Entre Livros escrita por Shadow


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, esse capítulo não tem tanta emoção, mas veja, é a introdução para os próximos né, então, continue lendo que você vai gostar.



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     Meia Noite. Parabéns pra mim. Sentei em minha cama e olhei para a janela. Bem na hora passava uma estrela cadente. Não sei o que deu em mim na hora, mas eu fiz um desejo. Não que eu acredite nessas suposições sobre estrelas cadentes, mas uma passar bem no primeiro minuto de meu aniversário, no momento em que eu estava olhando, me pareceu muito mais que uma mera conhecidencia.

    Desejei poder ter algum lugar pra ir depois que saísse do orfanato. Qualquer outro lugar, ter uma vida melhor, viajar, ter amigos, e uma família.  Com meus 17 anos, completados em apenas alguns instantes, era hora de eu sair.

     Olhei para o lado. Pam, minha colega de quarto e melhor amiga, dormia tranquilamente. Loira com cabelos lisos, baixinha, magra e olhos de “gatinho do Shrek” (me lembro que desde quando eu era pequena e assistia a parte em que o gato de botas fazia aquela cara de cachorro, ou melhor, gato molhado, lembrava da Pam quando ela ia pedir alguma coisa pra mim), parecia uma boneca.

     Fisicamente, eu era o oposto. Alta, corpo “nem gorda e nem magra’’, castanho- claro e ondulado. Nossa única semelhança era a cor dos olhos. Verdes.

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—Parabéns dorminhoca!!!-Foi a voz que eu ouvi ao despertar. Abri os olhos: Pam.

—Que horas são?-Perguntei, jogando um travesseiro nela.

—12:30-disse ela, que pegou o travesseiro e jogou em mim de volta.

—O que?!- Disse me sentando.

—É, sorte sua que hoje é o seu niver né, senão você provavelmente ia ficar com as sobras do almoço.

—Certeza de que o Lucas e o Tom não comeram a minha parte? Eles sempre comem- O que era verdade. Esses dois gêmeos de 13 anos viviam pegando a parte da pessoa que chegava atrasada.

—Hoje foi quase, peguei os dois tentando invadir a cozinha pra pegar sua sobremesa- Disse ela rindo- Eles olharam pra mim com mó cara de culpados.

Ri junto. As vezes, era fácil esquecer que a partir de amanhã terei que arrumar as malas.

     Depois de me trocar, desci as escadas.

—SURPRESA!!-Disseram todos em uníssono  quando eu entrei na cozinha. Praticamente pulei de susto.

—Nossa gente....-Disse sem saber por onde começar. Foi ai que eu vi como eu sentiria saudade deles. Um sorriso bobo começou a se formar em meu rosto ao olhar a decoração- vocês se lembraram.

—Claro né dã- Respondeu Hanna- Você é a velhinha da família, se lembra não Cami?!

—E logo logo não vai estar mais com a gente...- Lucas completou, triste.

—Calma ae baixinho, mesmo assim a titia aqui sempre vai continua visitando vocês-Falei, bagunçando o cabelo dele.

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Era minha ultima noite no orfanato, e minhas malas já estavam prontas. Não conseguia dormir. Decidi pegar um de meus poucos livros pra ler. Peguei A Seleção. Fechei os olhos, e me imaginei dentro da história (podem me chamar de louca, mas as vezes eu fazia isso pra esquecer um pouco o meu mundo, parece imaturo, mas foi a maneira que eu encontrei para manter a calma). Depois de alguns segundos, abri os olhos. Estava em um lugar totalmente diferente.

     Estava em uma rua movimentada. Pessoas andavam de um lado pro outro, algumas apressadas e solitárias, outras descontraídas e em bando . Vi uma mulher sozinha, encostada numa parede, parecendo estar esperando  alguém.

—Com licença, mas aonde estou?

—Qual é a sua casta- a mulher, com roupas refinadas e cara de superioridade perguntou.

—Como?

—Só falo com pessoas que sejam igualmente dois, e pela sua cara você não passa de uma três.

—Quem você pensa que é pra fala comigo desse jeito? Eu só quero  saber onde estou-Estava totalmente confusa, e irritada com a mulher. Será que  peguei no sono? Só pode.

     A mulher revirou os olhos.

—Estamos em Whites

—E onde fica isso senhor?!-Nunca tinha ouvido falar esse nome, a não ser..., não não, era absurdo demais.

     A mulher me olhou com reprovação e curiosidade.

—Não era pra você saber ao menos o país que esta?

—É que eu bati a cabeça e o médico falou que estou com uma perda de memória temporária, mas não é da sua conta -Menti.

—Entendo. Pra sua informação, estamos em Illéa-Respondeu impaciente.

O QUE???!!!

—Ah sim, valeu.

—E nem ouse contar pra alguém que eu falei com você.

—Não garanto nada-provoquei, me afastando da mulher. Estava totalmente perdida.


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Notas finais do capítulo

A parte da mulher foi a melhor não é?! kkkk
Beijinhos!



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