Meu namorado pop star. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
Davina Claire Olson.




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P.O.V. Davina.

Eu adorei ir ao Grammie, foi a experiência mais empolgante de todas! Mais empolgante do que fazer o meu primeiro feitiço, do que descobrir que eu era uma bruxa e de descobrir que iriamos adotar uma criança.

Ficamos nos arrumando e fomos ao evento dentro de uma limusine super chique. Eu e o Tim ficamos atônitos e o ápice da noite foi quando o Chris fez uma surpresa para a Jess.

Ele fez uma música só pra ela como presente de um ano de namoro. A música se chamava What you mean to me. 

Ele se declarou para ela no palco, disse que a amava e que ela o inspirava, que ela era a garota mais linda, mais incrível e mais especial do mundo.

Daí a Jess tava chorando, o rímel e o lápis de olho dela eram á prova d'água com a graça de Deus. O rosto dela ficou inchado e vermelho, mas ela é assim mesmo.

A Jess é manteiga derretida. Chora por qualquer bobagem.

Foi uma linda homenagem. A Jessica subiu correndo naquele palco enorme e abraçou o Christopher como se a vida dela dependesse disso.

—Lindo. Eu te amo demais Christopher Wild.

Os flashes explodiram sobre eles, mas a Jess começou a acostumar. Ela já nem ligava mesmo.

—Eu amo você Jessica. Você sabia disso?

Depois que nós saímos da premiação a Jessica quis porque quis passar no Mc'Donalds e foi mó engraçado quando o rapaz do Drive Thru viu a limusine entrando, parecia que ele estava vendo um O.V.I.N.I.

Até o Chris e o Stubby pediram lanches e nós levamos pra casa. 

O prêmio que o Chris e a Jess ganharam juntos ficou pra ela. Ela deixava aquilo trancado num armário de troféus que ela tinha.

A minha gêmea já tinha ganhado várias competições. Ela era medalhista de ouro em quase tudo.

Ginastica artística, ginástica rítmica, salto ornamental, patinação no gelo, contorcionismo, dança de rua. Ela tinha até ganhado várias competições de dança de salão, balé clássico, tênis de quadra, vôlei, vôlei de praia, futebol, nado sincronizado, corrida, hipismo, campeonato de soletrar etc. 

Além de tudo isso a Jessica ainda era escoteira, ela era a escoteira chefe. Ganhou todas as medalhas e distintivos que se pode imaginar. Ela tem faixas e mais faixas cheias de distintivos.

A Jessica era a gêmea comportada, a certinha que só tira nota boa, queridinha dos professores, desde que eu me lembro em todas as nossas formaturas ela era a oradora da turma e aposto que esse ano não será diferente.

Ela quer fazer medicina e ser pediatra, mas eu? Eu quero fazer artes cênicas e cantar.

 

Ser cantora e atriz é o meu sonho desde que eu era bem bebê. Enquanto a Jessica era a oradora da turma eu sempre pegava todos os papéis principais em todas as peças escolares.

Também tenho troféus em olimpíadas de soletrar, concursos para novas vozes, uma vez cheguei até a semi-final do programa America's Got Talent, mas o juiz cismou comigo depois que eu tive um surto depois que ele só falava que eu era mais ou menos. Eu falei pra ele:

—Se você não tá satisfeito vem aqui e faz melhor. Você faz ideia da pressão que a gente sofre? Das ânsias de vômito repentinas, das tonturas... de tudo isso? A minha técnica não é boa? Então porque você não levanta essa sua bunda gorda e velha dessa cadeira e vem aqui encima desse palco fazer algo melhor?

Eu virei febre na internet. A garotinha de cinco anos que humilhou o jurado mala que só sabia falar mal dos competidores.

Ele desceu a lenha em tudo o que eu fazia desde o dia da audição. Ele nunca fez uma crítica construtiva pra ninguém.

—O que?

—Você se acha demais. Tem que aprender a motivar ao invés de desmotivar. Você acha que sabe tudo, mas não sabe então pare de ser um cara mala, mal amado e sem noção. Quer um conselho? Vai fazer terapia, vai arrumar alguém pra transar com você. Minha mãe disse que gente que nem você tem problema com a falta de sexo. Por isso tá sempre com cara de quem chupou limão.

A banca de jurados caiu na gargalhada. Claro que, na época eu ainda não sabia o que era sexo só tinha ouvido a minha mãe falar uma vez.

—Davina. Terra para Davina, responda cambio?

—Ai, como você é engraçadinha Jessica.

—Ai Dada deixa de ser tão mal humorada.

—Dada?

—É um apelido que a Sarah me colocou quando era bebê. Ela não sabia falar Davina, dai eu virei a Dada.

—Com quantos anos a Sarah chegou até vocês?

—Quando ela era bebê.

—Tipo recém-nascida?

—Exatamente. Quando a Sarah tinha cólica a gente matava aula porque a mãe não conseguia levantar. E como o pai trabalhava fora éramos só nós.

—Bons tempos. Menos pra Sarah, ela era um bebê insuportável quando ficava doente. Insuportável!

—Eu adoro isso. Eu era o bebê mais adorável do mundo tá? Eu era mais bonita que vocês, suas cópias com cara de joelho.

A gente tava rindo. Era tudo brincadeira. Eu chamava a minha irmã de Morgana Le Fey porque a mãe falou que a Jessica se parecia com ela que por acaso era nossa ancestral.

A Jessica falava que eu era a cópia loira, ou a minha eu loira. Porque eu pintei umas mexas no cabelo.

—Porque pintar o cabelo de loiro?

—Para que as pessoas não me confundam mais com você. Todos os dias eu era parada na rua e cercada por pessoas que quando me viam, gritavam:

—É a Jessica Olson! A namorada do Christopher Wild!

—Sei como é. 

—Somos cópias uma da outra Jess. Somos geneticamente idênticas como as células mãe que geram células filhas geneticamente idênticas a ela.

—Eu sei.

Eu olhava para Jessica e Christopher e acho que eles nem ao menos notavam que estavam sempre se tocando, se acariciando. Ele agora está fazendo círculos com o dedão na mão direita da minha gêmea e ela está esfregando a coxa esquerda dele.

Eles fazem um casal tão lindo. Parece que foram feitos sob medida um para o outro.

—O que foi Davina?

—Só estava pensando. 

—Em que?

—Você e o Christopher são a alma gêmea um do outro.

—E você e o Tim também.

—Tim e eu não estamos bem.

—Todo mundo tem problemas. Vai mesmo sacrificar todos os bons momentos pelos maus?

—Sei lá. Acho que o Tim tem outra garota.

—Fica de olho nele então. Dá um jeito de pegar o celular dele e fica de olho no comportamento do suspeito.

—Comportamento?

—Se ele fica nervoso quando você pergunta onde ele estava, se ele tem cheiro de perfume de segunda, se as camisetas tem batom na gola. Se ele sai muito e nunca fala para onde vai, se ele tem sempre um problemão pra resolver, uma emergência que aparece sempre que você pergunta coisas como á que horas chegou em casa ontem e tira informações da mãe dele.

—É uma boa ideia Jess.

—Eu fiquei com medo agora.

—Eu já fui traída Christopher e se você se quer pensar em fazer isso comigo te transformo num sapo daqueles bem asquerosos, fedorentos e gosmentos.

—Eu me apavorei agora.

—Ótimo. Mas, se não sair da linha você vai ficar bem.

—Tudo bem.


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