Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 155
Atendimento #155: Posto de gasolina


Notas iniciais do capítulo

Quando se está perdido onde procuramos por informação? Pois é... oque diabos têm haver atendimentos com isso? ahahhaha desculpa não vou dar spoiler...

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679050/chapter/155

Atendimento #155: Posto de gasolina

 

Encostada na entrada da operação uma mulher muito bonita, cabelos levemente encaracolados até a cintura, pele negra, olhos cor de mel e vestido branco observava a comemoração do aniversário de nosso herói.  Ela não trabalhava alí, não era conhecida por ninguém além de uma pessoa.

Seus olhos procuravam uma pessoa especifica

Encontrou.

Com os pés em sapatilhas simples a bela mulher se dirigiu ao setor de nossos heróis. A pessoa que ela encontraria a fitou sem crer que ela estava ali.

— Cathur...Amor? — Alastor corrigiu assim que viu Paula se aproximar — O que você faz aqui?

— Eu sabia que você chegaria tarde hoje, então eu vim aqui te ver meu bebê — A esposa de Igor sentou-se em uma cadeira a seu lado e tirou de uma sacola um pequeno cupcake de chantily. — Feliz aniversário.

Uma chamada surgiu no telefone de Igor sem que o mesmo notasse.

— Tu é impressionante...— Meneou a cabeça enquanto mordia o doce de morango feito pela esposa. — Como tu subiu aqui? Até onde eu tô ligado nego só pode vir com crachá.

— Ah! Foi fácil amorzinho, o segurança é o pai da Valéria. — E nesse momento Paula virou-se para você. — Eu estava fazendo o bolo da festa dela no atendimento #145, se lembra? Bom espero que sim. — A morena de branco observou o telefone de Igor e viu que o cliente já esperava a mais de cinco minutos para ser atendido. — Ainda têm clientes para atender né?

Assustado, Igor engoliu o doce forçando todos os músculos do esôfago.   

— PARE! —  Falou o ex encarregado após tirar do mute.

Paula não entendeu por que seu amado gritara aquilo, ela, ninguém na operação e nem mesmo o cliente em linha.

— Desculpa, mas eu não entendi direito...—  A cliente reagiu como a maioria.

— Até quando você quer mandar, e mudar minha vida? — Continuou ele embalando o ritmo da música.

Paula segurou a risada, era a primeira que vira seu marido trabalhando e se surpreendera coma  forma com que tratava os clientes.

— A...algum tipo de tratamento diferente para ganhar nota boa no final do atendimento. — A cliente falava como se fosse um pombo com diarreia sobrevoando nossas cabeças.

— Fio seliga aqui, — Aproximou o microfone do headset à boca.— Não preciso agradar os lascados do outro lado da linha, saca? Aqui eu canto por que tô afim.

— Você pode falar essas coisas meu cathurrinho?

— Claro que posso, tá me achando um cara qualquer? Posso fazer o que eu quiser em linha, eu sou tipo o Astoufo Hitler.

— Adolf. — Corrigiu a cliente.

— Cale-se raça inferior! — Igor simulava  a forma de falar do líder nazista enquanto erguia a palma reta.  — A partir de agora você têm trinta segundos para dizer o que quer!

— Como assim trinta segundos? Você enlouqueceu?

— VINTE segundos! — Anunciou Alastor furioso com a cliente.

Paula encostava-se em seu ombro observando-o registrar a chamada e os pedido da cliente. Ezequiel, Amanda e Ancelmo já haviam notado que também era aniversário de Alastor, mas resolveram respeitar sua vontade de não comemorar. Claro que a presença da mulher chamou-lhe a atenção, porém ao vê-la mordiscando a orelha do ex encarregado eles puderam juntar os pontos.

— Então é só configurar essa impressora na rede sem fio né? — Ajeitou-se na cadeira.—  Faz o que eu vou mandar ai que é sucesso.

Os atendentes já haviam voltado a atender e a fila de clientes na espera começou a ser esvaziada.

Para se instalar impressoras em redes sem fio geralmente é necessário da senha, e nesse caso não era diferente. Claro que se você é um cliente normal isso não vai ser problema para você...

— Aqui tá solicitando a senha qual é? — Mas obviamente a cliente não era normal.

— Tá doida fia? — Paula apertou os lábios carnudos para não rir.—  isso ai é a senha da rede tá me achando com cara de provedor? — Igor olhou mais ao fundo da operação e olhou para outro setor. — Tá aqui temos o atendimento a provedor má isso não têm nada haver não! — Retomou o foco. — Dona é só tu pegar a senha da tua internet colocar aí e já tá dahora. — Esperou por um segundo. — Ou vai me dizer que você não paga internet e rouba a rede do posto de gasolina aí do lado da tua casa?

Depois que a cliente passou mais de dois segundos relutando a responder, Igor colocou rapidamente no alto falante do telefone já prevendo a resposta.

— Idaí que é isso? Fala de uma vez a senha. — Falou a cliente surpresa.

Igor largou o headphone e começou a guardar suas coisas para ir em bora, seu expediente tinha acabado naquele dia. Paula, indignada com a burrice da cliente, tirou a chamada do mudo.

— Dona, a senhora tá afim mesmo de pegar essa senha? — Indagou paula entrando no meio da chamada.

— Claro que quero ué!

— Então pergunta lá ué! —  Rebateu a confeiteira fingindo ser atendente.

— Perguntar onde? Você não devia saber?

— Pergunta lá no posto Ipiranga! —  Falou Paula puxando os cabos do telefone de Igor. Ele a encarou. — Que foi? Não sei desligar a chamada ué. —  Segurou em sua mão e o puxou para a saída. —  Vamos, ainda não comprei azeite.  






Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acho que a esposa de Igor é uma boa mulher, principalmente atendendo ahhhaha
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Do outro lado da linha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.