The Gazette Em: a Princesa, o Kibe e o Molho da Floresta Encantanda escrita por yubi


Capítulo 1
A princesa, o kibe e o molho da floresta encantanda - Capítulo 1




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- Que história de peça é essa? – exclamou o guitarrista moreno.

- Que droga Aoi! Eu já te expliquei três vezes!

- Eu entendi todas as três vezes, mas eu não vou fazer peça nenhuma!

- COMO NÃO?

- Eu também não vou fazer.

- É O QUÊ?! Você ia ser a princesa, Ruki!

- Princesa é a sua...

- NEM TERMINE A FRASE! Vocês só sabem se ofender? – indagou Kai enquanto lavava os pratos.

- Eu não ofenderia se não me dessem motivos!

- Ruki, o problema é que tudo vira motivo!

- AH, QUE MENTIRA! – gritou o menor.

- EU PRECISO DE UMA PRINCESA!

- Uruha, seja você a princesa!

- De jeito nenhum! Aliás... Você não quer ser a princesa, Reita? – Disse Uruha, com um tom malicioso na voz.

- Nem me olhe! Eu vou ser a árvore!

- Ok... Ruki, você é a princesa e acabou! Kai, você vai ser um Kibe. Aoi, você vai ser o molho de pimenta do kibe, e eu serei o diretor.

- Uruha... Você poderia explicar o enredo dessa peça? Por que uma peça tem uma princesa, um kibe, um molho de pimenta e uma árvore? – exclamou Ruki que já estava ficando confuso.

- É o seguinte... A princesa estava passeando pelo shopping, quando viu um kibe. Ela ficou louca, porque era adoradora de kibes, e então decide comprá-lo. Chegando ao caixa, ela descobre que não tem molho de pimenta e resolve que vai atrás de um. Afinal, pra princesa kibe sem pimenta não é kibe. É aí que entra em cena a árvore! Ela vai até a floresta encantada extrair molho do pé de pimenta! Depois de conseguir a pimenta, ela volta ao shopping e come o kibe.

- E...?

- E o quê? Acabou!

- É AGORA QUE EU NÃO PARTICIPO MESMO! – gritou Aoi.

- DE JEITO NENHUM! Sem o molho não tem peça!

- Pois é sem molho, e sem o kibe então!

- Kai, você não pode abandonar a peça! VOCÊ É O PERSONAGEM PRINCIPAL!

- Eu achei que o personagem principal era eu, a princesa!

- Ruki, eu estou com um problema aqui, ok!

- SEM MIM NINGUÉM COME O KIBE, E AÍ?

- Você está ameaçando deixar a peça, Ruki?

- Não é uma ameaça, é um fato. Eu não vou fazer a peça, nem ninguém vai.

- BANDO DE INGRATO! Reita, e quanto a você?

- Eu? Sei lá, meu personagem não faz nada!

- VOCÊ ERA A ÁRVORE! Mais precisamente, um pé de pimenta! – sorriu.

- Olhe, eu não sei de mais nada! NÃO VOU MAIS FAZER DROGA NENHUMA!

- AH É?! POIS EU VOU EMBORA!

 

Uruha dirigiu-se até a porta, e bateu-a com toda a força. Ele realmente havia ficado decepcionado por seus amigos não terem aceitado participar de sua peça.

 

- Cara... Será que nós não fomos duros demais com ele? – perguntou o baterista.

- Pode ter sido... Mas ser um molho de pimenta é demais!

- E eu? Eu era a princesa, Aoi!

- Desculpe, mas eu era o Kibe. O mais constrangedor!

- Realmente... – constatou o vocalista - O menos constrangedor era o Reita.

- AH TÁ! Então vá ser você o pé de pimenta!

- Eu não, já sou a princesa.

- Ah, então quando é pra zoar com a cara dos outros, o orgulho de ser princesa floresce!

- EU SOU RAINHA! – gritou o vocalista.

- Rainha dos baixinhos! MORRA, XUXA! – gritou Reita, descontrolado.

- Chega! Vocês estão passando do limite! QUE GENTE DEMÔNIACA, MEU DEUS!- descontrolou-se o baterista.

- Vamos nos acalmar... É melhor nós irmos atrás do Uruha, porque é capaz dele entrar em depressão depois dessa.

- Concordo com você, Aoi. – falou o vocalista.

- Talvez seja melhor a gente aceitar fazer a peça.

- Ai que horror!

- Pára de escândalo, Ruki! Vamos fazer a peça sim e acabou.

- Se alguma coisa der errada, eu vou colocar a culpa em você, Kai!

- Ta, ta... Xuxa.

- CALA A BOCA!

 

Os quatro saíram em busca de Uruha. Não foi necessário procurar muito, pois sempre que ele tinha algum problema ia ao mesmo lugar.

 

- URUHA, PÁRA DE BEBER!

- Garçom... Aqui, nessa mesa de bar, você já cansou de escutar...

- Ô meu deus... Olha, a gente só veio avisar que vamos fazer a peça.

- O QUÊ? VOCÊS ACEITARAM?! – exclamou.

- Foi... Contra a minha vontade, mas foi!

- É impressionante como você sempre ajuda, Ruki! – exclamou Reita.

- Ah, eu sei, meu anjo! – brincou.

- Eu não acredito... EU TÔ FELIZ, EU TÔ ALTO ASTRAL, TÔ SORRINDO ATOA, CURTINDO NUMA BOA, VOU LIBERAR GERAL!

-Se ele começar a “Liberar geral” eu mato você, kai. – sussurrou o vocalista.

- Deixa ele... Daqui a pouco o efeito do álcool passa!

- E TIRA O PÉ DO CHÃO, ÔLÊLÊÔ! E BATA COM A MÃO, ÔLÊLÊÁ! – gritava o guitarrista alcoolizado.

- Eu vou bater a mão na cara dele se ele não parar de cantar isso!

 

Reita e Aoi carregavam Uruha, enquanto Ruki e Kai seguravam seus pertences que ele havia retirado pra se sentir mais livre enquanto dançava e cantava.

 

- ZENTIIIII, AMANHÃ A GENTE COMEÇA A ENSAIAR!

- Ta, Uruha, ta...

- ATÉ AMANHÃ! – falou o guitarrista, enquanto cambaleava.

- Até! – responderam os companheiros.

- Amanhã o dia vai ser cheio... – lamentou-se Reita.

- Ô, se vai.

 

Os quatro seguiram cada um para sua casa sabendo que o dia seguinte iria ser estressante. Mas até que poderia ser divertido, não?


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo. 8D
:*