Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 117
Atendimento #117: Consumista


Notas iniciais do capítulo

Quando mais novos achamos que ganhar dinheiro é difícil, quando crescemos aprendemos que não gastar é que é o problema!

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #117: Consumista

Eu gosto de comprar.

Gastar dinheiro é uma das coisas mais revigorantes da vida, claro que a forma com que se faz isso varia bastante, mas nunca, jamais, você terá dificuldades de fazer isso. Eu particularmente adoro comida, restaurantes, etc. Por isso que eu gasto muito do meu dinheiro em  bóia.

Mas nem todos são assim, muitos gostam de torrar quantias exorbitantes em produtos inúteis como coçador de costas, água diet, cd’s de cantores com qualidade duvidosa, enfim.

— Ezequiel bom dia com quem eu falo?

Nosso heroi não era do tipo consumista, seus gastos eram minimos e geralmente voltados a produtos de uso comum no lar. Sua esposa não, seus gostos “peculiaries” garantiam a existência de dois guarda roupas, cada um deles possuia uma grande placa na porta “Para usar na rua” e “Para usar em casa”

— Oi Ezequiel meu nome é Tábata. — A cliente aparentava estar alegre, era desse tipo que o atendente gostava.

— Bom dia senhora Tábata, como eu posso...— A palavras faltaram quando nosso heroi viu sua esposa chegando ao trabalho.

Sim, seus horários eram diferentes sendo Ezequiel chegava sempre primeiro.

— Senhora só um momento.

A garota se aproximou com a mochila nas costas e colocou sobre a mesa, em silêncio ele a fitou esperando que dissesse algo.

— O que foi mocinha? — Ela não compreendia qual é o problema

— Você reparou na roupa que você está vestindo?

Cobrindo a pele branca como a neve ela usava um vestido de latex preto e apertada, esta não possuía mangas o que deixava seus braços livres, fora isso a bota de cor escura subia até quase a altura dos joelhos.

— A, isso? — Passou os dedos pelo vestido. — Peguei no armário de usar em casa.

— Ta bom então.— A roupa não lhe era estranho, mas o ambiente ao redor sim. Ezequiel notou algo de diferente no corpo da mulher. — Olha só que bonitinho.— Tocou na barriga de Amanda. — O bebê tá começando a mudar seu corpo.

Com um pigarrear o operador foi chamado pela cliente.

— Parabéns pelo seu bebe, mas poderia me ajudar rapidinho?

— Claro senhora, peço que me perdoo pela falta de atenção.

Amanda levou a mão ao rosto notando que ele esquecera o telefone fora do mute. A garota ao se sentar percebeu que a roupa realmente começava a apertar na altura da barriga.

— Não vá ser mongoloide que nem seu pai tá entendendo? — Ezequiel sorriu ao ver que ela conversava com a criança.

— Senhora, vamos lá em que eu posso ser util?

— O que acontece é o seguinte, eu comprei uma baba eletrônica só que agora eu não quero mais esse produto.

O operador relutou por um segundo, babá eletrônica era um produto que pouquíssimas vezes surgira em sua frente. Conferiu todas as tabelas, todos os registros possíveis, mas para sua infelicidade ele tinha de atender.

— Certo, por que a senhora não deseja mais o seu produto? Ele não funciona mais? Seu bebe não se adaptou a ele?

— Não, na verdade nem é esse o problema sabe. — A mulher trouxe o aparelho para junto de sí e conferindo notou que estava tudo correto. — Eu não tenho filho e percebi que ele não têm serventia para mim.

Ezequiel, que refletia o ar amoroso da cliente transformou-se. No lugar da doçura veio o amargo da confusão.

— Oi? Espera, como você compra um negocio desses sendo que nem filho têm?

— Eu comprei por que achei bonito na loja.

— Como assim cara? — O atendente não compreendia a lógica para isso. —Senhora, roupas são escolhidas por beleza, babás eletrônicas não. — Piscava ininterruptamente como se seu cérebro começasse a travar. — Deixa eu ver se entendi, você foi até a loja pensando “Hoje quero comprar algo bonito, não importa o que seja, pode até ser um consolo de madeira.” Aí você acho esse troço passou no caixa e nem se quer se preocupou em saber o que era?

— Vocês estava lá por acaso?

— Não, mas pelo que a senhora tá descrevendo parece que foi assim.

A mulher ficou em silêncio, foi necessário o atendente passar em sua cara para que ela percebesse o quão consumista era.

— Senhora, quebra esse cartão de crédito antes que você compre um tigre de estimação.





 


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Notas finais do capítulo

Fica a dica, não compre aquilo que não precisa...(você precisa de comida, compre tudo o que conseguir em doces e pizzas!)
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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