Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 198
Atendimento #198: Pedindo as contas


Notas iniciais do capítulo

Já se demitiu de algum emprego? Sim eu to ligado que sempre é uma situação bem porcaria...principalmente quando você não pode pirar antes de sair.
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #198: Pedindo as contas

Pedir as contas é sempre um transtorno, e eu nem estou me referindo só ao funcionário. A empresa também odeia ter de correr para acertar toda a documentação do  empregado a ser desligado, claro que têm o aviso prévio e tal, mas eles devem estar preparados para a possibilidade de o funcionário não cumprir o aviso e deixar todo mundo na mão.

— Olha aqui, sua empresa é picareta, você é picareta e todos vocês estão aí para nos enganar. — A cliente parecia estar tendo uma epifania semelhante a dos loucos conspiradores que encontram um resquício de suas teses loucas em pacotes de pão de forma. — Eu quero essa ligação, eu quero seu registro e eu quero você!

Cássio arregalou os olhos pensando besteira do que a cliente acabara de falar.

— Eu senhora? — O sorriso na voz deixou claro a brecha que a cliente havia deixado e a interpretação que ele havia concebido.

— Não desse jeito seu idiota! Você vai ser minha testemunha quando colocar essa empresa mequetrefe na justiça.

— Nem vou senhora. Primeiro que eu não acredito que o caso do seu aromatizador vá realmente chegar á um processo. Segundo que a culpa não é nossa se a senhora emana um cheio de carne em decomposição quando vai ao banheiro cortar o rabo do macaco. — O atendente calou a mulher com suas palavras fétidas.— Mas só finalizando o raciocínio, eu não vou mais estar por aqui quando a senhora procurar, então fique à vontade para fazer o que quiser.

Naquele instante Ezequiel ergueu o braço chamando o subordinado até sua mesa, assim que este se debruçou sobre a divisória tomou um cascudo do supervisor.

— Que história é essa seu maluco do cacete? Como assim você vai abandonar nossa trupe?

Cássio não percebeu mas seu supervisor tinha o notebook de monitoria aberto à sua frente.

— Ai cara! — Passou a mão na cabeça buscando aliviar a dor. — Vou, vou sim. Recebi uma proposta muito boa para dirigir um taxi, uma empresa nova vai me pagar o triplo que eu recebo aqui.

Ezequiel encarou o subordinado com uma expressão séria. Ambos ficaram a se encarar em silêncio por quase dois minutos.

— Sou eu? — O supervisor deixou uma lágrima cair. — Pode falar, é mei jeito de gerir as coisas? — Ele fingia um drama absurdo como se fosse uma esposa que acaba de perder o marido para uma mulher mais nova e rica.

— O que você está falando cara? Me larga! — Cássio soltava a mão do supervisor que insistia em tentar apertar seu braço. — Sai cara não têm nada haver a nossa relação com você é ótima.

— Mentira! — Ezequiel agia como as atrizes de novela mexicana de temática teen. — Eu sei que sou eu, meu jeito possessivo e ríspido de ser. — Choramingou. — Mas eu posso mudar, me deixa mostrar que eu posso mudar! — Ele já falava alto, mas não era um alto tipo sua mãe te chamando no quarto para comer. Era tipo sua mãe chamando irritada “Entra pra casa agora!”—  Por favor cara me de mais uma chance!.

—  Sai cara eu não gosto dessas coisas não, meu negócio é mulher e dinheiro.

Ezequiel voltou-se para o lado simulando uma pessoa de coração partido que aceita que a situação não terá mais volta. Entretanto, ao olhar para o lado, nosso heroi reparou que Amanda ficara de pé e observava a discussão com muito interesse.

A garota mascava o chiclete de boca aberta com um soriso na face, assim que os olhares de e do marido se cruzaram a mesma retirou a goma, grudou no monitor e, sabe-se lá de onde, retirou um balde cheio de pipoca e passou a comer. Observação no balde estava escrito “Ezequiel is my B#tch”

— Beleza então, — Ezequiel se recompôs ao perceber que a esposa ja o visualizava em uma situação passiva com Cássio. — vou passar para a galera la do RH para ele correrem com sua documentação. — A voz ja tinha a entonação grossa e séria.

— Tá… então antes que eu me esqueça. Tô com uma cliente que fica falando que somos picaretas, a cada duas frases que ela fala uma é “vocês são uns picaretas mesmo

— Transfere ela pra mim que eu dou um jeito de resolver.— O atendente foi rapidamente para a mesa e transferiu para a mesa do supervisor. — Boate gay anjos da noite, você fala com “o supervisora” garota furacão, como eu posso servi-la? — Indagou Ezequiel fazendo uma voz caricata e afeminada.

— OI? BOATE O QUE? — Falou a mulher surpresa deixou-se engasgar com o liquido da boca.




 


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Notas finais do capítulo

Senhora, aqui só entra bofe!
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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