Saving people, hunting things, the family business escrita por Rose Winchester


Capítulo 17
Primeiras pistas


Notas iniciais do capítulo

Oi oi, gente!!!! Como foram as férias?? Eu viajei, por isso não escrevi o cap rápido kkk. Desculpem. Mas enfim, esse eu fiz mais emocionante e com mais história e ação. Não resisti, tive que por Sam e Rose no meio. Affz, me odeio. Desculpem de novo.
Enfins, curtam a leitura ;)



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*Rose*

Chegamos à Pensilvânia no meio da tarde. Era um longo caminho desde o Bunker. Tive que esboçar um sorriso quando descobri que a cidade onde havia tido último registro do talismã chamava-se Rosemont. Não é todo o dia que vejo meu apelido no nome de uma cidade. Conseguimos um quarto em um hotel de modo que ficamos todos juntos.

— Então, onde deveríamos procurar? – Eu perguntei.

— Acho que podíamos dar uma olhada na imprensa local. – O Winchester me respondeu, olhando na tela do computador. – Parece que é uma das lendas mais famosas daqui. Uma atração para os turistas. Espere aí. Tem até um museu dedicado a isso! Fica a poucos quilômetros daqui. Podemos ir dar uma olhada.

— Que horas fecha? – Perguntou Dean.

— Às oito. Temos duas horas se sairmos agora.

— E o que estamos esperando?

***

A todo o momento eu tinha que me lembrar de que estávamos numa corrida contra o tempo. Uma corrida que tínhamos que ganhar. E não dava pra desperdiçar tempo olhando e reparando como a cidade era bonita. E pior ainda, pensando em como as pessoas aqui deveriam ser felizes, ter boas vidas, uma família grande e bonita, uma casa fixa, e não terem que se preocupar com demônios nojentos.

Afastei esses pensamentos da minha cabeça quando avistei o museu. Era igual a um templo egípcio, e nem precisava de placa para saber que esse era o lugar. Imaginei se era algo artificial ou histórico que havíamos encontrado.

Foi então que me lembrei de que estava armada com mais de trinta tipos de armas letais. Desejei com todas as minhas forças que não houvesse um detector de metais pelo qual teríamos que passar antes de entrar.

Não tinha.

Era lindo por dentro. Descíamos uma bela escada de onde dava para observar o lugar inteiro e chegávamos às exposições. As cores giravam em torno do dourado e o carpete era vermelho. Havia esculturas em todos os cantos e os lustres custavam mais caro do que minha moto. De repente me senti malvestida com minhas calças jeans, jaqueta e botas de couro.

— Bem vindos ao Museu Egípcio de Rosemont. – Disse um homem com cabelo grisalho e com terno preto. Parecia culto. – Eu sou Nathan e serei seu guia hoje.

— Oi, nós estamos fazendo uma pesquisa histórica sobre o Talismã de Cleópatra e sabemos que aqui tem informação sobre isso. – Disse Clarisse.

— Oh, e muita! Temos toda a lenda, os resquícios e as provas. Também temos uma réplica idêntica do talismã, e... – O resto foi um blá-blá-blá pra mim. Eu nunca gostei das aulas de história. Minhas aulas preferidas eram matemática, física, química... Todas que faziam sentido e sempre acabavam em um resultado, de uma forma ou de outra. Mas história? De jeito nenhum. Parece que Dean também não gostava muito, pela distração dele.

Só fiquei atenta quando ouvi meu nome ser chamado quando estávamos saindo. A voz era feminina e aguda.

— Não posso acreditar nisso! Rosemarie e Clarisse Berkenhout?! Há quanto tempo! – Uma mulher se aproximou. Demorei segundos para perceber quem era. Os longos cabelos loiros e lisos, as roupas de marca, os olhos verdes, a voz levemente irritante e a mania de me chamar pelo nome inteiro. Emily Woods era uma colega de classe quando estávamos no Ensino Médio. Nos últimos dez anos ela não havia mudado quase nada. Era uma amiga de Lissa, e pensava que era minha também, mas eu não gostava muito dela. Ela era fútil e nadava em dinheiro, além de ser demasiadamente vulgar.

— Emily! – Liss deu um forte abraço nela, que retribuiu com alegria.

— E aí, Woods? – Eu acenei a cabeça, mas ela deu um grande abraço em mim, também. Depois se afastou, ainda sorrindo, então percebeu os dois caras atrás de nós.

— Oh! – Exclamou Clarisse, percebendo pra onde Emily estava olhando. – Esses são nossos amigos. Sam e Dean Winchester.

— Prazer. Emily Woods. – Ela apertou a mão de Dean. Quando apertou a mão do Winchester, ela jogou o cabelo e abriu o sorriso ainda mais. De repente, senti uma onda de raiva dela ela crescer ainda mais em mim, sem motivo. Senti-me obrigada a dizer alguma coisa.

— Então, Emily, o que faz aqui? – Ela, então, lembrou que eu existia, e virou pra mim, soltando a mão do Winchester.

— Meu pai é dono desse museu. Falando nisso, bem, hoje à noite ele vai dar um baile. É meu aniversário de 26 anos, e é tradição de séculos da minha família ganhar um colar desse lugar ao completar 26. É igual àquele ali, mas aquele é só uma réplica boba. – Ela apontou para a réplica do talismã. Whoa. Aquilo era importante. - Adoraria que viessem. Os rapazes também estão convidados. – Ela piscou para o Winchester.

— Estaremos aqui. – Disse Clarisse sorrindo.

— Começará às nove. E o traje é social. Agora eu tenho que ir. Meu pai precisa de mim. Mais tarde nos falamos. – Ela sorriu e acenou para o Winchester. Depois que ela foi embora, Dean deu um tapinha nas costas do irmão.

— Aí, Sammy! – Ele comemorou. – Ela gostou de você! Há anos isso não acontece, cara. – Inesperadamente, me senti meio inquietada.

— Bem, acho que agora já sabemos onde vai estar. – Eu disse. – Temos que vir hoje à noite. E, bem, – eu abaixei a voz – roubar essa porcaria.

Todos concordaram e saímos do museu. Lá fora, já havia escurecido, e tínhamos que andar um pouco até chegar no carro, que estava estacionado um pouco longe.

Durante esse percurso, percebi que estávamos sendo seguidos. Não podia contar à ninguém, pois o seguidor perceberia e nos atacaria. Pelo cheiro de enxofre, era um demônio.

Meu coração acelerou. Não por medo, mas por saudades. Saudades de caçar e correr perigo. Sei que parece doentio, mas faz um tempo que não mato. Pela sombra, percebi que estava a uns bons metros atrás de nós. Quando passamos por um beco, entrei, puxando os outros comigo. Rapidamente perceberam a situação. Joguei um giz para o Winchester desenhar um pentagrama no chão, ele entendeu facilmente. Depois, joguei o sal para Clarisse para que ela se protegesse dentro de um círculo. Peguei minha água benta e fui junto com Dean (armado com uma adaga) esperar o demônio vir.

Quando ele virou a esquina, parece que não esperava que estaríamos esperando por ele. Lancei um jato de água benta nele. Ele gritou, com dor, e tentou me agredir. Infelizmente, consegui pegar meu braço e torceu-o. Mordi o lábio para não gritar de dor, mas por sorte não senti nenhum osso se quebrando.

Dean foi por trás dele, apertando a adaga sobre seu pescoço, deixando-o sem escapatória. Depois tenho que me lembrar de agradecê-lo por isso.

— Seja um bom garoto – Dean disse – ou eu te mato.

Ele fez uma cara de desgosto, mas acompanhou até o pentagrama. Numa pequena luz, vi o rosto de Nathan. Maldito. Era um demônio e eu não tinha percebido. Não sei se naquele momento odiava mais ele por deixar meu braço dolorido ou eu mesma por não ter percebido.

Dean o empurrou com força para dentro do pentagrama. Ele, infelizmente, não caiu. Olhou-nos com uma cara nojenta, e por um segundo vi seus olhos negros.

— O que quer, seu desgraçado? – Perguntou Dean com impaciência. Ele não respondeu, apenas sorriu maliciosamente.

— Acham que sou o único a vir atrás de vocês? Mais de nós virão. Podem ter certeza.

— Eu perguntei o que você quer. Não estou aqui para joguinhos. Sam. – Dean olhou para o irmão, que entendeu seu olhar.

Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satânica potestas – O demônio começou a contorcer-se, então finalmente falou.

— Relaxe, ainda não vim pegar sua alma, Clarisse Berkenhout. – Olhei para Lissa e vi que ela não fizera um círculo de sal. Mandei-a fazer, e me coloquei na frente dela.

— Nenhum de vocês vai conseguir pegá-la, fui clara? – Eu me aproximei. – Eu não vendi minha alma, e quero ver vocês passarem por cima de mim.

— Quando te pegarmos, sua cabeça vai ser colocada numa bandeja. Tenha certeza disso. E quero ser eu a arrancá-la do corpo. – Ele riu. Tomei a faca da mão de Dean, e apunhalei seu peito. O lugar começou a brilhar e ele foi caindo no chão.

— Quero ver você fazer isso lá de onde veio. – Puxei a adaga de volta e o vi cair. Em seguida, a dor começou a vir com tudo, mas me contive pra não gritar.

*Sam*

 - Tinha uma pessoa ali dentro! – Eu ouvia Clarisse gritar para Rose no carro. – Você não podia deixar Sam simplesmente exorcizá-lo?

— E esperar que ele saísse dali e matasse um de nós? Não, obrigada, prefiro viver.

— Você não pode ser tão dura assim, Rose! As pessoas têm sentimentos, sabia?

— Pra quê? Pra deixa-las mais fracas? Obrigada, também dispenso.

Ouvi Clarisse murmurar alguma coisa, e depois o resto do caminho foi um silêncio, até Dean quebrar o gelo.

— Então... Rosemarie? – Ele riu levemente.

— Cara, não fui eu que escolhi meu nome, sabia? E pode ter certeza, tenho vontade de mudar.

— Não fique tão mal com isso. O Sam aqui na verdade se chama Samantha. – Todos riram, menos eu. Em vez disso, olhei feio para Dean.

— Vai nessa, princesa “Deana”! – Dessa vez, eu ri junto com Clarisse e Rose, e Dean me olhou emburrado. Em seguida, começou a me estapear.

— Dean! – A voz de Clarisse veio do fundo, ainda carregada de riso. – Não quero morrer hoje. – Ele, de repente, voltou a se concentrar no volante.

— Engraçadinho. – Ele bufou.

***

— Eu não vou usar isso. – Rose estava com uma cara de pasma enquanto olhava o vestido na caixa que Clarisse havia comprado pra ela, enquanto ela repassava o plano comigo e com Dean. – Como eu vou correr com esse negócio?

— Vai com uma calça por baixo. Não se preocupe, essa saia sai. Paguei 100 dólares a mais por isso. Mas você vai ter que se virar com o corpete.

Enquanto Rose questionava todas as peças de roupa pra Clarisse, eu e Dean nos arrumamos. Quando Clarisse entrou no banheiro, Rose se virou pra nós.

— E as armas? – Ela questionou, observando nossos trajes.

— Temos uma arma com balas de ferro e sal, um pouco de água benta e eu estou com a faca de matar demônios. – Disse Dean satisfeito consigo mesmo.

— Está certo. Parece que vocês realmente não sabem nada sobre esconder armas, hein? Não sei como vocês ainda estão vivos... – Ela abriu uma mala com diversas armas, desde brancas até de fogo. Começou a coloca-las em nós dois, em lugares onde eu nem sabia que era possível colocar uma arma.

— Hum, Rose...? – Dean disse meio receoso. Ela estava escondendo uma estaca de prata dentro do meu smoking. – Isso é meio constrangedor, sabia? – Ela olhou cética pra ele.

— Eu estou colocando armas em vocês dois. Tenho certeza que isso não é constrangedor. – Na verdade era sim, mas eu resolvi ficar quieto.

Naquele momento, Clarisse saiu de toalha do banheiro. Vi o olhar de Dean mudar totalmente. Ele não tinha o menor respeito.

— Rose, o banheiro tá livre. Eu vou me trocar. – Ela foi para trás de um painel que tinha especialmente pra isso. Dean não desviou o olhar um segundo sequer. Quando ela desapareceu atrás do painel, eu dei um soco no braço dele e lancei um olhar de desaprovação.

O vestido de Clarisse era amarelo, e contrastava com o loiro de seu cabelo cacheado preso em um coque. Era longo e de manga comprida, mas tinha belos detalhes que faziam com que ficasse mais elegante. Ela estava muito bonita. Deu um sorriso quando eu e Dean aplaudimos e pôs-se ao lado de Dean para esperar a irmã terminar de se trocar.

Nós ouvíamos ruídos e grunhidos de Rose de trás do painel. Às vezes ela xingava, também. Olhamos para Clarisse e ela simplesmente sorriu e revirou os olhos.

Finalmente, Rose saiu de trás do painel. O vestido dela era preto com brilho. Assim como o de Clarisse, era longo, porém não tinha mangas. Era aberto em um decote que era impossível não reparar. O cabelo estava solto na altura dos ombros e Lissa tinha dado um jeito de passar maquiagem nela.

 Ela estava completamente maravilhosa.

— Odiei. – Ela se virou para Clarisse. – Aperta muito e eu não consigo guardar muitas armas. E hoje eu vou precisar.

—Você está linda. Não reclame. – Disse Clarisse com um olhar bondoso. Mas ela havia sido muito má. Linda era pouco para descrever Rose.

***

Estávamos entrando no baile e observávamos as melhores saídas enquanto esperávamos dizerem o horário em que iriam dar o talismã pra Emily.

— Ei, Rose, olhe quem está ali! – Clarisse apontou para um grupo de homens conversando e tomando champanhe. O brilho de fúria casual de Rose se acendeu novamente, e Liss teve que segurar seu braço.

— Eu vou matar aquele desgraçado... – Ela já ia pegando a arma, quando Clarisse a repreendeu.

— Não vai, não. A gente não tá mais no Ensino Médio, Rose. Não guarde rancores. Isso não importa, escutou?

— O que, exatamente, esse cara fez? – Eu perguntei. Surpreendentemente, a resposta veio de Rose, não de Clarisse.

— Esse cara me perseguiu durante toda a escola. Ele vivia me atormentando dizendo que eu era filha de uma prostituta e de um bêbado. – O cara nos notou, e veio vindo em nossa direção. Coloquei-me um pouco mais a frente. Naquele momento percebi que Dean havia sumido, então o vi pegando bebida.

— Ora ora, se não são Rose e Lissa. Há quanto tempo, não é mesmo? – Ele deu um sorriso brilhante. Rose fechou a cara. – Vamos lá, Rose. Você não está com raiva ainda, não é? Somos adultos agora.

— Só porque somos adultos, não quer dizer que não esqueci como... – Ela começou a responder, mas Clarissa interrompeu.

— Foi um prazer te rever, Brian. Realmente um prazer. Agora, se quer nos dar licença... – Enquanto nos afastávamos, Brian nos seguiu.

— Quem diria, você finalmente conseguiu se casar, Rose. Nunca imaginei que isso fosse acontecer. – Rose virou-se bruscamente.

— Como é que é? – Brian estava sorrindo maliciosamente, e Rose estava ficando muito furiosa.

— O grandalhão aí parece boa pinta, se quer saber. Deve ser igual a você para conseguir te aturar. – O olhar dela praticamente virou fogo.

Surpreendentemente, ela encaixou a mão na minha e voltou o corpo contra o meu. Uma onda intensa de energia me atingiu. Fiquei confuso.

— O “grandalhão” tem nome. E o nome dele é Sam. Além disso, nosso relacionamento não é da sua conta, Brian. Vamos, Sam, temos mais o que fazer. – Ela virou, me levando junto, e com Clarisse atrás de nós.

Quando nos afastamos o suficiente, Rose soltou minha mão. A onda foi embora. Ela colocou a mão na cabeça.

— Eu sinto muito. Não devia ter envolvido você nisso. E sei que não preciso provar nada para aquele imbecil, mas é que... – Eu a abracei, e ela ficou tensa. – Winchester, não é pra tanto.

— Shh, ele está olhando pra cá. Anda, me abraça de volta. – Ela hesitou uma fração de segundo, mas envolveu os braços em torno do meu pescoço. Eu podia sentir o cheiro do perfume dela, e o único jeito de ficarmos mais próximos era se eu mordesse a orelha dela.

Eu não me senti nem um pouco mal, apesar de saber que Brian não estava olhando.


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Notas finais do capítulo

E ai?? O que acharam??? Emily?? Brian?? O que acharam deles?? Me digam. Está ficando mt meloso?? Ou está bom assim?? Me digam!!
Esperam que tenham gostado.
Bjs:);)



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