Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 248
Atendimento #248: Minha família


Notas iniciais do capítulo

Eu não sei você, mas se as coisas ficam muito feitas
Se inscreve lá no meu canal do youtube :D
http://www.youtube.com/c/FacesdoheroiBr?sub_confirmation=1
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679050/chapter/248

Atendimento #248: Minha família

 

— Aposto que você não leu o contrato todo não é? Enquanto a empresa não me liberar os direitos da obra ela pertence a eles, ou seja...eu não tô nem aí para as consequências agora. Eles que detêm a propriedade intelectual colocada na obra, ou seja, eles que se virem. — Ezequiel chamava Ancelmo para sua mesa com um sinal. — Filhão você pode até ter arquitetado um plano para ferrar com a minha operação, aliás parabéns funcionou durante esse tempo. — Ele meneava as mãos rapidamente para que Ancelmo agilizasse.—  Todos nós estamos presos dentro de um prédio rodeado de policiais e imprensa, além de ter clientes loucos de ódio ligando para cá cujo os quais não podemos atender por que você ferrou os telefones. Parabéns por isso.

— Alô é da polícia? — Falou o colecionador de figurinhas do Jaspion.

— Não importa se vai ser agora, amanhã ou semana que vem. O fato é que todo mundo já sabe das porcarias que acontecem aí dentro. — Emitiu uma risada contida para não chamar a atenção dos guardas.— Você sabe que a empresa vai se abster e vai deixar os direitos com você não é? Você vai ser o responsável pelo livro.

“Caso você tenha criado algo que prejudique a empresa, como um escrito, um vídeo ou qualquer coisa nesse estilo, e isso venha a ser vazado por alguém que não você fique tranquilo e use os termos da propriedade intelectual para se isentar dos problemas momentaneamente.”

As palavras gravadas nas páginas recém lidas ecoavam na mente de nosso protagonista como um mantra da salvação.

— Sim, eu to ligado que eles não vão ser burros de assumir isso para sempre.

— Então é só questão de tempo para você tomar um processo de todos os clientes que você já atendeu e também da empresa. Ou seja no final das contas você vai estar pressionado por todos os lados. Nem vai ver seus filhos crescerem, e muito menos poderá ficar com sua esposa metida a macho.

Ofenda um homem e ele o desafiará para uma luta de gládio, manche sua honra e ele o tratará como inimigo mortal, agora...não ofenda a mulher que ele passou a vida inteira amando desde a infância...Pois aí você vai ter de travar uma guerra eterna com ele.

Ezequiel cerrou os punhos de tal maneira que o mouse que ele segurava se esfacelou como se fosse folha seca.

— Ancelmo! — Gritou.

— Já estão indo para lá, mais um minutos no máximo.

— Ótimo. — Voltou-se a ligação com o atendente per-fei-to. — Olha aqui cara, não importa quantos vocês sejam, não importa o quanto vocês tentem. Você não vão conseguir me derrubar do meu emprego e muito menos da minha família.

— A mas eu já...

— Fecha a p0rr@ da boca que eu to falando, essa operação é minha e eu dito a m3rd4 das regras aqui tá me entendendo filho da p)t@! — Ezequiel se levantou. — Eu cheguei a conclusão que não adianta, você ou qualquer outro desgraçado que fale direitinho, tentar me ferrar. Eu sempre faço tudo certo com a empresa, as coisas que eu descrevi ali naquele “passatempo” não passam da realidade que somos obrigado a aturar.

— Então você fez err...

— Meu irmão se você não passar uma super cola nessa fábrica de bosta que você chama de boca, eu juro que eu mesmo faço isso por você! — Furioso nosso herói emitiu um grito que fez todos pararem onde estavam, estáticos, como se fossem pedra. —  Eu escrevi aquilo para me distrair. Se isso foi vazado a culpa não foi minha, consequentemente, se um juiz questionar ele verá que eu nada fiz de má fé.

Ele tremia de ódio, seu medo de que alguém entrasse pela porta da empresa e viesse prendê-lo achando que ele era o responsável por aquilo antes que ele pudesse se defender. Se assim acontecesse ele perderia tudo, assim como seu rival prevera.

— Leia todos os atendimentos novamente! Se você encontrar uma menção à nossa empresa eu mesmo vou a pé para a cadeia!  — ele socava a mesa.  — Para todos os efeitos quem inventou essa história de que os casos são reais foi você e seus amigos! Eu não mencionei nenhum nome completo de pessoa real, não mencionei nomes de empresas reais e muito menos coloquei todos os casos cem por cento verídicos.

— Acha que os clientes com nomes iguais ao retratados, que sabem que aquilo é com eles, vão deixar barato?
— Claro que não…

Antônio era rancoroso, mas o que ele não percebeu em todos os “atendimentos” era o fato de que Ezequiel não fez nenhuma acusação direta, ele apenas expôs de uma maneira fantasiosa o que se passava dentro de UMA central e não DAQUELA central em específico. Outra coisa com que ele não contava era a outra dica que aquelas páginas deram à nosso herói.

“Uma vez que você transfira a culpa momentâneamente para a empresa, esta terá de correr para resolver uma possível comoção pública enquanto tentar transferir os direitos intelectuais— ou seja, a culpa para você , use esse tempo para criar, ou localizar provar que mostrem que você não vazou os dados, isso lhe garantirá a inocência.”

— Mesmo que reclamem que eu escrevi, mesmo que os direitos voltem e a empresa nada faça comigo, até porque o presidente nada vai fazer, essa ligação e a ligação anterior são minha prova máxima de inocência.—  Ezequiel estava atacando! Ancelmo sinalizou para ele positivamente. —  VOCÊ vazou o meu livro para a imprensa de dentro da cadeia, VOCÊ que deu as instruções para o Fábio de como fazer a divulgação colocando o nome da empresa e até a localização da mesma. Na pior das hipóteses eu mostro essa chamada e PROVO, definitivamente para qualquer um que seja que EU não tinha a intenção de vazar aqueles textos. Os casos eram de propriedade privada e isso não é crime.—  Ele bufava e suava como um porco na sauna. O jaleco branco o tornava imponente, o peito estufado armazenava o ar que ele sugava com ferocidade e expelia toda a adrenalina que seu corpo possuía.  — Agora vamos ver quem é que vai pagar meu amigo. Você e seu colega expuseram dados ocultos de dentro da empresa, na melhor das hipóteses isso é espionagem!—  Ameaçou desligar a chamada, mas deteve-se.—  Eu sei em que penitenciaria você está, os responsáveis por ela já estão indo te pegar, mas antes quero deixar um último recado.

Ao fundo Antônio escutava os alarme soando sincronizados dignos de quem tenta uma fuga. Você deve estar se perguntando como ele tinha um telefone na cela...Bom, eu poderia fazer todo um roteiro de como o telefone saiu da mão de um e de outro foi levado nas costas de um pombo que passou pelas grades e pá, depois até dizer que esse pombo era o mesmo que cagou na cabeça de Laurence; mas vamos apenas nos lembrar que ele estava em uma penitenciária Brasileira, aí já viu né.

— Você pode planejar o que quiser, tentar o que quiser, enquanto eu for justo você nunca vai conseguir nada. Mas, volte a mencionar minha família que eu garanto, eu vou parar na cadeia e você no cemitério! — Os policiais abriram a cela. — Espero que tenha uma solitária per-fei-ta.

Chamada encerrada, palmas…

O respeito que foi adquirido com o tempo foi suficiente para manter todos, e isso incluía os demais que não faziam parte do setor de nosso herói, acreditando em sua palavra. Os atendimentos, os casos, as dicas, tudo que foi colocados nos atendimentos era o que Ezequiel queria dizer para os clientes que ele atendia, mas ele sabia que não poderia fazê-lo, por essa razão que, se não fosse o espião aquela obra jamais seria conhecida pelo público. Em outras palavras, ele não podia ser condenado por um erro que não foi dele.

— Excelente postura.— Os gestores cumprimentavam o supervisor que apresentara uma forma ótima de resolver a situação.

— Foi mitológico! — Ancelmo abraçava o colega. — Meu garoto!

O supervisor não se sentia lisonjeado ou mesmo convencido com os elogios, sua mente ainda trabalhava na situação, buscava verificar se não deixou nenhuma ponta solta que pudesse ser explorada por Fábio ou Antônio.

Os funcionários não paravam de bater palmas para ele, o barulho que ecoava pela central impedia que qualquer tentasse atender os telefones, coisa que ninguém queria fazer. Entretanto, entre as inúmeras palmas um som diferente pôde ser discernido pelos ouvidos de Ezequiel.

Uma vibração.

Palmas, assovios, elogios, vibração.

Agradecimentos, abraços, vibração.

Seus olhos deslizaram para a mesa onde seu celular estava.

— Amanda…

A foto da esposa acompanhada de seu número fez seu coração acelerar. Atendeu.

— Oi querida.

— Ezequiel... é a Catherine,

— O que aconteceu? Porque você tá falando do telefone dela? — As palavras saíram sérias e preocupadas em meio a inúmeras risadas de fundo.

— Eu acabei de chegar na sua casa e a bolsa dela rompeu...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não se meche com a família de um homem sem sofrer as consequências meu amigo...pera, a bolsa dela rompeu? O.O
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do outro lado da linha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.