Do outro lado da linha escrita por LcsMestre
Notas iniciais do capítulo
Espero que vossas personas aproveitem bem esse agrupamento de palavras que relatam como o subordinado Antonio aprendeu a falar direito.
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)
Atendimento #045: Formalidade
Vamos combinar que existem lugar e momentos que não dá para ser casual. Algumas festas são feitas para você colocar aquele manto nojento de pessoa rica; terno gravata, abotoaduras, dizer “não obstante” ao invés de “porém”, fora outro nojos que eu não vou citar para não ficar com náusea.
— Entendo perfeitamente o que o senhor está me dizendo, porém não posso simplesmente prosseguir com essa operação.
Antônio simplesmente ignorava a premissa básica de ser alguém normal, falar para ele era como uma peça de teatro onde ele era o protagonista. Já o vimos em atendimentos anteriores e sabemos do que ele é capaz, mas os clientes, a...eles são acima de qualquer suspeitas. Se não acredita em mim repara em Laurence.
— Vossa persona não detém o direito de privar-me de meu auxilio, meu artefato encontra-se avariado e tu bem sabes como solucionar esse infortúnio. Por obséquio faça uso de vossas capacidades cognitivas e constate de uma vez um desenlace cabível.
— Perdão senhor acredito não ter compreendido o que o senhor disse.
Sim, encontramos alguém PIOR que Antônio. O cliente é alguém importante, um diplomata requintado. Seu currículo era tão extenso, mais tão extenso que conseguia ser maior que paciência do atendente que falava com ele.
— Não tornarei a proferir as mesmas palavras para vós.
— Mas senhor se eu não compreendo como o senhor falar não há maneira de eu continuar a atendê-lo. De tudo o que o senhor disse até agora apenas compreendi que o problema era em seus canais de televisão.
— Exatamente estimado, meu aparato receptor de vídeo apresenta uma avaria em sua totalidade. Eu, munido de completa e irredutível razão desejo a alteração de meu plano sem mais acréscimos.
Calmo o atendente ergueu seus braços, precisava de ajuda. Porém, aquilo surpreendeu todos na central. NUNCA até aquele caso ele precisou chamar o supervisor.
O sinal foi tão surpreendente que o próprio Igor pensou que fosse sacanagem. O encarregado tentou ignorar o sinal, mas os demais atendentes queriam ver o desfecho da situação fizera o intocável Antônio pedir ajuda.
Em uma mistura de raiva, por ter sido interrompido durante seu café com bolo e medo, por não conseguir conceber o que era tão difícil para o atendente PER-FEI-TO, o encarregado se aproximou.
— Que que é fresco, a terceira guerra finalmente começou ou o que?
— Igor o que ocorre é o seguinte, este cliente possui..
— Para, para, para, para. — O supervisor fez um sinal de silêncio com o indicador. — Para. — Falou mais uma vez. — Ou você fala que nem gente a partir de agora, ou eu juro que eu vou me virar, pegar meu café, jogar em você e ainda comprar outro usando o seu nome lá na cantina!
— Isso não é nenhum pouco perigoso, afinal de contas se bem me lembro você toma o café frio.
O supervisor se agachou ao lado do operador.
— Rapá eu vo te contar um segredinho. Quando eu faço churras na lage e asso umas linguiças antes de comer eu passo elas no café e depois boto para assar mais um pouquinho. Se tá me entendendo?
O atendente engoliu em seco, fechou as pernas.
Do outro lado do corredor Amanda e Ezequiel comiam pipoca e assistiam a cena inusitada de camarote.
— Como eu queria ter uma câmera pra registrar isso para os meus filhos. — Falou nosso herói.
Amanda olhou com o canto de olho em sinal de reprovação.
— Filhos...puff, vai sonhando moleque. — Respondeu a garota enchendo a mão do petisco salgado e amanteigado e levando a boca.
— Entendi. — Antônio fazia um esforço para manter-se com a linguagem normal. — Esse cliente tem algum problema que eu não consigo entender. Acho que o pacote de canais dele deu alguma incompatibilidade, ele não consegue assistir. Foi tudo o que eu entendi.
Boquiaberto o supervisor começou a rir. Batia palmas de forma continua e não acreditava no que tinha acabado de ouvir. O setor acompanhou com uma salva.
— Olha aí, e não é que o molecote têm um lado normal e humano. — Parou de aplaudir. — Passai esse head que eu resolvo teu problema. — Ajustou o aparelho sobre a cabeça e retirou do mute.— Igor Alastor supervisor da operação como é que tá meu parceiro.
— Olá meu estimado, meu estado cognitivo e imunológico encontra-se em perfeitas condições, ao contrario de meus canais que apresentam extremos danos o que têm para mim é deveras incomodo.
O supervisor apertou o botão drop sem pestanejar. Leu o nome do cliente e o decorou. Devolveu o aparelho para o operador, levantou-se.
— O recado é pra geral ein macacada! — Chamou atenção da operação e dos demais atendentes. — Aquele que atender um Laurence fica esperto e transfere ele para minha mesa. E você. — Apontou para Antônio. Se não manter essa forma de falar eu transfiro o desembargador do quinto dos inferno de volta para você. Belê?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Acho que alguém aprendeu a falar direitinho agora :D
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D