Eddie e Seus Peugeots: Roads of Paradise escrita por Eddie Peugeot


Capítulo 6
Maués Rumble Rally – Conheça Os Teus Oponentes




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Rua Guaranópolis, Maresia, 24 de Setembro de 2016, sábado, 16:40

Anteriormente, os irmãos Peugeot reencontraram os seus velhos amigos de longa data e Eddie conhecera seu primeiro oponente. Agora, Eddie já sabe que o seu oponente não será nada fácil, além da pose de “durão” que lhe demonstrou.

— Mano – disse Freddy – você viu aquela pose na hora em que foi falado o nome dele?

— Esse cara é um playboy, Freddy – responde Eddie – se ele pensa que é um perigoso, um machão, e daquela pose pensando em me ameaçar, está praticamente enganado.

— Mano, não fala isso não. Imagine na hora da corrida e ele fica na sua frente e vence as duas etapas?

— Eu não acredito nisso.

— Vai por mim, mano! Joanna, Jeyci, Yuri e Chelinka me contaram que Gael é muito rápido. Aquele Fiat Prêmio é fodásticamente veloz, e o nosso Opala nem chegará aos pés dele!

Eddie para e pensa por poucos instantes.

— Freddy... sabe o que eu vou fazer?

— Não vai pensar em tirar o acerto...

— Não é o acerto de contas. Eu vou é conhecer esse cara, saber de onde ele vem e por quê ele quer disputar esse torneio. Vai ser uma espécie de entrevista.

— Não faça loucura, mano.

— Óbvio que eu não vou fazer, relaxa Freddy – termina Eddie, que deixa o irmão sozinho e retorna para o estacionamento.

De repente, uma moça de cabelos vermelhos aparece atrás do loiro.

— Frederico... – o loiro vira para atrás e reconhece a pessoa que estava lhe chamando.

— Joanna! – o loiro abraça a amiga de cabelos vermelhos.

Joanna Ferruccio é a irmã mais nova (ou melhor, irmã caçula) de Lindinez, paixão do passado do irmão do Freddy, e de Jeycianne, no qual a diferença de idade da primogênita é de três anos, já que Jeyci nasceu em 1978, Lindinez em 1980, e Joanna em 1981. Anteriormente, Freddy e Eddie já viam junto com a outra amiga, Elina Battaglia, quando elas foram recepcioná-los após a vitória na corrida decisiva na etapa preliminar. Possui cabelos tingidos de vermelho e com olhos castanhos claros, assim como as irmãs, batom vermelho e rímel. Está vestida de camisa branca com listras verticais pretas com um símbolo de um time de futebol sob uma jaqueta preta, com saia preta com meia calça branca e sapatos pretos.

— O que houve com o “Eddinho”? – pergunta, chamando o irmão do amigo com diminutivo – Ele parecia tão sério...

— Ele vai ter uma conversa com o oponente dele que irá confrontá-lo na primeira corrida.

— Frederico – disse Joanna, no qual é uma das pessoas que preferem chamar o irmão do Eddie com o seu nome real, Frederico, já que Freddy era apelido dado pelo seu irmão desde criança – você contou pra ele que esse tal de Gael possui um carro veloz?

— Contei, mas ele já sabe que o nosso carro não terá muitas chances de vencê-lo.

— Eu esqueci de te contar pra avisar à ele que o Gael é trapaceiro! Ele vai tentar usar o nitro para fazer de tudo pra vencer!

— Ele tem o nitro? O nosso carro tem o nitro também, só que não usamos em competições, por conta de que o regulamento não permitir o uso de óxido nitroso, até mesmo desta competição que o mano vai participar.

— Então, mano... – disse Joanna.

— Se ele usar, acabou a nossa participação.

— Com licença? – disse outra voz feminina, no qual Freddy vira para atrás, e em seguida, se depara com uma mulher morena, recém-conhecida junto com o irmão, de físico cheio e com óculos.

— Lisa Berger? – pergunta o irmão loiro do Eddie, surpreso com a aparição.

— Eu ouvi falar que tem participante que usa o óxido nitroso? – questiona a organizadora.

— Sim, sra. Berger – responde Joanna – e esse participante se chama Gael Piochi, de Fiat Prêmio, e teve histórico de vitórias sujas por trapaças em algumas corridas! Eu fui vítima dele em algumas corridas, junto com a minha irmã.

— Mas... o nosso regulamento permite o uso de óxido nitroso – afirma, enquanto Joanna e Freddy se olham, surpresos com a afirmação da organizadora.

— Então... eles vão usar o nitro? – disse Freddy.

— Óbvio... se os participantes que forem fazer o duelo tiverem o óxido nitroso cada um, será permitido o uso na corrida.

— E se um oponente não possuir a garrafa do nitro e ele tiver? – pergunta Joanna.

— Não será permitido o uso do nitro na corrida, pois se o participante usar, ele será desclassificado.

— Ah, tá... então...

— Então, maninho... – disse Joanna.

— É melhor avisar o mano – termina Freddy, no qual os dois vão atrás do Eddie.

X///////X

Enquanto isso, Eddie Peugeot está na procura do seu primeiro oponente da disputa do campeonato, observando lado a lado de cada carro e piloto, já sabendo como é o nome do carro e a cor do veículo.

— Estava me procurando? - disse uma voz, no qual Eddie vira para direita e se depara, caracterizado de cabelo moreno curto, malhação definido, camisa preta com mangas rasgadas, calça jeans e tênis pretos – Então é o meu oponente chamado Eddie Peugeot, não é?

— Sim, esse é o meu nome – confirma.

— Escuta só, eu sei o que você estava me procurando.

— Estava, mas eu só queria conhecer um pouco do seu carro, de como é a performance, a potência…

— Venha aqui – gesticula e depois os dois vão para o carro do Gael, um Fiat Prêmio.

O carro do Gael é o Fiat Prêmio ano 1986, duas portas, cor preta, com adesivos de caveira em toda a lataria, e com rodas OZ Superturismo de 20 polegadas. Por lá, Eddie começa a conhecer o veículo do seu oponente quando Gael levanta o capô do carro, deixando-o surpreso com o que Eddie observa:

— Puta merda! - diz Eddie, espantado com o motor do carro do oponente.

— Envenenado, cara – explica – motor principal novinho em folha cromada, carburador, mangueiras, turbo… tudo novo, cara. Eu comprei tudinho trabalhando forte em mecânica e ao mesmo tempo, testando e correndo nas rachas noturnas, faturando uma grana preta.

— Porra…

— E eu vou te contar um segredo, Eddie – avisa.

— Conte pra mim, eu não vou revelar pra ninguém.

— Pra essa caranga ficar mais foda de velocidade, eu tenho um nitro instalado.

“E o meu carro também tem nitro, imbecil!”— pensa Eddie.

— Basta apertar um botão no meu volante, que a porra vai virar supersônico em alta velocidade. Em num instante, tu ganha a corrida.

— Bacana… ficou mais que foda o seu carro, Gael.

— E o que você quer também? Apostar quanto de dinheiro você vai pagar?

— Eu não estou afim de apostar por dinheiro, mas eu tenho uma coisa pra te perguntar… por que você quer ganhar este torneio?

— Não é da sua conta.

— Me diga o porquê, me diga só um detalhe o porquê você quer ganhar este torneio?

— Foi aquela gorda vadia da Lisa que te mandou a fazer esta pergunta? - questiona.

— Ela não me mandou a fazer isso, mas essa pergunta é minha que eu estou fazendo. Responda logo: por que você quer ganhar este torneio?

— Libertar o meu filho da cadeia, que está preso por ter feito baderna numa escola em Manaus. A fiança não é tão barata.

— E quantos reais custam essa fiança para libertar o seu filho?

— São mais de cinco mil reais, e ele fez parte de um grupo que ocupou uma escola de tempo integral, e a polícia fez a reintegração de posse e ele foi preso flagrado pela televisão agredindo um policial. Foi acusado de vandalismo público, e agressão à autoridade.

— Puta merda.

— E como o prêmio é de dez mil reais mais o carro, seria o suficiente para pagar a fiança e libertá-lo da cadeia.

“Mas o carro será meu, seu filho da puta”— pensa Eddie.

— Ok, amigo. Foi muito prazer por conhecer todo o seu carro e o porquê você quer ganhar este torneio.

— E o seu carro, Eddie? Será que terá a capacidade de me vencer?

— Quantos cavalos o seu Prêmio têm?

— São 200 cavalos de potência. Se acionar o nitro, a potência será mais de 260 cavalos.

“190 cavalos o meu carro possui, mas se acionar o nitro... vai dar até 266 cavalos. Provavelmente poderei passar do Gael quando eu estiver atrás dele e tiver um espaço livre”— pensa.

— Caramba... o meu carro tem 190 cavalos de potência.

— Porra... 190 cavalos, você quase terá as chances de me vencer – ironiza.

— Escute... – Eddie aproxima mais do Gael – você vai saber quem tem chances de te vencer... – avisa, sussurrando – e quem mesmo mostrou o teu filho sendo preso na cadeia – encerra, deixando o local, enquanto Gael fica com a cara fechada.

X///////X

— Mano! – disse Freddy, ao recepcionar o irmão que acabou retornando de um papo com o oponente.

— “Eddinho!” – disse Joanna, recepcionando o Eddie, ao mesmo tempo, o recepcionado fica com a cara de dúvida sobre o apelido que recebeu da amiga (e irmã da sua amada).

— Por favor, “Eddinho” não – reclama.

— Como você está, depois de tanto tempo deitado naquele leito hospitalar? – pergunta Joanna.

— Eu estou bem, como sempre, depois de tudo o que passou. Vim da conversa com um oponente que eu irei enfrentar na corrida – Joanna e Freddy se olham, sabendo de quem o Eddie havia conversado – Ele também tem um carro foda, forte, de 200 cavalos de potência, nitro...

— “Eddinho”, era isso o que nós iriamos falar com você – interrompe Joanna – esse seu oponente tem nitro, e teve histórico de trapaças antes de vir pra este torneio. Ele usou muito nitro em várias oportunidades, e ele já me ultrapassou usando a garrafinha desse nitro.

— Mas mano – disse Freddy – você terá a chance de dar um troco nele.

— Como assim dar um troco nele?

— O regulamento permite o uso do nitro se os dois competidores possuir o equipamento. Caso o competidor tiver um, e o outro não, o uso do nitro não será permitido, ou o competidor será desclassificado se usar – explica Joanna.

— Então...

— Use o nitro, mano. Essa é a sua chance, mas você terá que usar onde tiver um espaço suficiente para ultrapassar e vencer a corrida, porém não gaste muito, porque eu trouxe uma garrafa à mais.

— Cuidado, porque ele também pode usar nitro como troco de recuperar a liderança, “Eddinho” – alerta Joanna.

— Ok, Joanna... e mande um beijo pra Lindinez...

— Eu sei... ela saiu porque ela te viu, “Eddinho”. Eu deixarei o seu recado pra ela – encerra.

Os dois, mais a Joanna, deixam o local para os seus lugares distintos, no caso da Joanna para onde está o carro dela, enquanto os irmãos continuam o passeio pelo pátio.

X///////X

— A Joanna é linda, mano, e ela tem os mesmos olhos da tua amada, já que ela é irmã dela.

— Eu sei, Freddy.

— E... eu estava querendo perguntar uma coisa... sabe qual é a potência do carro do seu oponente?

— Sim, Freddy. Ele tem 200 cavalos de potência, acima do nosso carro, e com o uso do nitro, chegará até 260 cavalos, capaz de atingir até mais de 250 quilômetros por hora.

— Caramba... o carro deve estar Lamborghinizado ou Ferrarizado.

— Ou McLarenzado, Mercedesizado.

— Mano, não diga McLarenzado porque é sinônimo de carro lento como a McLaren atualmente na Fórmula 1 – os dois ri.

— Eu queria perguntar uma coisa, você e a Joanna são amigos tão próximos?

— Eu conheço a Joanna faz um tempo, mano, ao mesmo tempo em que você estava com a “Lindi”. Nós fomos colegas e ela sabia de tudo o que vocês estavam aprontando naquele tempo.

— Você contou tudo pra ela, não?

— Eu não quero mentir pra tu, mano. Ela é irmã da tua amada e da tua “cunhada”, e todas elas sabem e conhecem muito bem você.

— Naquele momento, eu não reconhecia nem a Joanna quando nós dois estávamos correndo, e nem a Jeycianne quando estive conversando com ela. Porra, fazem 20 anos em que eu nem via as duas.

Quando de repente, enquanto os irmãos estavam se conversando...

— Freddy Peugeot... Eddie Peugeot! – disse um moreno, acompanhado de uma moça de cabelos pretos, recepcionando os irmãos Peugeot – Querida, esse aqui é o Eddie Peugeot, que vai disputar o torneio – apresenta.

— Oi... espera aí... você não é aquele que sofreu aquele acidente ano passado? – pergunta a moça.

— Nendra, eu posso responder no lugar dele, e óbvio que ele sofreu – Eddie olha para o irmão caçula, que havia respondido em seu lugar – mas ele está inteirinho e novinho, Geovanni e Nendra.

Geovanni Dortmund Lima é um dos grandes, notórios e competentes corredores de rua de Maués, que representou a cidade em torneios nacionais de track days com uma picape personalizada, um Fiat Strada Fire 2008 de cor vermelho. Geovanni é moreno, de pele parda, e está vestindo uma camisa branca listrada em dourado, calça jeans azul e tênis. Já ao seu lado, está a Nendra Ahli Ferreira, caracterizada de cabelo preto, pele caucásia, com uma camisa branca e jaqueta preta e calça jeans, com rímel e batom preto. Ambos são amigos próximos e íntimos, mas para o Freddy, são mais namorados segundo fofocas que ele recebe nas conversas de grupo no Whatsapp.

— Eddie Peugeot, aqui é Geovanni Dortmund Lima – se apresenta.

— Eddie Peugeot, esse é o meu nome – recepciona Eddie.

— Nendra Ahli – se apresenta também.

— Eddie Peugeot – recepciona Eddie novamente, dessa vez, à Nendra.

— Muitos me falaram que você está correndo demais depois do acidente – disse Geovanni – você manteve toda a essa energia mesmo que esteve em coma?

— Pode ser, mas eu ainda tenho energia total de correr. O sangue do meu pai fala bastante.

— O seu pai foi um corredor? – pergunta Geovanni – Essa história eu não sabia.

— Corredor profissional de automobilismo e fundou uma categoria automobilística – explica Eddie – inaugurou por aqui a categoria chamada Fórmula Peugeot com uma corrida oficial na cidade, e ele foi o primeiro vencedor.

— Ah... então você e o Freddy são filhos do grande João Peugeot! Essa eu estava me lembrando quando eu visitei o museu da Fórmula Peugeot – disse Geovanni.

— E quais foram as suas influências de ser um piloto, Geovanni?

— Minha grande influência foi de Ayrton Senna, Michael Schumacher, entre outros pilotos de automobilismo, e daí porque eu me tornei um grande piloto de rua, além de participar de vários torneios de track days lá em Manaus.

— Dirigindo uma picape, né? – pergunta Freddy.

— Meu amigo, os caras estranharam porque uma picape disputando contra os outros carros, e mostrei pra eles que o meu carro era forte na velocidade. Quando eu ganhei o torneio lá em Manaus, eu paguei uma customização no motor, que colocaram mais potência e ainda acrescentaram turbo e nitro para ficar ainda mais potente. O carro tem 215 cavalos de potência, chega até 270 quilômetros por hora em velocidade máxima em menos de oito segundos.

Os irmãos se olham e ficam com a cara de “não acreditar”.

— Nós temos um Opala SS, 190 cavalos, velocidade máxima de até 240 quilômetros por hora, temos supercharger e nitro, motor de seis cilindros e muito controle. Sabem quem personalizou o nosso carro? Freddy?

— Foram os gêmeos Yuri e Chelinka, da oficina Twingarage.

— Eu já ouvi falar dessa oficina – disse Nendra – foi por lá de onde eles personalizaram o meu carro.

— Qual era o seu carro, querida? – pergunta Geovanni à ela.

— Era um Chevrolet Chevette 1983 roxo, disputei uma vaga pra disputar este torneio, e foi lá onde antes da corrida que eu vi o Eddie e o Freddy, que venceram aquela etapa preliminar. Fiquei em último e desclassificada porque o meu carro se engasgou bem na largada da etapa final da preliminar.

— Era você que ficou em último lugar? – pergunta Eddie e Freddy, simultaneamente como se fossem irmãos gêmeos.

— Fiquei, e depois, levei o meu carro até a oficina deles pra consertar aquele defeito e até agora estou esperando o término do conserto deles.

Eddie vira para o irmão e inicia uma pequena conversa privada.

— Freddy, você não me contou que ela foi cliente dos gêmeos.

— Eu iria te contar naquele dia em que disputamos a fase preliminar, logo quando eu vi lá, mano.

— Agora ela está cobrando os gêmeos pelo conserto, Freddy! Você acha que os gêmeos são caloteiros ou preguiçosos?

— Olha, mano, que o meu carro não demorou de ser personalizado e depois ser preparado para esta competição pelos gêmeos. Eles prepararam em uma semana. Ou será que naquele momento eu vi o carro dela?

— Deixe pra lá... – termina Eddie, quando os irmãos viram de volta ao casal.

— Geovanni, Nendra... foi muito bom conhecer vocês dois.

— Valeu – agradece Geovanni – mas Eddie, cuidado, porque a gente pode se encontrar até mesmo na final do torneio – avisa.

— A gente está preparado quando for a hora – termina Eddie, que junto com Freddy, deixam o local.

X///////X

Enquanto isso, dentro de um armazém do local...

— Lisa – disse uma loira de cabelos cacheados.

— O que foi, Bebe? – pergunta a morena gordinha.

— Você viu este nome que está entre os confrontos da primeira fase e que você acabou de citar no alto-falante?

— Qual?

— Corey Lanskin, o seu ex-namorado! Ele está participando do torneio! Eu recebi os documentos dele na minha mão e você não percebeu o nome dele?

— Essa eu não sabia – disse Lisa, sem estar surpresa – ele arrumou outro carro?

— Sim, ele estava de outro carro, como comprova aqui o documento nas minhas mãos, um Mitsubishi Eclipse GSX 1996! O que você imagina, uma revanche por ter roubado o carro dele?

— Esse Challenger agora é meu, Bebe! Não quero saber dele porque eu não aceitarei a revanche e ele não quis que eu me tornasse uma pilota. E cadê ele?

— Me falaram que estava aqui no pátio, mas recebi a informação que o Corey saiu do local. Provavelmente ele desistiu de disputar o torneio.

— Então vai ter WO pra ele no duelo contra o Alfredo Piochi.

— Se ele retornar à tempo, vai ter a disputa na primeira fase.

X///////X

Não muito longe dali...

— Alô?

— (Corey Lanskin?) – disse uma voz misteriosa por trás da ligação.

— Sim, chefe.

— (Como vai o seu trabalho?)

— Acabei de sair do local do torneio, chefe. Eu preferi deixar um pouco do meu trabalho para o Eddie Peugeot em relação de tirar algumas informações da Lisa Berger.

— (Mas como?)

— Eu quero me distanciar um pouco dela, porque ela foi muito vingativa por ter roubado o meu carro. Eu não quero que ela roube o meu carro de novo. O Eddie vai passar as informações do que ele conseguir pra mim e eu passarei para o senhor.

— (E a recompensa? Você não quer aquele Challenger de volta pra ti?)

— Eu estou ok com o meu Mitsubishi Eclipse. Não preciso mais daquela lata velha que a Lisa está dirigindo, ok? Obrigado pela ligação – desliga.

— Ah... Lisa Berger... pelo menos de físico e beleza você é linda e gostosa – Corey observa o seu próprio carro – quer saber? – entra no próprio carro e em seguida, deixa o local de onde estava, retornando para o ponto de reunião do torneio.

X///////X

De volta ao pátio de reunião do torneio...

— E aí, “cunhadão”? – disse Jeycianne, que está andando junto com a irmã Joanna e com Eddie e Freddy Peugeot no meio do pátio de reunião – você vai conseguir até mesmo chegar até a final?

— Jeyci, ainda é muito cedo de fazer essa pergunta – responde Eddie – este torneio é como os outros: muitas surpresas podem acontecer.

— É mano – disse Freddy – esses concorrentes que você poderá pegar no decorrer do torneio não serão fáceis de enfrentá-los. Tem notórios, competentes e velozes concorrentes. Esse Gael é veloz, mas sujo, como a Joanna falou.

— Sujo – disse Joanna – porque eu fui ultrapassada por ele usando o nitro e eu não tinha. Eu não usei o nitro recém-instalado quando o “Eddinho” me ultrapassou na corrida final da etapa preliminar, usando o nitro – Eddie e Freddy ri, ao se lembrarem do fato.

— Nessa competição, Joanna – disse Freddy – já reabasteceu o nitro para alguma corrida do torneio?

— Já, Frederico. E eu comprei mais uma garrafa de nitro pra ser usada como reserva.

— E você, “cunhadão”?

— E eu, Jeyci? – disse Eddie – eu tenho garrafas de nitro reservas, eu comprei três, mas o Freddy preferiu uma reserva para usar no torneio. Óbvio que o Gael vai gastar tanto nitro que, quando ele vencer uma e eu a outra, ele não terá nitro suficiente de me vencer na corrida.

— Vem cá – Eddie se aproxima da Jeycianne – eu recebi algumas fofocas sobre o Geovanni, que ele tem três garrafas de nitro reservas. Só que ele também levar uma reserva porque ele economiza o uso do nitro – sussurra.

— E você, também possui uma garrafa reserva, Jeyci?

— Também.

— Quase todos possuem uma garrafa reserva, praticamente, mano – disse Freddy.

— Nem todos, tem gente que usa dois, três, até dez reservas – disse Eddie, que no final, o quarteto continua andando pelo pátio enquanto conversam entre si...

X///////X

De repente, na entrada do pátio, uma multidão recepciona a chegada de um “novo” piloto... quando aparece um Mitsubishi Eclipse GSX 1996 cor laranja personalizado com adesivos de Minecraft. Muita gente estranha porque esse carro esteve recentemente no local, e saiu de repente. Entre essas pessoas da multidão, estavam Lisa Berger e Bebe Stevens, que observam no momento da chegada, que ficam boquiabertas.

Ao passar pelas duas moças ao lado, Corey Lanskin olha diretamente para a morena gordinha, surpresa com o que vê.

— É ele, Lisa?

— É ele mesmo.

Enquanto isso...

— O que será que está acontecendo lá? – disse Eddie, ao lado de Jeycianne, Joanna e do seu irmão Freddy.

— Parece que um maninho que dirige uma Eclipse laranja voltou depois de sair rapidinho – disse Jeycianne.

— É um tal de Corey Lanskin, mana – disse Joanna – ele é um ótimo corredor, eu já confrontei ele em num duelo de pega que eu fiz, e perdi, porque era a minha primeira corrida com o meu Escort. E quem pagou a modificação do meu carro foi a Jeyci, e depois confrontei ele de novo.

— Ganhou? – pergunta Freddy.

— Perdi de novo.

— E você, “cunhadão”? – pergunta Jeycianne – Já enfrentou-o uma vez?

Eddie sequer responde uma palavra, já que ele havia conhecido antes.

— Jeyci, ele conheceu agora há pouco – disse Freddy, em seu lugar.

De volta à entrada...

— Seja bem-vindo, Corey Lanskin, ao Maués Rumble Rally – recepciona Lisa, ao rever o seu ex-amado.

— Obrigado, Lisa Berger – responde Corey, ainda observando na sua principal alvo.

— Você está confirmado em num confronto da primeira fase contra Alfredo Piochi.

— Obrigado – responde.

— A cara dele, mana... – disse Joanna.

— Muitos me falam que eles ficaram juntos por um tempo – disse Jeycianne – Corey comprou um Challenger que depois a Lisa roubou para disputar muitas rachas e ganhar uma puta grana. Eu não conheci pessoalmente a Lisa, mas ela me ligou exatamente pra me convidar a disputar este torneio.

— A mesma coisa comigo – disse Eddie, referindo ao convite para participação – quando venci muitas corridas, porém disputei a parte classificatória.

— Mesma coisa comigo, “Eddinho” – completa Joanna.

— Eu não sabia que os dois tiveram um caso, mano – disse Freddy, se referindo ao Corey e Lisa.

— Cara – disse um velho conhecido do Eddie – Lisa e Corey juntos... – Eddie vira e percebe a presença do amigo Victor Battaglia.

— Você já viu uma vez os dois juntos, fera?

— Nem eu e nem a minha amada chegamos a conversar com eles, cara, mas já vimos os dois passeando juntos.

— Eu já me encontrei com ele e com ela separadamente em ocasiões diferentes – disse Eddie – com a Lisa foi na disputa preliminar, já o Corey foi recentemente aqui no pátio.

— E eu nem tive oportunidade de duelar contra ele em uma corrida, cara – completa Victor.

X///////X

Pouco tempo depois, em algum lugar do pátio...

Eddie Peugeot está dentro do Opala SS amarelo, sentado no banco do motorista com as mãos no volante, mas com a cabeça baixa. Parece que o principal representante da oficina Twingarage deve estar pensando ou está passando um filme na cabeça...

“Lindinez... eu vou vencer esse torneio por você, meu amor”— pensa, que suspira.

“Eu quero correr com você ao meu lado, porque o meu amor não deve ficar perdido por mais de vinte anos”

— Eu sei o que você sente a falta da minha irmã, “cunhadão”.

Eddie vira para a janela esquerda e percebe a presença de Jeycianne, que está de fora do veículo.

—Jeyci?

— Você e Lindinez poderiam estar juntos, se tornando um casal imbatível, esperto, e principalmente romântico. Eu gostava muito de você estar com a “Lindi” na mão, vocês dois juntos como se estivessem casados.

— Mas... esse desejo de casar eu nunca tinha pensado naquela época. A gente era jovem, ela tinha 16, e eu 17, e nós estudávamos no terceiro ano.

— Minha irmãzinha pensava que vocês andavam juntos como se fossem casados, leso.

— Ah, Joanna... – reclama Eddie.

— Ela participaria desse torneio que você vai disputar.

— Eu já sabia que ela participaria, o nome dela foi anunciado em num confronto contra o tal do Kenneth McCormick na primeira fase. Pior que ela nem está mais aqui e pode perder por WO.

— Eddie “cunhadão”...

— Não me chame de “cunhadão”, Jeyci, eu nem sou casado com a Lindi – reclama.

— Tá bom, Eddie...

— E me conte o que foi a sua vida por todo esse tempo que passou, Jeyci?

— A minha vida? Eu me formei em jornalismo lá em Manaus, me profissionalizei me estagiando lá numa emissora de TV... ganhei aquele Clio de uma conhecida minha há semanas, gastei um pouco do meu salário para personalizá-la pra tornar uma máquina de corrida, já que eu adoro assistir corridas na TV e rachas pelas ruas.

— E já fez uma matéria na sua profissão que você exerce?

— Eu fiz, sobre a agropecuária daqui de Maués e ganhei um prêmio Milton Cordeiro de Jornalismo.

— Parabéns!

De repente...

— CHAMADA PARA A PRIMEIRA CORRIDA DA PRIMEIRA FASE – disse uma voz do alto falante.

— Opa – disse Eddie, surpreso.

— É agora, maninho... Boa sorte – passa a mão na cabeça do Eddie.

— Boa sorte pra você também!

— Minha irmã te agradece! – se despede a irmã primogênita da referida amada do piloto, no qual ela gesticula beijos para o amigo e deixa o local.

Eddie só fica apenas observando com um sorriso.

— Eu vou correr por ti, Lindinez – sussurra.

— CHAMANDO EDDIE PEUGEOT E GAEL PIOCHI, REPITO, CHAMANDO EDDIE PEUGEOT E GAEL PIOCHI PARA A LARGADA! – disse o alto falante.

Enquanto a Jeyci andava depois da conversa com o amigo Eddie, de repente, a morena-loira observa de longe a chegada de um Corvette C2 Stingray preto ao local e em seguida, observa a presença dentro do carro de um moreno e de uma moça de cabelo azul.

“Que porra é essa são aquelas pessoas que estão vindo pra cá?”— pensa Jeycianne.

(CONTINUA! CORRIDA SÓ NO PRÓXIMO CAPÍTULO!)


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Notas finais do capítulo

Oi pessoal, como vai? Será que eu demorei de escrever e publicar esse capítulo? Óbvio que eu demorei porque estava sem ideias para idealizar este capítulo e ainda estive modificando outros capítulos desta história por conta de problemas de continuidade de épocas dos personagens.

O Eddie e Seus Peugeots: 2014 vai continuar SIM, porque é um fanfiction de época recente, exatamente como o título se diz, em 2014, ano de eleições e mais conturbações sociais e políticas no Brasil. Mesmo diante das situações do que acontecem no nosso país e em outros. Eu quero é cumprir o que prometi para esse fanfiction chegar a final.

Espero que tenham gostado desse capítulo. Até a próxima!



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