Kiss Kiss escrita por Miris


Capítulo 25
Não se importam com Kory?


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo no dia 21/02 e agora cá estamos...
Agradeço e paciência e aproveitem o capizinhoo~



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 Assim que cheguei à escola fui direto ao meu armário, eu estava bastante agressivo. Poderia socar qualquer um que aparecesse em minha frente para me incomodar.

— Oi John. – A voz forçada me dava ânsias de vômito.

Some daqui Samantha...— Murmurei tentando me lembrar da maldita senha do cadeado do armário idiota.

— Você não me procurou mais. – Ela se jogou contra o armário tentando parecer sexy. – Eu amei a nossa noite. – Revirei meus olhos.

Que bom, Samantha.— Murmurei ironicamente já que não estava dando à mínima. Cadeado 01 x John 00.

— Dá para prestar atenção em mim John?

— Olha Samantha, eu não estou numa manhã boa. Então vaza. – Eu havia conseguido abrir o armário e soltei um suspiro de alívio.

— É assim então? – Revirei meus olhos e me virei para ela que tentou forçar um beijo.

— ‘Tá doida garota? – A empurrei. – SOME DAQUI MALUCA! – Soquei o armário para assustá-la, e funcionou. Samantha saiu correndo.

            Bufei e me virei para meu armário procurando feito louco o meu maço de cigarros e o isqueiro azul. Assim que achei senti uma sensação boa correr por meu corpo, enquanto abria e colocava o cigarro na boca pronto para acendê-lo.

Devia parar com essa porcaria.— Gelei com a voz que parecia ser a da Mel. Olhei para trás, mas eu estava sozinho.

— Ótimo, pra completar o pacote eu ‘tô ficando doido. – Guardei o maço e o isqueiro no bolso e fechei a porta com força.

            Segui em direção à sala quando vi Mel conversando com um garoto que era conhecido por vender drogas na escola. Ele era o principal traficante de um os amigos de Xavier e cobrava bem caro.

            Mel parecia mais distante do que nunca. Ela mal cruzava nossos caminhos, passava longe e isso era uma habilidade única dela. Continuei com meu caminho até a sala do outro lado da escola para assistir uma aula idiota que eu nem sequer ligava, até ouvir duas meninas conversando logo à frente.

—... Eu achei um absurdo! Voltar com um cara que a traiu com a Raquel.

Eu não esperava isso da Anders.— A primeira pessoa que veio em minha mente foi Kory.

— Ei garotas! – As meninas se assustaram quando me viram se aproximar.

— J-John?! – Uma delas gaguejou de medo.

— Podem me ajudar?

— Claro. – A outra sorriu.

— Que história é essa da Anders ter voltado com alguém?

— É aquela sua amiga ruiva, Kory, ela voltou a namorar com o Xavier.

— Mas ela ‘tá super estranha. Não fala com ninguém e parece que brigou com aquele amigo gatinho dela...

— Richard. – A outra lembrou. – É o nome dele, eu acho...

— Valeu meninas. – Eu disse e voltei correndo para onde havia visto Mel inicialmente.

            De volta ao ponto onde ela estava há poucos segundos vi que havia sumido, com certeza havia ido para aula, mas ela não teria tempo para isso. Eu continuei a procurar em todo canto, até que vi Richard se aproximar de longe ao lado da amiga estranha.

Bom dia, Richard...— Xavier dizia ironicamente enquanto riam e se afastavam do garoto sem encostá-lo. Havia algo de errado aí!

— Ou! Richard! – Chamei o garoto que veio até mim tranquilamente sem a presença da amiga.

— Oi John, como vai? – Não tínhamos tempo para isso.

— Tá, muito bem. Eu não vou perguntar o mesmo. – Suspirei e esfreguei minhas mãos o olhando. – Precisamos de um lugar pra conversar sério, mais sério do que qualquer coisa que já tenha conversado na vida!

— Aah, tá bom... – Ele não entendia meu nervosismo e desespero. – Vem comigo conheço um lugar assim.

            Ele me guiou em silêncio até o terraço da escola enquanto vigiávamos se alguém nos veria. Cara, quantas vezes eu já não vim aqui com Mel. Ela usava meia-calça escuras, botinas pretas velhas, bermuda jeans com regata preta e seu casaco preto e o gorro. As unhas sempre curtas da cor preta e anéis de caveira. Era simplesmente uma gótica que eu admirava e era louco.

— O que quer falar John? – Acordei das memórias que me faziam ver a mim e a Mel, mais novos sentados no parapeito enquanto conversávamos e riamos.

— É sobre a Kory. – Olhei o garoto. – Tira essa droga de capuz, não estamos em uma boca de tráfico. – Ele tirou o capuz se desculpando. – Ela voltou com o Xavier, não é?

— Já sim. – Ele suspirou. – Ela deixou bem claro que me usou e que nunca seria amigo de alguém como eu. – Arqueei a sobrancelha.

— Kory não usa pessoas. E se ela não seria amiga de “alguém como você”, nunca teria sido amiga minha e da Mel.

— Talvez estivessem enganados sobre ela. – Olhei bem para a cara desse sujeito que me disse isso com todas as palavras. – O que foi?

— Você não ‘tá a fim de receber um murro na cara, não é? – Ele se assustou.

— Não, obrigado.

— Notou que Xavier nem sequer tocou em você. Desde quando voltaram?

— Faz uns dois ou três dias.

— Xavier encostou em você?

— Só dando “ombreada” para provocar. – Comecei a assentir com a linha de pensamento.

— Tem coisa no meio Richard.

— Como assim?

— Já pensou que Kory poderia estar sendo ameaçada? – Os olhos do garoto dobraram de tamanho.

— E tentando me proteger ela cedeu às ameaças.

— É a cara dela. – Coloquei as mãos no quadril enquanto passava a língua no lábio superior pensando.

— O que vamos fazer?

— Reunir todo mundo de volta.

— É, temos um problema então.

— Sim, temos sim. – Bati em seu ombro e fui em direção à saída. – Me encontra no refeitório durante o almoço.

— Tá bom.

***

            Depois da conversa com John eu fui em direção a minha sala para assistir as aulas do dia e me surpreendi ao ver a ruiva bem no fundo escondida, com os fones pendurados em seus ouvidos. Ela não era disso...

            Assim que a aula acabou notei que ela permaneceu quieta na cadeira enquanto todos saiam para o intervalo, mas eu não podia fazer nada. No meio do caminho, Argenta me parou.

— Eei, Rich. – Ela pulou em minha frente sorrindo. – Aonde vai?

— Me encontrar com uns amigos. – Seu sorriso foi desaparecendo.

Você não tem amigos Richard... Apenas a mim.— Ela murmurou de cabeça baixa.

— Relaxa Argenta, – Coloquei minha mão em seu ombro. – Você sempre será a minha favorita. – Ela voltou a sorrir e foi embora. Suspirei aliviado, ela ficaria uma fera se descobrisse a verdade.

            Eu segui para o refeitório e vi John sentado em uma mesa no canto junto às duas amigas de Kory que mal se olhavam, e ao Michael que estava mais interessado na mesa. Me aproximei animado com a possibilidade de termos ajuda.

— Que ótimo John, eles vieram de boa vontade. – Me sentei ao lado de Michael e de frente para John.

— Você quer dizer sendo arrastada a força. – Ray disse raivosa olhado para o garoto que estava ao seu lado.

— Pelo menos estão todos aqui. – John interveio antes que alguém dissesse algo para começar uma briga.

— Então... – Mel começou impaciente enquanto olhava John com ódio. – O que você queria dizer de tão urgente?

— Xavier e Kory voltaram. – Soltei e todos da mesa olharam para mim. Mel suspirou e começou a se levantar.

— Não é da minha conta.

— Senta. Aí. Agora. – John disse autoritário e de forma pausada. – Vai abandonar a garota que te ofereceu a mão quando mais precisou? A garota que cuidou de você quando adoeceu. A garota que foi sua amiga mais confiável.

— É típico dela, ser ingrata e falsa... – Ray disparou com um sorriso irônico.

— Olha quem fala. – Michael começou.

— E você Ray? Foi Kory que te mostrou o significado de amizade verdadeira, que você não precisava de máscaras para viver. – A garota se calou. – Preciso continuar e falar sobre aquilo?

Não...— Ela murmurou enquanto encarava a mesa.

— E você Michael? – John se virou para o garoto a sua frente.

— Eu sei o que Kory fez por mim e sou muito grato. – Ele era foi único que não precisou de um sermão do John.

— E o que vocês querem então? – Mel começou.

— Kory voltou com o Xavier há uns três dias e desde então ele nem sequer tocou mais no Richard. – John começou.

— Talvez ela deu mais uma chance para ele com algumas condições. – Michael começou. – É a cara dela.

— Também achei, mas – John me olhou – o Richard vai contar o resto.

— Encontrei ela na biblioteca e ela disse que me usou e que nunca seria amiga de alguém como eu. Foi tudo para fazer ciúmes no Xavier.

— Isso não é normal! – Mel se agitou. – Tem coisa aí.

— B-bem... – Ray estava vermelha enquanto olhava suas mãos em seu colo. – Eu vi o Xavier e a Toni Monetti saindo do banheiro interditado semana passada.

— E daí? – Mel olhava sem interesse.

— Como assim? – Eu olhei sem entender.

— Xavier estava terminando de se vestir e, pelo o que parece eles estavam transando. – Ela olhou para todos da mesa antes de parar em John e voltar a mim para continuar. – Eles falavam algo sobre um plano contra Kory e que Raquel não ia mais atrás da Toni.

— E porque não veio atrás da gente? – Michael questionou nervoso e Ray estremeceu, logo começando a chorar.

— S-sinto muito. – Ela olhava para todos desesperada. – Es-estávamos sem nos falar e-e eu não sab-bia o que fazer.

— E o que você foi fazer nos banheiros interditados? – Michael rangeu os dentes. – Foi lá transar com o Gabriel? – A menina soluçava enquanto negava.

— E-eu fui fa-azer uma co-coisa. – John observou bem Ray.

— Vamos precisar falar com a Kory sobre isso depois Ray. – Ray estremeceu novamente e entrou em desespero.

— Po-por favor, John. Não fa-ala nada. – Ele ignorou o pedido. – J-John?

— Depois Ray. – A menina pressionou seus lábios contra as mãos unidas para tentar segurar o choro. Eu pude ver Mel e Michael preocupados.

            Então Argenta estava junto de Xavier? Aquela traidora... Eu vou dar um jeito nisso depois, eu juro. Mas, primeiro Kory precisa de nós.

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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Vejo vocês nos comentários...



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