Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 97
Atendimento #097: Páscoa


Notas iniciais do capítulo

Quem nunca aproveitou a páscoa pra encher a boca de chocolate? E quem nunca se arrependeu dessa decisão depois que a dor de barriga veio?
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679050/chapter/97

Atendimento #097: Páscoa

 

A época da páscoa é uma delicia. A quantidade de chocolate consumido por pessoa sobe a níveis diabéticos, as igrejas lotam, e os prostíbulos esvaziam-se. Para uma criança essa época é magnifica pelos ovos de páscoa, em contra partida os pais sofrem pois cada um destes símbolos doces custa-lhes um rim e meio.

— Cambada de panacas. — Igor chamou a atenção de todos para sí. — Como vocês sabem a pascoa está chegando, e como os mais antigos já estão acostumados. — Apontou para Ancelmo e Ezequiel.— A empresa sempre oferece um cala boca.

— Um agradinho. — Falou nosso herói a todos que ainda não entenderam.. — Ano passado foi um ovo de meio quilo para cada.

As reações dos atendentes foram de surpresa pela generosidade estranha da empresa que nada fazia por eles.

— Senhora só um momento por gentileza que eu acho que vou ganhar um ovo de páscoa. — Falou Kauã para a cliente que o chamava no telefone. — Mas têm que fazer alguma coisa, matar alguém? Sequestrar?

— Não. Só espere na sua mesa que eu levo seu agradinho. — O supervisor sinalizou para que se sentassem.

— E aquele ovo de chocolate que parecia te sido cagado? — A pergunta era de Amanda que se lembrara do doce que seu marido ganhara no ano anterior. Ela comera quase tudo sozinha, mas pelo que se lembrava não vira muita diferença entre o doce e sola de sapato.

— É sim, espero esse ano seja melhor.  — Ezequiel tinha uma chamada em espera, mas ele não atenderia a cliente que desligaria sozinha.

 — Isso mesmo moça, isso ovo de páscoa.  — Kauã explicava para a cliente a razão por tê-la deixado esperando.  — Ué não posso aproveitar o feriado com um chocolatinho também?  

Na chamada a cliente, que parecia mais impaciente que um rato depois de se afogar em energético, não dava brecha par o atendente.

— Pode sim, mas não enquanto eu estiver na linha com você. Meu dever é comprar o produto de vocês e o dever de você é me atender bem.

— Não… meu dever é fingir que me importa com sua opinião, te enrolar e receber chocolate de presente.— Rebateu Kauã com um pavio curtissimo.— Aliás senhora vai falar o que você quer ou quer que eu passe para o setor do “dane-se”?

— Eu comprei seu aparelho de som.

— Meu não que eu não sou o dono da empresa. — O rival de Ezequiel não dava brecha. — Vai...fala.

— Você é muito babaca sabia disso?:

— É eu sei. — Limpava o nariz com o dedo minimo, lançou a caca no monitor. — Essa é minha função aqui. Vai, continua falando.

Eu vou dizer o que a cliente queria, depois de comprar um aparelho de som no mostruário de uma loja, sim ela cometeu esse erro primário, a mesma descobriu que possuía o direito de retirar um brinde de páscoa, um ovo de chocolate de um quilo.

— Um quilo é? — Surpreso o atendente colocou no mute  — E nós aqui recebemos um de meio quilo, que pobreza viu.. — Voltou a chamada baforando no ouvido da cliente. — Então… se a senhora verificou que têm direito consulte as regras e veja como a senhora faz para retirar o produto.

— Mas eu já li e lá manda eu ligar para esse número. “Ligue e retire via telefone” é o que está escrito lá.

— Sério? E você quer que eu te entregue o ovo via telefone? Não, eu tenho uma idéia melhor, deixa eu botar o meu ovo aqui para senhora pegar. — Percebendo que falara mais alto do que deveria, e que seu colegas o fuzilavam com o olhar, ele se corrigiu.— O ovo de chocolate é claro.

— Eu não sei como e que funciona a promoção de vocês.

— E eu menos. — Naquele instante Igor passou entregando um bombom na mesa de Kauã. — Ou, vem aqui.

O supervisor tinha nas mãos uma caixa média cheia de bombons comuns, sabe aqueles com a embalagem roxa que têm dança no nome? A que se dane, não tô sendo pago pra isso mesmo...Era sonho de valsa.

— Fala meliante. — Igor retornou.

— Têm alguma promoção envolvendo comprar um som e ganhar um ovo de páscoa de um quilo?  — O operador falava de boca cheia enquanto mastigava o doce. — Essa cliente aqui diz que tem.

— Meu amigo se a empresa não têm nem dinheiro para comprar ovo de páscoa para os funcionários você acha que ela vai poder pagar presente para cliente?

Kauã parou no meio da mastigação, estirou a língua para fora e apontou com o indicador para pasta.

— Isso é o agradinho? — Perguntou indignado.

Igor bateu em seu ombro.

— Feliz páscoa pra você também mané.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

VOcê estava acando realmente que teria um final feliz para os atendentes? Não!! é um sonho de valsa e olha lá!
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do outro lado da linha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.