Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 211
Atendimento #211: Padrão de fábrica


Notas iniciais do capítulo

Ja percebeu que tudo é otimo quando compramos, mas é só passar os primeiros dias pra ele fica um lixo?
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #211: Padrão de fábrica

Você sabia que as coisas são construídas para funcionar plenamente apenas em seu padrão de fábrica? Sim é uma especie de engana trouxa para o controle de qualidade da empresa e para ludibriar o otário, eu e você, que vai na loja de produtos gerais comprar um celular no carnê.

Se você têm um computador em casa já deve ter notado que ele no inicio era uma maravilha, esse estado é dádiva que sempre acreditamos que vai perdurar para toda a vida, tipo um casamento, mas depois de um tempo ficou um lixo “travoso”, um sistema mais lerdo que eu acordando dia de domingo. Bom, mas as vezes o produto é tão ruim que ele já vem zuado da fábrica.

— Não senhora, nós não mandamos um produto com nenhum tipo de dado em seu

produto ainda mais se for uma câmera digital, como é seu caso. — Kleber estava fazendo uma escuta invertida com Ancelmo que o ensinava os macetes dos atendimentos. — A empresa garante que o produto é novo senhora. — A voz do homem soava como um trovão de tão grossa que essa era.

— Nunca deixe ela se sentindo culpada, nós sabemos que o cliente é burro como uma porta, não, a porta sabe abrir e fechar, o cliente nem isso. — Refletiu Ancelmo baixinho.— Enfim, sempre o deixe acreditando que está sobre o controle da situação, assim fica mais fácil impor qualquer pensamento que você queira.

— Entendi, vou testar. — Falou Kleber com um sorriso amarelo na face.

— Engraçado vocês falarem isso sendo que meu produto veio com várias e várias fotos obscenas! — A cliente tinha plena convicção que estava vendo uma tremenda de uma mangueira de bombeiros em sua tela, mas convenhamos o que la via era simplesmente uma cobra coral em degradê.

Surpresos com a situação inusitada os dois se entre olharam.

— Entendi a senhora têm razão existem fotos obscenas em sua câmera.— Kleber respondeu sorridente enquanto olhava para o treinador ao seu lado.

— Não cara!— Ancelmo batia a cabeça na mesa com um sorriso no rosto. — Você têm de fazer o cliente acreditar que estar certo sem denegrir a empresa, não que não queremos isso, mas é que se pegam nossa chamada…

— Que no caso eu peguei...— Falou Ezequiel como se fosse um assassino saído da escuridão interrompendo a conversa entre treinador e treinando. — Toma cuidado, se fosse o ex língua presa lá ele certamente ia passar a faca em você.

Os dois ficaram estáticos observando a figura de nosso herói trajada com o jaleco branco observando o sistema deles. Claro que nosso herói não era nenhum carrasco, aliás com a roupinha que vestia estava mais para um médico saído daquelas séries de televisão onde se faz de tudo menos cuidar dos pacientes

— Relaxa pô pode destravar o esfincter, não sou nenhum bicho papão não.— Puxou um acadeira para ajudar os dois na sua empreitada com a cliente. Encarou o recruta brutamontes. — Sério cara destrava as bandas da bunda não vou matar vocês dois. — Kleber respirou fundo finalmente relaxando um pouco. —  O que deu de ruim ai?

— Fotos. — Falou Ancelmo.

— Obscenas. — Falou Kleber.

— Na minha câmera digital. — Anunciou a cliente que em nenhum momento foi colocada no mute e ouvira tudo o que Ancelmo e seu pupilo conversavam, incluindo a parte que ela era burra como uma  porta.— Essa “porta aqui” está querendo saber porque eu tento reiniciar minha câmera e as fotos obscenas permanecem.

Como a situação inusitada já estava feita, e fedia bastante, Ezequiel colocou no alto falante.

— Senhora nós aqui não temos nenhuma notícia de nenhuma câmera com fotos obscenas. Acredito fortemente que se alguma coisa nesse sentido acontecesse nós teríamos de realizar um recall nas câmeras vendidas.

— Mas então o que são essas serpentes africanas e amazônicas aqui na minha câmera?

Ezequiel tentou não pensar muito na analogia da cliente para não imagina do que realmente era. Kleber estava focado no problema da cliente, pois se o problema não estava na câmera da cliente então só poderia ser uma coisa.

— Senhora, como nosso supervisor disse, se houvesse algum incidente nesse sentido certamente seriamos informados  para realizar um recolhimento desses produtos. — Kleber pensou por um momento para ter certeza que suas constatações estava fazendo sentido em sua mente.. — Mas assim senhora, ninguém vai julgar se a senhora disser que não sabe apagar as fotos tiradas…

A cliente ficou em silêncio, o supervisor e Ancelmo constataram a possibilidade óbvia.

— Não! Não e isso querido!

— Entendo senhora, mas por via das dúvidas a senhora não gostaria que eu falasse como é que apaga as fotos?

Os três e entre olharam esperando a resposta da cliente.

— Vai, só por via das dúvidas...— Falou a cliente olhando para o lado e para o outro.


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Notas finais do capítulo

Só pra garantir né...
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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