.

 

-Elizabeth... Contou-nos o que aconteceu. – Disse ele com pesar, mas tentando ser compreensivo.

 

 Estremeci ao lembrar dos fatos quais ele se referia, não que houvesse esquecido, mas acho que sentia um pequeno, quase inexistente fio de esperança que toda essa historia não passasse de uma confusão sem sentido algum, ou algum pesadelo no meio de tantos outros pesadelos que eram a minha vida ou as minhas noites. Sentei encarando uma das pessoas que mais me fizera sofrer e, ao mesmo tempo, aquele que me consolou e chorou comigo no penhasco em um dos meus piores momentos. Surpreendi-me com a lembrança ,mas meus pensamentos foram interrompidos pelas palavras que continuavam a sair de sua boca:

 

-Ela está aqui, todos estavam. Só saíram para comer alguma coisa.

 

-Menos você! –Não era uma acusação, mas o seu aspecto exausto me deixava preocupada.

 

-Não sei se lembra, mas prometi que ficaria com você! –Sua mão escorregou lentamente de encontro com a minha, cruzou nossos dedos formando uma aliança.

 

-Obrigado! Por tudo. –Sussurrei sentindo o aperto forte e delicado de nossas mãos.

 

-Não foi nada! Eu só... –Ele hesitou - não agüento vê-la sofrer. –Jasper encarou o teto ponderando suas próximas palavras. -E eu sinto muito por ter sido um a lhe machucar. Eu não queria isso de nem uma forma. –Seus olhos voltaram a encontrar os meus.

 

Não era das mentiras de minha família que ele estava falando. E nós sabíamos que ele sabia que eu sabia do que ele estava falando.

 

-Não importa... Porque no fim acaba machucando da mesma forma. – Eu concluí pesarosa.

 

 Como havia dito antes era uma ferida em cima da outra, ambas lutando para dominar o espaço maior na grande caixa de sofrimento que antes eu chamava de coração. Separei nossas mãos, hesitante.

 

Eu sei que você deve estar preocupada com outras coisas...Mas você não faz idéia do quanto eu sofri e continuo sofrendo. – Pôs a mão livre sobre o peito, seu rosto inquieto e desesperado com o rumo que ele mesmo traçou na conversa.

 

 Ele sempre batia na mesma tecla: o seu sofrimento. Mas era injusto, pois ele sabia que o sofrimento dele era o meu sofrimento também.

 

-Acredite eu faço... – comecei.

 

-Não! Você entende o seu lado, a sua dor, o sofrimento de quem acredita ter sido enganada... –Assenti enquanto ele puxava o ar vagarosamente. -Já eu, me sinto horrível com essa dor que parece devastar-me e consumir-me por dentro. É doloroso estar desse lado da situação... ser o “errado”. A dor de ser o “errado” – Ele fez aspas com os dedos. -No qual você não acredita, saber que a pessoa que amo esta sofrendo por minha culpa e o pior é ver que esta tudo acabando... Entenda... não é que eu não queira mais tentar. É você que não me deixa escolha. Quanto mais eu tento, mais você se afasta e sofre por minha causa.

 

-Talvez tudo isso já teria passado, se você tivesse enxergado isso antes. –Não sei como era possível ainda haver lagrimas, mas infelizmente ainda existiam e novamente rolavam pelo meu rosto.

 

“Certo! Esse é o final certo para a historia que nunca deveria ter acontecido”. Repetia para mim mesma tentando convencer-me, como sempre.

 

  A porta foi aberta lentamente, observei os passos receosos da delicada e elegante mulher que mentiu para mim durante todos esses anos. Mesmo assim, tinha vontade de abraçá-la e receber seus tão valorosos conselhos.

 

  Levantei ficando de frente para ela, minha mãe. Apesar de tudo, a palavra parecia certa na frase e na minha vida. Jasper fez o mesmo que eu só que foi seguindo em direção a porta semi-aberta e, antes de sair, lançou um sorriso triste o qual preferia não ter visto.

 

-Como está? –Foram as primeiras pequenas palavras que proferiu.

 

-Nada bem! –Sussurrei contendo os soluços.

 

-Eu... Eu sinto tanto, querida! – Ela lamentou chorosa.

 

 Seus braços abriram-se de uma forma carinhosamente convidativa, tentei ao máximo ignorá-la, queria de alguma forma prender meus pés ao chão. Mas não consegui. Tudo que sentia nesse momento eram os braços de Elizabeth em volta de meu corpo.

 

 Por mais que quisesse, não conseguia odiar a mulher que sempre tinhas as palavras certas para os momentos certos, que me colocava para dormir, que contava historinhas na qual eu era a linda princesa, a mulher que sempre foi a primeira a estender a mão quando precisei, que enxugou minhas lagrimas e afagou meus cabelos quando o sofrimento e a solidão se manifestavam, era ela que sempre me animava, a mulher que sempre me deu carinho e amor de mãe. Mãe, que há pouco tempo descobrir que era exatamente isso que ela era.

 

 Droga Elizabeth... até você, mentiu, me enganou. – Disse eu inconformada.

 

-Por favor Allie me escuta. Por favor! –Pediu em agonia. -Eu sei que o que fizemos foi errado, mas... -Elizabeth nos fez sentar na cama que a pouco estava. –Quando Mabel morreu, tudo se complicou à medida que você crescia, você mais se parecia com Nickolas algumas pessoas desconfiavam, outras chegavam a comentar. Seu pai achou melhor mudar-mos, tentar esquecer... E ele sugeriu que poderíamos inventar essa historia, para ninguém descobrir... Quer dizer, você herdou características marcantes tanto de Nickolas quanto de mim, eu sendo sua mãe as semelhanças eram explicadas. Mas e Nickolas?  O que falariam? O que pensariam? –Elizabeth afagou meu rosto com as mãos tremulas. -E eu sendo sua “tia” não haveria por que as pessoas comentarem. –Mordi a bochecha internamente. Minha cabeça latejava com mais intensidade tentando captar todas as informações de uma só vez.

 

-Está tudo tão difícil! Eu tenho vontade de desaparecer. Sair dessa realidade que só me amargura! –Confessei sentindo a garganta arder com a certeza de minhas palavras.

 

-E por que não fazemos isso? –Sorriu entre as lagrimas.

 

-Sumir? – Eu perguntei confusa e hesitante.

 

-A palavra mais adequada seria viajar. Quem sabe a França? – disse enxugando seu rosto, agora, tomado por esperança.

 

-Sempre gostei de lá! –Afirmei vagando em minhas memórias, relembrando os momentos inesquecíveis que passamos na cidade luz, Paris.

 

-Eu sei! E veja como seria bom, esquecer de tudo isso por um tempo. – completou ela, empolgada.

 

 Levantei caminhando até a grande janela e meus olhos prenderam-se no grande grupo que conversava em baixo de uma árvore. Meus velhos amigos conversando com os meus mais novos amigos.

 

-A escola? –Elizabeth estava atrás de mim, observando à mesma cena.

 

-Posso falar com o Reitor e explicar a situação. Tenho certeza que ele entenderá. Faltam poucos meses para o termino do ano letivo, você pode adiantar as provas... –Murmurou pensativa - Eu não sei, a gente dá um jeito. –Ela estava empolgada com sua idéia.

 

-Meus amigos, eles... –Tentei achar a palavra certa, algo que mostrasse o que sinto por eles e a falta que me faria, calei-me ao perceber que não existiam palavras.

 

 Meus sentimentos por eles eram tão grandes e complexos que não se resumiam em ínfimas palavras, por mais bonitas que sejam. Eu sorri um pouco com essa pequena constatação.

 

-Apenas por um tempo e poderemos voltar quando você quiser. –Espalmei o vidro meio embaçado como se pudesse tocar no garoto loiro de olhos fechados.

 

 Ele não tentaria mais. E essa viagem nos ajudaria. Quando eu voltasse, ele provavelmente já estaria em outra e eu já teria superado ele, porém jamais o esqueceria. A distância seria o fator que mais contribuiria para o desfecho das tentativas de Jasper. Ele tem responsabilidades aqui e não poderia me seguir. Ou poderia?

 

-Tentar esquecer, deixando para trás tudo que aconteceu. –Esquecer. É o que mais quero agora.

 

  Sacudi a cabeça, meus olhos viajando sem um rumo certo pelos rostos daqueles que fizeram parte de meu passado, de meu presente...  Aqueles que já choraram junto comigo ou já me fizeram chorar de tanto rir, que causaram tanta preocupação que meu corpo tremia ao lembrar dos maus momentos, aqueles que muitas vezes pareciam muito mais racionais do que qualquer adulto.

 

  Eles... meus amigos, loucos e sensatos. É um crime magoá-los. Entretanto, a proposta de Elizabeth me parecia irrecusável. Talvez, apenas talvez, eles me entendessem e me perdoassem.

 

-Sem mentiras? –Encarei os grandes olhos repletos de expectativas.

 

-Sem mentiras, prometo! – ela disse.

 

Sorri, assentindo com um leve aceno.

 

 Não vejo minhas decisões como um equívoco. Esse não é o grande objetivo da vida? Colocar-nos em encruzilhadas, entre caminhos que muitas vezes acabam nos levando a lugar nenhum. Mas agora seguir em frente com Elizabeth parece o mais correto a se fazer.

 

Seria uma solução para os meus problemas. Ou será que eu estaria apenas adiando?


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Notas finais do capítulo

N/B: oie!!! eu sei q to sumida! *foge d uma pedra* mas eu posso explicar * foge de uma faca* essa passou perto! * um tomate acerta minha camiseta branca* ah não minha camiseta nova! bem continuando assunto (te darei presunto!) eu sumi pq tenho uma mae q ama me por de castigo. FATO! e axou um novo jeito d me castigar: me deixar sem fics. sem escrever, ler, betar, gamar, deltar, nd! Traduzindo eu só to conseguindo betar escondido (ela q n leia isso!). mas ai está o cap! espero q gostem e deixem reviews! eu tb qria agradecer por tds os outros reviews e recomendações! Vlw gente! E vl Lany por n ter chutado meu traseiro por ter sumido e parado d betar!

N/A: RSRSRS... To meio tonta acho que aquela pedra me acertou. rsrsrsrs. Continuando... O que acharam? Espero que tenham gostado!
To cheia de novidades: a 1° o/ como viram (leram) a tata voltou!
2°Ela ta betando uma outra fic, então vamos dar uma passadinha la né?!

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/90464/Second_Chance

3° Sentir falta de algumas leitoras, só espero que não abandonem a fic.

4° e ultima: Meus amorekos Não é apenas umas aposta é amor esta chegando ao fim, só temos mais 3 caps então vamos ficar de olho nas novidades!

Bom antes de ir, mega beijinhos pra todas vcs! muito obrigado por tudo.

Bjinhos.