Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 216
Atendimento #216: Bolhas


Notas iniciais do capítulo

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Atendimento #216:  Bolhas



Quem nunca brincou com bolhas de sabão não sabe o que é ser radical; usar os pulmões, controlar a força de saída do ar, observar o crescimento, lançamento e posterior destruição do objeto é tudo o que se faz quando você sopra uma simples bolhinha de sabão, e também quando se lança um foguete incompleto. Algumas pessoas lembram saudosas de seu tempo de criança, outras simplesmente querem esquecer das horas intermináveis na escola.

— Tá de zoa…

— Não tô cara...— Luly encarava o superior enquanto apertava os lábios; quando se tratava de mentir a garota era péssima, não bastasse os cílios que tremulavam sempre que ela contava uma falácia, a boca sempre se controlava para não abrir um sorriso. E esse era o caso

— Vai se ferrar catadora de nude.— Ezequiel dispensou a garota, esta saiu correndo segurando a gargalhada de volta para a mesa. Luly viera com uma história doida de um cliente que queria colocar bolhas em seu notebook.— Povo nem parece que quer trabalhar sério aqui viu…

— Ezequiel. — Kauã não saiu de sua mesa para gritar o encarregado. — Tem um cara aque ta afim que o notebook dele faça bolhas.

O protagonista dessa maluca coletânea retirou os óculos que usava e encarou o subordinado como quem quer dizer “Seis tão de sacanagem comigo né? Tenho certeza que se eu levantar e for ai vocês vão me zoar.”

— Seis tão de sacanagem comigo né? Tenho certeza que se eu levantar e for ai vocês vão me zoar.— Viu? Eu falei que ele estava com essa cara.— Como assim esse infeliz quer bolha no notebook que dele?
— Sei lá cara, eu só atendi e ele foi falando “bolha, quer que meu notebook tenha bolhas”— Parou um momento, encarou o telefone. — Senhor? — Esperou por uns dis segundos, voltou-se ao encarregado.— Caiu; bom, tô nem aí. Se cair comigo eu mando o cliente maneirar nos entorpecente.

Ezequiel precisava entregar o relatório da operação naquele dia, caso não o fizesse o gestor nada faria, até porque nosso guerreiro das chamadas tornou-se acima de todos, mas certamente ele ficaria muito puto.
— Ei. — O supervisor sentiu um puxão em seu jaleco. Ao virar-se enfurecido pronto para arrancar a cabeça de quem o interrompeu tal qual se faz com um camarão, percebeu Amanda com rosto avermelhado. — Preciso ir no banheiro, me ajuda?

A garota estava nitidamente fraca e poderia cair caso tentasse ir só.

— Kauã. — Ezequiel se levantou de súbito. — Assume aqui até eu voltar.

Todos na operação travaram os olhares no encarregado que saiu segurando à mão da esposa. O susto era nítido e o medo daqueles que foram submetidos a gestão do rapaz estava estampado.

— Sério que ele fez isso? — Alana ficara indignada e não engolia a ideia de ver kauã sentado na cadeira de supervisor uma outra vez. Um chamada surgiu em seu telefone. —  Alana boa tarde com quem eu falo?

— Alana eu tenho um notebook e quero que ele tenha bolha na tela.

— Como assim bolhas amigo? O negócio é um computador e não um pote com agua e sabão. — A garota mastigava aqueles doces em formato de comprimido como uma forma de amenizar a abstinência das pílulas que ela achava que era remédio.

— Eu vejo os notebooks de todos os meus amigos e eles aparecem bolhas, eu quero isso também no meu, e eu sei que você têm de me ajudar nisso!

A comedora de remédios entendeu o que o cliente desejava, mas você acha que ela resolveu? Não! Ela tinha ódio, ela tinha rancor, um sentimento de fúria contida tal qual uma bala de sniper. E ela queria vingança.

— Ai super! — Estalou os dedos chamando-lhe atenção. — O caso das bolhas, vem resolver.

Kauã teve apenas tempo de colocar a senha no computador do supervisor e deixar as informações abertas na tela.

— Acho que é descanso de tela não é? — O rapaz se encostou a mesa cheia de papéis de bala da garota. — Já tentou falar para ele?

—  Não, resolve aí. — Ela tinha o sorriso clássico de quem está dando o troco por todos os sofrimentos passados.

— Transfere para a mesa do Ezequiel que eu vejo.— Ao se virar notou que Laurence estava na mesa do encarregado. — O que você tá fazendo? — O recruta que foi orçado a atender assustou-se dando um salto.

— Nada demais não, só dei uma olhada na tela.— Laurence saiu da mesa e voltou À seu posto tranquilo como pombo que desvia de um chute.

— Senhor? — Kauã atendeu o cliente, mas percebeu uma respiração extra na chamada. Ele esticou o pescoço para cima da divisória da mesa, ao fazê-lo notou que Alana continuava em linha, entretanto em conferência com ele e o cliente.— Ah! é assim? — Pensou ele.— Senhor explique melhor como é esse negócio das bolhas?

— Então todos os computadores dos meu colegas fazendo isso depois de um tempo parado, o meu não, já falei com um técnico e ele disse que era defeito no meu aparelho. Eu tô ligando para você porque eu quero abrir um suporte ou troca dele.

— Senhor, a atendente lhe ajudou em alguma coisa?

— Na verdade ela só me transferiu para você, foi só o tempo de falar e a chamada foi passada para você.

—  Não, tudo bem senhor, é que ela têm uma certa raiva de mim e toda vez que um problema mais difícil aparece ela joga a bucha pra mim. —  Kauã continuava a observar a tela da garota que apenas escutava tudo. —  O que o senhor quer na verdade é um descanço de tela, sabe quando o senhor está tão entendiado que passar uns dez minutos que nem retardado olha pra tela do notebook sem fazer nada? MAs sem fazer nada mesmo, sem tocar no mouse ou em qualquer tecla?

— Sim, por que?

—  Bom é assim que as telas aparecem, —  Ele encarou a tela de Alana que deu uma piscada e começou a surgir a s bolhas de descanso de tela. Ao abrir o sistema Kauã notou que o produto do cliente era o mesmo que Alana usava para trabalhar. — Inclusive a outra a tendente está em linha e acabou de realizar um teste em um dispositivo igual ao do senhor e já sabe como fazer. —  Ela se levantou e virou-se em sua direção. Kauã a encarou com um sorriso vitorioso. —  Então Alana, pode nos responder como resolver isso?

—  A...—  Após deixar a sílaba escapar ela foi obrigada a resolver o problema.  


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Notas finais do capítulo

A vingança nunca é plena, mata alma e a envenena.
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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