Silent Bell: O Início escrita por Mandy Martins


Capítulo 2
Bebê a caminho


Notas iniciais do capítulo

O dia a dia de Sara e Johnny é revelado. Como é suas manhãs e o que fazem da vida. Mais personagens aparecem na historia, e Sara está muito feliz por estar esperando um filho de seu amado marido. Mas a perda de seu pai e sua mãe em coma ainda a machuca muito.



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O dia estava lindo, e as ruas cheias de neve, e não tinha mais nenhum vestígio de chuva. Era oito horas da manhã e Sara estava na cozinha fazendo o café da manhã, e Johnny estava na sala lendo seu jornal. Depois Johnny o larga e vai direto para cozinha.

— Está fazendo o que para o café da manhã, querida? - disse Johnny após entrar na cozinha.

— Estou fazendo panquecas - disse Sara contente. - As suas preferidas.

— Hum... que delícia. - disse Johnny, após abraçar sua esposa pelas costas.

— Johnny! Assim você vai me estorvar - disse Sara, tentando tirar os braços de Johnny de sua cintura. - Ah! Johnny, sonhei com a minha mãe esta noite.

— Sério querida? Como foi? - disse Johnny, ao sentar na cadeira da mesa da cozinha.

— Sonhei que ela pegava nosso filho nos braços, e dizia que ele era lindo, como eu - disse Sara.

— E o que mais? - disse Johnny, curioso.

— E só, não me lembro de mais nada - disse Sara.

— Está vendo. É um sinal de que sua mãe irá acordar e irá ver seu querido neto quando nascer - disse Johnny. - Mas ainda não estou preparado para essa ideia de ser pai Sara. É meio estranho essa sensação. 

— Você vai se acostumar Johnny. Aposto que seus olhos irão brilhar quando você ver seu filho e pega-lo com suas mãos - disse Sara.

— Hum. Quem sabe - disse Johnny.         

Johnny voltou para a sala e ligou a TV. Estava passando um desenho animado, e ele ama isso. E Sara estava quase terminado o café da manhã, ela não gostou muito da cara que Johnny fez quando disse "Quem sabe". Ter um filho dentro do seu apartamento seria muito bom, ela pensou. Ver ele correndo pelo apartamento, brincando com seus brinquedos, e a chamando de mãe. Seria uma coisa muito boa, uma sensação maravilhosa.

Sara tinha apenas 3 semanas de gravidez, ela mal podia esperar para poder saber o sexo de seu filho. Ela queria que fosse uma menina, mas se for um menino também vai ser bom, assim ela poderia dar lhe o nome de seu pai.

— JOHNNY! - gritou Sara. - Está pronto as panquecas.

— Opa! Estou indo. - disse Johnny.

— A calda está aqui, você vai querer suco ou refrigerante? - perguntou Sara.

— Suco, querida - disse Johnny. - De laranja. 

— Está bem - disse Sara.            

Então depois de comerem, Johnny pegou as chaves do carro e Sara estava retocando sua maquiagem pela ultima vez. Os dois saíram de seu apartamento e pegaram o elevador até a garagem, e foram em direção ao seu carro. Um CrossFox vermelho. Johnny deu a partida e foram para o trabalho.

Sara trabalha em uma loja de roupas chamada Marry Me, la possuía lindos vertidos de noivas e vestidos para damas de casamento e belos ternos para os futuros noivos. Eles também fazem pedidos por encomenda, é uma loja de roupas bem famosa em Silent Bell. Apesar de que a cidade tem apenas cem mil habitantes, não era muito grande mas é uma cidade bem pacífica e calma.

Johnny trabalha em uma empresa de arquitetura chamada Believe, e ele é um grande gerente da empresa e é bem respeitado. Ele sempre faz um bom trabalho e é bem famoso na empresa por causa de sua aparência. Varias funcionarias suspiram quando ele passa, mas por incrível que pareça ele é leal a sua esposa e logo agora que irá virar um pai. Mas Johnny as vezes dá umas piscadas para as funcionarias para poder ver suas reações, e os outros homens morrem de inveja e raiva por ele ser tão popular assim e sempre falam "O que elas veem nele? Ele ainda é casado. Essas mulheres não tem vergonha?".

— Aqui estamos, loja de roupas Marry Me. Tenha um bom dia de trabalho querida! - disse Johnny.

— Obrigada Johnny - disse Sara, e em seguida da um beijo de despedida em Johnny. - Tenha um bom dia de trabalho também querido.

— Obrigado gata - disse Johnny, e pisca para ela.           

Então Sara entra na loja e as funcionarias começam a ajeitar os vestidos nos manequins, outras colocam as etiquetas nas roupas recém chegadas, e outras olham no espelho que tem na loja para ver se seus penteados estão bons e firmes.     

— Bom dia garotas! - disse Sara.

— Bom dia Sara - disse algumas garotas em coro.

— Bom dia Sara - disse Emilly. Como vai?

— Estou bem Emilly, e obrigada por perguntar - disse Sara. - E você amiga? Tudo bem?

 - Melhor impossível! - disse Emilly.

Emilly Shioko é a melhor amiga de Sara, ela é descendente de japoneses mas nasceu em Silent Bell, ela tem longos cabelos negros e olhos puxados e pretos. A mãe de Emilly, Tatsumi Shioko, morou e nasceu em Tokyo, mas acabou vindo morar em Silent Bell. Ela já sabia falar inglês então foi fácil para ela se estabilizar no Canadá. Então ela se casou e teve a Emilly. 

— Tenho uma noticia para te falar Emilly - disse Sara.

— Sério? O que é? - disse Emilly, curiosa.

— Estou gravida! - disse Sara, contente. 

— AI MEU DEUS! Que noticia maravilhosa Sara. Parabéns! - disse Emilly e em seguida lhe da um abraço.

— Obrigada Emilly! - disse Sara. - Johnny ainda está processando a noticia. Ele acha estranho a sensação de ser pai, no começo ele não queria mas acabou aceitando a ideia. 

— Já era de se esperar essa reação dele. Ainda não consigo entender o que você viu nele - disse Emilly, com uma cara de desapontada.

— Eu amo ele Emilly, e com o tempo ele vai se acostumar com a idéia de ser pai - disse Sara, esperançosa. 

— Tomara Sara, ou ele vai se ver comigo! - disse Emilly.

Sara sorri e fala - Calma Emilly, ele vai odorar ser pai.

                                                        * * * 

— Como assim a cafeteira deu problema de novo? - disse Johnny.

— Nem eu entendo isso, ela acabou de ser concertada - disse Marcos.

— Ou aquele técnico não concertou ela direito, ou o jeito é comprar uma nova - disse Johnny. - E tem que resolver isso logo, pois sou movido a café.

— Eu também meu amigo - disse Jared.

Marcos é o braço direito de Johnny pode assim dizer, e Jared o esquerdo. São amigos inseparáveis. Marcos tem um metro e oitenta a mesma altura de Johnny, e ele é branco como o leite. Tem lindos olhos verdes e cabelos loiros. Já Jared tem um metro e setenta, tem a cor morena, olhos pretos e cabelos pretos.

— Marcos, Jared... Tenho uma coisa pra contar para vocês dois - disse Johnny.

— Ok! Conta ai cara - disse Jared.

— Você finalmente vai dizer que me ama? - disse Marcos, tentando ser engraçado.

— Bem... não sei como dizer, eu ainda não to acreditando nisso sabe - disse Johnny.

— Fala logo Johnny - disse Marcos. - Eu sei que você me ama.

Jared sorri e fala - Para com isso Marcos, ta ficando meio estranho isso.

— Fiquem quietos vocês dois - disse Johnny. - E me deixem falar.

— Ok! - disse Marcos e Jared ao mesmo tempo.

— Vou ser pa.. vou ser pai - disse Johnny após coçar a cabeça. 

— Nossa! Johnny Benet vai ser pai? - disse Marcos dando gargalhadas. Parabéns cara, e boa sorte.

— Parabéns Johnny - disse Jared. - E pare com isso Marcos. Johnny vai ser um bom pai... eu acho.

— Viu? Até o Jared tem dúvidas - disse Marcos.

— Obrigado pelo apoio pessoal! - disse Johnny, meio sarcástico.

— Mais agora é sério, parabéns Johnny - disse Marcos.

— É, parabéns cara - disse Jared.

— Ei! Vocês três ai, parem de falar e vão trabalhar - disse Carlos na porta de seu escritório.

— Ok chefe! - disse Marcos, Jared e Johnny ao mesmo tempo.

— Vou voltar para meu escritório e fazer meu trabalho de gerente - disse Johnny. - Sem café, é claro.

— Nossa "Fazer meu trabalho de gerente", viu como ele ta se achando só porque virou gerente a pouco tempo? - disse Marcos.

— Vamos, temos um monte de papelada para olhar - disse Jared empurrando o Marcos. 

Calos é o CEO da empresa de arquitetura, ele é muito respeitado e não é só por causa dele ser o chefe, mas porque ele realmente se importa com todos de sua empresa e sempre faz o melhor que pode para ajudar todos quando estão em um momento de dificuldade. Johnny tem trabalhado muito e o ajudando bastante. Por isso achou que Johnny seria um ótimo gerente para a sua empresa. 

O relógio agora marcava seis horas da tarde em uma sexta-feira, é o horário em que Johnny e Sara sai de seu trabalho. Johnny estava prestes a entrar em seu carro quando ele ouvi uma voz vindo de traz dele.

— Johnny! Que tal se a gente fosse para um barzinho heim? É sexta-feira cara, vamos? - disse Marcos.

— Não sei, tenho que ir buscar minha mulher no trabalho - disse Johnny.

— Ah qual é, liga para ela e fala que você vai sair um pouco com seus amigos, o Jared também vai não é? - disse Marcos após colocar sua mão no ombro de Jared.

— Vou sim - disse Jared. - Faça o que o Marcos falou Johnny, liga para ela.

— Ok. Vou ligar - disse Johnny.

                                                         * * *

— Até logo garotas - disse Sara.

— Agora é so esperar o Johnny vim me buscar - disse Sara com os braços cruzados.

— Vou esperar caso tenha um imprevisto - disse Emilly.

— Quem imprevisto? - perguntou Sara.

O celular de Sara toca e Emilly diz - Esse imprevisto.

— É o Johnny, vou atender - disse Sara após pegar o celular.

— Oi Johnny, algum problema? - perguntou Sara.

— Vou sair com meus amigos hoje, será que sua amiga Emilly não poderia te levar em casa? - disse Johnny.

— Claro, ela pode sim. Onde você vai? - disse Sara curiosa.

— Vou a um barzinho aqui perto do meu trabalho com o Marcos e Jare...

Marcos o interrompe e pega o celular de Johnny e fala - Oi Sara, prometo que não vou rouba-lo por muito tempo.

Sara sorri e fala - Oi Marcos, desde que não o me devolva bebado demais e tarde demais, tudo bem.

— Pode deixar, vou devolver o celular para o Johnny, até mais Sara - disse Marcos. - Ah! Já estava me esquecendo, parabéns pela gravidez. Tomara que seu filho puxe a beleza da mãe.

— Obrigada Marcos - disse Sara.

Johnny pega o celular de volta e fala - Oi querida, como eu já ia dizendo, vou sair com o Marcos e o Jared. Não chegarei muito tarde.

— Tudo bem Johnny - disse Sara.

— Vou desligar. Te amo Sara - disse Johnny.

— Também te amo, tchau - disse Sara.

— Deixa eu adivinhar... eu acertei? - disse Emilly.

— Johnny vai sair com o Marcos e o Jared, por isso, Emilly você poderia me levar em casa? - perguntou Sara.

— Claro amiga - disse Emilly, após entrar em seu carro. - Entra ai. 

— Obrigada Emilly - disse Sara.

— Já que Johnny saiu com os amigos, que tal irmos a algum lugar também? - perguntou Emilly.

— Desde que não tenha bebida alcoólica envolvida, tudo bem - disse Sara.

— Ok! Vamos então - disse Emilly.

— A onde vai me levar? - perguntou Sara.

— Que tal ao restaurante da minha mãe? - perguntou Emilly.

— Ótimo! Já faz um tempo que não vou la, to morrendo de saudade da comida japonesa da sua mãe - disse Sara. 

O restaurante da mãe da Emilly é considerado um dos melhores restaurantes japoneses de Silent Bell, ele se chama Hikari. O pai de Emilly, David Johnson, trabalha em uma loja de carros que se chama Shiny Cars. Ele nasceu em Silent Bell, então um dia ele conheceu Tatsumi Shioko e se apaixonaram um pelo outro.

Sara olhava pensativa pelo retrovisor do carro e via a neve cair, era começo de inverno e nevava muito em Silent Bell no inverno e as vezes chovia. O clima de Silent Bell era bem estranho comparado as outras cidades do Canadá, e isso a fazia única e muito querida. 

— Chegamos - disse Emilly.

Sara sai do carro e fala - É impressão minha ou o inverno esse ano está de matar? Meu deus, que frio.

— Realmente esse ano o inverno de Silent Bell está de parabéns - disse Emilly, tremendo de frio. - Vamos entrar logo ou vamos congelar.

— Emilly você fez reservas? - perguntou Sara.

— É claro, eu já pretendia vir aqui com você hoje - disse Emilly.

— Esse é o imprevisto que você disse que iria acontecer? - perguntou Sara.

— Também - confirmou Emilly. - Mas também estava certa de que seu Johnny iria sair com os amigos dele. Hoje é sexta-feira, é normal sair para beber com os amigos ou ir ao um restaurante com sua melhor amiga. 

— Espertinha - disse Sara, apertando as bochechas da Emilly.

— Ai! Isso dói - disse Emilly, passando as mãos no rosto.

— Vamos logo que eu estou faminta - disse Sara. - Vou estar comendo por dois agora.

Emilly foi até a recepção, então depois foram guiadas para a mesa que a Emilly fez as reservas. Sara olhava atentamente ao cardápio que estava na mesa, era tantas comidas gostosas que ela não sabia qual escolher. Mas então ela escolheu uma que foi muito de seu agrado. Então o garçom foi até a sua mesa.

— Já escolheram o que vão pedir? - disse o garçom. 

— Vou querer croquete - disse Emilly.

— E eu vou querer omelete com yakisoba, por favor - disse Sara.

— Anotado. Vão querer alguma bebida enquanto seus pedidos são preparados? - perguntou gentilmente o garçom. 

— Eu vou querer só água - disse Sara.

— Vinho, por favor - disse Emilly.

— Emilly! - alertou Sara.

— Calma Sara, vou tomar apenas uma taça. Não se preocupe - disse Emilly. 

Sara e Emilly conversavam enquanto a comida que elas pediram eram preparadas, o restaurante japonês estava quase lotado. Era bem quentinho e aconchegante, varias pessoas riam e conversavam e outras olhavam atentamente uma bela jovem tocando piano. O garçom então finalmente veio e trouxe os pedidos, Sara e Emilly degustavam a comida alegremente, então depois da refeição elas pediram chá verde, que era normal toma-lo após a refeição, era servido puro e quente.

— Bem, já são oitos horas, é melhor eu ir logo Emilly. Está ficando tarde - disse Sara.

— Está bem, então vamos - disse Emilly.

Emilly e Sara pagaram a conta e saíram do restaurante. Foram direto para a apartamento de Sara. Emilly dirigia com cuidado e não muito de pressa por causa da neve. Então finalmente chegaram ao apartamento, Sara se despedi-o de Emilly e entrou no prédio, aguardou o elevador e então depois entrou e selecionou o andar de seu apartamento. Ela ficava se perguntando se Johnny já havia chegado. O elevador para e abre as portas, ela segue até o numero de seu apartamento e procura as chaves em sua bolsa, ela as pega e abre a porta.

— Johnny, cheguei. Você está ai? - pergunta Sara. - Johnny? Ele ainda não chegou?

Sara joga sua bolsa no sofá e liga a TV. Está passando o programa de comedia que o Johnny gosta, então ela ouvi o telefone fixo tocar. Ela se levanta e vai até ele.

— Alo? - diz Sara.

— Sara Will Benet? - diz uma voz misteriosa.

— Sim, sou eu. Com quem eu falo? - diz Sara.

— É do hospital Glória, sou o Dr. Willson. O medico de sua mãe. - disse o Doutor.

— O que foi? Aconteceu alguma coisa com a minha mãe? - perguntou Sara preocupada.

— Sua mãe acordou do coma por dois minutos, ela chamou seu nome, então quando mandamos ligar para você ela misteriosamente voltou ao coma - disse o Doutor.

— Meus deus! Minha mãe ficou consciente por apenas dois minutos e entrou em coma novamente? - disse Sara. - Mas como isso é possível Dr. Willson?

— Também não sabemos como explicar isso Sara. Achávamos que ela finalmente iria acordar do coma mas como eu disse antes o acidente foi muito grave, mesmo tendo passado dois meses ainda a sequelas - disse o Doutor. - Lamento Sra. Will, vamos fazer alguns exames em sua mãe, se houver alguma anormalidade, falaremos com você.

— Está bem, e obrigada por me avisar. Tchau - disse Sara.

— Por favor fique bem logo mãe - disse Sara, com lagrimas nos olhos.

Ela volta para o sofá e continua vendo o programa de comedia chato que o Johnny adora. São oito e meia e Johnny ainda não chegou, ela pensa em ligar para ele mas logo desiste da ideia. Então Sara fica sozinha no sofá, presa em seus pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Então aqui encerra o capitulo 2, espero que você tenha gostado. E não deixe de acompanhar a historia. Beijos e até logo.



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