Kiss Kiss escrita por Miris
Notas iniciais do capítulo
Ok! Ok!
Último capítulo postado dia 23/01, às 22h47min.
Desculpa a minha cara YunnaYinni, ao William96 e a LCDS que esperaram tanto pelo capítulo.
Eu voltei a estudar e isso me tomou COMPLETAMENTE!!!
Mas cá estamos!
Aproveitem!! ♥ ♥ ♥
Na manhã seguinte eu acordei eufórica em minha cama, sorrindo e me lembrando da tarde anterior. Agora eu e Richard estávamos oficialmente namorando e eu estava totalmente empolgada com isso. Eu o amava e esperava o melhor a partir de agora.
Levantei e me espreguicei sorrindo lembrando-me de tudo. Com toda animação do mundo eu fui comer alguma coisa na cozinha, já que estava morrendo de fome. Depois de comer bem segui em direção ao banheiro e tomei um banho relaxante. O dia estava ótimo para resolver os assuntos da casa: limpar e passar algumas roupas que acabaram se amontoado na área de serviço.
Quando menos espero, o serviço doméstico estava totalmente pronto e eu poderia ficar atoa durante a tarde. Decidi que veria desenhos animados com pipoca e suco.
Minha tarde havia sido bem tranquila em geral, e eu estava terminando de ver um dos filmes da Disney quando meu celular tocou. Eu tomei um susto com o toque alto.
— Alô? – Atendi sem ver de quem se tratava.
— Oiii Kory!— A voz animada de Ray me fez sorrir.
— Ah. Oii amiga, tudo bem? – Ela estava rindo com mais alguém.
“Fala logo com ela Ray!”— A voz da Mel foi facilmente reconhecida.
— Tá, tá.— Ela riu e se voltou ao telefone. – Kory, eu e a Mel queríamos ir ao cinema. Vamos?— Olhei o relógio na parede e ele marcava quatro e seis da tarde.
— Claro, eu só vou me arrumar. – Eu realmente não tinha mais o que fazer.
— Tá bom. Estamos saindo daqui e vamos para sua casa.
— A porta vai ficar destrancada. Beijos.
— Beijos, linda.
Juntei a vasilha e o copo que usei e desliguei a TV. Coloquei a louça suja na pia e fui para o meu quarto com o celular em mãos conferindo a meteorologia.
Tomei outro banho e lavei os cabelos para poder escovar e fazer grandes cachos nas pontas. Quando terminei de aprontar o cabelo e estava aplicando o finalizador, ouvi a porta de a frente ser aberta com risadas.
— CHEGAMOS! – Ray gritou.
— ESTOU NO QUARTO. – Respondi e elas entraram quando estava colocando a saia por cima do body preto de decote reto até as mangas caídas nos ombros.
— QUE GATINHAA! – Ray zombou e eu ri.
Nós conversávamos enquanto fazia minha maquiagem marrom e as meninas colocavam minhas coisas dentro da bolsinha preta, como carteira e documentos. Coloquei um blazer branco por cima do body e um salto marrom de plataforma.
— Pronta ruivinha? – Mel perguntou e eu sorri confirmando. – Então vamos garotas!
***
Dentro do shopping fomos até uma das lojas para comprarmos salgadinhos, chocolates, balas e refrigerante. Tiramos fotos mostrando quão bem produzidas estávamos e seguimos para o cinema para vermos o filme que queríamos.
Depois do cinema sentamos na praça de alimentação para podermos conversar até a fome bater. Enquanto conversávamos eu postei a foto que nós tiramos antes e não demorou para que Richard me mandasse uma mensagem.
“Gatinha!”— Era o que dizia acompanhada de uma carinha apaixonada com três corações ao redor. Sorri abobalhada e só acordei com minhas duas amigas em cima de mim fazendo um sonoro “Hmmmm” que insinuava muitas coisas.
— Aii, tá bom. – Revirei meus olhos sorrindo. – Senta que eu conto. – As duas, literalmente, brotaram em seus lugares. – Eu me declarei pro Richard. – A boca de ambas se abriu. – E ele se declarou de volta. – Elas sorriam juntas super eufóricas. – E nós estamos namorando! – Ambas começaram se abraçar e a rir, pareciam dois pinschers tremendo de tanta felicidade.
— Finalmente! – Ambas comemoravam.
Quando o passeio acabou, nós pegamos uma condução até minha casa. As meninas subiram na moto da Mel que estava estacionada em frente ao prédio e foram embora, enquanto eu subia. Não vi o porteiro, então subi direto para o apartamento.
Destranquei a porta e entrei na sala escura. Tranquei a porta e joguei a chave no pratinho ao lado da porta, estava morta de cansaço e mal esperava pela minha cama.
A luz acendeu do nada e eu assustei com a presença de minha irmã. Seus olhos estavam borrados pela maquiagem preta, seu olhar estava fundo e a cara de poucos amigos. Ela tinha uma taça com vinho em mãos.
— Oi – seu desgosto era evidente – irmãzinha.
— Koma?
— Lembrou que tem casa sua vaca? – Eu tomei um susto com o que ela disse.
— Como?
— Você ouviu. – Ela colocou a taça no balcão que separava a sala e a cozinha e se aproximou, ficando a poucos metros de mim.
— Koma, você está me assustando.
— Que história é essa – ela molhou os lábios coloridos de marrom com a língua – de o Xavier estar preso?
— K-koma... – Eu tremia de nervosismo e minhas mãos ficaram tão geladas em poucos segundos. Eu tremia como alguém treme de frio. – Ele me bateu, ameaçou e quase me forçou a-...
— EU NÃO LIGO! – Ela gritou. – Você é realmente uma idiota!
— Koma...?! – Eu sussurrei com lágrimas nos olhos.
— VOCÊ É UMA IMPRESTÁVEL MESMO! – Ela ria de nervoso. – Vou te contar um segredinho, irmãzinha. – Eu segurava para não chorar. – XAVIER E EU DORMIAMOS! E VOCÊ PRENDE O MEU NAMORADO POR CAUSA DE UNS TABEFES QUE VOCÊ MERECIA? EU DEVERIA TER TE DADO UNS ANTES.
Meu mundo caiu. Então o garoto misterioso que ela trazia para casa era... Ele?! Ele me traía todo esse tempo com a minha própria irmã? E ela jogava isso na minha cara entre risadas e com o maior dos prazeres do mundo?
— Você-... – Eu comecei a falar e disse o resto entre os dentes.
— O QUE?!
— VOCÊ NÃO PRESTA! VOCÊ É UMA FALSA E OFERECIDA, MEU TIO DEVIA TER TE MANDADO PARA O CENTRO DE MENORES INFRATORES QUANDO PODE. – Sua mão veio parar em meu rosto.
— NÃO LEVANTA A VOZ PRA MIM, CADELINHA. – Toda a raiva que guardei no fundo do meu coração por minha irmã veio a tona. Eu lhe devolvi o golpe no rosto.
Estávamos no meio da sala, nos socando e chutando feito animais. Mal parecíamos dois animais que brigavam por uma carniça. Mas, enquanto Koma brigava por Xavier – seu amante maldito—, eu jogava toda a minha raiva acumulada por seus tratamentos comigo.
Koma era forte e me deixou hematomas nos braços por seus tabefes e unhas grandes, assim como dois grandes vermelhos em minhas bochechas e cabelos bagunçados. Mas eu tirei sangue de seu nariz e boca, por tudo que passei. Se ela era forte, eu era o dobro.
Eu a derrubei no chão e dei-lhe um soco bem no meio do rosto, fazendo-a tontear. Levantei, peguei a taça vazia e joguei em sua cabeça, estilhaçando o vidro e fazendo um corte do lado superior direito.
Antes que minha irmã sequer pensasse em reagir, eu peguei minha bolsa e corri para dentro de meu quarto, fechando a porta e a trancando. Lágrimas descontroladas e grossas desciam por meus olhos e eu só queria sumir dali. Sumir.
— Koryyy.
Sua voz ecoava longe enquanto tinha as mãos nos ouvidos.
— Eu vou mataaar você!
Ela batia e chutava a porta em minhas costas com toda força enquanto gritava descontrolada.
— Eu te odeio sua-...
Eu tampei meus ouvidos com força para não ouvi-la me chamar dos piores nomes do mundo. Após alguns minutos ela finalmente foi embora, pude ouvi-la bater a porta da frente e ir embora. Me arrastei entre lágrimas até meu tapete felpudo e chorei tudo que tinha direito.
Chorei rios de lágrimas com direito a soluços incontroláveis e falta de voz. Chorei até meus olhos incharem e eu dormir no chão de meu quarto. Chorei por todos esses anos sofridos nas mãos de minha irmã.
O que eu fiz para merecer isso?
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Obrigada pela atenção!!! ♥ ♥ ♥
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