Sera que um dia serei feliz-MarLili-Brutinha escrita por Sabrina


Capítulo 1
A Traiçao


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo espero que gostem da historia



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678482/chapter/1

2 Anos Depois de Destruir a Comunidade........

Sao Paulo....

 

Se sentia cansado, como toda vez que chegava em casa nos últimos dias, mal conseguia parar em pé e manter seus olhos abertos. Havia acabado de conseguir descobrir uma nova formula para curar as pessoas que estavao feliz e plenas por causa da formula do mal que ele mesmo fez depois de descobrir a formula que ia reverter todo o sofrimento das pessoas da comunidade de Lc,Marlon abriu um laboratorio com um sócio, trabalhava muito mais de oito horas por dia, queria que o investimento desse certo. Hoje tinha passado muito mais do horário normal, já estava no final do Jornal Nacional quando botou os pés em casa e a TV estava ligada falando sozinha.

O amplo apartamento estava com as luzes acesas, mas não encontrava sua esposa em seu campo de visão. “Ela pode ter ido ao banheiro”, pensou. Como sempre sentiu o peito apertar de culpa, culpa por não estar sendo um marido presente, mas ele era doido pela mulher, sempre fora, só não tinha demonstrado nos últimos meses. Desabotou uns botoes da camisa, queria que fosse ela que tivesse o sufocando, mas não era. Deixou a pasta de trabalho perto da porta, tinha ligado pra ela avisado que iria chegar tarde, mais uma vez, ela nem pediu explicações, sabia que ela já estava de saco cheio.

Mas só a ideia de perdê-la era insuportável, queria encher aquela casa de filhos, e trabalhava tanto porque mesmo a esposa sendo rica, não queria ser sustentado pelo seu dinheiro. Sempre gostou de trabalhar, e agora, teria uma coisa dele, sabia que era um passo grande e tinha preço alto a pagar por isso. Sentia seu casamento escapando feito vapor das suas mãos, se jogou no sofá e ouviu as noticias, porque mal conseguia ver a TV, sua mente estava se esgotando, e sentiu seus olhos pesados se fechando, esperando ser acordado pelo beijo dela. Ele sentiu a cabeça tombar para o lado, provavelmente tinha apagado por alguns segundos, fazia isso durante algumas partes do dia. Mas ouviu a risada dela ecoando do andar de cima do apartamento, e abriu os olhos como se tivesse tomado um choque.

Sentiu os músculos do corpo travarem e seu peito doer, ele precisava de forças pra levantar do sofá. Ouviu mais uma vez a risada que tanto amava, e no fundo, sabia que ela não estava rindo de uma piada que viu na televisão ou enquanto navegava pela internet, o pior que ele esperava estava acontecendo, ele sabia, não sentia mais o carinho dela por dias, mas não sabia que ela seria capaz de fazer uma coisa dessas com ele. A doce e inocente Alice Barcelos(Lili) que tanto desejava. Sua cabeça girava como se tivesse levado um tapa forte no rosto, levantou sentindo as pernas bambearem e foi em direção a escada, tentando fazer o mínimo de barulho.

Subiu os degraus devagar, e ficou pareando no corredor perto da porta do quarto deles. No quarto deles, poderia ser em qualquer outro lugar, mas logo no quarto deles!

Lili:Para, para... o Marlon tá pra chegar, ele chega mais ou menos esse horário. – ela riu mais uma vez. – Você tem que ir embora! É sério, você passou dos limites hoje, vai... vai... Willian, vai!

Sentiu seu sangue ferver e quando se deu conta já estava com a maçaneta nas mãos, abrindo a porta e dando de cara com a cena que nunca queria ter visto na vida, o mundo pareceu parar naqueles segundos. Ela estava nua, pegou o lençol e cobriu a si e seu amante em um ato desesperado, Marlon nunca tinha sentido seu peito doer tanto e seu sangue correr tão rápido pelo corpo, não sabia que era possível, sentia a pele esquentar rápido.

Marlon:Ele, Lili? – sentiu a sua voz sair muito mais baixo do que desejava. – ELE!?

Seus pensamentos estavam incoerentes e estava irracional, ele queria mata-lo, queria ter uma arma naquele momento e explodir a cabeça dele, mas ele não conseguia tirar os olhos dela, ela falava alguma coisa, mas ele não ouvia, não entendia nenhuma palavra. Nunca tinha percebido que tinha tanta violência guardada dentro de si, correu até a cama antes que a maldito escapasse, e o levantou.

— Calma, cara, calma! Ela que me procurou... ela que...-Disse Willian

Não o deixou terminar, quando percebeu estava com as mãos no pescoço dele, e o jogando contra a parede mais próxima, apertando com força, podia sentir até a traqueia dele entre os dedos.

Marlon:Maldito! Desgraçado! – ele batia a cabeça dele contra a parede. – FILHO DA MÃE! Eu vou te matar! Eu vou te matar! – ele repetia as palavras mentalmente.

Sentiu a mão dela te empurrar contra o que estava fazendo, ela segurava em seus braços, tentando faze-lo parar.

Lili:Marlon! Você vai matar ele! Para com isso! POR FAVOR, Marlon!

Ele olhou pra ela, os doces olhos que te derretiam feito mel, sentiu o corpo relaxar e o soltou. Willian caiu no chão sentado, uma marca de sangue na parede branca, mas ainda estava consciente, procurando ar. Respirou fundo algumas vezes, e olhou para suas mãos, horrorizado com o que tinha feito. Ele podia ter matado seu irmao de criaçao.

Lili:Olha pra mim, olha pra mim... – as mãos dela estavam em seu rosto. Ele a olhou nos olhos. – Me perdoa, eu não... – ela chorava. Ele queria perdoa-la, mas quando percebia que ela estava vestida com um lençol, ele se lembrava da dor no meio do peito, e parecia que não ia passar nunca.

Marlon:Qualquer um, Lili, até o porteiro... o entregador de pizza... – sua voz estava embargando. – Mas, ele? Não pensei que você tinha essa coragem. – seus olhos estavam carregados, ele não tinha vergonha de chorar perto dela, nunca teve.

Lili:Eu amo você, eu gosto de você, você é o amor da minha vida...

Marlon:Você percebeu isso quando? Antes ou depois de ter transado com ele?

Ela tirou as mãos do rosto dele, sabia que ela se arrependia, mas ele estava muito magoado, machucado por dentro.

Marlon:Eu vou embora... – aquela decisão era a mais sábia que tinha tomado até o momento. – Cuida do seu amante, espero que seja feliz. Você nunca mais vai me ver... – ele estava chorando e quase não percebia tamanha era a dor. – Eu vou te esquecer, eu juro! E sugiro que faça o mesmo.

Ele queria sair dali o mais rápido possível, abriu o armário mais próximo, e pegou um conjunto de camisas socias, e algumas camisas comuns.

Lili:Não, Marlon, não! Por favor... – ela estava no meio do caminho dele até a porta.

Marlon:Me deixa, Alice, me deixa em ir embora! – ele passou por ela, e antes que desistisse da decisão foi correndo para o andar debaixo, quase caindo da escada.

Pegou a pasta  que tinha deixado próximo a porta, e as chaves do carro, e agradeceu mentalmente pelo carro ser automático e não ter que pensar muito pra dirigir. Ouviu-a gritando mais uma vez seu nome quando a porta do elevador abria, e seu corpo começava a fraquejar, queria jogar a mala no chão. A última coisa que viu quando a porta estava se fechando, foi ela abrindo a porta do apartamento em prantos e gritando seu nome desesperadamente.

Aqueles segundos em silêncio no elevador estavam o deixando maluco, ele não queria pensar, por Deus, ele não queria pensar em nada, sabia que poderia morrer caso pensasse. Ao chegar no estacionamento, correu até o carro, jogando a pasta e as coisas que carrega no banco dos passageiros atrás. Respirou fundo mais uma vez antes de ligar o carro, colocou a música o mais alto que pode só para não pensar, estava tocando uma das bandas preferidas dele, Nx Zero. Ótimo. Partiu com o carro, saiu do prédio, e seguiu para a estrada, apertou desajeitado o GPS, ouviu a voz robótica pedindo por um endereço, olhou para o relógio no painel, era 21h30. A voz pediu mais uma vez: “Qual é o seu endereço de destino?”

—  Rio De Janeiro.
— Alterando , Sao Paulo para , Rio de Janeiro.

Seguia pela estrada, era tarde, quase não via carros, a estrada de  Sao Paulo para o Rio era tortuosa, cheia de curvas, buracos no asfalto, mas precisava fugir o mais longe possível daquele lugar. Sabia que não ia ser bem recebido, mas era o único lugar que conseguiu pensar na hora. Sentiu o corpo se acalmar, e a música o deixava pior, cada nota cutucava sua ferida com ferro quente, ele tirou seus olhos da estrada por um instante e viu a aliança dourada que pendia em seu dedo brilhando pra ele. Grande merda, símbolo de merda, ele repetia na cabeça quando sentia seu peito cansado disparar de novo, e tudo que conseguia lembrar era dela nua com aquele seu irmao de criaçao desgraçado na cama, tirou a aliança, e abriu o vidro do carro, sentiu o vento gelado lhe atingir o rosto em cheio, secando as lágrimas que tinham escorrido pelo seu rosto. Jogou a aliança com a maior força que pode, esperando que nunca mais a visse, Lili, eu nunca mais quero te ver. Nunca mais. Ele repetia.

Depois de um tempo, os pensamentos foram se acalmando, e o cansaço e o sono se somavam, a estrada escura não ajudava, já tinha passado a fronteira dos estados, mais um pouco e estava lá. Não ia dormir, não ia, ele era responsável no volante. Começou a fazer somas na cabeça pra ver se conseguia ficar acordado, não ia parar para tomar um café. Era quase meia noite quando estava chegando, a voz robótica que o acompanhou durante a viagem pediu para que ele entrasse na próxima saída e pegasse uma avenida, estava quase lá, mais vinte minutos e chegava.

Ninguém iria recebê-lo uma hora dessas, pensou em dormir no carro e ver o que fazer amanhã, ele precisava urgentemente descansar, só isso. Alcançou a avenida e foi seguindo, o sono lhe tomava, queria dormir, queria apagar desse mundo. Olhou para o GPS para ver se conseguia enxergar o ponto de chegada, e quando olhou para estrada novamente após alguns segundos viu uma coisa se movimentando na avenida, um cachorro, e estava próximo, Marlon tomou um susto, o coração disparou e girou o volante com uma força desnecessária para o lado direito, ele iria morrer. Ele via isso, o carro colidiu quando o guardrail da avenida, sua cabeça bateu com força contra alguma coisa e a dor o fez dormir. Ele queria dormir, dormir pra sempre.

—Bruno... Bruno, pelo amor... Moreno, por favor... – ele ouvia uma voz distante, muito distante. – Acorda, por favor. Acorda! – era um tom desesperado, começou a sentir seu corpo novamente, ele estava no chão, virado pra cima, aquela posição o incomodava, e começou a sentir as dores, a cabeça dóia demais, era uma dor extrema.

E então, veio a falta de ar, ele quase não respirava, começou a puxar o ar com força, ele precisava de ar desesperadamente, a dor no peito era alucinante maior que na cabeça. Ar, pelo amor de Deus, ar, ele pensava. Ar. Ar. Sentia duas mãos em seu ombro lhe apertando.

—Bruno, calma, respira com calma. – a voz estava chorosa.

Ele não conseguia respirar com calma, ele iria morrer, ar era tudo que precisava, o peito doía e queimava pedindo por oxigênio. Sentiu as mãos no seu rosto, elas tremiam, ele queria abrir os olhos, mas a dor era tamanha na cabeça, o ar entrava devagar, o folego ia voltando aos poucos. Abriu os olhos bem devagar com medo da claridade.

—Bruno! – a voz lhe gritou de novo, um pouco mais alegre dessa vez.

A visão estava embaçada e foi se estabilizando aos poucos, era uma mulher que lhe segurava o rosto, os olhos marcantes, a boca bem formada, seu rosto era puramente banhado em lágrimas. Seus olhos eram doces, doces, então, lembrou de Lili. Ele tentou falar, a voz não saia.

— Li... – o ar não lhe vinha direito. Era a Lili, o que ela estava fazendo ali? Tinha lhe seguido?

— Não fala, não se mexe. O resgate tá chegando.

Se o corpo não lhe doesse tanto ele já tinha levado e saído de perto dela.

— Olha pra mim, olha pra mim... – ela falava, o obrigando a olhar pra ela.

— Você vai ficar bem, eu prometo, eu juro.

O que ela tinha feito com o cabelo parecia estar mais liso e mais loiro? Sua cabeça começou doer ainda mais, o esforço que fazia era inútil, o ar começava a estabilizar no peito, não queria mais olhar pra ela. Fechou os olhos com força, sentiu a mão dela em suas mãos quando ouviu o barulho do resgate chegando, aquele maldito barulho alto da sirene fazia sua cabeça latejar ainda mais. Gemeu de dor, e sentiu sua mão ser apertada. O eco da sirene ocupava sua cabeça lhe deixando com enjoo, uma sensação ruim, e apagou novamente.

Continua.....


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai estao gostando calma gente tudo vai se explicado nos proximos caps tenhao paciencia



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sera que um dia serei feliz-MarLili-Brutinha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.