Undertale escrita por Allen Isolet


Capítulo 4
Bolos de... aranhas?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo, cambada! Corra enquanto está quentinho, aqui, na queima de estoque das aranhas! o/

Ainda me pergunto se os bolos delas são mesmo feitos de aranhas. Alguém aqui sabe de alguma coisa? :0



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Napstablook sumiu de repente sem dar nenhum sinal de pra onde possa ter ido. Frisk se sente ainda mais só que antes, de cabeça baixa , lembra do celular dado por Toriel e liga para o único número gravado ali, a de Toriel, claro. Leva um tempinho chamando até que ela atende respondendo com um “olá” amigável.

— Aqui quem fala é a Toriel. — Ela insistia em sempre se identificar mesmo não sendo preciso já que é a única com o número. — Hm? Você queira apenas dar um “olá”? Então tá, ‘olá’.

Toriel parecia se divertir. Para não preocupa-la, Frisk não diz nada sobre como se sentia naquele momento. Seja o que estivesse fazendo, com certeza envolvia algo para Frisk, e não queria dar mais trabalho do que já estava dando.

— Eu fiz alguns amigos.

— Mesmo? E estão se divertindo? — Frisk concorda — ok, logo eu terminarei por aqui e vou te buscar. Até mais.

Frisk suspira com abatimento. Não queria ter mentindo, mas segue assim mesmo. Explorando mais talvez encontrasse outro monstro que não fosse fugir ou ataca-lo. Sai da sala onde encontrou o fantasma depressivo e a frente vê mais uma salinha, mas dessa vinha um cheiro bom. Resolve entrar.

— Oláá... hm? — No meio da sala tem uma plaquinha e Frisk lê. — “Queima de estoque das aranhas. todos os rendimentos vão para aranhas reais.”

— Oie, criancinha. Gostaria de comprar um de nossos bolos? — Uma pequena aranha tece sua teia do teto e fica cara a cara com Frisk que dá um passinho para trás, tinha se assustado, mas evita transparecer. — E então?

— Hã... eu... eu não tenho como comprar — desabafa triste.

— Oh, sinto muito. Avise quando for comprar alguma coisa.

A aranha sobe por sua teia e some de vista entre as sombras do teto.

“Não está fácil pra ninguém” talvez dissesse o Froggit. O monstro sapo que mais cedo falhou miseravelmente em capturar Frisk, e mesmo a criança tendo tropeçado tão próxima dele, já o tinha perdido de vista. Frisk sai da sala e segue para o caminho ainda não explorado. Sobe para a sua direita e encontra uma placa falando sobre a queima de estoque das aranhas para quem tivesse passado direto da sala delas, seu estômago ronca, e lembrando do cheiro bom de bolo, seu estômago ronca mais alto. Termina de ler o que tem na placa e acha estranho: Venha comer comida feita por aranhas, para aranhas, de aranhas.

Tenta não pensar muito no assunto para não influenciar quando algum dia experimentasse um dos bolos. Mais a frente ouve um Froggit falando sozinho sobre seu amigo não prestar atenção nele sempre que conversam, outros sapos monstros por perto discutiam algo sobre F4 significar “Four Frogs”, mas não tinha sentido por só ter três presentes no momento, ou assim pensarem

O celular toca e Frisk atente sem muita demora.

— Olá. Bem, eu raparei que já tem um bom tempo desde que arrumei a casa pela última vez, não estava esperando ter companhia tão cedo, sabe? — Frisk fica um pouco sem jeito pelo trabalho que está dando a Toriel. — Ainda brincando com os seus amigos? Liguei para avisar algo: tem muitas coisas jogadas por aí, pode pegar o que quiser, mas certifique-se de não estar pegando coisas demais e assim ficar sem espaço nos bolsos porque quando quiser algo de verdade não terá mais lugar para guarda-lo.

— Na verdade tenho de menos...

— Apenas o celular e o seu graveto? — Frisk concorda. — Já que está explorando mesmo, pode brincar de caça ao tesouro, que tal? Pode ser que encontre coisas interessantes. Certo, vou indo agora.

Refletindo sobre o assunto, Frisk se anima mais ao andar para uma outra sala, essa bem grande, mas não tinha quase nada, o que tem de mais interessante são os chãos fracos novamente, mas organizados em tamanhos iguais em cada canto da sala e ao lado de aberturas nas paredes por onde sairá caso caia em um deles, ou... pule de proposito. Numa mensagem na parede tem escrito: Tem apenas uma alavanca.

Olha para a saída e vê que ela está bloqueada por espinhos no chão, então sem mais delongas se apressa para um dos chãos que cede com o seu peso. Caiu tanto por esses buracos que já esperava por uma cama de folhas o esperando no andar abaixo. Esses não diferem muito do resto, também estão acamados com as folhas secas, no que Frisk caiu não tem nada que lembre uma alavanca na parede, sobe e cai em outro, também nada, sobe de novo e se joga em outro buraco.

— Eu caí no buraco... agora não posso mais me levantar... vá sem mim. — Napstablook está deitado no chão como se estivesse machucado. — Espere... fantasmas podem voar não é mesmo? Oh bem...

Napstablook já desaparecia novamente quando Frisk tenta lhe chamar, mas o fantasma é rápido e já tinha sumido. Poxa, Napstablook, por quê foi embora?

Frisk acerta a salinha da alavanca e segue para fora daquele lugar, seguindo por mais puzzles na sala seguinte e na seguinte. Todas tendo que apertar um interruptor colorido que tinha escondido pela sala de pilastras. Outros monstros encontrados são, pela aparência, um vegetal e uma inseto bem grandinho. Frisk se aproxima dos dois e tenta falar com o vegetal primeiro, no que o inseto responde.

— Vegetais não falam, bobinho. — O inseto parecia um pouco irritado com algo.

— Ah, tá... claro. — Frisk fica um pouco constrangido. — Então isso não é um monstro? Estou com muita fome...

— Que horror, você vai come-lo?!

Vegetoid que mesmo não falando, ouvia, joga para perto da criança alguns vegetais e exclama “coma os seus verdes”, mas que apenas outras plantas intenderiam. Frisk comem alguns sem pensar duas vezes. Vegetoid se enterra no solo para fugir da criança antes que tentasse devora-lo também.

— Agora sim, está bem melhor. Migosp fica melhor sozinho.

O inseto começa uma dancinha com os seus braços, ele parece malvado... mas apenas estava na companhia errada. Prefere ficar só e ter o mundo só para ele.

— Ei, o que está olhando? Vá embora você também! — Assim que Migosp fala, Frisk se retira já tendo comido alguns dos vegetais.

Termina a sala e se encaminha para a próxima. Dois caminhos agora, um para a frente e outro para a esquerda, decide ir para a frente primeiro. Tem um Froggit solitário ao lado de uma porta que diz ter visto a Toriel chegar com uma sacola de compras, passa pelo monstro e entra na outra sala, é uma sacada mostrando o resto das ruínas. Muitas casas e prédios numa atmosfera escura. A um canto tem uma escada por onde Toriel deve ter voltado das tais compras, e no outro mais escondido tem uma faca de brinquedo, Frisk decide pegar e a guarda no bolso. Voltando em seguida para pegar o outro caminho, assim que entra dá de frente com uma árvore escura e sem folhas, tendo entre suas raízes muitas secas.

— O que você está fazendo aqui meu querido? Está machucado? — Toriel aparece vindo do outro lado da sala. — Ah, você está bem? Mas quem tivesse te machucado eu faria pedir desculpa — ela fecha a cara — não deveria ter te deixado por tanto tempo só... foi irresponsabilidade minha tentar te fazer uma surpresa sem... err... — Toriel cora. — Bem, acho que não posso esconder por mais tempo. Venha criança.

Frisk a segue dando a volta na árvore seca, do outro lado é a casa de Toriel. Uma casinha singela e bonita.

...

Ver uma casa tão bonita e arrumadinha nas ruínas te enche de determinação.


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Notas finais do capítulo

Aeee! Finalmente vamos sair das ruínas, já não era sem tempo, não? Mas eu queria apresentara maioria os monstros e a relação de Frisk com eles antes de sair.

Agora que não há mais deles para apresentar, o próximo será mais direto.
Fiquem atentos para o próximo capítulo ~

P.S.: Faltou o Loox de monstro para apresentar.



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