Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 149
Atendimento #149: SAL


Notas iniciais do capítulo

O que vale mais??? Um tablet ou um pacote de sal?
Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #149: SAL

Um dos problemas mais recorrentes nas pessoas é a falta de confiança para com os outros. Lembra-se do atendimento 005? Aquele que o cliente era tão desconfiado que achava que estava ligando em um boteco? Então... aquilo é um exemplo de pessoa desconfiada e retardada.

— Living la vida loca, Living la vida loca! — Igor balançava a cabeça como se tivesse cabelos longos, o que não era verdade.

— E ainda dizem que isso aí não é um boteco.

Igor, assim como você, também conhece dos atendimentos por tanto reconheceu no mesmo instante quem era aquela figura.

— Aé pivete!

Ezequiel levantou o pescoço como uma girafa sobre a mesa da supervisão, ele fazia monitoria e estudava os procedimentos que os encarregados deveriam cumprir. Quando Igor o chamou ele o encarou curioso. Quando seus olhos se cruzaram Alastor ergueu vagarosamente a mão direita sobre as divisórias, nela tinha seu dedo médio erguido.

— Chefia, chefia. Boteco não é, mas tá quase uma casa das sete letras vendo pelo que o autor tem descrito desse lugar. — Igor pingou um conta gotas de cachaça na língua. — Resolveu fazer as paradas aê?

— Parada? Ah! Eu já mandei meu produto pra autorizada e queria saber se ele chegou inteiro lá.

— I o cara ele não confia no pai. — Alastor forçou o sotaque carioca de forma a irritar o cliente que já aparentava estar ébrio. — Ó só pra tu não ficar falando que eu eu sou um cara mau e chato eu vo ate ligar no matadouro.

— Matadouro?

— É ué, não sabia que os produtos vão pra autorizada para morrer? — Igor pressionou a segunda linha. — Segura as ponta já colo ai. — Entre um batuque e outro a segunda chamada chegou a seu destino.— Aê macacada como tá as correrias ai?

Do outro lado da linha tocava uma música eletrônica alta, aparentemente os funcionários da autorizada comemoravam em uma have bem animada.

— Abaixa aê tocou o telefone da central! — A voz ao telefone exclamou para o interior da loja e o ruido alto logo cessou. — Autorizada bom dia?

— Balada de manhã não meio treze não? — E antes de a resposta ser ouvida.— Da onde veio esse ultra som que vocês estão testando?

Engolindo em seco o atendente da autorizada assustou-se. Para aqueles que não imaginam quando seus produtos vão parar na autoriza só deus sabe o que podem fazer com eles, no caso daquele aparelho de som ultra potente ele estava sendo usado para fazer uma baladinha.

Igor percebendo que o colega da autorizada ficara mudo continuou.

— Cara, traquilasso só perguntei por curiosidade mesmo. Meu irmão e eu fomos sócios em uma autorizada; balada com o som dos outros estourando, computador dos clientes em rede para jogar FPS, usar impressoras pra imprimir playboy. Normalérrimo.

— A...— O atendente da autorizada ainda estava extremamente desconcertado.

— Enfim chefia, hoje eu to aqui só pra perguntar de um produto que o cara chato mandou praí. Vou te passar os dados dele e você me verifica. — Igor pegou no sistema os números de protocolos e ordens de serviço do cliente e os passou para o responsável pela autorizada.— O cara é neurado só me diz que tá tudo beleza que eu passo pra ele.

O responsável demorou um tempo até localizar o registro do cliente, talvez estivesse bebado ou zonzo de tanta comemoração.

— A, eu sabia que isso iria acontecer. — Uma correria se instalou na autorizada.— Maninho acho que temos um problema.

— Manda.

— O cliente mandou o produto dele mas o que chegou aqui na autorizada foi um pacote de sal.

Igor cerrou os olhos.

— SAL?

— Pois é achamos isso estranho também. Fizemos uma abertura de protocolo e um analista vai vir aqui para verificar a situação.

— É mesmo? — Sem se conter Alastor deixou fluir os pensamentos sem pudor. — Ele vai fazer o que? Vai abrir o pacote de Sal? Vai lamber para ver se não é açucar disfarçado de sal? — queria gargalhar mas sabia que teria de voltar para a primeira linha. — Ai caceta, vou fazer o seguinte.— A barriga doía de tanta risada contida. — Espera pra eu ver se consigo resolver essa parada, então não come o sal!

O cliente bufava impaciente como um cachorro faminto.

— Chefia? — Chamou-o pelo telefone.

— Finalmente, achei que você iria morrer sem falar comigo.

— Morrer? — Pigarreou. — Chefia o que você acha a respeito de sal?


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Notas finais do capítulo

Acho que a pessoa responsável por isso anda meio doida ahahahaha
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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