P.o.v. Annabeth:

3 anos depois...

Tanto tempo havia se passado desde a última vez que eu o tinha visto, mas as lembranças ainda eram claras na minha mente.

Via o seu sorriso a cada instante, ouvia a sua voz antes de dormir, sentia os seus lábios tocarem os meus toda vez que sentia a sua falta.

Meu medo me afastou dele e o meu orgulho me manteve distante. Pensava que conseguiria viver sem ele se me afastasse, mas descobri que “sobreviver” definia melhor os últimos anos.

Eu havia me mudado definitivamente para São Francisco. Fiquei com meu pai até terminar minha faculdade de arquitetura e fui morar em um pequeno apartamento assim que arrumei um emprego.

Minha vida estava triste e solitária, aquelas lembranças pareciam apenas piorar a situação.

Decidi voltar para Nova York assim que notei que a distância de nada adiantaria. Me mudaria daqui a duas semanas, ou seja, meu apartamento estava uma bagunça, minhas coisas encaixotadas e os móveis desmontados.

Já havia pego o resto do meu salário da em empresa e havia conseguido um escritório perto do Olimpo. Tudo já estava pronto... Tudo menos eu. Eu não estava pronta para encontra-lo.

Eu o amava e já conseguia reconhecer isso, tinha tido tempo o bastante para aprender que viver sem ele para mim era impossível. Durante os anos que passamos juntos, mesmo que não houvesse sido muito, minha vida tinha sido transferida e começado a girar ao redor dele.

Percy Jackson era o amor da minha vida. E nunca deixaria de ser.

3 anos e alguns meses atrás...

—Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida!

—Sopre as velas Annabeth!

—Faça um pedido.

Sorri.

—Eu não preciso pedir nada – Disse sorrindo mais ainda ao sentir a mão de Percy me puxando para perto – tenho tudo o que quero... Talvez um pouco de paz, mas nada que importe muito.

Percy gargalhou no meu ouvido.

—Desde quando paz “não importa muito”?

—Desde que eu te conheci.

O sorriso dele aumentou, e ele me beijou, docemente.

—Eu amo você, meus Deuses, como eu amo você.

A festa continuou por mais algumas horas sem nada de destaque, até que...

—Annie, preciso te perguntar uma coisa e preciso que você seja sincera ao responder - Ele disse me puxando para um lugar mais reservado.

O sorriso parecia se recusar a sair do meu rosto.

—Qualquer coisa.

Ele se ajoelhou e minha ficha só caiu no momento em que ele pronunciou tais palavras:

—Você quer casar comigo?

—SIM! SIM! SIM! CLARO QUE SIM!