Os Caçadores: A Última Guerra escrita por Gustavo Ganark


Capítulo 41
Rainha


Notas iniciais do capítulo

Bom capítulo para vocês e até a próxima.



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Parte 1: A Rainha de Kalam

Estava de noite em Kalam, uma cidade completamente domada pela Aliança Ningirama. Uma cidade gigantesca com três milhões de habitantes. No centro um grande lago, chamado Lago dos Deuses— era rodeado de árvores de diversos tamanhos e cores. A guilda responsável por capturar a cidade se chamava Red Warriors.

A guilda Red Warriors era uma das maiores da Aliança, e sua sede ficava concentrada ao lado do Lago dos Deuses. Um castelo branco cercado de um alto muro com magos a cada vinte metros de sua extensão. Uma fortaleza, posso dizer.

— Desde que capturamos essa cidade o Mestre Ningirama passou a enviar mais verba para a gente! Kalam desde então é visitada várias vezes por ele. – comentou um dos guardas que estava em cima do muro. Ao seu lado tinha outro.

— Ele é tão forte que não consigo olhar para ele. Seu nome verdadeiro... qual é mesmo?

— Blue, não é? Acho que é esse. – respondeu o guarda, com a mão em seu cajado reto e amarelo, com um sol na ponta.

Todos os Cavaleiros Vermelhos (membros da Red Warriors) vestiam sobretudos brancos com uma espada preenchida de vermelho no peito esquerdo, usavam um cajado amarelo com um sol na ponta representando o poder de sua guilda (comparando com a intensidade do calor do sol), chapéu quadrangular e cônico de cor vermelha, com diamante nas laterais. Os sapatos não eram padronizados, então era de livre uso.

— Estou sentindo uma presença estranha. Alguém está se aproximando por ali! – um dos guardas, com o cajado, apontou para uma enorme árvore. Tinha visto um vulto naquela direção e tudo indicava uma pessoa escondida. A árvore estava em um gramado limpo, aparado e bem verde, também ao lado do Lago.

Uma mulher saiu dali, com um chapéu preto com borda cor-de-rosa. Um top preto coberto por um casaco curto da mesma cor de seu chapéu. Uma pequena saia com múltiplas camadas – alternando entre branco, preto e rosa. Tal mulher, de longe bela e de perto excitante, deixava seu cabelo loiro ondulado até o peito, na frente; até as nádegas, atrás. Luvas brancas.

— Quem é aquela mulher? – perguntou um dos guardas, mordendo sua própria boca diante tamanha beleza.

Ela deu um “tchauzinho” misto de um sorriso irônico. Ao mesmo tempo que os guardas foram à loucura, a parte do muro em que eles estavam explodiu, jogando os pedaços de seus corpos em direção a bela mulher elegante, de rosa, que desviou com grande agilidade dos braços, pernas e pedaços de pano do uniforme dos Cavaleiros Vermelhos.

— Ótima passagem. – disse ela ao ver que o muro estava, por conta da explosão, incompleto e permitindo sua passagem. Começou a caminhar para dentro do castelo dos Cavaleiros Vermelhos, com alguma intenção ofensiva. Seu nome era Maju, a Beleza do Hexágono.

Maju começou a subir as escadas vermelhas dentro do castelo da guilda e deu de encontro com o líder dos Vermelhos:

— Quem é você? – perguntou ele ao ver que ela não tinha uniforme da guilda.

— Diante à minha beleza há a necessidade de saber a minha identidade?

— Escutei uma explosão! Não tenho tempo com você.

Maju tirou as luvas e quando o líder tentou descer as escadas para ver o que tinha ocorrido, ela – de mãos limpas – pegou no rosto dele com uma das mãos e ordenou:

— Você não vai à lugar nenhum.

— Não. Não vou. – concordou ele, mudando seu tom de voz instantaneamente.

— Eu quero que responda algumas perguntas.

— Eu respondo suas perguntas.

Ela tirou a mão do rosto do líder e ambos subiram as escadas juntos. Chegaram na sala da torre mais alta do castelo. Não tinha ninguém. Maju se sentou na cadeira do líder e ele, na cadeira da frente. Estavam em uma sala quase vazia, com apenas as cadeiras, a mesa da sala entre as cadeiras (como se fosse um escritório), alguns cajados ao lado esquerdo e a janela da torre do lado direito. Pintura das paredes, cinza. Chão de madeira.

— Eu quero que fale seu nome. – ordenou ela, com os olhos brilhando.

— Meu nome é Altair.

— Qual sua posição na guilda?

— Sou líder.

— Qual a sua magia?

— Eu lanço enormes bolas de Chi que se explodem quando toca algo.

— Quantos magos há em sua guilda? – ela se interessou, colocando as luvas novamente e apoiando os cotovelos sobre a mesa.

— Vinte e três.

— Eu quero que passe a sua guilda para mim por escrito. – ela empurrou um papel e uma pena. Tão rústico e delicado, ao mesmo tempo. Ele, misteriosamente obedecendo as vontades dela, escreveu muito mais do que o necessário para que ela fosse a líder dos Cavaleiros Vermelhos. Quando feito, ela deu um sorriso e ordenou a última coisa para Altair. – Eu quero que você se jogue dessa janela.

Sem pensar duas vezes, Altair mirou a janela com o olhar e se lançou contra ela. A queda foi tão brutal que ele caiu sobre alguns telhados inúmeras vezes e quando bateu com a cabeça no chão seu crânio se despedaçou.

Não bastasse a correria consequente pelo muro explodido, mais uma aconteceu por conta do “suicídio” de Altair. Vários magos entraram a força na sala do líder e se depararam com Maju, que pegou o manuscrito e jogou para os guardas:

— Eu sou Maju Anelles. A primeira rainha de Kalam.

Parte 2: O Desespero de Roman

Há horas Roman corria em direção aos Caçadores. As lágrimas ainda escorriam quando ela pensava em Jack. Por fim, depois de ter entrado em Leonor, ela se deparou com o Seed:

— Deve ser aqui. Espero que eles me ouçam.

Nesse momento, William chegou e colocou a mão no ombro dela:

— Você precisa ser ouvida?

O corpo de Roman congelou. Um carro passou bem atrás dela e, lentamente, ela olhou para os olhos de William:

— Eu preciso de ajuda. Por favor. Me escuta.

O líder dos Caçadores conduziu a pobre e assustada moça para o outro lado da calçada. Estavam em pé, e prestes a conversar entre si no meio de várias pessoas passando. Ele não estava se importando, já que a pressa era muita:

— O que está acontecendo? Qual é seu nome?

— Meu nome é Roman. Eu sou membro da guilda Kiesza. Uma guilda da Aliança Ningirama e...

William pegou uma pedra no chão, sentindo-se ameaçado. Roman abanou as mãos negando que era má e seus olhos receosos convenceram Will:

— O que você quer?

— Dois magos destruíram a minha guilda. Apenas alguns dos membros dela, mas algo me diz que o restante será caçado em breve. Por favor, eu preciso de ajuda.

— Eu não estou entendendo. Você é de uma guilda rival a minha e quer a nossa ajuda?

Roman pegou Will no ombro e olhou bem nos olhos dele:

— A guilda que matou meu namorado e a minha líder é a mesma que, futuramente, destruirá essa cidade e matará seu filho.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima. Siga no snap: anarkgusta



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