Enquanto você morria escrita por Lara Monique


Capítulo 3
Capítulo III




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T.K.-The Boss foi um sucesso em menos de três semanas após o lançamento de seu CD. O single "Come to the motel, lady’’ atingiu o primeiro lugar nas rádios européias e em dois meses chegou a receber dois prêmios importantíssimos de melhor música e revelação internacional.

Eu assisti à tudo isso na tv da minha casa, durante as minhas três semanas de férias que ganhei dos acionistas depois dos milhões que ganhamos com o contrato do rapper.Depois de tudo isso e de Tom agradecer à mim em rede nacional por acreditar que ele poderia ser o novo Eminem, eu queria mesmo era não voltar a trabalhar nunca mais.Considerei a possibilidade de vender cosméticos, trabalhar em alguma loja de roupas ou voltar a tocar violino no teatro da cidade.Mas isso não pagaria meu apartamento em Santa Mônica, meus cremes de pele e de cabelo, meus livros e minha assinatura no Netflix. Eu não podia viver sem essas coisas e sem minha amada tv a cabo.

Mudei para a Megapix e fui assistir ao meu amado Harrison Ford atuando em “Hanover Street”, enquanto meus amados gatos me faziam companhia. Mr. Dean escondido debaixo da mesa, caçando uma pequena formiga; Mr. Jyvago deitado no encosto do sofá assistindo ao filme com seu único olho e Mr. Mars mais perto da tigela de pipocas, porque poderia ficar em baixo do meu braço e comer ao mesmo tempo. Era, sem dúvidas, o mais aproveitador deles.

—Você é muito interesseiro, Mr. Mars.-Comentei, dando um beijo em seu rostinho caramelo.

Então meu celular tocou lá do meu quarto, estragando o que seria o início de um choro por causa de Ford e seu lindo sorriso.Fingi não ouvir, mas a porcaria do celular insistiu e tive que me levantar, pegando Mr. Mars e levando-o comigo.

—O que você quer, Sara?-Disse, caindo de costas na minha cama.

—Finalmente!Achei que tivesse morrido!Olha só, estamos todos aqui na festa da premiação e você devia vir.

—Eu?

—É, eu sei que é loucura eu te chamar, mas acho que essa vitória também é sua, afinal.Seria bom se você desse as caras, sorrisse um pouco, mesmo que fosse falsamente.

—Não.Sem chance.

—Al, esse lugar está cheio de famosos!Você sabe quem eu acabei de ver?Simplesmente o lindo do Richard Gere.

—Não adianta apelar, Sara.Eu não vou!Estou assistindo ao Hannover Street.

—De novo?

—Ei!Esse eu só tinha visto uma vez...E faz um tempão!

—Deixa de ser anti-social e venha pra cá.

—Já disse que não, Sara.Estou toda desarrumada e não posso deixar os três misters sozinhos.

—Se não chegar em uma hora eu vou aí e te arrasto pra cá.

—Sara...

Ela desligou na minha cara e eu desliguei o celular, claro.Não sairia de casa por nada nesse mundo.Voltei para a sala e terminei de assistir ao filme.Depois fui para a cozinha, preparei um leite quente com cookies e estava no corredor quando ouvi uma voz doce saindo da tv.Aquela voz aveludada parecida com café da manhã na cama em dia de chuva, aquela voz que eu já tinha ouvido milhares de vezes ao pé do ouvido nos meus sonhos, aquela voz do único homem da atualidade que ainda me fazia suspirar.A voz de Peter ou, como todos o conhecem, Bruno Mars.

Me sentei no sofá e sorri para a tela com aquela expressão adolescente.Qual é?Eu não era assim tão velha.Tinha vinte e cinco anos apenas e ainda podia ter ídolos adolescentes, não?Nunca disseram que era proibido.

Fiquei por um tempo babando nele e na sua voz doce, quando de repente vi a Sara passando por trás dele e do repórter rapidamente.Me levantei de uma vez e corri para o quarto.Não sei quantos minutos levei para desenrolar o cabelo, me vestir e passar uma maquiagem simples.Só sei que antes que ele pudesse dizer tchau para o repórter, eu já estava pronta, desligando a tv, beijando cada um dos meus gatos e correndo para o estacionamento do meu prédio.

Dirigi correndo, pegando atalhos e ultrapassando carros.Se tivesse sorte poderia falar com ele, dançar com ele, ser fotografada com ele, convencê-lo de que éramos perfeitos um para o outro e sermos felizes para sempre.

Uma mulher, por mais velha e séria que possa parecer, ainda pode sonhar.

Cheguei, joguei a chave para o manobrista, arrumei meus cabelos médios, conferi meu batom e entrei.Nem tentei encontrar Sara, ou qualquer outra pessoa conhecida da empresa.Peguei uma taça de champagne pra fazer tipo, ao mesmo tempo que Julia Roberts o fez e depois de fingir que ela não era a minha diva inspiradora, que eu não chorava todas as vezes que via Uma linda mulher e O casamento do melhor amigo, saí pelo salão me esbarrando nas pessoas que dançavam, procurando pelo Mars.

Foi enquanto sonhava com ele tocando When i was you man pra mim – somente pra mim – que esbarrei em alguém com tanta força a ponto de ver o meu Chandom voar com taça e tudo para o chão.

—Ah, foi mal aí!-Ouvi atrás de mim e contei até cem pra não me virar e decaptar o dono daquela voz e daquele jeito estranho de falar.

—Não foi nada.-Me virei, ajeitando meu cabelo por trás da orelha.

—Ei!Allison!Que bom te ver!-Tom sorriu e me abraçou.Eu o afastei tentando ser o mais educada possível.-Você gostou do meu agradecimento?

—Sim.Principalmente quando você mencionou o meu perfeito par de pernas.-Comentei, rolando os olhos sem que ele visse.

—Sabia que essa seria sua parte preferida e eu nem falei do seu decote.-Sorriu sarcasticamente e pegou o meu braço.-Vem!Vamos dançar!

—Não!Não!Me solta, senhor Kaulitz!

—Sem essa de senhor, garota!Pode só me chamar de Chefe.-Seus dentes de ouro apareceram de novo, só que dessa vez as duas presas eram douradas.

—Tá legal, Chefe.-Enfatizei o tom irônico no apelidinho dele.-Ham...Eu adoraria dançar, Chefe, mas é que vim por outro motivo.

—Ah, entendi.-Ele sorriu de novo e me puxou pela cintura.

—Ei!Ei!Me solta!

—O que foi, gata?Eu não vou te morder...Se você não quiser.

Olhando assim de perto ele não era mesmo de se jogar fora. Seus lábios eram perfeitos, os dentes engraçadinhos faziam seu sorriso dele travesso, alargadores na orelha, sua pele era maravilhosa e com pintinhas castanho claro em alguns pontos!E seus olhos pareciam caramelo derretido.Comecei a imaginá-lo em um terninho vermelho e chapéu côco, mas só consegui sentir vontade de rir.Ele ficaria ridículo!

Me soltei dele meio bruscamente e arrumei meu vestido verde musgo.

—Não é nada pessoal, Tom...Ou melhor, Chefe.Mas eu não faço o seu tipo.

—Claro que faz, você é linda.

—Acho que não me expliquei direito.Você não faz meu tipo.-Apontei pra ele.-Sabe, você não é nem um pouco...Mars!-Exclamei rapidamente, levando as mãos a boca e vendo meu príncipe negro passar a três metros de mim.

Como que por um encanto – ou uma simples coincidência – Moonshine começou a tocar e ele parou onde estava, para dançar, brincando com os caras da banda dele que se aproximaram.

—O quê?-Tom perguntou.

—Mars.-Repeti, sem tirar os olhos dele.

—Ah, tá.Vai lá falar com ele.-Tom disse, mas sem estar aborrecido.

—Não.Melhor não.-Disse, ansiosamente.

—Ei, qual é?Você falou comigo!E eu sou muito mais famoso!-Sorriu de novo e eu bufei.

—Olha só, querido, o dia em que você conseguir fazer metade do que ele faz você já vai ter feito muito, tá legal?

—Não seja ridícula e vai lá falar com ele.-Ele ignorou o que eu disse e continuou o assunto.

—Não.

—Por quê não?

—Porque eu...Eu...Nem sei o que dizer.

—Você é presidente de uma gravadora musical.Tem que conseguir falar com ele!

—Você não entende?Eu sou fã dele...Ele é a melhor coisa desde Michael Jackson.

Tom gargalhou.Mas gargalhou mesmo.Gargalhou tanto que atraiu a atenção para ele e me fez queimar de vergonha.

—Ei, Mars!-Ele chamou e eu senti que fiquei mais vermelha ainda.

—Não.-Implorei, apertando os olhos e puxando uma das trancinhas negras de Tom.Aproveitei que um garçom passava com algumas bebidas em uma bandeija e virei dois copos daquilo sem saber o que era e sem ninguém ver.Tossi um pouco e comi um docinho pra ver se minha garganta parava de doer.

—Chega aí!-Chamou com um aceno de mão e o lindo do Bruno veio até ele sorrindo.Que ser mais lindo e simpático!

—Olá!-Bruno comprimentou o Tom com aquele jeitão estranho, com aperto de mão e tapa forte nas costas.Tentei controlar a tremedeira por causa daquela voz doce.

—Sou T.K.

—The boss!-Bruno completou a frase com um sorriso largo e branco.E eles se comprimentaram daquele jeito estranho de novo e depois ainda cantaram um trecho da música horrível do Tom.Não!Aquilo não podia estar saindo dos lindos lábios do meu Mars.

—E eu sou Allison!-Intervi rapidamente, apertando as mãos suaves do meu príncipe.Ele sorriu e não tirou os olhos da minha boca.Olhei feio para o Tom, por ele ter dado uma risadinha do nosso clima.

—Prazer, Allison.-Completou.-Sou Bruno.

—Eu sei.Sou sua fã.-Ri e parei quando percebi que já estava meio diferente.Minha risada parecia a de antes da faculdade, como um porco roncando ou algo assim.Levei anos para rir de outro jeito.Mas alcool sempre me fazia voltar ao hábito.

—Ela é a presidente da melhor gravadora de todos os tempos.-Tom passou o braço pelo meu ombro e apertou desajeitadamente.-A Mars records.

—Cala a boca, Tom!-O repreendi pela piadinha.-Não, o nome é Dumoncel records.É meu sobrenome.

—Você é filha de Toni Dumoncel?-Bruno perguntou.

—Sim.

—Uau!Eu sou um fã dele.

—Se quiser visitar o...A...Minha...Empresa.Fique à vontade.-Disse e ri de novo daquele jeito estranho que eu odiava.

—Será um prazer.

Ele se despediu dando um beijo no meu rosto que me fez flutuar e só saiu depois de cantar mais um trecho da música horrível do Tom.Este, inclusive, começou a rir de mim assim que o Mars virou as costas e voltou para sua turma de amigos.

—Do que está rindo, seu imbecil?-Perguntei, cruzando os braços irritada.-Eu sou fã dele.É normal ficar sem jeito perto de alguém que você admira.

—Eu sei.-Ele disse, tentando ficar sério, mas continuou rindo e se encolhendo, estreitando aquele olhinhos engraçadinhos.

—E também eu não disse nada demais!E...E...Bebi um pouquinho agora a pouco...Eu não costumo rir daquele jeito.

—Não é isso!-Ele tentou ficar sério de novo e voltou a gargalhar.

—Então o que é?

—Você tá...Você...Tá com uma coisa entre os dentes.E o Mars viu!

—Oh, não!-Tapei a boca com a mão e comecei a andar rapidamente atrás de um banheiro ou um espelho.

Tom, claro, veio atrás de mim com sua risada insuportável e debochada.Cheguei perto de um espelho em um corredor deserto e olhei.Era um pedaço de castanha do doce que tinha comido.Mas era grande e estava entre os meus principais dentes, os dois da frente.

—Ah, droga!Ele deve ter ficado com nojo de mim.-Fiz cara de choro.

—Que nada.Acho que a sua risadinha deu até um charme a mais pra essa sujeirinha.

—Vai pro inferno, Tom!-Resmunguei, limpando o dente com a unha do dedo mindinho.-Lá se vai a minha chance de ouvir ele tocar When i was you man pra mim.

Tom se encostou contra a parede e depois escorregou para o chão.Se sentou e riu até ficar vermelho.

—Dá pra você parar de ser insensível?Eu acabei de perder a única chance que tinha com o homem da minha vida.

—O que te faz pensar que um cara como ele é o homem da sua vida?-Ele ergueu uma sobranchelha.

—Porque...Porque ele...Ele é charmoso, sensível, romântico, escreve letras lindas e...Você viu como ele é simpático?-Sorri e me voltei para o espelho.-Mars é o tipo de ‘cara dos sonhos’.

—Ainda assim acho que você está sendo tremendamente ingênua.

—Por quê?

—Pra começar acho que vocês mulheres exigem demais.-Ele se levantou e cambaleou um pouco.-Eu estou legal!-Anunciou, assim que dei um passo para ajudá-lo a se equilibrar.-Sabe, vocês tem uma mania estranha de seguir um modelo único de ‘’par perfeito’’.

—Não sei do que você está falando.-Dei de ombros e comecei a voltar para a festa.

—Eu posso te provar que ele não é tudo isso o que você disse.Aliás, que nenhum homem dessa festa é.

—Não acho que possa, porque estou indo embora nesse exato momento.-Continuei andando.

—Está indo porque não aguenta a verdade!-Ele veio atrás de mim.

—Você está bêbado.

—Você prefere ficar iludida?Beleza!Te presenteio com um gato no natal pra começar sua coleção.

Parei no mesmo instante.Estive bem perto de dizer à ele que tinha três gatos e que isso não queria exatamente dizer que eu estava condenada à solidão pra sempre.Mas preferi ficar calada e deixá-lo me puxar pela mão até um lugar mais escondido do hotel.Ficamos bem perto de uma grande escada, que tinha sido vedada por uma cortina vermelha na metade dos degraus.Onde estavamos dava pra ver do outro lado da cortina.

—Vem aqui!-Ele me encostou contra a parede e ficou bem perto de mim.À poucos centímetros na verdade.Fiz cara feia e tentei me afastar,  mas ele me puxou de volta.

—Você está tentando...

—Calada.-Sussurrou e me puxou pela cintura, como se estivesse me abraçando.O vi dar um ‘’tchauzinho’’ para dois senhores que subiam as escadas e passavam pela cortina.

Continuamos abraçados até que ele me mandou olhar pra cima e eu vi duas mulheres quase nuas vindo recebê-los por trás da cortina.

—O que é isso?-Cochichei com ele, empurrando-o devagar para olhar pra ele.

—A cortesia dos organizadores.Não percebeu que as pulseiras de alguns homens tem cores diferentes.-Ele me mostrou a pulseira do evento que estava em seu braço.

—E o que significa isso?

—Significa que nós temos ‘’acompanhantes’’ no andar de cima.Prostitutas, Al.-Rolou os olhos, quando franzi o cenho.

—E daí?-Cruzei os braços.

—E daí que nem todos frequentam esse lugar.Apenas os associados.

—E você é um deles.-Concluí, bufando.

—Claro!-Ele fez uma cara como se fosse óbvio.E era mesmo.

—Tá bom, Tom.E o que isso tem a ver comigo?

—O Mars tem namorada, não tem?

—Tem.

—Ele a trouxe, se não me engano, não é?

—É.

—O fato é que eu estive nesse espaço privativo mais cedo e...Adivinha quem estava lá...

—Nem vem!-Apontei o dedo pra ele e saí andando.

—Qual é, Al?

—Você não vai me contaminar com as suas imundisses.

—Não estou tentando te contaminar!Só estou dizendo o que você já sabe:Os homens são todos iguais!Fim!-Ele me seguiu.Parei de uma vez e me virei pra ele.

—Você está errado!

—Não estou.E, Al, quanto mais você ignorar a verdade, mais ficará sozinha e infeliz!Então, aceite o fato e venha se divertir...Comigo, talvez, ou não.-Ele deu um sorrisinho safado e piscou os olhinhos engraçadinhos.

—Não!Nunca!Jamais!Nem se você fosse o único homem da...-Não terminei de falar porque, por cima do ombro de Tom eu vi as escadas e vi o meu ídolo subir por elas, pra ser recebido por uma linda mulher vestida com roupas de can-can.

Não digo que meu mundo se despedaçou alí mesmo, porque soaria muito dramático.Mas esteve perto disso.Não tanto por ser o Mars, porque no fundo eu sabia dessas coisas que acontecem nos bastidores, mas por ter que admitir que Tom estava certo e que o que eu esperava era totalmente impossível.Eu morreria esperando.

Beirei tanto a decadência que acabei parando onde não deveria estar.Às três da manhã eu estava descalça e bêbada na sala de estar do poderoso T.K. – The boss, olhando para sua ilustre coleção de troféus recém adquiridos.

—Mais um pouco de martini, gata?-Ele me perguntou, segurando uma garrafa.

—Não.-Disse, entregando o copo pra ele e cambaleando rumo a porta, mas ele me pegou no meio do caminho com seu braço forte e me levou contra seu peitoral perfeito.

—Então nós podemos começar?-Ele sorriu perto do meu rosto e tentou beijar meus lábios, mas eu não deixei e virei o rosto.

—Ah...Eu realmente preciso...Ir.-Disse, ouvindo minha voz embriagada.

—A noite mal começou.-Ele pegou o controle remoto no sofá e ligou o som.Eu realmente esperei por algo como Jay-Z ou Snoop Dog, mas ele era inteligente o bastante pra colocar um Aretha Franklin.

—Esqueci que você é um profissional.-Comentei, meio irritada e me afastei dele.-Cadê meus sapatos?

—Al, espera aí.-Ele pegou minha mão.-E todo aquele papo sobre se divertir de hoje em diante e não ligar mais para romances e mentiras do tipo?

—Eu disse isso?-Estreitei os olhos, em dúvida.

—Você disse.

—Eu estou bêbada.Amanhã vou voltar ao normal e me arrepender, então...Dá pra me devolver meus sapatos?

—Não...Não, Al.Não volte a ser aquela chata moralista de antes.Vamos continuar o que a gente começou no carro, ham?-Falou, passando a mão pelas minhas costas e me dando beijos no pescoço.

—Não começamos nada no carro.

—Mas íamos começar.Bebe mais um pouco.

—Acho melhor não.

—Al, qual é?Vamos curtir!

—Uma decepção, umas doses de álcool, uma música bonita e...-Comecei a contar nos dedos e depois apontei para a janela.-Olhe, Al, o sol nasceu.Hora de virar abóbora e ir pra casa.Tchau, Al.Vá pela sombra!Até nunca mais.-Acenei para a porta e virei as costas pra ele.

Tom desistiu de me afugentar e me deixou ir embora.Saí de lá sozinha, às quatro da manhã, em um táxi que eu mesma chamei.Ele não se deu ao trabalho nem de me acompanhar até a porta.

O que me fez jurar nunca mais ter uma conversa mais informal com T.K. e com nenhum outro homem.Eu nunca mais trocaria nem meia dúzia de palavras com o sexo oposto, a não ser que fosse da minha família.

Estava decidida a viver sozinha pra sempre, assistindo a filmes no meu apartamento e sonhando com James Dean.De qualquer forma ele ainda era o homem perfeito.

Ele estava morto.


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