Enquanto Rachel saboreava seu triunfo, alguém bate na porta. Ela vai atender e dá de cara com um funcionário do acampamento.

— Senhorita Dare? – perguntou o rapaz.

— Sim. Sou eu – perguntou surpresa.

— O Sr. Diógenes mandou chamá-la – disse.

— Sabe do que se trata? – perguntou.

— Não senhorita, ele quer vê-la imediatamente.

— Tudo bem.

Ela o segue desconfiada.

Chegando à sala do diretor ela vê Octavian sentado em frente à mesa.

— Mandou me chamar? – perguntou.

— Sim. Sente-se senhorita Dare – convida o diretor.

Rachel se senta e olha de lado para Octavian que estava de cabeça baixa.

— Senhorita Dare, chegou ao nosso conhecimento que a senhorita e este jovem aqui presente armaram um complô contra o Sr. Di Angelo. Isso é verdade? – perguntou o diretor.

Rachel estava com o semblante impassível.

— Não sei do que está falando – disse tranquilamente. – Quem disse uma barbaridade dessas?

— Senhorita Dare quem disse não é importante no momento – disse o diretor. – Eu quero saber se o que falaram é verdade ou não.

— Não é verdade. Aliás, eu mal conheço esse Di Angelo – disse. – Quem quer que tenha falado essa besteira deve ser o culpado e quer jogar a culpa em mim.

Os dois diretores se entreolharam.

— Senhorita Dare – falou o Sr. Keaton -, a senhorita foi acusada de ameaçar o Sr. Di Angelo por e-mail para que se afastasse do Sr. Jackson e que também montou armadilhas para cumprir a ameaça. O que tem a dizer sobre isso?

— Nada a declarar. Como eu disse, eu mal o conheço, por que eu faria uma cois dessas se nem ao menos tenho amizade com ele? Quanto ao Jackson, ele é meu colega de classe nos damos muito bem.

Octavian não aguentou.

— Rachel, não adianta negar, eles já sabem.

Ela olha para ele como se não o conhecesse.

— Do que está falando?

— Eu contei tudo a eles e ao Percy. O Nico já foi resgatado, ele está na enfermaria nesse momento.

— E o que eu tenho com isso? Por que está falando isso pra mim?

O rapaz o olha com espanto.

— Como o que você tem a ver com isso? Você planejou tudo, não tente tirar o corpo fora – acusou.

— Vocês têm provas? – perguntou séria. – Vocês estão me acusando e ainda não vi ninguém apresentar provas.

— Os e-mails ameaçadores que você mandou ao garoto para que ele se afastasse de Percy – disse Octavian. – Os bilhetes que você me obrigou a escrever para o Nico e o Percy.

— Jura? – disse com deboche. – Qualquer um poderia ter mandado e-mails ameaçadores e depois você mesmo acabou de dizer que escreveu bilhetes para os garotos. E você vem me acusar? Qual é?

Octavian a olhava incrédulo. Como essa garota pode ser tão dissimulada? Ainda bem que ele se preveniu.

— Então – ela perguntou. –, cadê as provas. Você tem alguma Octavian? – perguntou sarcástica.

— Tenho – disse o rapaz sério. Ele pega o celular e coloca no áudio para todos ouvirem.

AUDIO:

— Já sei o que podemos fazer.

— O que?

— Nico não sabe nadar, certo? Pois bem, vamos colocá-lo amarrado numa canoa furada até o meio do lago e aos poucos a canoa vai enchendo e afundando. O que acha?

— Isso é maluquice.

— Ah, qual é, deixa de ser frouxo.

— Tudo bem. Como a gente vai fazer isso?

— Vamos esperar ele ficar só e então você o ataca e o levamos para a canoa. Você entendeu?

— Entendi. Tem certeza, isso é um tanto perigoso.

— Tanto faz, eu quero me livrar desse garoto.

— Mas ele pode morrer.

— Que é que foi, vai amarelar agora?

— Está bem Rachel, você é quem sabe.

Rachel ouvia aquilo de olhos arregalados não podia acreditar que esse imbecil do Octavian havia gravado todo o plano.

— Bem senhorita Dare, aí está a prova – disse o Sr. D olhando a moça. – E agora o que tem a dizer?

Rachel permaneceu calada ainda parada quando de repente ela se virou para Octavian e começou a agredi-lo.

— Seu maldito – disse ela batendo no rapaz -, você me traiu. Eu te odeio.

O Sr. Keaton segurou a moça que estava fora de si. Foi preciso chamar um segurança para ajudar a segurá-la.

— Levem-na daqui – disse o diretor -, coloque-a em detenção.

Rachel foi arrastada para fora da sala ainda aos berros. O diretor suspirou.

— Bem, Sr. Roma espero que tenha aprendido a lição. Por enquanto vou ficar com seu celular como prova do “crime”. Depois o devolverei. Você já pode ir.

— Com licença – ele diz e sai.

Enquanto Rachel era levada, uma ambulância levava Nico Di Angelo para o hospital.