Os Caçadores: A Última Guerra escrita por Gustavo Ganark


Capítulo 51
Ordem


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Parte 1: Lee

— Já estamos chegando perto do muro. – Comentou Lari para Fairy, que estava andando curvada, quase de quatro, curando o seu joelho; estava suada e ofegante, pois tinha usado muito Chi. – O que está fazendo? – Perguntou Lari quando a viu fazendo isso. De certa forma, achou engraçado, mas se preocupou.

— Meu joelho está doendo. Andamos demais e chegamos muito rápido. Não tô aguentando de dor, mas logo passa.

— Sua magia de cura também aliviou o meu cansaço. Andamos em linha reta e sem um intervalo sequer. Você é realmente uma fada, Fairy. Você é uma fada incrível. – Elogiou Lari, com um sorriso no rosto e com o cabelo de lado. Sorriso meio falso, mas ainda era um sorriso.

— E o que isso tem a ver com ser uma fada? Querida, eu sou a Imperatriz de Chrono! Linda e maravilhosa! Sabe o que é ser isso? Ser fada não tem nada a ver. Não chega nem perto! – Replicou Fairy, deixando Lari nervosa e constrangida, mas sem perder a pose. Continuavam andando.

Nesse momento de discussãozinha de menininha, Lee apareceu sobrevoando aquelas árvores e gritando:

— Hey! Vocês duas! Parem de brigar e lutem comigo! Eu sou o Mago Voador do Reino Kalam! E eu vou...

Fairy nem deu tempo de o inimigo terminar de falar. Ela arremessou uma “corda de luz”. Depois, quando ele estava amarrado, ela começou a girar a corda como se fosse laçar um boi e o puxou para o chão, quebrando seu pescoço na hora. Vendo o feito e deixando Lari impressionada, Fairy provocou:

— Viu? Uma fada jamais faria isso. Uma imperatriz, sim. Eu sou foda. Realmente. Por isso Anark me invocou. Ele deve ter muito orgulho de sua invocação.

Sem paciência e tomando a frente, Lari pediu:

— Vamos andando, vai, ô invocação. Estamos quase no forte. Castelo. Fortaleza. Ah! Vamos...

Fairy colocou a mão na boca e deu uma risadinha tipo “Ela está nervosa! Que idiota! ”

Parte 2: O Poder da Rainha

William já estava cansado de subir aquelas escadas em espiral na torre mais alta daquele castelo, fortaleza, sei lá. Ele estava zuado, cabelo todo bagunçado e roupa ensopada de suor. Os músculos de suas pernas estavam trêmulos e ele não aguentava mais. Nesse momento, ele resolveu usar magia. Vem cá! Porque ele não usou antes? Enfim, ele imaginou sua velocidade de movimento dez vezes maior.

Will evoluiu muito nesses tempos. Antes a sua magia era apenas de criar ilusões e seu finale que trazia coisas do mundo imaginário para o real. Naquele momento, a magia comum de William não era mais a mesma, o que significa que seu finale também não era mais o mesmo. O quão potente William estava? Alguém conseguia chegar aos seus pés? Hein? Hein?

Em frente a uma porta enorme, bem rústica e aparentemente feita de madeira antiga, ele se encontrou. Com apenas uma mão ele abriu a porta, bem devagar. Era a sala da Rainha e ela estava lá naquele momento, sentada sobre a mesa e com as pernas cruzadas, deixando sua calcinha a mostra:

— Olá, querido! Feche a porta.

Sem conseguir contestar, ele fechou a porta imediatamente. Isso significou que ele já estava no efeito da magia dela. Ela mandava nele a partir daquele momento. Seria o fim de William? Um fim tão fácil, assim?

— Eu... O que você fez comigo? Eu não consigo me mexer?

Com um sorriso sexy e sedutor, ela respondeu:

— Lógico que não consegue. Eu não mandei. Sente-se ali. – ela apontou para uma cadeira velha no canto da sala.

William se sentou.

— Você é a rainha?

— Sim, eu sou.

— Qual o seu nome?

— Maju Anelles. E você é o líder dos invasores, correto?

— Invasores? Foi você quem invadiu esse continente!

— Depois que eu invadi esse continente, você invadiu o meu. No caso, esse. Estamos quites.

Mordendo os lábios de nervoso, William gritou:

— Onde está o meu filho! Cadê ele?

Gargalhando e com as mãos nos fartos seios, Maju respondeu:

— Eu esqueci que você veio para isso. Ele está muito bem... muito bem torturado em algum lugar por aqui. Tem gente legal com ele. Sabe, gente com raiva guardada dentro de si, estilo psicopatas que torturam por prazer. Zero deve estar gritando de dor nesse momento.

William começou a chorar e estremecer na cadeira, mas não conseguia levantar:

— Eu vou matar você, desgraçada! Vai se arrepender de fazer isso com ele!

— Estou muito comovida com sua ceninha. Você nunca foi atrás dele e agora está arriscando a sua vida por causa dele. Vale a pena?

Ele não respondeu e ela se aproximou. Pegou uma faca que tinha em uma estante velha de madeira ao lado e passou levemente nas bochechas dele, fazendo um pequeno corte:

— Você é a minha carta na manga. Os meus melhores homens foram mortos por causa de sua guilda ineficaz. Agora é a hora do troco.

— O que você vai fazer? Mandar mais homens atrás deles? A minha guilda é poderosa demais! Ninguém consegue nada contra eles.

Maju colocou a faca na mão de William e, confiante em um sorriso amedrontador, ela respondeu:

— Quem vai matar eles é você! Se eu mandar, você faz.  -Com os olhos arregalados de medo, William tentou resistir aquela magia persuasiva, mas não conseguia. Ele sabia do tamanho de seu poder e também sabia que mesmo que alguém da guilda conseguisse enfrenta-lo, muitas vidas seriam perdidas até isso acontecer. Ela, a Rainha de Kalam, sentou em sua mesa e olhou para a enorme janela, sentindo o vento bater em seus cabelos.

— Você não pode fazer isso.

— Levante-se. – ele se levantou. – Me diga, quem você mais gosta de sua guilda?

William começou a pressionar os lábios com os dentes até sangrar, não querendo se sujeitar àquela situação, mas não conseguiu:

— Fernanda.

— Ela não está aqui em Hermoni. E depois? Quem você mais gosta? Me diga.

— Anark.

— Ótimo! Então escute bem a minha ordem.... Mate ele. Mate Anark e depois elimine o resto de sua guilda. Por fim, quero que se mate com sua própria magia.

Com lágrimas de sofrimento, dor e remorso prematuro, William saiu dali forçado. Ele estava indo fazer o que Maju pediu, mesmo sem saber onde seus alvos estavam. Mesmo não querendo. Ela sorria, sentindo-se vitoriosa.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam das perguntas da entrevista. Quem mandou pode mandar mais. Responderei todas. (Se forem criativos, lógico.)
Até a próxima.



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