Os Caçadores: A Última Guerra escrita por Gustavo Ganark


Capítulo 29
Mortes


Notas iniciais do capítulo

Bom capítulo e até a próxima!



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Thaylor estava em frente à um prédio espelhado, gigantesco. Um dos maiores prédios de Leonor:

— Sinto algo vindo desse prédio que eu não consigo decifrar. De certo modo eu vim automaticamente até aqui. Estou com tanta preguiça de entrar.

Thaylor tirou seus fones de ouvido e os ajustou em seu pescoço. Entrou.

Sem olhar para os lados, apertou o botão do elevador e subiu até o último andar.

Estava de noite e naquele prédio tinha pouca gente.

— Nossa. Esse prédio está praticamente vazio. Acho que vou sentar nessa cadeira e descansar. – Comentou Thaylor, pegando uma xícara de chá na máquina ao seu lado e andando em direção à minha mesa.

Sim, Thaylor invadiu o prédio dos Caçadores.

Nesse momento eu cheguei e quando abriu a porta do elevador eu dei de cara com ele:

— Thaylor?

Ele se levantou, cuspindo toda o chá em sua boca:

— Anark? Você... você está... vivo?

Eu estava paralisado por ver ele novamente. Ele também estava. Com uma velocidade absurdamente grande, ele jogou a mesa daquele escritório longe e me abraçou. Ele chorava feito criança, mas eu ainda estava imobilizado. Eu não podia acreditar que ele estava vivo e nem ele acreditava que eu estava:

— T-Thaylor? O que significa isso? O que está acontecendo?

Ele, em prantos, me respondeu:

— Eu estou vivo, Anark! Eu vivi para te reencontrar... irmão.

Thaylor, meu irmão, estava muito feliz em ter me encontrado. Já eu não acreditava muito naquilo. Eu o vi morrer bem na minha frente. Assassinado pela mesma pessoa que matou a minha mãe. Éramos irmãos apenas por parte de pai, aquele que desapareceu após a morte da minha mãe.

— Você me deve uma explicação, Thaylor. – Eu exigi, saindo de forma grosseira de seu abraço.

Nesse exato momento William chegou e viu a mesa de seu escritório jogada no chão e seus objetos pessoais no chão. Furioso, William gritou:

— O que está acontecendo aqui!? Anark! Quem é esse cara, Anark?

Eu, sem demonstrar felicidade alguma, respondi:

— É meu irmão.

William, boquiaberto, perguntou:

— Porra! Você tem irmão?

— Sim. – Eu respondi.

— Oi! Meu nome é Thaylor e sou irmão dele. – Se apresentou, apontando para mim.

                                                                              —--x---

Caminhando no meio da rua de Leonor, Stealth e Brasom estavam cansados de tanto andar. Estavam indo em direção ao prédio dos Caçadores, conhecido como Seed:

— Até que horas vamos ter que ficar andando até chegar em Seed? – Perguntou Stealth, cambaleando de dor nas pernas.

— Relaxa, vai. Ainda é noite e poderia ser pior. – Comentou Brasom, olhando arduamente para frente. – Está de noite e pelo menos não tem um sol na nossa cara.

Stealth, rindo, disse:

— Esqueci que você é o Deus das Sombras. Realmente não gosta da luz no Sol.

— E você por ser a Deusa da Furtividade adora uma sombra para se esconder. – Retrucou Brasom, usando um duplo sentido em seu tom de voz.

Stealth deu uma risada, mas parou imediatamente:

— Chegamos. Esse é o prédio dos Caçadores: Seed.

Brasom levantou a cabeça e viu aquele arranha-céus espelhado e comentou:

— Caramba. Ele já está aqui!

Ela, sem saber do que ele estava falando, perguntou:

— Quem?

— Thaylor, o Deus da Relatividade.

— Nossa. Por isso não deixei Blue escolher os títulos. Relatividade? – Se perguntou Stealth, odiando o nome. – Eu diria que ele é o Deus do Tempo e Espaço. Acho mais estético.

— Estético ou não, Thaylor é muito mais forte que a gente. Só queria saber o motivo do Ningirama temer a união de Anark e Thaylor.

Em silêncio, Stealth foi se aproximando do muro que cercava o prédio:

— Fique aqui. Eu vou invadir esse prédio e criar um plano.

Brasom, sem paciência, perguntou:

— Não podemos simplesmente invadir? Somos Deuses. Não temos que temer esses Caçadores.

— Esqueceu que o God-2 está aqui?

— God-2? O segundo mais forte dos God-20?

— Exato. Eu sou classificada como God-14, então se eu morrer não será muito prejuízo.

Brasom caminhou até ficar ao lado de Stealth:

— Eu sou o God-6. Dou conta do recado. Você fica com os primeiros andares. Eu vou até Thaylor.

                                                                              ---x---

William, para ver se tinha entendido a história que eu e meu irmão contamos a ele, me perguntou:

— Então quer dizer que você e Thaylor são irmãos? Que no passado uma pessoa misteriosa matou a sua mãe e matou Thaylor, mas na verdade Thaylor sobreviveu e se separou de você?

— Sim. – Eu respondi. – Assim que eu vi ele e minha mãe morrerem eu procurei por ajuda. Quando eu cheguei apenas o corpo de minha mãe estava lá. Eu achei aquilo normal, já que a polícia e os curiosos estavam tumultuando.

Thaylor estava grudado comigo. Não conseguia segurar a felicidade de ter me encontrado. Sua única família.

Não tivemos muito tempo para comemorar. Brasom chegou e apontou uma lâmina de sombras para Thaylor, gritando:

— Traidor!! Ningirama está muito irritado contigo.

Se eu não estava muito bem com meu irmão, agora eu estava menos ainda:

— Traidor? Você conhece Ningirama? Thaylor! Me explica.

Em uma emboscada psicológica, Thaylor explicou:

— Muita coisa aconteceu nesses oito anos, irmão. Eu criei uma sede imensa por derrotar líderes de guilda. Entretanto, todos fracos. Quando eu fiquei sabendo da história do Ningirama e sua guilda, eu resolvi me infiltrar. Eu te juro, eu não faço mais parte dos planos de Ningirama. Na verdade, eu só queria o derrotar.

Brasom começou a gargalhar, deixando todos ali irritador:

— E como você viu que somos muito mais fortes, você desistiu da sua ideia.

Thaylor sorriu e retrucou:

— Errado, Brasom. Eu simplesmente fiquei com preguiça de ter que derrotar dezoito magos até chegar em Blue.

Eu estava confuso. Não estava entendendo nada. Queria saber quem era aquele mago chamado Brasom. Seu corpo estava domado por sombras. Apenas seus olhos eram visíveis:

— Brasom! Você é da guilda do Blue?

— Exato. E você deve ser Anark, não é?

— Sim, eu sou. O que você quer aqui?

Thaylor colocou eu e William para trás. Parecia que ia começar uma luta. Brasom me respondeu:

— Blue não queria que Thaylor e você se encontrassem, então eu fui ordenado a matar seu irmão.

Com um estalar de dedo, Thaylor alterou o tempo para Brasom:

— O que você fez? – Eu perguntei.

— Eu retardei o tempo para ele. Agora ele está em uma realidade tão lenta que ele parece uma estátua para gente, e nós, coisas tão rápidas quanto a luz. Essa é a nossa chance de matar ele.

Eu e William não gostamos da ideia, mas como estávamos em guerra contra Ningirama, não tivemos outra opção. Eu com minha Espada do Rei do Fogo e William com uma adaga que tinha pegado naquela bagunça no chão, perfuramos inúmeras vezes o corpo de Brasom. Até o sangue de seu corpo demorava muito para sair, mas quando terminamos Thaylor estalou os dedos e o corpo de Brasom começou a jorrar sangue para todos os lados.

Brasom caiu em cima dos papeis jogados no chão, morto.

— Agora falta a Stealth. Eu estou sentindo ela vindo para cá.

Quando Stealth chegou no último andar, pelo elevador, viu o corpo de Brasom no chão.

Assustada, ela tentou fugir, mas Thaylor, com sua magia de tempo e espaço, trocou de lugar com ela e Stealth ficou ao lado de William e eu que com suas lâminas cortaram seu corpo em vários pedaços. Depois o seu tempo começou a correr normalmente e aquela festa de sangue no ar manchou todos os cantos daquele cômodo.

William, espantado com o poder de Thaylor, me disse:

— Anark. Vamos vencer essa batalha.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: "Cavaleiros", dia 19, às 13:30



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