Elementos Noturnos escrita por Srta Silva


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi oi meus amores!! Mais capítulos para vocês!! Boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678549/chapter/13

O monstro avançou na minha direção e pulou na minha perna. Sua boca se abriu e seus dentes se afundaram na minha coxa. Soltei um berro e ergui a arma. Com um grunhido atirei na cabeça dele e o mesmo caiu sem vida no chão. Eu também cai no chão, com a perna doendo como o inferno. Grunhi novamente e me arrastei até o banheiro. Procurei no armário embaixo da pia esparadrapo, água boricada, bandagem e algodão. Fiz uma limpeza ali e envolvi a minha coxa com a bandagem. Como eu sou idiota. Vou me transformar nessa coisa em minutos. Pra quê fiz curativo?
Me arrastei até o meu quarto com a mochila nas costas. Se eu sentir que estou virando essa coisa eu me mato. Com algum esforço eu consegui me levantar. Me apoiando na parede, fui até o closet, entrei e fechei a porta. Fechei os olhos e segurei bem firme a arma.

Era um dia ensolarado. O céu tão azul e o sol tão brilhante. Papai, mamãe, Titi, Tete e eu brincávamos no quintal de nossa casa. Titi e Tete eram apelidos para Timóteo e Terêncio. Briguei com mamãe por escolher um nome legal pra mim e nomes engraçados para os meus irmãos. Ela apenas ria. Eu não me parecia com a mamãe e nem com o papai. Titi e Tete sim. Mamãe tinha os cabelos lisos e pretos, papai tinha cabelos pretos também mas eram pequenos. Titi e Tete tinham os cabelos escuros, mas nem tanto. Todos eles tinham os olhos azuis. Azuis mesmo! Azuis como o céu. Mamãe me abraça e papai me beija na cabeça.
—Você é muito especial.-Papai diz.-E pessoas especiais mudam o mundo.
—É verdade.-Mamãe concorda.-Principalmente se são lindas como você.
—Nunca se esqueça minha boneca, de quem você é.-Papai disse.
—E sempre será.-Mamãe acrescentou.

Sabe aquela manhã em que você acorda se sentindo fodona? Você levanta como se fosse o superhomem e sente uma vontade de fazer certas coisas...então eu me sentia assim. Fodona, não que nem o superhomem. A minha perna já não doía, e eu tinha um sensação de que alguém estava perto. Lá no meu closet mesmo, eu encontrei uma blusa sem mangas, um colete, um casaco fino e uma bermuda. Tirei a roupa que estava vestindo e pus aquelas. Senti vontade de chorar. Eu amava aquelas roupas, e elas estavam destruídas. Mas prossigamos. Desde que me entendo por gente, eu amo demais esconderijos...e arco e flecha. Quando vi pela primeira vez na TV uma competição de arco e flecha, cai de amores. Papai concordou em deixar eu aprender a usar arco flecha de primeira. Mamãe demorou um pouco para concordar...mas concordou. Eu ganhei dez prêmios nos dez anos que competi com arco e flecha e um belo dia papai me presenteou com o arco clássico. Você sabe de qual arco e flecha estou falando. Olhei de relance para a bandagem na minha perna e fiquei curiosa. Se não virei zumbi, o que me tornei então? Tirei a bandagem e meu queixo caiu. Ali, tinha só a marca dos dentes do zumbi que um dia fora meu irmão. Só isso. Ah não, que isso! Examinei minuciosamente. Era só aquela marca ridícula. Pus de volta a bandagem e sai do closet. Arrastei minha cama e encontrei o tapete. Joguei o tapete longe e bati na madeira do chão. Quando a batia ecoou, arrastei a madeira e vi meu arco reluzente. Peguei-o e futuquei mais, achando as flechas.
—Mamãe sentiu saudade.
Pus os dois em cima da cama e peguei no closet a mochila com as armas. Joguei dentro da mochila as flechas e peguei o arco. Peguei peças íntimas. O que? É um apocalipse zumbi, só Deus sabe quando eu vou tomar banho de novo. Corri até o banheiro e tranquei a porta. Pus o cesto de roupa suja em frente a porta. Peguei a arma e pus em cima da janela, que ficava dentro do box. Tirei minhas roupas rapidamente e tomei banho mais rápido ainda. Sai do box e me vesti. Pus outra bandagem na coxa. Não queria que ninguém visse aquilo. Olhei para o espelho para saber onde passar o algodão com removedor e quase tive um ataque do coração. Mas que porra era aquela?
—Mas o que...?
Meus olhos estavam azuis. Azuis! Azuis! Mas que merda! Peguei a mochila e o meu arco e sai em disparada. Azuis...
Entrei no meu carro e liguei-o. Eu tinha a impressão de que sabia por onde procurar. E como minhas intenções não falham, eu passei a primeira marcha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Elementos Noturnos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.