The Gazette Em: a Princesa, o Kibe e o Molho da Floresta Encantanda escrita por yubi
- Que história de peça é essa? – exclamou o guitarrista moreno.
- Que droga Aoi! Eu já te expliquei três vezes!
- Eu entendi todas as três vezes, mas eu não vou fazer peça nenhuma!
- COMO NÃO?
- Eu também não vou fazer.
- É O QUÊ?! Você ia ser a princesa, Ruki!
- Princesa é a sua...
- NEM TERMINE A FRASE! Vocês só sabem se ofender? – indagou Kai enquanto lavava os pratos.
- Eu não ofenderia se não me dessem motivos!
- Ruki, o problema é que tudo vira motivo!
- AH, QUE MENTIRA! – gritou o menor.
- EU PRECISO DE UMA PRINCESA!
- Uruha, seja você a princesa!
- De jeito nenhum! Aliás... Você não quer ser a princesa, Reita? – Disse Uruha, com um tom malicioso na voz.
- Nem me olhe! Eu vou ser a árvore!
- Ok... Ruki, você é a princesa e acabou! Kai, você vai ser um Kibe. Aoi, você vai ser o molho de pimenta do kibe, e eu serei o diretor.
- Uruha... Você poderia explicar o enredo dessa peça? Por que uma peça tem uma princesa, um kibe, um molho de pimenta e uma árvore? – exclamou Ruki que já estava ficando confuso.
- É o seguinte... A princesa estava passeando pelo shopping, quando viu um kibe. Ela ficou louca, porque era adoradora de kibes, e então decide comprá-lo. Chegando ao caixa, ela descobre que não tem molho de pimenta e resolve que vai atrás de um. Afinal, pra princesa kibe sem pimenta não é kibe. É aí que entra em cena a árvore! Ela vai até a floresta encantada extrair molho do pé de pimenta! Depois de conseguir a pimenta, ela volta ao shopping e come o kibe.
- E...?
- E o quê? Acabou!
- É AGORA QUE EU NÃO PARTICIPO MESMO! – gritou Aoi.
- DE JEITO NENHUM! Sem o molho não tem peça!
- Pois é sem molho, e sem o kibe então!
- Kai, você não pode abandonar a peça! VOCÊ É O PERSONAGEM PRINCIPAL!
- Eu achei que o personagem principal era eu, a princesa!
- Ruki, eu estou com um problema aqui, ok!
- SEM MIM NINGUÉM COME O KIBE, E AÍ?
- Você está ameaçando deixar a peça, Ruki?
- Não é uma ameaça, é um fato. Eu não vou fazer a peça, nem ninguém vai.
- BANDO DE INGRATO! Reita, e quanto a você?
- Eu? Sei lá, meu personagem não faz nada!
- VOCÊ ERA A ÁRVORE! Mais precisamente, um pé de pimenta! – sorriu.
- Olhe, eu não sei de mais nada! NÃO VOU MAIS FAZER DROGA NENHUMA!
- AH É?! POIS EU VOU EMBORA!
Uruha dirigiu-se até a porta, e bateu-a com toda a força. Ele realmente havia ficado decepcionado por seus amigos não terem aceitado participar de sua peça.
- Cara... Será que nós não fomos duros demais com ele? – perguntou o baterista.
- Pode ter sido... Mas ser um molho de pimenta é demais!
- E eu? Eu era a princesa, Aoi!
- Desculpe, mas eu era o Kibe. O mais constrangedor!
- Realmente... – constatou o vocalista - O menos constrangedor era o Reita.
- AH TÁ! Então vá ser você o pé de pimenta!
- Eu não, já sou a princesa.
- Ah, então quando é pra zoar com a cara dos outros, o orgulho de ser princesa floresce!
- EU SOU RAINHA! – gritou o vocalista.
- Rainha dos baixinhos! MORRA, XUXA! – gritou Reita, descontrolado.
- Chega! Vocês estão passando do limite! QUE GENTE DEMÔNIACA, MEU DEUS!- descontrolou-se o baterista.
- Vamos nos acalmar... É melhor nós irmos atrás do Uruha, porque é capaz dele entrar em depressão depois dessa.
- Concordo com você, Aoi. – falou o vocalista.
- Talvez seja melhor a gente aceitar fazer a peça.
- Ai que horror!
- Pára de escândalo, Ruki! Vamos fazer a peça sim e acabou.
- Se alguma coisa der errada, eu vou colocar a culpa em você, Kai!
- Ta, ta... Xuxa.
- CALA A BOCA!
Os quatro saíram em busca de Uruha. Não foi necessário procurar muito, pois sempre que ele tinha algum problema ia ao mesmo lugar.
- URUHA, PÁRA DE BEBER!
- Garçom... Aqui, nessa mesa de bar, você já cansou de escutar...
- Ô meu deus... Olha, a gente só veio avisar que vamos fazer a peça.
- O QUÊ? VOCÊS ACEITARAM?! – exclamou.
- Foi... Contra a minha vontade, mas foi!
- É impressionante como você sempre ajuda, Ruki! – exclamou Reita.
- Ah, eu sei, meu anjo! – brincou.
- Eu não acredito... EU TÔ FELIZ, EU TÔ ALTO ASTRAL, TÔ SORRINDO ATOA, CURTINDO NUMA BOA, VOU LIBERAR GERAL!
-Se ele começar a “Liberar geral” eu mato você, kai. – sussurrou o vocalista.
- Deixa ele... Daqui a pouco o efeito do álcool passa!
- E TIRA O PÉ DO CHÃO, ÔLÊLÊÔ! E BATA COM A MÃO, ÔLÊLÊÁ! – gritava o guitarrista alcoolizado.
- Eu vou bater a mão na cara dele se ele não parar de cantar isso!
Reita e Aoi carregavam Uruha, enquanto Ruki e Kai seguravam seus pertences que ele havia retirado pra se sentir mais livre enquanto dançava e cantava.
- ZENTIIIII, AMANHÃ A GENTE COMEÇA A ENSAIAR!
- Ta, Uruha, ta...
- ATÉ AMANHÃ! – falou o guitarrista, enquanto cambaleava.
- Até! – responderam os companheiros.
- Amanhã o dia vai ser cheio... – lamentou-se Reita.
- Ô, se vai.
Os quatro seguiram cada um para sua casa sabendo que o dia seguinte iria ser estressante. Mas até que poderia ser divertido, não?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até o próximo capítulo. 8D
:*