What Happened? escrita por MissBlackAndWhite


Capítulo 3
Capitulo 3 – Coisas Novas São Descobertas Todos Os Dias


Notas iniciais do capítulo

Terceiro capitulo. Obrigado a todos os que acompanham e que comentam.



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Na delegacia, Jackie estava sentada na sala de interrogatórios, à espera de Rosie. Era uma sala pequena. As paredes eram num tom cinza. Haviam uma única mesa, um pouco grande, onde Jackie tinhas seus braços apoiados. Apenas quatro cadeiras um pouco desconfortáveis, duas se cada lado da mesa, postas para que a pessoa interrogada e o policial ficassem frente a frente.

Jackie pensava muito. Ela estava desiludida com ela mesma. Por que raio não olhou em volta antes de fazer aquele... teatro? Mas uma vez aquela adolescente de um metro e cinquenta e sete estava lhe arruinando a vida. A mínima coisa que ela falasse durante aquele interrogatório, poderia a tornar uma suspeita.

Finalmente a porta se abre por trás de Jackie, que não se dá ao trabalho de olhar para trás.

— Espero não a ter feito esperar muito, senhorita Molina. – Diz Rosie, caminhando até o outro lado da mesa, se sentando na cadeira de frente a Jackie.

— Como sabe o meu sobrenome?

— Eu sei de tudo. Ou quase tudo. Mas sabe, senhorita Molina, eu não sei o porquê de você ter ido até ao local onde Aria Montgomery tenta descansar em paz. Porém adoraria saber. Pode começar a falar.

— Eu fui até lá porque Aria éramos muito amigas, apesar de nos termos conhecido apenas esse ano. E eu fiquei com meu coração partido quando soube da morte dela. – Mentiu Jackie. Uma mentira como as de Alison. Uma mentira que quase ela própria acreditou. Porém, Rosie não era burra. Ela avia ouvido tudo o que Jackie disse quando lá chegou.

— Sabe uma coisa que eu não suporto? Mentiras. Sabe o que você está fazendo? Mentindo. Se eu quiser posso a prender agora mesmo por obstrução a justiça. – Disse Rosie, fazendo Jackie se assustar. – Porém não o vou fazer, vou lhe dar mais uma oportunidade de me dizer a verdade. – Falou, fazendo Jackie voltar a respirar o ar, que ela nem sabia que avia segurado. – Vou perguntar mais uma vez: o que você foi fazer ao cemitério?

Jackie pensava: se ela dissesse a verdade, se tornaria uma suspeita da morte da garota de dezesseis anos. Mas, se ela mentisse, seria presa. Não tinha escolha. Só lhe restava dizer “oi” a lista de suspeitos.

— Eu odeio aquela garota, tá? Eu vim para essa cidade atrás do homem que eu amo, mas ela sempre esteve no meu caminho. Eu não lhe fiz nada, se é isso que está pensando. Mas, agora, sem aquela garota irritante, eu posso recuperar de novo o que é meu por direito. – Disse Jackie, irritada.

Rosie olhava para ela, entediada, como se aquilo fosse uma cena de um filme nomeado para a Framboesa de Ouro.

— Você parece uma daquelas mulheres loucas obcecadas para arranjar um marido. Qual é a próxima técnica? Seguir o garoto para todos os lugares que ele vai, até ele cansar e dizer “Aceito casar com você”? – Zombou, recebendo um olhar mortal de Jackie.

— Eu não sou uma louca obcecada para arranjar um marido.

— Se você o diz, quem sou eu para negar. – Falou Rosie, se levantando. – Apenas não saia da cidade até nós permitirmos.

Rosie acompanhou Jackie até a saída e informou que ficaria um tempo fora. Andou até seu carro, o ligou e se dirigiu até ao apartamento de Ezra, guiada pelo GPS.

Do outro lado da cidade, Hanna estava na aula, tentando se concentrar no que a professora Welch dizia. Mas era impossível quando memórias da antiga amiga passavam por sua cabeça. As brigas. Os sorrisos. As histórias que ela escrevia. O diário, que ela insistia em não deixar ninguém ler...

“O diário. Como eu não pensei nisso antes? “ Pensou Hanna.

Hanna levantou a mão, chamando a atenção da professora e pediu para sair, pois não estava se sentindo muito bem. Welch deixou. Hanna rapidamente pegou seus livros e sua bolsa e saiu da sala, procurando Spencer e Emily. Quando as encontrou, puxou as amigas e as levou até o gabinete de Hackett.  Depois que ele as autorizou a entrar, Hanna pediu para voltarem para casa, pois, afinal, ainda não estavam preparadas para voltarem as aulas depois que tinha acontecido. Compreendendo, Hackett as autorizou a saírem.

— Okay, já saímos. Agora dá para explicar o que está acontecendo? – Perguntou Emily, confusa. Afinal, ela e Spencer estavam aproveitando o tempo que não tinham aulas para conversar, quando, de repente, Hanna chegou e as puxou, sem explicar nada.

— O diário da Aria. Ela nunca deixava ninguém ler. Talvez tenha alguma coisa que ajude as autoridades a descobrir algo. – Explicou Hanna, andando até o carro de Spencer. Spencer a seguiu, assim como Emily.

Era uma boa ideia. Afinal, ninguém sabia o que estava escrito naquele pequeno caderno de cento e cinquenta páginas.

Spencer dirigiu até a casa dos Montgomery, falando sobre o que estaria escrito no “caderno proibido”. Todas estavam ansiosas por lê-lo. Um mistério que elas desvendariam. Quando chegaram à frente da casa dos Montgomery, continuaram um pouco dentro do carro, pensando no que diriam para Ella as deixar subir. Combinaram de dizer que Hanna avia emprestadado o livro de química a Aria e que precisava voltar a pega-lo.  

Bateram à porta da casa e falaram com ela e Byron. A desculpa, que tinha sido pensada durante três segundos, funcionou e os pais de Mike e Aria permitiram que elas subissem. Depois de subir as duas dezenas de degraus, Emily, Hanna e Spencer foram a primeira porta a esquerda e a abriram. Fecharam a porta e procuraram o diário. Nada. Ele não estava ali. Pois, Aria andava sempre com ele na bolsa, incluindo na noite da sua morte. Então, por mais que as amigas não soubessem, o diário, o celular e tudo o que estava na bolsa, estavam na delegacia.

Spencer dá um passo para trás, rápido, pousando o pé em cima de algo que a fez perder o equilíbrio e, para não cair, se segurou numa das prateleiras, fazendo uns livros caírem. Hanna e Emily a repreenderam, que se desculpou e se abaixou para pegar os livros que caíram e, então, os colocar de volta na prateleira. Porém uma coisa chamou sua atenção: um livro trancado com um cadeado, ou seja, um diário trancado, onde estava escrito “2001-2002, R.S.”. O que seria aquilo?

Teria Aria mais segredos do que aquilo que aparentava? Sim. Por que não contou as amigas? Por uma razão desconhecida. Alison sabia? Talvez...

— O que vocês estão fazendo no quarto da minha irmã? – Uma voz soou. Mike. Ele parecia irritado, tanto pela voz, quanto pelo olhar. Mike desviou o olhar para as mãos de Spencer, que ainda segurava o misterioso caderno com os textos sobre a vida privada de Aria, que também estava contra seu corpo, como se o abraçasse. Mike rapidamente tirou o objeto de Spencer, que protestou, tentando o pegar de volta, e leu o que estava escrito na capa. – O que vocês iam fazer com isso?

— Ler, Mike. Apenas ler. Agora, me dá ele. – Pediu Hanna.

— Não. Tem segredos que minha irmã não queria que ninguém soubesse. Vocês não podem saber o que está aqui. Lamento, mas foi uma promessa que eu e meus pais fizemos. – Disse, andando até a porta. – Agora saiam daqui. – Ordenou Mike.

Hanna, Emily e Spencer saíram do quarto da amiga frustradas. Porém, Hanna não desistiria assim tão fácil. Se aproximou de Spencer e sussurrou a seu ouvido para ela pegar o diário. Spencer a olhou sem entender, até que um barulho se ouviu nas escadas. Hanna tinha se jogado.

Hanna era louca. Isso podia custar a própria vida, no entanto, ela não queria saber pois isso poderia ser o único modo de descobrir o que estava naquele caderno selado, que se encontrava nas mãos do filho mais novo dos Montgomery.

Assim que Mike se percebeu a origem do ruído, correu até Hanna, que já estava tentando ser acordada por Ella e Byron. Mal sabiam eles eu era tudo um teatrinho e que Hanna estava apenas se fingindo de desacordada. Mike pousou o diário de sua irmã no chão e tentou acordar a loira.

Spencer, sem que ninguém percebesse, pegou pequeno caderno e o colocou na sua bolsa, muito lentamente. Depois disso, ela também tentou acordar a amiga. Hanna acabou com o fingimento, depois que percebeu que Spencer já avia guardado o livro da antiga amiga. Disse aos Montgomery que não precisava de médico, apenas de gelo, pois, por mais que fosse fingimento, a queda doeu. Ella lhe entregou o gelo e elas foram embora, aproveitando que o adolescente de quase quinze anos não se lembrava do diário.

Dirigindo rapidamente até sua casa, Spencer comentava com Hanna sobre a belíssima performance dela. Emily dizia que Hanna era louca, que aquilo podia ter a enviado para uma cama de hospital, ou então a matado. Porém, Hanna apenas ria.

Depois de dez minutos de estrada, Spencer abriu a porta de sua casa e todas subiram até seu quarto. Ao abrir a porta branca, tiveram uma surpresa. Um bolo preto e branco com a foto de Aria, cortada ao meio, em cima da cama de Spencer, com uma folha do lado “Não vieram até a comemoração, a comemoração veio até vocês. -A”. Pelo o jeito, A nunca descansava. Mas naquele momento, elas tinham coisas mais importantes para se preocupar do que A.

Emily foi até a cozinha, jogando o bolo fora, enquanto Hanna tentava abrir o cadeado com um gancho de cabelo, como se fosse um filme. E, por incrível e impossível que possa parecer, ela conseguiu o abrir. Spencer abriu e olhou a primeira página. Apenas um desenho. Ao virar a página, ela encontrou um pequeno texto, que leu em voz alta:

— "11 de Junho de 2002, estou aqui a dois dias e ja estou com saudades de Mike e meus pais. No dia que eu cheguei, mamãe me falou que era para o meu bem, que eu sairia daqui forte e saudavel.— Spencer estava surpreendida pelos erros ortográficos, ou palavras sem assento, já que, de todas as cinco (Spencer, Hanna, Emily, Alison e Aria), Aria era quem mais se aplicava para evitar erros. Afinal ela amava escrever e ler. Porém, aqui os erros eram compreensíveis, já que tinha sido escrito por uma criança de quase sete ou oito anos – Essa noite eu não consegui dormir. A senhora do quarto ao lado chorou a noite inteira, pedindo para ir embora. Ela dizia que queria ver a filha de novo. Até que eu ouvi coisas partindo. Abriram a porta e eu a vi. Ela veio até a mim e me abraçou como eu abraçava as minhas Barbie’s e ursinhos quando estava em casa. Ela dizia que eu era filha dela, mas era mentira. Minha mãe se chama Ella, com dois L’s. Um senhor e uma senhora chegaram correndo. Eles vestiam batas brancas. Eles tentavam que elas me soltassem, mas ela apenas gritava e dizia que não. Eu me assustei e chorei. Aquela senhora simpatica, acho que seu nome é Doutora Karen, me pegou dos braços da mulher assustadora, depois que lhe poseram algo fino e pontiagudo no braço. Ela me levou para a salinha de jogos e brincou um pouco comigo. Eu estava muito cansada e meus olhinhos se fechavam de sono, so me lembro do que estava escrito na sua bata por debaixo de seu nome: Radley Sanitarium."


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Notas finais do capítulo

Como assim Radley? Aria estava no Radley? Por quê?
Descubram nos próximos capítulos.
Beijos e até ao próximo capitulo.



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