Severus entrou no chuveiro.Ele gostava de levar com água morna na cara.Era um hábito que ele tinha já há algum tempo.Era das poucas alturas em que se sentia quente, uma vez que ele era frio, como se nunca tivesse tido um coração que pulsasse o sangue pelo corpo pra o aquecer.Mas ele tinha, porque esse coração já tinha batido fortemente por alguém e agora também.E se ele não tivesse aquele órgão tão importante no seu peito, provavelmente não teria sentido dor pela perda de Lily e também não teria ficado terrívelmente assustado com a possível hipótese de perder Hermione nos jogos de Quidditch. Também não teria sofrido quando teve que matar Dumbledore, o seu único confidente e amigo.

No fim do banho, colocou uma toalha á volta da sua cintura e, quando estava prestes a sair de dentro do chuveiro, sentiu a porta a ser aberta. Viu Hermione a entrar com uma toalha ao redor do seu corpo.

Snape sentiu-se atrapalhado.

“Miss.Granger?! Saia daqui!” Mas não serviu de nada, Hermione continuou a caminhar em sua direção, agora encostando-se ao mestre de poções.

Ele começou a recuar, porque, de certa forma estava assustado com o que poderia acontecer. Azar para ele, sentiu o frio da parede de mosaico por baixo do chuveiro nas suas costas que estavam molhadas e despidas.Estava preso como que uma vítima numa teia de  aranha.Não tinha por onde ir porque a professora lhe estava a impedir a única passagem.

Hermione despiu a sua toalha e ficou completamente nua a pequenos centímetros de distância do corpo de Snape.

“Miss.Granger, não faça isso…” E quando disse isto, Hermione puxou a toalha dele, deixando-o igual a ela. Ligou o chuveiro e encostou-se totalmente ao corpo do professor.

Snape sentiu a sua excitação na sua parte inferior. Ele estava como uma estátua.Não se conseguia mexer.

Granger começou a roçar os seus lábios de leve nos de Snape e, com a água do chuveiro a cair sobre os dois, beijou-o com tanta paixão que nem ele acreditava. Da boca passou para a orelha de Severus e, de seguida, percorreu com os seus lábio pelo corpo de Snape. Ele não queria que aquilo acontecesse, mas tinha que admitir que estava lhe estava a agradar. Os beijos suaves dela passavam pelas cicatrizes que ele tinha pelo seu corpo. Rapidamente, Hermione aproximou-se cada vez mais da sua parte inferior.

Snape acordou a gritar e com a respiração ofegante.Olhou á sua volta em pânico, ainda sem entender o que se tinha passado. Estava todo a suar e tinha o seu mebro também acordado.

Deixou-se cair na cama. Tinha toda a sua camisa de dormir preta molhada e colada ao seu corpo.Tentou acalmar-se, mas era algo complicado, uma vez que o seu sonho não lhe saía da cabeça.

Hermione tinha curvas, belas curvas realmente.Severus não acreditava como é que o seu cérebro teve a capacidade de a imaginar daquela forma e muito menos criar aquela situação.

Aquela Sabe Tudo estava a mexer com a sua cabeça.Ele tinha que fazer alguma coisa ou se não enlouquecia!

Tentou voltar a adormecer, mas não conseguia: a imagem do corpo da jovem não saia da sua cabeça, mesmo sendo apenas uma ilusão, um sonho.