Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 227
Atendimento #227: Desperdício


Notas iniciais do capítulo

Sabe quando você compra aquele sorvete maravilindo e ele cai no chão? Não é um puta desperdício?


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Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
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Atendimento #227: Desperdício

 

Ser amigo dos colegas da central nem sempre é algo obrigatório, em alguns lugares dá para ser um maluco antissocial que têm nojo das pessoas. Mas não na central do Ezequiel, ali os atendentes eram quase que obrigados a se tornarem amigos, para ilustrar melhor veja a situação de Ancelmo e Luly.

— Agora atendam assim. Palhaçada...

Ezequiel amarrou os dois unindo-os pelo pulso com vários elásticos; uma medida bem ortodoxa para uma briguinha de criança. Ancelmo e Luly discutiram sobre a beleza de uma determinada atriz, o que gerou um belo de um barulho na operação; clientes reclamaram, gestores reclamaram, até os bebês dentro do ventre de amanda taparam os ouvidos, porém, a discussão se findou quando, para provar que conhecia a beleza da atriz, Luly mostrou um nude da mesma.

— Agora eu vou ter de ficar aqui trabalhando com ele? — Luly tentava se soltar mas Ezequiel estava na mesa imediatamente atrás deles e portanto via tudo o que fazia.

— Sim eu to colocando você de escuta com ele agora.

— Afê daileon, deixa essa colecionadora de tetas pra lá.

— Xiu! calem a boca, vocês estão de castigo crianças!  — Nosso herói parecia um pai furioso com uma chinela na mão, mas ao invés de uma chinela ele tinha o registro das notas de monitoria aberto e a qualquer momento ele poderia distribuir um zero.

Após alguns minutos de silêncio sem se encarar uma chamada surgiu no headphone de Ancelmo, como ele não estava com a mão dominante livre ficou a cargo da garota registrar as informações de sua chamada.

— Não vai dar certo assim, eu preciso— Antes que ela conseguisse falar, um headphone sem fio pré conectado ao telefone de Ancelmo foi lançado pelo supervisor. — valeu. — O objeto foi lançado com tanta força por nosso herói que quase afundou-se na cabeça de Ancelmo.

— Ai eu tentei três vezes mandar essa droga de produto para assistência via correios, se vocês não querem receber essa porcaria é só avisar que eu dou uma marretada nele agora.

— Senhora Manuela o seu televisor não merece isso. — e assim começou o adestramento. —  Entendo sua frustração, mas acredito que se a senhora escolheu esse produto foi porque se identificou com ele, então se a senhora fizer isso, ou seja, dar uma marretada, vai ser como dar uma marretada em sua escolha, em sua própria imagem, no que a senhora é.

Com a testa com mais dobras do que uma camisa social após alguém dormir em cima, Luly encarou aquele revés absurdo que culminou na devoção do cliente a empresa e ao produto que ela tinha.

— Como você faz isso cara? — Murmurou ela ainda incrédula ao ouvir a cliente começando a elogiar.

— Eu fico feliz por ter sido você que me atendeu viu Ancelmo, mas eu quero uma ajuda para postar esse produto pois eu confio que vocês vão conseguir resolver para mim e proteger esse aparelho que eu tanto amo.

— Claro senhora. — O fã de tokusatsus e outras coisas antigas falava sorrindo. Colocou no mute. — O colecionadora de tetas vai logo abre li aquela parte do sistema.— Apontou para onde mostrava o código de postagem; caso não se recorde o código de postagem é o que o cliente usa para mandar o produto para a assistência autorizada. Mas é claro que para isso precisa-se do documento do titular e se você não pode mandar isso, como foi o caso dessa mesma mulher no atendimento #024, fica meio difícil resolver um problema de peças.— Então o código de postagem está com problemas né. — Constatou ele ao ver o mesmo na tela.

— Vamos lá no setor de cadastros e postagens, eles vão resolver, conheço eles.

Ancelmo manteve-se sentado quando a garota se levantou.

— Que foi? — Ela forçava os elásticos que pareciam mais duros que diamante coberto com peças de nokia.— Esse negócio não quebra!

— Claro que não e vocês sabem por que. — Ezequiel encarou os dois por cima do ombro. — castigo nunca é fácil.

 — Têm uma garota lá que eu gosto. — Ele tinha o rosto corado.

— Tá de zoas! — Luly o segurou pelas costelas e começou a levantá-lo, ele não teve escolha a não ser se erguer, do contrário ela teria arrancado parte da carne das costelas e alguns ossos com suas unhas.— Se vai falar com ela é hoje!

— Pera deixa eu levar um chocolate para ela! — Ancelmo foi arrastado pelo braço carregando uma barra de chocolate envolta em um invólucro dourado.

Um corredor largo foi percorrido, uma sala com um ar-condicionado absurdamente frio foi adentrada.

— Iae suas danadas! — Luly tinha uma intimidade muito grande com aquelas pessoas, fora o chocolate que Ancelmo pediu para entregar a garota.

— O que você faz aqui ein sua maluca, aliás por que você está amarrada com o Ancelmo? — A garota de batom vermelho conversava com o fã de tokusatsus.

— Ah, isso? — Apontou para o elástico. — Obra do supervisor. — Lembrou-se do chocolate. — Ah, antes que eu me esqueça eu quero que você cancele um código, em troca te dou esse chocolate.

— Ah valeu! — A garota tomou a barra de cacau açucarado e deu um longo e quente beijo em Luly.

Com a mesma cara que você você agora Ancelmo passou a observar que a garota presa a ele retribuía o beijo na mesma intensidade que o recebera.

— Ae vocês dois...— Ezequiel abriu a porta da sala do setor de cadastro e viu as duas garotas se beijando, Ancelmo a seu lado e o queixo do mesmo no chão.— eita — Sorriu ele fechando a porta e esperando os dois saírem.

Dois minutos se passaram e Ancelmo saiu porta afora ainda preso a Luly pelo pulso. Ezequiel rapidamente quebrou a liga elástica liberando o amigo para atender sozinho.

— Foi vacilo ein.

— O que eu não tive culpa ela me beijo eu retribui ué. — Ela fez sinal de aspas. — O criador fez o homem e a mulher e eu vou beijar os dois.

— Pô, mas se deixou o cara mau.

— A cara desculpa eu não tenho culpa, eu gostava dela também e…

— Ele desperdiçou uma barra de chocolate belga importado...eu também ficaria daquele jeito no caso dele se tivesse gastado tanto pra nem dar uns beijo.— Interrompeu Ezequiel mostrando que realmente conhecia o colega. — Se não vai arranjar a garota para ele pelo menos paga a barra de chocolate né?


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Notas finais do capítulo

VACILONA DEVOLVE O PREÇO DO CHOCOLATE!
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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