Ser como você escrita por P Capuleto


Capítulo 1
O Herói - prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oláá! Estou escrevendo essa fanfic Genosai/Saigenos pq já li ou estou lendo todas as postadas aqui no Nyah e percebi que preciso de mais. Se você se encontra na mesma situação que eu, é com prazer que apresento-lhe "Ser como você". Espero que goste!
Hoe~



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A televisão que fica na mesinha de centro da sala está ligada, mas Saitama quase não está prestando atenção. Na tela, um anúncio que já viu pelo menos três vezes só hoje está sendo exibido.

O tempo gasto com propagandas nos comerciais de TV é de seis horas por dia durante todo o ano. Em datas comemorativas, esse número chega a triplicar e o objetivo dos anunciantes é simples: convencer o telespectador de que gastar seu dinheiro  com aquele produto ou serviço é uma boa ideia. A grande maioria é incapaz de resistir às chamadas do consumo e não hesitam em abrir suas carteiras quando cartazes de desconto são postos na vitrine das lojas, mas não Saitama.

Saitama sempre se orgulhou de seu autocontrole em relação ao dinheiro. Desde que passou a se bancar sem a ajuda dos pais, jamais comprou algo por impulso e costuma pesquisar os variados preços de um produto antes de obtê-lo. Alguns diriam que esse hábito seria saudável se não fosse tão extremo. A verdade é que evita todo e qualquer estabelecimento que não possua um sistema de cupons de desconto e, por isso, sua rotina mensal de gastos se resume à talvez cinco lugares que variam entre supermercados, farmácias e lojas de conveniência.

Costumava ir ao barbeiro, mas depois de se tocar do quanto gastava anualmente com isso, passou a usar ele mesmo a máquina de barbear na cabeça. Devido à falta de habilidade com o aparelho, acabou optando por raspar completamente seus cabelos, dando-lhe de bônus a possibilidade de riscar "shampoo" para sempre de sua lista de compras.

Também tinha uma rotina na academia próxima a seu apartamento, mas percebeu que poderia muito bem exercitar-se de graça pelas praças e calçadas da cidade, então foi o que fez. 

Roupas nunca foram um problema, já que pouco fazia no seu dia-a-dia e, por isso, raramente tinha de adquirir novas peças. Seu peso não varia muito e ele não cresceu nem mesmo um centímetro desde que completara 18 anos, então praticamente tudo o que veio consigo na mudança ainda está impecável e pronto para uso.

— Boa noite. - a voz da âncora do jornal noturno fez Saitama rolar os olhos castanhos de volta para a tela da TV, mas ele não está interessado o bastante, então apenas fita a mulher enquanto leva uma das mãos para dentro das calças a fim de coçar o saco - Países em guerra civil ainda esperam resposta das nações unidas. Chuvas fortes causam desmoronamento na região Norte do país. Um furacão destruiu boa parte das cidades B e C...

As chamadas para as reportagens que viriam a seguir fazem Saitama bocejar. Todos os dias as mesmas coisas - desastres e mortes - eram exibidas.

"Eles deviam ver o lado bom do mundo de vez em quando." Pensa enquanto a mulher bem vestida vomita mais e mais notícias catastróficas.

— ...Os casos de roubo qualificado nas cidades X e Z finalmente começaram a diminuir graças à um vigilante anônimo que esconde sua identidade para salvar a vida de cidadãos inocentes.

Finalmente a atenção de Saitama é conquistada. Quando a imagem muda do estúdio para as ruas de uma das cidades em questão, o repórter correspondente sorri ao falar com a câmera.

— Não se sabe muito sobre esse homem misterioso, mas uma coisa é certa: ele é um herói!

O careca retribui o sorriso e tira a mão de dentro das calças.

"Isso sim é uma boa notícia!"

— Interrompemos nossa reportagem para uma cobertura ao vivo! - a âncora volta a falar, mas dessa vez parece um pouco desesperada. A imagem agora é a de um prédio pequeno e de aparência mal cuidada que está pegando fogo. – Acaba de começar um incêndio no Orfanato de Pequenos Milagres na cidade Z. Os bombeiros já chegaram ao local, mas a entrada no edifício está impossibilitada devido às chamas.

Pela primeira vez, Saitama faz um movimento brusco. Ele olha para o outro lado da sala, para a porta que leva até o seu quarto. Do sofá consegue enxergar a cama desarrumada e o uniforme jogado em cima dela.

Ele levanta com determinação e começa a despir o pijama pelo meio do caminho. Quando chega à sua cama, já está apenas de cueca, então pega o collant amarelo e o veste sem demora. As luvas e botas vermelhas são postas logo depois, seguidas do cinto e capa. Uma olhada rápida no espelho lhe garante que está pronto.

Há mais um motivo para suas roupas não ficarem gastas com frequência: os maiores danos que poderia sofrer, acontecem apenas quando está vestindo esse uniforme. 

Então, corre em direção à janela e, sem hesitar, pula do quarto andar e pousa graciosamente no asfalto do lado de fora. Não é como se sentisse medo, de qualquer forma. Ele conhece bem suas habilidades e sabe que uma queda tão pequena quanto aquela não poderia machucá-lo.

Sem perder tempo, dirige-se com velocidade admirável até o orfanato. Durante a corrida, nada consegue abalá-lo, nem mesmo alguns mosquitos que batem em seu rosto que permanece inexpressivo. Já estava quase chegando quando parou bruscamente.

As pessoas ao redor o reconhecem e esperam pelo ato heroico, mas Saitama não está prestando atenção nelas. Ele abre a boca e todos prendem suas respirações. O que poderia vir do grande herói misterioso? Uma frase de efeito? Uma revelação inédita? Alguns jornalistas posicionam-se melhor para capturar o momento. A expectativa é geral.

Saitama continua separando os lábios lentamente e o povo à sua volta mal pode conter sua exaltação quando ele enfim bate com a mão na testa brilhante, em sinal de raiva, e grita para os céus:

— Droga!! Eu deixei a TV ligada e a conta de luz vai vir altíssima!!


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Notas finais do capítulo

Espero conseguir corresponder ao temperamento real do Saitama dos mangás ao mesmo tempo em que misturo um pouco do "meu" Saitama para o desenrolar da fanfic. Beijos e até mais!
Te espero nos reviews~



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