Mad Teacher escrita por kunpimoose


Capítulo 1
1. Get Out


Notas iniciais do capítulo

Olá~!
Depois de muito tempo sem nenhum trabalho eu finalmente resolvi voltar à ativa.
Não garanto que seja um dos melhores trabalhos, mas é feito com muito carinho que todos que me conhecem, sabem que eu tenho. E devo agradecer especialmente ao incentivo que recebi da senhorita Michi. ♥
Ainda não sei qual será a intensidade dos capítulos, mas planejo postar todos os finais de semana, levando em consideração o fluxo de pessoas online e a disponibilidade das pessoas para leitura e lazer. Qualquer sugestão, estou aberta e sou toda ouvidos!
Enfim, essa é a minha chance de apresentar à vocês um dos meus couples favoritos de GOT7! ♥
E quanto ambas as capas: Estão simples, mas optei por fazer ao procurar, então...
Enjoy ~



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Jinyoung não era do tipo de pessoa que se animava facilmente com coisas que a vida tinha a lhe oferecer. Na verdade, não precisava de muito para perceber o quanto tudo parecia desinteressante diante de seus olhos, uma vez que, mesmo as coisas estando ao seu gosto, não conseguia sentir diferença ou talvez algo diferente brilhando em seu interior.

Uma das únicas e raras vezes que sentiu-se tão vidrado e animado com algo foi quando finalmente havia achado o que queria fazer da vida e seguir carreira, atingindo suas metas e gostos tão rápido, tendo aquele momento como sua maior vitória.

O problema começou após isso, com mais exatidão. Havia se dado bem, cumprido metas e atingido seu sonho, mesmo sendo tão jovem... Já não conseguia ver diferença e animação nas cores ao redor. Sendo esse o fator principal para que se tornasse uma pessoa rude e fria o suficiente para calar alguém apenas com o olhar, sua seriedade reconhecida por qualquer um.

Ser professor talvez ainda fosse a única coisa que lhe tirava da cama e não o fazia desistir, desde que ainda tinha um apego muito grande à profissão. Gostava do que fazia e já não se via sem nada disso. Mas também, isso era tão único quanto seu gênio difícil.

Suas férias eram banhadas em frustrações e estresses por simplesmente se sentir incapacitado de fazer algo e achar outra coisa que gostasse, tirando seu sono, deixando-lhe até sem saber o que mais queria em momentos de tensão exagerada. E não seria por falta de haver tentado, porque de tudo já havia procurado. Fosse música, algum esporte, jogos, nada o distraía de seu tédio.

Dera graças aos céus quando o comunicado de reunião do corpo docente sobre a volta às aulas pipocou em seu e-mail, aliviado e animado o suficiente para abri-lo com um sorriso no rosto. As férias do meio do ano eram sempre as mais extensas em seu ponto de vista, levando em consideração a falta de datas comemorativas.

Mal podia esperar para admirar o rosto de sua turma ao botar os pés na sala, sabendo que era considerado como ditador no colégio que lecionava. Adorava por um lado, odiava por outro, tendo em conta que o diretor sempre estava em sua cola lhe dizendo para que maneirasse no comportamento. Porém, sempre ressaltaria que era um dos melhores professores, apesar da fama.

Suas aulas eram simples e seus métodos vantajosos, fruto de estudos aprofundados em escolas, que lhe custaram muito de sua adolescência e horas de sono. Seus esforços haviam lhe rendido o que poucos alunos dos tempos modernos dariam conta de conseguir, mas que podia ao menos tentar repassar.

E era nisso que se baseava cada vez que preparava aulas com conteúdos dinâmicos e muito bem formulados. Simples, diretos, não havia erro.

Foi cheio de si assim que pisou na sala no primeiro horário da manhã, recebendo milhares de olhares de meninas e meninos se apressando para chegarem até seus lugares o mais depressa possível.

— Quero todos nos seus devidos lugares e em silêncio até eu terminar de ajeitar meu material na mesa. As férias foram boas, mas elas acabaram. – Não ouviu um piu e aquela era uma das suas satisfações. – Aproveitem e abram seus livros, tenho um conteúdo importante para passar. – Seus olhos correram pelos alunos, admirando um único rosto do qual nunca tinha visto antes em sala. – Ei, você. – Chamou o garoto. – O que faz na minha sala?

— Eu? – O garoto que até então não havia notado apontou para si, franzindo o cenho, talvez sem entender.

— Sim, você mesmo. Quero saber o que faz na minha sala de aula. Vamos, antes que eu reporte ao diretor. – Aproximava-se aos poucos, esperando a resposta do rapaz.

— Pouco me importa, na verdade. Você como professor deveria saber por que estou aqui.

O menino deu de ombros, voltando à posição de antes, com o mesmo semblante indiferente, escolhendo com cuidado seus materiais. A sala, em contra partida, estava em silêncio, talvez assustada, sabendo o quanto seu professor ficava nervoso.

— Quem você pensa que é para me tratar com insolência? – Suas mãos se apoiaram por sobre a carteira do garoto, fazendo com que este fixasse a atenção em seu rosto. Aquele suspiro de indiferença que saiu de suas narinas conseguiu o deixar mais irritado do que pensou que poderia ficar um dia.

— Se te consola, eu bem que gostaria de não estar aqui. Então, se quiser, chame a diretoria. A única coisa que quero é ter uma aula em paz e ir embora daqui o mais rápido possível. – As mãos finas passearam pelo cabelo, antes de repousarem sobre o caderno.

Junior ardia em raiva. Nenhum de seus alunos sequer se atreviam a lhe tratar assim,  e agora, um estranho que sequer tinha tal liberdade, invadia sua tranquilidade e lhe dizia coisas como se pudesse e fosse seu íntimo? Aquilo lhe irritava de uma forma como não se sentia em tempos.

— Pois eu te dou cinco minutos para arrumar suas coisas e me acompanhar até a diretoria. – Seu sangue fervia de forma absurda, sentindo-se tentado a gritar quando o viu rolar os olhos, antes de começar a arrumar as coisas. – E vocês... – Apontou para a sala. – Façam as atividades da página 145 à 158. Eu quero as respostas impecáveis!

Bufou antes de parar à porta e observar o garoto com cara de poucos amigos lhe acompanhar. Por sorte, o menino não se atreveu a dizer nada em todo o caminho ou talvez houvesse perdido a cabeça. Assim como quase o fez quando o diretor lhe explicou o que é que o garoto realmente fazia em sua sala.

— Ele é transferido, professor Park. Ele chegou recentemente da Tailândia e seus pais buscaram nossa instituição, desde que ele veio para cá sozinho. – Aquele semblante era claramente um que o julgava, enquanto podia sentir suas costas fervendo com o olhar do mais jovem. – Achamos que ficaria óbvio para você, então nem te demos o devido aviso.

— Acharam errado. – Retrucou, sério. – Eu preciso do nome do garoto na minha lista de chamada. Quero saber exatamente em que conteúdo ele parou. Você sabe que isso atrapalha as minhas aulas.

— Vá com calma. Ele ainda se enrola no coreano, mas é inteligente o suficiente. Ele saberá te explicar o que viu e não viu. Simples. Agora volte para sua sala e dê sua aula. Sua lista chega até o horário do intervalo.

Nada mais havia de ser dito. Precisou suspirar de maneira pausada antes de sair a passos rápidos e pesados da sala, sendo seguido pelo menino ruivo.

— Kunpimook. – O menino falou de repente.

— O quê? 

— Meu nome. Kunpimook.

— Eu não me lembro de ter perguntado. – Resmungou.

— Pouco me importa, só estou me poupando de te dirigir a palavra no resto dos dias. – Foi assim que Jinyoung respirou fundo pela vigésima vez aquele dia.

Huh?

Em toda sua história como professor, não havia um aluno que houvesse o tirado do sério ao ponto de ser insuportável olhar para seu rosto ou ouvir sua voz. Mas aquele garoto conseguiu tudo em um só dia, e já nem sabia o que é que lhe deixava mais irritado, se era o tom de voz arrogante, o semblante de poucos amigos ou a indiferença.

Aquilo lhe corroía, mais do que deveria.

— Eu espero que você tenha a decência de me tratar com respeito e retrate um pedido de desculpas. Você é novo, mas imagino que tenha ganhado educação de casa. 

— E eu imagino que você não tenha aprendido o mesmo, nem na infância e nem na adolescência, porque quem me deve desculpas é você que se confundiu.

Dessa vez o menino apressou o passo, ficando à frente. Com uma última olhada em seu professor, logo se dispersou e tomou caminho no corredor.

xxx

Os alunos todos fitaram o professor quando este passou pela porta, esperando por mais um sermão. Enquanto isso, o garoto Tailandês mordiscava a ponta do lápis, visivelmente não ligando para os olhares do resto da sala de aula.

— Eu espero que vocês tenham terminado a lição. E você, Kupimok, não é? – Precisou confirmar.

— Kunpimook. – Corrigiu sem aos menos lhe fitar.

— Que seja, me entregue essa lição ainda hoje, nem que você tenha de ficar depois de seu horário. – O garoto deu de ombros mais uma vez naquele dia. – Os demais, quero atenção ao conteúdo de agora.

E assim sua aula correu. Junior sempre tentava conseguir algo para tirar pontos do aluno novo, mas esse parecia muito mais inteligente, rebatendo com as respostas tão corretas que, por vezes, seus alunos que estavam consigo há anos não saberiam responder.

Aquilo lhe surpreendia e lhe tirava do sério ao mesmo tempo. Talvez fosse pelo fato de que, pela primeira vez, havia topado com alguém de gênio pior que o seu.

No intervalo, observou seus alunos saindo um por um, procurando o rosto do menino, que por ironia, não se encontrava ali. Foi quando notou que, sobre sua mesa, estava o conteúdo da lição que havia o mandado fazer.

A letra era quase impecável e as respostas eram certeiras. Sem contas, sem uso de rascunho. Aquilo lhe intrigava. O que um garoto da Tailândia viria fazer na Coréia, sabendo de todo o conteúdo? Roubar seu lugar? Bufou, mordiscando o lábio inferior. A ideia era ridícula, mas não a descartava.

Aquele garoto havia virado seu inimigo numero um a partir deste dia.

E faria questão de que isso não seja nem um pouco bom pra ele. 


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Notas finais do capítulo

Done~ ♥



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