Do outro lado da linha escrita por LcsMestre


Capítulo 114
Atendimento #114: Esnobe


Notas iniciais do capítulo

Ser alguém requintado nem sempre é ser esnobe...*bebe vinho*

Aproveite e ria um pouco deste atendimento.
PS: Atendimentos adicionados todos os dias as 14:00(ou no caso 14:05 sei lá..)



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Atendimento #114: Esnobe



Você é uma pessoa rica? Se sim...ajuda nois? Tamo aqui na correria todos os dias para tentar ganhar uns trocado e… Tá, esquece. Quando você se torna um multi-bilhardário ou quando você ganha um kinder ovo automaticamente sua felicidade sobe. Sim estou me referindo aquela velha história do “dinheiro não compra felicidade”, realmente não compra, mas que faz você sofrer bastante em um hotel cinco estrelas, ou em um cruzeiro luxuoso, a isso ele faz.

Nosso querido herói, que em breve se tornaria pai, tinha receios quanto a grana, mas pelo que vimos isso se reverteu depois que o mesmo recebeu o que lhe era devido.

— Só um momento senhor. — Mesmo com dinheiro suficiente para parar de trabalhar nosso herói continuou com seu oficio, não porque gostava, mas por que sua esposa gostava de ficar ali, ao seu lado, além é claro dos doces da cantina que eram magníficos.

— Vá meu jovem. — O cliente não tinha voz empostada e não falava com uma batata quente na boca. Porém em seu registro existia um adendo que o destacava como um cliente VIP.

Você pode não saber mas existem diversos critérios que as empresas usam para diferenciar seus clientes, um deles é o poder aquisitivo de uma pessoa. como eles descobrem isso? Preste atenção.

— Senhor só me confirme para qual produto seria o atendimento?

— A, me desculpa eu esqueci que eu já tinha registrado alguns dos meus aparelhos ai. — o cliente falava como quem coça a cabeça envergonhado.— é para o meu aparelho de som.

— Tá...— Ezequiel tinha inveja, mas não aquela que dá vontade de matar a pessoa, estava mais para um “ caramba, parabéns. — Mas para qual dos aparelhos de som?

— Poxa eu esqueci que tinha mais de um. — O cliente riu. — É o de dois mil e duzentos watts de potência, mas ja que você teve problemas para localizar me diz o que tenho cadastrado ai.

— Lavadora de vinte quilos, lava louças profissional, doze celulares, cinco tablets, sete televisores de oitenta polegadas, geladeiras e…

— Não, tá tudo certo, obrigado. — O cliente sabia que se continuasse demoraria muito mais até terminar aquela chamada.

Ezequiel simpatizava com figuras bem sucedidas, não que ele fosse esnobe, longe disso, repudiava com todas as forças os atos mais pomposos e formais. Porém, sabia que na maioria dos casos os bem sucedidos tinham uma história, um trajeto que os levou até ali.

Com o registro inicial concluído o cliente pôde dizer o que ele queria.

— Eu sei que você é competente, sei que você não têm nada a ver com a empresa, mas eu preciso dizer. Os projetores de vocês estão um verdadeiro lixo, tentei configurar os que eu tenho aqui e nenhum deles funcionou.

— Certo senhor e o que estava desejando fazer?

— É que eu queria configurar meus projetores para fazer um cinema em casa, mas nenhum deles fica certinho na minha parede, a imagem fica mais desfocada que a visão da minha sogra.

— Se você diz...— Ezequiel gostava da sogra e por mais que a língua tremesse para fazer piada sua mulher estava ali, caso o fizesse o soco na cara seira inevitável. — O que pode ter acontecido é que a parede da casa do senhor não seja grande o suficiente e por isso ele ficou com a imagem toda errada.

Com uma risadinha o cliente deixou claro que o atendente estava enganado.

— A parede da sua casa não é pequena não é senhor?

— Nem um pouco… — O cliente falou ainda rindo.

— Imaginei. — Ezequiel sacou da manga a segunda opção do suporte. — Neste caso teria de mandar o produto do senhor para a autorizada, mas como não têm nenhuma perto o que poderia fazer é mandar por correios.

— São vários projetores tá, eu achei que era um que tava com problema e fui comprando outros para testar.

Com o olhos arregalados e os braços cruzados imitando um rapper, Ezequiel reconheceu o nível de dinheiro do cliente.

— E quanto só senhor comprou até perder a paciência e ligar para nós?

— Um, dois...— O cliente demorou um tempinho até contar e verificar que estavam todos ali. — Dezoito.

Novamente, imitando os cantores da poesia cantada, nosso herói ergueu os braços.

— Ai sim ein senhor; já que os produtos vão via correios é necessário saber para onde ele vai retornar, pode me informar o seu endereço completo.

— Claro amigo, fica na rua dos pinhais amassados numero mil duzentos e quarenta e oito, edifício Carolina Ferraz.

Nosso herói percebeu que o cliente não queria se mostrar esnobe, mas era muito claro seu nível de “posses”Além disso Ezequiel notou que algo no endereço estava incorreto.

— Senhor, percebi que têm algo de errado com essa informação de endereço. — Leu novamente. — Por ser um prédio é necessário saber em qual andar os aparelhos devem ser entregues.

O homem logo respondeu sorridente e sem titubear.

— Qualquer um, o prédio todo é meu.




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Notas finais do capítulo

Pessoas bem sucedidas são um outro nivel não?
Vou sempre repetir isso:
SOU MOVIDO A COMENTÁRIOS SIM! GOSTO DE SABER SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO U.U
Se você riu com esse amontoado de palavras eu fico feliz, esse era meu objetivo bjs e até amanhã :D



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