What Happened? escrita por MissBlackAndWhite


Capítulo 2
Capitulo 2 - As Pessoas Podem Ser Cruéis


Notas iniciais do capítulo

A pessoa do gif (ou seja, Lily Collins) é Rosie.



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Na manhã seguinte, Ella e Byron andavam pela casa como zumbis, mas não por sono ou cansaço. Os dois estranharam ao ouvir passos lentos nas escadas. Mike? O que ele fazia ali? Arrumado para as aulas?

— Querido, o que faz aqui a essa hora? Vai para as aulas? – Perguntou Ella, vendo o filho, agora único, pegar sua mochila e se dirigir a porta.

— Eu não posso me trancar em casa o dia todo. Mas cedo ou mais tarde terei de enfrentar o mundo. Se eu ficar aqui hoje ou amanhã, a saudade dela só vai me matar mais ainda por dentro. Eu preciso disso. – Se explicou Mike.

Por mais que sempre tivesse odiado a escola e as aulas, nesse momento era o melhor para Mike, e ele mesmo sabia disso, assim como os pais. Por mais que eles tivessem tirado uns dias para se recuperar, eles sabiam que ficar isolados do resto do mundo só os faria pensar na perda da filha deles. Isso os destruía. Isso é normal. Afinal, que pais, que amam os filhos, não ficariam destruídos com a perda de um? O pior pesadelo de um pai ou de uma mãe é morrer depois de um de seus filhos.

Mike andava pelas ruas de Rosewood, sob os olhares de compaixão de cada habitante da pequena cidade da Pensilvânia. Porém, ele optava por os ignorar e seguia seu caminho. Até que um carro cinza parou do lado dele. Era Spencer. Spencer lhe ofereceu uma carona. Ele aceitou.

— Você está pronta? Todos nos olharão com pena. – Perguntou Mike a Spencer, que olhava concentrada para a estrada.

— Não. Mas qual é alternativa? Eu não posso me esconder dos olhares das pessoas pelo resto da minha vida. – Respondeu ela, lhe dando um pequeno e leve sorriso, encerrando o assunto. Ninguém disse mais nada o resto do caminho.

Quando chegaram ao colégio, Spencer procurou com o olhar Hana e Emily, que chegavam andando lado a lado. De longe, Noel viu seu amigo, Mike, e foi até ele.

Os dois entraram no colégio, conversando. Noel não queria tocar no assunto “Aria”, pois, por mais que Aria e Noel estivessem brigados, Mike era um ótimo amigo, que Noel não gostaria de triste ou chorando.

— Mike... Mike... Mike... até sua irmã se cansou de você. Preferiu deixar de viver a ver você novamente. – Disse Josh, um garoto idiota que odiava Mike por razões desconhecidas, ou que talvez nem existissem.

Mike não resistiu e partiu para cima dele. Noel tentava acalmar Mike, mas não conseguia. Já alguém correu até ele, segurou seu braço, impedindo Mike de continuar batendo em Josh. Essa pessoa era: Mona, a garota por quem Mike era apaixonado.

Porém, Mike ainda não estava cem por cento calmo. Nem cinquenta por cento. Então, ele apenas foi embora para o terraço do colégio, sozinho.

Já na casa dos Montgomery, Ella se preparava para andar pela cidade e, quem sabe, esquecer o que aconteceu. Mas, quando ia sair, o celular tocou. Ao atender, Ella percebeu estar falando com Hackett, o vice-diretor de Rosewood High. Ella e Byron foram convocados ao colégio pela briga que Mike teve. Ella e Byron foram para lá o mais rápido possível, afinal não era a primeira briga de Mike naquele ano. Talvez essa tivesse consequências maiores do que a anterior.

No colégio de Rosewood, enquanto os pais Montgomery resolviam a briga do filho e Mike era acalmado por Mona, Emily, Spencer e Hana entraram numa sala vazia e fecharam a porta da mesma. Elas discutiam sobre quem poderia ter matado A. Todas as respostas eram: A. Quem mais poderia ter feito aquilo? Pelo que elas sabiam, os inimigos de Aria eram: Jenna, Mona, Noel, A, Meredith, Jackie... Okay. Havia sim muitas pessoas que poderiam fazer aquilo. Mas porque razão? Não havia.

— Desculpem interromper. – Diz uma mulher ruiva e olhos cor de avelã. – Meu nome é Rosie. Estou investigando o assassinato da vossa amiga. – Se apresentou. – Gostaria de lhes fazer umas perguntas. Como vocês precisam ir para as aulas, pensei em fazer isso agora, tudo bem? – Perguntou séria. As três assentiram. – Primeiro, eu preciso saber onde vocês estiveram na noite da morte de Aria Montgomery.

— Juntas. – Respondeu Spencer, rapidamente. – Tínhamos marcado uma noite de garotas. Vendo filmes, falando.... Mas quase na hora, Aria nos enviou uma mensagem dizendo que não poderia vir. Teve um imprevisto. – Explicou.

— Se importa de me mostrar a mensagem? – Perguntou Rosie, ainda séria. Spencer, procurou seu celular na bolsa e, quando achou, colocou na conversa do WhatsApp entre as quatro. Rosie pegou o celular e leu a mensagem “Desculpem meninas. Não vou poder ir. Estou esperando Ezra. Mas aproveitem sem mim. Beijos. — Aria. ” – Ezra? Ezra Fitz? O vosso ex-professor de literatura? Por quê tinha ela de o esperar? – Perguntou, fazendo as três adolescentes sentadas na frente dela gelarem. Se elas respondessem, Ezra poderia ser preso, mas se não respondessem, Rosie saberia que estava escondendo algo e elas podiam ter problemas. – Isso é apenas uma conversa. No entanto, respondam a minha pergunta ou serei obrigada as levar-vos para a delegacia para um interrogatório mais formal, e a Ezra também. A escolha é vossa.

— Ele e Aria estavam juntos. – Revelou Hana, recendo um pequeno tapa de Spencer. – Que foi? Ela acabaria por descobrir e nós teríamos problemas.

— Você é inteligente. – Disse Rosie, pegando no seu celular e fazendo uma ligação. – Oi, tenho um trabalho para você.... Descobre o endereço de Ezra Fitz e me envia por mensagem.... Nada de especial, apenas uma conversa.... Obrigada. – Falou, encerrando a ligação. Hana se sentia culpada. Talvez Ezra fosse preso por culpa dela, que abriu a boca. Ela estava desiludida com ela mesma e Rosie notou isso, porém, como uma profissional, continuou seu trabalho. – Vocês têm alguma testemunha?

— Sim, minha mãe esteve um pouco com a gente, mas logo subiu para dormir. Melissa, a minha irmã, também estava lá. Ficou um tempo na sala, onde estávamos. Ela estava falando com alguém no celular. – Disse Spencer.

— A vossa amiga tinha algum inimigo?

— Alguns... – Disse Hana, sem pensar. O olhar de Rosie a incentivava a dizer quem eram os inimigos dela. Hana se deu por vencida e disse: – Noel Kahn, Jenna Marshall, Mona Vanderwaal, A.... – Ia dizer até receber um discreto chute de Spencer – .... Acho que é tudo.  – Se “corrigiu”.

— Algum que pudesse fazer algo de mal contra ela? Pois, até onde eu sei, Jenna é cega. Não me parece que ela consiga atirar em alguém. Estou errada?

— Não. Acho que nenhum dos três fez isso com ela... – Respondeu Emily, pensando na possibilidade de A ser culpado pela morte da amiga.

Rosie via medo no olhar de todas. Parecia que elas sabiam mais do que aquilo que disseram. Pois, por mais que Spencer tenha sido discreta, Rosie avia notado com ela deu um chute em Hana, quando a mesma iria dizer algo.

— Vocês não estão escondendo nada, não é? – Perguntou ela, fazendo as três gelarem mais, mas negaram, por fim. Rosie fingiu que acreditou e foi embora, dizendo que, no caso de elas soubessem de mais alguma coisa, poderiam a procurar na delegacia.

Quando ela saiu, os celulares delas tocaram. “ Francamente, mentir é muito feio. Mas é pior quando se mente à polícia, que pode ajudar a descobrir o assassino de uma grande amiga. No entanto, a cada mentirosa que morre, o mundo se torna um loca mais confiável. Uma já foi. Temos de comemorar. Beijos —A

Foi por essa razão que elas não falaram sobre A. Afinal, A sempre vê e escuta tudo. Nenhuma delas sabia o que aconteceria se contassem sobre essa horrível pessoa a Rosie. Poderia acabar como a doutora Sullivan. Ou então elas poderiam acabar com Aria e Alison. O que não era ada agradável de se imaginar.

Spencer pensava na possibilidade de fazer o que Rosie disse: ir até a delegacia e contar tudo o que sabia num lugar privado, que apenas ela pudesse ouvir. No entanto, será que as autoridades eram fiáveis? A situação estava má, e nenhuma das três conseguia pensar num jeito de a melhorar.

A situação também estava péssima no apartamento 3B. O apartamento de Ezra. Ezra não conseguira dormir nem um segundo. Cada vez que fechava os olhos se lembrava dos momentos felizes com Aria naquele pequeno apartamento. Pensando bem, até as brigas, que eram poucas, eram melhores do que nunca mais falar com ela. Todo aquele medo de alguém descobrir que a relação entre Ezra e Aria era muito maior do que a típica relação entre alunos e professores, era melhor do que nunca mais a ver. Tudo era melhor do que... aquilo.

Ezra foi despertado de seus pensamentos quando ouviu alguém batendo a porta. Se levantou e andou até a mesma. Assim que abriu, viu uma mulher de aproximadamente um metro e setenta e cinco, de cabelos morenos e olhos verdes. Mais conhecida como Jackie Molina, a ex noiva de Ezra e inimiga de Aria Montgomery.

— Jackie? O que você faz aqui? – Perguntou Ezra, confuso e dando espaço para a ex noiva entrar. Como sabia ela do endereço de Ezra? Ele nunca avia lhe falado. A única forma de saber era perguntando a alguém ou... lendo os arquivos confidenciais com as informações dos alunos, professores, auxiliares, ...

Jackie nada respondeu, apenas beijou Ezra sem mais nem menos. Ezra demorou uns segundos a perceber o que estava acontecendo, mas logo se separou dela.

— O que você está fazendo? – Perguntou Ezra.

— Vai me dizer que não sentia saudades da gente. – Disse Jackie, ofendida pelo o mesmo a recusar. Por mais que ela tenha acabado com o noivado entre os dois, ela nunca avia esquecido Ezra. Por isso ela se mudou para Rosewood. Sempre o quis de volta. Especialmente depois de o ver com a antiga rival, Aria.

— Não, não sinto. Se era apenas isso, pode ir embora. – Disse, se aproximando da porta.

— Por favor, você prefere uma adolescente a uma mulher adulta? Quando você pensou que isso daria certo, Ezra? Nunca daria certo. Você já foi mais inteligente. – Disse, enraivecida. – Além que... ela morreu. Você vai continuar a girar seu mundo em volta dela?

— Não te interessa. Agora, sai daqui! – Gritou, abrindo a porta e assustando Jackie, que pegou sua bolsa e saiu do apartamento.

Jackie odiava Aria cada vez mais. Ela sabia que antes de Aria aparecer na vida de Ezra, ele ainda a amava. Mas tudo mudou. Por culpa daquela adolescente irritante.

Não lhe restava mais nada a não ser, andar até o carro e ir embora. Jackie decidiu fazer uma visita a rival, que até depois de morta continuava sendo um obstáculo na sua relação com Ezra. Assim que encontrou uma vaga perto de cemitério, Jackie travou e desligou o carro. Apressadamente andou até a campa de Aria.

Abrandou o ritmo dos passos quando chegava perto. Olhou para as flores na frente da lapide e riu baixo como se fosse uma piada. Ao chegar perto, se baixou olhando para a lapide, onde estava escrito “ Aria Montgomery, 1994–2011, Filha, Irmã E Amiga Amada”, e tinha também a foto da filha mais velha dos Montgomery.

— Quem diria que até depois de morta você continuaria no meu caminho.... – Disse a morena, olhando a lapide, como se estivesse conversando com a ela, como se a lapide fosse realmente Aria. – Sabe, ouve um momento em que eu não te odiava. Foi naquela festinha que seus pais deram. Me lembro como se fosse ontem: eu cheguei, você me olhou surpreendida, desviou o olhar para o meu ex noivo e, agora, futuro namorado, logo depois você subiu as escadas. Parecia irritada. Dias depois eu te vi com Ezra... te odiei desde aquele momento. – Contou. Jackie, que colocou uma mão na terra, pegando um pouco, e sujando a lapide com essa mesma terra. – Agora, você está aí. Morta. E eu estou aqui, para pegar de volta o que é meu, começando por Ezra.

— Posso ajudá-la? – Interferiu alguém, fazendo Jackie se assustar e olhar na direção da pessoa.

— Quem é você? – Perguntou Jackie.

— Detetive Rosie Wilden, queira me acompanhar, por favor. Temos muito que conversar. – Disse Rosie, fazendo Jackie gelar e ser obrigada a acompanhar até ao carro que a levaria até a delegacia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado.
Beijos e até o próximo capitulo.



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