Polaroid escrita por Swimmer


Capítulo 13
Give Me Love


Notas iniciais do capítulo

Saudações, habitantes desse maravilhoso site!!
Adivinhem quem resolveu aparecer pouco mais de uma semana depois de postar o último capítulo? Eu (Ah, é mesmo? Ninguém tinha percebido, fofa).
Não tenho mais o que dizer, aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/678032/chapter/13

Annabeth

—Está com as chaves? - Atena fechou o zíper da última mala. - Tem comida congelada na geladeira, dinheiro pra umas três pizzas em cima do armário e se ainda assim estiverem com fome, podem ligar pro Magnus trazer alguma coisa.

—Sim, senhora - Jake revirou os olhos.

—Faz tanto tempo que não vejo o Magnus... ele já terminou a faculdade? - Annabeth perguntou.

—Não sei, querida, não falo muito - Atena fez uma pausa e limpou a garganta - com a família do seu pai desde... - ela sacudiu a cabeça. - Têm certeza que vão ficar bem?

—Não, dá pra chamar a babá? - a loira sorriu.

—Eu ajudo com as malas - Jake disse, pegando as malas antes que Atena pudesse dizer algo.

Annabeth pegou a última mala e desceu a escada atrás do irmão, seguida pela mão.

Atena e Sally tinham convencido Paul a viajar até Los Angeles para que Atena "ganhasse sócios". O objetivo de Sally era tirar o marido de casa, já que ultimamente ele passava noventa por cento do tempo em que estava acordado no trabalho. Ah, e é claro que eles iriam levar Alec. Percy só se livrara porque estava ajudando Annabeth com os preparativos para o baile, ou trabalhando feito escravo, como ele preferia chamar.

—Percy vem te buscar às seis, certo? E você vai pegar a Rachel às sete e meia, J?

—Sim - responderam em uníssono.

Percy não mentira, Jake ia mesmo com Rachel.  Annabeth precisava chegar algum tempo antes para conferir tudo e Percy ainda queria comer alguma coisa antes de irem.

—Boa viagem - Annabeth abraçou a mãe e beijou sua bochecha.

Eles observaram o carro de Atena se distanciar, despois fecharam a porta e se jogaram no sofá.

—Vai pegar o sorvete, eu escolho o filme - ela sorriu.

O irmão trouxe dois potes e duas colheres, ela escolheu um filme aleatório de comédia e Jake riu.

—Então é assim que você pretende passar o dia?

—Claro - Annabeth tirou a tampa do seu pote. - Enquanto algumas garotas já devem estar se arrumando, eu vou ver filmes com meu irmão, assim que ele calar a boca.

Eles viram três filmes, depois descongelaram uma lasanha para o almoço.

Annabeth leu um pouco e foi finalmente tomar banho e começar a se arrumar. Por milagre, ninguém sugerira que as garotas se arrumassem juntas.

Ouvindo sua playlist mais animada, ela trançou a raiz do lado direito do cabelo, prendeu com grampos e deixou o resto solto. Fez o que pôde com a maquiagem, Piper era quem a ajudava. Pensar em Piper a deixava irritada, então Annabeth expulsou-a da mente.

O vestido de Annabeth era vermelho escuro, justo e ia quase até os joelhos, com mangas compridas de renda.

Às seis horas ela estava pronta. Pegou os brincos da caixinha e os colocou ao mesmo tempo que andava até a porta do irmão. Annabeth chutou a porta com a ponta da sandália vermelha e esperou.

Jake abriu a porta e tirou os fones de ouvido.

—Ainda nem começou a se arrumar? - ela gritou.

—Ainda falta uma hora e meia pra eu sair. O que significa uma hora fazendo nada, vinte minutos pra tomar banho e dez pra me vestir. Já tá indo?

—Daqui a pouco. Não vá deixar a garota esperando... não, espera, te dou cinquenta dólares para ficar aqui.

Jake revirou os olhos, trocou um soquinho com a irmã e fechou a porta.

Annabeth ouviu o celular tocando e correu o mais rápido que conseguia com o vestido apertado e as sandálias de salto.  O nome de Hazel aparecia tela, Annabeth se jogou na cama e atendeu.

—Oi.

—Preciso de ajuda – Hazel praticamente gritou. E Hazel era sempre calma.

—O que aconteceu?

—Meu vestido não fecha. E não consigo achar um sapato. Me ajuda!

—Calma – Annabeth segurou uma risada. -  Assim que o Jackson chegar, vou aí te ajudar.

—Obrigada – Hazel suspirou. – Vem logo.

Dez minutos depois que Annabeth desligou, Percy chegou. Ela colocou o celular na bolsa e desceu. Ela abriu a porta e lá estava ele, sorrindo, de terno e tentando parecer decente.

—Nem se incomode, minha mãe tá viajando com a sua, lembra? – ela saiu e fechou a porta.

—E seu pai?

A pergunta fez todo o ar nos pulmões da garota desaparecer.

—Entre no carro – ela passou por ele sem dizer mais nada.

—Desculpa, eu não deveria ter perguntado – ele correu na frente dela e abriu a porta. – Nossa história até agora foi feita de brigas, mas eu quero ser seu amigo, Annie.

—Tocante. Quer um prêmio? – ela sorriu e respirou fundo. – Amigos, então. Cansei de brigar com você.

Percy sorriu.

—Amigos se beijam às vezes, não é?

—Claro, você não faz isso com todos os seus amigos? – ela colocou o cinto. – E a gente precisa ir na casa da Hazel antes.

—Por que?

—Problemas com a roupa. Vai logo.

Minutos depois, Percy estacionou ao lado de dois carros.

—Me diz que aquele não é...

—Ah, é sim. É o carro do Frank. Nico deve estar fatiando o corpo dele agora.

Okay, eu ajudo a Hazel e você mantém nosso amigo asiático vivo – ela saiu do carro.

—Na verdade ele é canadense.

—Cala a boca e vem, Jackson.

Annabeth entrou na casa. Frank estava sentado no sofá e Nico numa poltrona de frente pra ele, com o queixo apoiado nas mãos.

—Ai merda. Vai – Annabeth empurrou Percy na direção deles e foi para as escadas. – Oi, pessoal. Tchau, pessoal – ela gritou.

Annabeth estava mesmo cansada de brigar com Percy, de brigar com qualquer um. Os deveres da escola já tomavam tempo suficiente. E, além disso, Percy era quase legal.

—Finalmente – Hazel disse e a puxou pra dentro assim que ela bateu na porta.

O problema com o vestido foi resolvido em cinco minutos com um alfinete, uma agulha e concentração.

Depois disso as duas reviraram o quarto de cima a baixo até encontrarem o sapato.  E é claro que ele estava no único lugar em que elas não procurariam, a caixa.

Na verdade, o vestido parecia ter sido feito para Hazel, Annabeth até quis esperar para ver a reação de Frank.

—É melhor você descer logo, antes que seu irmão decida matar seu par – Annabeth disse, se despediu e desceu.

Percy não deveria ter perguntado onde Annabeth queria comer, eles acabaram numa pizzaria.

O ginásio da escola estava exatamente como Annabeth tinha planejado. A luz baixa, a decoração azul clara e dourada e um painel na lateral para as fotos. Mais cedo, os garotos tinham montado a pista de dança e agora o DJ estava montando o equipamento. Apenas as pessoas da comissão estavam ali, uns quinze estudantes.

Depois de tirar algumas fotos com Percy – Athena mataria Annabeth se ela não tirasse pelo menos uma – a garota deixou o acompanhante falando com o fotógrafo e foi falar com cada uma das pessoas que estavam ali.

Incrivelmente, nada deu errado. Pouco depois das oito, as pessoas começaram a chegar. Annabeth só sossegou quando o salão estava cheio. Só então Percy conseguiu levá-la para pista de dança.

—Relaxa, Annie. Você deu duro nesse baile por semanas, merece aproveitá-lo.

—Eu não consigo – ela bufou e segurou a mão dele. – E se as caixas de som pararem? E se alguém começar a brigar e tiverem que chamar a polícia?

—Calma. Isso não vai acontecer, garanto – Percy sorriu e segurou a cintura dela.

—Okay – ela respirou fundo e fechou os olhos, enquanto contava até dez, entrelaçou as mãos atrás do pescoço dele.

Ela abriu os olhos e se deparou com o garoto sorrindo para ela. Eles começaram a dançar no ritmo de Give Me Love. Algo dentro dos olhos de Percy chamava a atenção de Annabeth, como uma corda invisível, ela simplesmente não conseguia parar de olhar.

Ele tampouco fazia algum esforço para afastar o olhar. Ela deitou a cabeça no peito dele. Ele tinha cheiro de mar. E algo mais, algo que ela não sabia identificar.

A última estrofe da música tocava, Percy puxou o queixo da garota para cima... Tudo que ela pensou foi “que previsível...” e tentou segurar o riso. Ela revirou os olhos, por que tanta enrolação? Annabeth ergueu a cabeça e o beijou. O beijo começou calmo e foi se aprofundando cada vez mais até que ambos se lembraram que estavam numa pista de dança com pessoas em volta.

O que ela estava fazendo? Um pensamento passou pela cabeça de Annabeth e ela ficou séria, de repente, puxou as mãos para baixo e deu um passo para trás.

—Precisamos conversar – ela disse.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Façam suas apostas, sobre o que nossa querida e indecisa Annabeth quer conversar?
Vejo vocês nos comentários.
Beijoss. ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Polaroid" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.