Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 57
Atendimento #057: Calor


Notas iniciais do capítulo

Quem trabalha no sol que me perdoe, mas você está muito lascado nessa vida. Ainda bem que nossos heróis trabalham em um ambiente fechado e com clima controlado...ou não.

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #057: Calor

Uma central de atendimentos não é um lugar pequeno, e quando eu digo que não é pequeno me refiro a ter, no minimo Quatrocentas pessoas trabalhando em um mesmo andar de prédio. Tendo em vista a quantidade de seres humanos em um mesmo espaço o ar-condicionado se faz tão necessário quando água no deserto. Agora vamos imaginar o cenário, setecentas e cinquenta pessoas compartilhando o mesmo ar durante várias horas e… sem ar-condicionado. Um andar amplo, largo e claro, porém sem nenhuma janela que permita uma ventilação descente. Um terreno fértil para um contágio de doenças e para se praticar uma saúna.

— Sim senhor eu vou transferi-lo para o setor responsável.

Amanda suava como um porco ao ser colocado ante a uma churrasqueira, sua maquiagem derretia como cera de vela o que a deixava mais sombria do que estava.  A empresa, em comemoração ao dia das bruxas, liberara seus operadores a ir trabalhar trajados da maneira que bem entendessem. Alguns se vestiram simplesmente com roupas do sexo oposto, enquanto outros foram mais longe nas fantasias.

— Meu deus do céu como é que querem que trabalhemos assim? —  Com os cabelos pálidos os olhos cobertos por lentes de contato negras e um bufante vestido de princesa gótica, Amanda reclamava do calor.

— Só um momento por gentileza. — Ezequiel ajustou a máscara preta de sua roupa de assassino de aluguel. — Se você tá sofrendo minha querida imagine eu. — Apontou para o corpo todo coberto com roupas negras, sobretudo e bota com ponta de aço. — Eu juro que se eu achar o cara que controla esse ar-condicionado eu entro de cabeça no meu personagem.

— O que esse infeliz tem na cabeça de deixar o ar desligado?

O sol raiava com todo o seu explendor e calor. Se o grande astro falasse certamente ele estaria gargalhando daqueles pobre e insignificantes seres acuados dentro de um prédio abafado.

— Senhora está um calor dos infernos e eu estou querendo resolver isso de uma vez. Se não quer que alguém gentil e extremamente amável como eu a atenda fique a vontade para bater o telefone no gancho. — Ancelmo se levantara de sua mesa ensopado de suor, em sua cabeça ele usava um grande sombreiro e um bigode grosso que aparentava ser falso.

— Você é amável? se é tão gentil me diz por que eu não estou com o meu problema resolvido?

— Por que a senhora não faz o que eu digo. — Abaixou o tom de voz enquanto se abanava com o chapéu. — Senhora se sentisse um pouco do calor que eu to sentindo você iria ver a figura do proprio diabo na sua frente.

Naquele instante passou no corredor a frente da mesa de Ancelmo o monitor de qualidade. Este usava uma roupa de bailarina, porem da parte inferior do tutu projetava-se uma calda demoníaca vermelha feita de algodão.

— Esquece. — O atendente cerrou os olho, voltou a sentar-se aguentando o calor. — Eu já vi a figura do cramulhão senhora.

Uma chamada caiu para Amanda.

— Amanda bom dia com quem eu falo por gentileza?

— Ai, ai guria. Ai é do segundo andar, a galera do suporte técnico? — A voz grave e masculina parecia ter um pigarro preso a cerca de uma década. — Aqui e a galera da elétrica, estamos tentando dá um jeito nos arcondicionado.

A fantasia de Amanda passava um ar mais delicado da figura dela, entretanto, ao ver a razão para sua cara estar derretendo em suor a garota perdeu a pose.

— A então é você ? Não sei se você sabe mas aqui têm quase mil pessoas, o calor tá parecendo deserto do Saara em um dia de calor! — Gritou dando um  soco no braço de Ezequiel que se aproximava. — O que impede  de arrumar essa porcaria? Estamos torrando aqui seu infeliz!

—  A… agora é só reiniciar a força e eles volta a funcionar. Por isso que eu liguei ai. pra avisar vocês que vamos desligar daqui a um minuto.

Ezequiel atendia a cliente com cautela e calma, já estava a mais de meia hora para um procedimento que não podia ser interrompido. A luz apagou. Amanda sorriu enquanto seu marido levou  as mãos a cabeça.

— Mas que inferno! — Esbravejou Ezequiel. A luz voltou e com ela uma briza fria começou a descer do teto. — A… agora simm dane se a cliente...que o deus do ar-condicionado seja louvado!


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Notas finais do capítulo

Legal em ver a preocupação dos atendentes para com seus clientes, não?
Desliga a luz, derrube todas as chamadas e que se lasque o cliente!!!!
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D