Just Look Out escrita por JP


Capítulo 30
Atualidade: Explicações


Notas iniciais do capítulo

E ae!

Lamento ter demorado tanto. . EU JÁ havia escrito esse capítulo e só estava faltando alterar um pouco o final, mas enfim.. Já estou escrevendo o próximo :)



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PDV - Freddie

Fiquei observando as estrelas no céu - pedido da Puckett -, enquanto ela retirava as peças de roupa molhada do próprio corpo e procurava roupas secas dentro da mochila. 

— Nossa... - suspirei olhando para a loira, que abotoava, cuidadosamente, um sutiã preto e seco.

Ela nem reparou que eu estava olhando para ela, quando devia estar olhando para cima. A loira estava realmente distraída nos pensamentos. 

— Pensando no quê? - eu quis saber.

— Em nós - ela disse ainda no "estado pensativo" e jogou a camiseta molhada para cima de mim. Mas logo mudou de assunto: - Não tenho nenhuma camiseta seca...

— Não vou me importar se você ficar assim - brinquei e a loira me encarou seriamente, antes mesmo de rir da própria situação. - Até agora você não me explicou nada da sua fuga no Bushwell.

E dessa vez fui eu que fiquei com uma expressão pensativa no rosto, relembrando o momento. 

— Bem... - comecei enquanto catucava a fogueira com um galho. - Tive de esperar a minha mãe ir dormir, para poder agir. E não foi nada fácil... Tanto que eu recebi ajuda.

Sam me encarou, meio confusa e curiosa.

— Carly e Spencer - contei-lhe. - Eles fizeram de tudo para abrir a porta do meu apartamento, não chamar a atenção da minha mãe e nem dos vizinhos. 

— E o que houve?

— O plano não deu muito certo... - entortei a boca. - Minha mãe acabou acordando no momento em que eu estava pondo os pés nos corredores. O Spencer foi o culpado por ter a acordado... Eh... Ele meio que acionou o alarme de incêndio do prédio. 

Sam ficou de boca aberta.

— Mas, por pouco, eu consegui escapar das garras dela - continuei. - Carly veio atrás de mim e me pediu que fosse até a sua casa. Logo de cara estranhei o pedido dela, pois eu tinha certeza de que você ainda estava chateada comigo e que não havia lido a minha carta. - Eu sorri e olhei bem nos olhos da loira. - E veja só... Eu estava errado.

— E então... - Sam concluiu por si só. - Viemos parar aqui.

— Exatamente. - sorrimos por alguns segundos.

Depois dos sorrisos, Sam e eu ficamos em silêncio, nos observando e observando tudo a nossa volta. Parecíamos evitar algum assunto ou algo do tipo. Era estranho...

Houve uma hora em que a loira se levantou de onde ela estava sentada e se aproximou ainda mais de mim e do fogo. Os ventos frios parecia incomodá-la bastante, ainda mais por só estar usando um sutiã e uma calça jeans encharcada.

Tomei a atitude de entrelaçar os meus braços ao redor do seu corpo, apenas para confortá-la. Sam começou a me acariciar, e foi nesse momento que as coisas ficaram bem agitadas.

— Acho melhor irmos dormir... - disse a Puckett ao perceber que algo poderia rolar.

— Realmente - cocei a cabeça por um tempo. - Teremos muito trabalho amanhã de manhã. 

 

 

(***)

Tomei o maior cuidado para acordar a loira no dia seguinte e, sinceramente, esperei que ela me recebesse com agressividade por ter que acordá-la tão cedo.

— Vamos... - falei-lhe. - Temos muito o que fazer?

Sam tentou se levantar por um momento, mas decidiu voltar a dormir e esquecer a minha presença. 

— Sam... - voltei a acordá-la. - Mais tarde voltamos para cá. Agora temos que ir.

Ela rangeu os dentes e me ignorou, voltando a fechar os olhos.

— Olha - suspirei. - Podemos comprar frango frito na volta.

Essas palavras fizeram um ótimo efeito na Puckett, pois ela se levantou motivada e interessada. Rapidamente colocou uma das minhas camisetas nerd, a mochila nas costas e me puxou apressada para fora da trilha.

— O que vamos fazer? - Ela me perguntou quando estávamos no centro da cidade.

— Procurar algum emprego.

Rodamos por todos os cantos a procura de um trabalho descente e rápido, mas nada fixo por enquanto. E achamos...

— Você está falando sério!? - Sam me questionou a respeito do nosso mais novo trabalho.

— O que você esperava? - eu a questionei. - Que fôssemos trabalhar no Google e financiar um apartamento cinco estrelas?

Sam zombou da minha ironia e mandou a 'real':

— Olha, trabalhar como "flanelinha" era a última opção que eu estava esperando - Ela disse num tom de chateação. - Mas ok... Vamos lá...

— Primeiro - tentei corrigi-la. - Iremos trabalhar num Lava Jato... E segundo, não quero começar uma nova discussão. 

— Que seja!

A loira raivosa também fez uma cara de que não queria brigar, deu as costas para mim e partiu para o trabalho. Comecei, então, a notar o tamanho da determinação da Sam - apesar de preguiçosa.

Ela mal largou a mochila de lado e já estava em cima de um carro luxuoso despejando um balde de sabão.

— Qual o próximo? - Ela perguntou para um outro funcionário, após terminar a limpeza do primeiro (em um tempo recorde). Eu nem se quer tinha começado. 

Durante a nossa pausa para o almoço, eu avisei a loira que iria dar uma passada na lavanderia, próxima do lava jato. Reuni as minhas roupas com a dela e parti.

Quando voltei notei a maior algazarra, pois a Puckett, ao invés de estar trabalhando, estava dando altas curvas num carro conversível. Reparei que todos os funcionários, incluindo a minha namorada, usavam um chapéu mexicano e gritavam coisas sem sentido. 

— Sam... - Eu falei quando ela parou o veículo a minha frente. - O que está acontecendo aqui?

— Está tudo bem, Freddie - Ela desceu o veículo com um sorriso frenético.

No final não deu "tudo bem" para nós dois. Assim que o nosso chefe soube das manobras arriscadas dentro do lava jato, Sam e eu fomos despedidos por justa causa. Mas não ficamos triste, pois não iríamos ficar por muito tempo mesmo.

 

(***)

Quando anoiteceu voltamos para a nossa 'toca', mas, claro, antes tivemos que buscar as nossas roupas na lavanderia e comprar baldes de frango frito, conforme havia prometido.

Comemos todos os frangos fritos a caminho da toca e, ainda assim, parecíamos famintos. Principalmente a Sam, que pensou em caçar um esquilo qualquer da trilha.

Enfim, acabei dividindo o meu último bolo gordo com ela, quando nos sentamos no nosso cantinho especial da trilha. 

Obs: Ainda não sei como nomear este nosso local.

A fogueira ainda esfumaçava - totalmente apagada -, e o frio noturno não parecia nos incomodar tanto. 

 Estávamos totalmente de bobeira, agarrados, nos beijando sem a menor pretenção quando uma vontade intensa invadiu as nossas emoções. Dessa vez nem eu e nem a Sam conseguiu conter a vontade de cada um.

E pensar que as preliminares começaram a partir de uma brincadeira boba: Sam catucou o meu ouvido (a princípio pensei que fosse um inseto), então comecei a catucar seu nariz, daí ela pós os dedos na minha boca e por aí foi...

— Hmm... - eu expressei quando ainda estávamos focando no beijo, que se demonstrava o mais demorado de todos.

Então Sam me puxou com toda a sua força para cima de si. Ela rapidamente começou a acariciar o meu pescoço e o colarinho da minha camisa, o que me deixou um pouco arrepiado. 

Houve um momento em que a Sam suspirou e arregalou os olhos, parando o beijo e as carícias. 

— Nerd... - foi a única coisa que ela disse.

— O que foi? - perguntei, sorridente. 

— Atrás de você... - Ela apontou. 

Imediatamente saí de cima da loira - assustado -, e me virei na direção apontada. Pela expressão dela, pensei que se tratava de algum animal selvagem, mas não. 

— Lamento interromper - disse o rapaz calmamente. 

— Você!? - Minha expressão mudou completamente. 

Por incrível que pareça, o rapaz era o Brad. Nem precisava dizer, mas tanto a Sam quanto eu estávamos surpresos com a sua chegada inusitada.  


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Notas finais do capítulo

É isso.. Rsrsr

Até a próxima :))