Felizes Para Sempre escrita por sahendy


Capítulo 7
Faça uma escolha, é bem simples


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Obrigada a todos os comentários, que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês.



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... Eu estava apaixonada! O que era uma droga pelo compromisso que tinha com Douglas, depois do meu primeiro namoro com Sebastian não dar certo, tudo o que eu esperava era com Douglas já que eu sabia que comigo e Carlos Daniel não teríamos nada por conta da nossa amizade e distância e agora ele está na minha cidade e é a última noite dele aqui e nos beijamos, passamos a semana inteira juntos saindo, brincando, conversando. Ele me ajudava nas provas, e vinha me pedir conselhos sobre o trabalho com o pai dele. 

— O que foi Carlos Daniel? - Eu digo a ele que está retirando a mesa e reclamando sozinho na cozinha. 

— Amanhã tenho que ir, e não estou muito afim de ir, sabe? Aqui é o meu país, quero ficar aqui. - Carlos Daniel me responde eu só penso em gritar "FIQUE, MAS FIQUE COMIGO" eu dou um sorriso a ele e cruzo minhas pernas ao sofá e ele vem ao meu encontro se sentando ao meu lado, estava muito frio no dia, desligamos a televisão para conversar e eu coloquei minhas meias de lobo e ele olhou para ela e ficou reparando e eu me sentindo incomodada, será que me achava criança demais? 

— O que foi? - Novamente eu pergunto, ele olha para baixo retira seu tênis e não responde nada, e se deita ao meu colo. Eu passo minhas mãos em seu cabelo e ele alisa minhas pernas. - Sabe, você não precisa ir se não quiser. - Eu digo a ele que dá um suspiro fundo. 

— Tenho que falar com Raquel, tenho reuniões na empresa. Logo estarei aqui. - Carlos Daniel me responde, e eu soube que ele não terminaria definitivamente com Raquel.

— Se mudará com Raquel então? - Eu pergunto novamente torcendo para que fosse uma resposta contrária e ele para de alisar minhas pernas se virando para o canto ainda em meu colo. 

— Não sei. Ela é grudenta, ciumenta, mas eu gosto dela. - Carlos Daniel me responde, eu fecho meus olhos querendo não acreditar no que ouvi. Dou um beijo na testa de Carlos Daniel por impulso e ele me encara ficando quieto, então curvo meu pescoço a ele novamente dando um beijo. Ele gosta dela, mas não a ama. - Me desculpe. - Como assim eu estou pedindo perdão? Eu estou errada em trair Douglas que nunca me dá tanta atenção e eu sou apaixonada por ele? Ou devo seguir meu coração e arriscar tudo com Carlos Daniel. 

— Não peça perdão. - Carlos Daniel responde. 

— Não é correto já que eu tenho Douglas e você a Raquel. O que ganhamos com tudo isso? - Eu digo a Carlos Daniel e olho para o outro lado da sala onde numa quinta do móvel ao lado onde fica o telefone fixo tem uma foto minha e de Douglas. - Ás vezes, eu só quero ficar sozinha. Antes do meu relacionamento com Sebastian que foi um fracasso total, eu prometi para mim mesma que focaria no meu emprego apenas, na Estephanie e em você que sempre foram meus amigos. Eu achei que se eu amasse alguém e desse errado... Não daria certo, eu poderia não suportar. E então, meses depois namorei com Douglas e está dando certo, porém você aparece e embaralha toda a minha cabeça. Porque eu acho que meu coração sempre soube o caminho que ele queria tomar, e era isso o que eu temia. Temo amar desesperadamente e ficar dependente de alguém. Ninguém em sã consciência merece isso. - Carlos Daniel se levanta e fica de frente para mim e não para de me olhar minha mão está apoiada no sofá e ele a pega eu abaixo a minha cabeça. - Pare de fazer isso comigo Carlos Daniel. Esse tempo juntos não me sinto culpada pelo o que faço, mas então você fala da Raquel e de como gosta dela. O que você quer de mim? 

— Eu não quero te perder. - Ele me responde e nessa mesma hora uma lágrima minha cai, Carlos Daniel passa seu dedo a limpando e coloca meu cabelo atrás da minha orelha se aproximando de mim e me dá um abraço. Aquele abraço que eu queria poder morar nele. Me sinto protegida, me sinto amada.

— Desde quando você acha que iria me perder? - Eu pergunto a ele ainda com meu rosto em seu peito.

— Quando você esteve com Sebastian. - Carlos Daniel me responde, eu me afasto dele e coloco minha mão em seu peito.

— Você nunca, jamais vai me perder. - Eu respondo a ele, e passo a mão em seu cabelo o trazendo para mais perto de mim. - Porque eu te amo Carlos Daniel. Eu te amo muito, eu te amo e não sei mais o que fazer com todo esse amor que guardei comigo. - Eu digo a ele que fica quieto olhando para mim, o silêncio começava a me incomodar e aquilo tudo me deixava muito mal. O nosso silêncio acordaria uma vizinhança inteira.

— Paulina... Eu também amo você! - Ele me responde e me dá um beijo em minha bochecha. Não era o tom, o beijo que eu esperava. Carlos Daniel se fazia de durão, e eu queria sempre aliviar a dor. Evitar a dor. E, mesmo sabendo que o corpo humano pode suportar a dor, é somente isso que eu não suporto, não suporto a dor de um coração quebrado, machucado, ferido e esmagado. Eu tinha tantas esperanças! - Eu vou embora e amanhã te espero para irmos juntos ao aeroporto. Tudo bem? - Novamente ele replica a mim, e eu abaixo a minha cabeça enquanto Carlos Daniel calça seus sapatos novamente e vai embora. Ouço o barulho da porta se fechando e corro para o meu quarto e tranco a porta, deito em minha cama e enfio minha cara ao travesseiro numa forma desesperadora de gritar e descarregar tudo em cima do meu pobre travesseiro. Acho que foi a primeira vez que chorei de decepção por Carlos Daniel, por saber que o amava e não era correspondida e sem entender o porquê ele me beijava e quase fizemos sexo? Acho que fiquei a noite inteira deitada em minha cama olhando o teto pensando em tudo o que passamos, no amor que sentia por ele. Não levantei para jantar, para assistir, para estudar, para nada. Só queria ficar ali, queria me perder em inúmeros pensamentos para me encontrar e tentar seguir em frente. Olhei o relógio e marcava 02h36 da manhã e o sono invadiu, foi quando finalmente consegui dormir.

No dia seguinte...

Acordei bem cedo ainda morrendo de sono e tomei um banho longo, ao sair passei maquiagem para disfarçar toda a olheira depois de ter chorado tanto ontem a noite. Preparei o meu café e desci para encontrar Carlos Daniel, ele estava se despedindo do porteiro e se virou para mim carregado de malas ao seu lado. - O táxi está nos esperando, vamos? - Carlos Daniel me diz e me dá um beijo em minha testa, eu dou um sorriso a ele e cumprimento o porteiro indo para o táxi. - Como você está? - Ele me pergunta e eu dou um sorriso quando na verdade queria era berrar que não estava bem, me viro para ele.

— Bem. E você está animado para voltar para Nova Iorque? - Eu pergunto a ele e encosto minha cabeça no banco de trás do táxi. 

— Estou. Quero ver meu pai, mas quero morar aqui também. Paulina, me escute... - Carlos Daniel me chama e eu olho para ele novamente e respiro fundo. - Eu jamais quis machucar você, eu te amo. Mas, amo Raquel assim como você ainda ama Douglas, e não me diga que não o ama, pois sei que o ama. Você passou a semana inteira querendo saber como ele estava, mandando mensagens de "eu te amo" e isso também me dói. Mas, acima de tudo está algo que eu não quero perder, é a sua amizade. São quase 4 anos de relacionamento com Raquel, não vou terminar tudo com ela de repente em um outro país enquanto ela fica me esperando de malas prontas em Nova Iorque. Sei que mesmo brigado com ela, quando eu chegar vamos conversar e ela vai me abraçar dizendo como todas as noites que eu sou o homem da vida dela. Ela foi a única que me aceitou em Nova Iorque do jeito que sou, me amou e me deu seus mimos. E mesmo assim eu sou apaixonado por você. Mas, não vou arriscar nada com ela, até que nós dois possamos nos decidir. 

— Eu não duvido que Raquel seja maravilhosa, eu não duvido que ela te ama. Eu não duvido de nada, porque eu sei que qualquer pessoa que se aproxime de você se apaixona. Mas, eu quero ser escolhida por você enquanto muitas mulheres te querem. Se você soubesse o tamanho da cicatriz que eu carrego aqui dentro de mim, eu já fui muito magoada. Mas, quero ser magoada por você e saber que mesmo assim no final da noite você vai me abraçar e dizer que me ama e é um idiota por me fazer chorar. Então, você tem uma escolha a fazer Carlos Daniel. Apenas uma escolha. Raquel ou eu. É simples. Não exite em escolher. Raquel é maravilhosa, e eu uma tonta apaixonada por você há 7 anos. Qualquer que seja sua escolha, não me abandone. Pois eu acho que já me tornei dependente de sua amizade, do seu amor. Eu vou esperar aqui nesse hotel. - Nesse momento eu peço para o taxista parar e eu desço do carro e dou um beijo em sua bochecha. - Ficarei aqui até o começo da noite, você escolhe. - Eu fecho a porta do táxi e vejo ele indo embora, entro no hotel e fico no restaurante e peço uma bebida. 

— O que você tem mocinha? - O dono do bar me pergunta.

— Disse ao meu melhor amigo que o amo. E pedi para ele me encontrar aqui caso eu fosse sua escolhida. Estou me arrependendo de ter feito isso. - Eu digo ao dono do bar.

— Meu nome é Charles. E o seu moça? 

— Paulina. - Eu respondo e tomo a tequila. 

— Um dia eu disse a minha namorada que queria me casar com ela e ter muitos filhos ao lado dela, porque eu a amava demais e jamais amei alguém assim. Pedi ela em casamento na porta da sua faculdade, ela se levantou e jogou o anel no chão e foi embora. Eu nunca soube o porquê dela ter feito isso. Ela dizia que me amava. - Charles me diz isso e nessa hora a porta se abre, Charles e eu olhamos direto para a porta e era um grupo de amigas que havia entrado.

— Por que sempre nos entregamos a pessoas erradas? - Eu pergunto a Charles que enche meu copo novamente com tequila. O dia estava acabando e eu recebo uma ligação, mas estava muito bêbada para falar com alguém direito, só notei que era Carlos Daniel e atendi rapidamente. 

— Me desculpe. - Carlos Daniel diz isso e eu já entendi sua resposta. 

— Você a escolheu. - Eu digo e só ouço a respiração de Carlos Daniel ao celular, e abaixo minha cabeça, logo Charles já enche meu copo novamente. Antes que Carlos Daniel dissesse algo, eu desligo o celular e continuo bebendo, novamente a porta é aberta e quando eu olho para o lado vejo Douglas com as malas, como ele sabia que eu estava ali. - DOUGLASSS! - Eu grito a ele, totalmente bêbada. 

— Carlos Daniel me disse que estaria aqui. Esqueceu de ir me pegar no aeroporto amor? - Douglas me pergunta e se senta ao meu lado. Eu coloco meu dedo em sua boca. 

— Shiuuu! Não fale nesse nome, não quero ouvir ou falar sobre ele hoje. Me pague mais copo de tequila e vamos para o meu apartamento. - Eu digo a Douglas e dou um abraço em Charles, depois indo para o meu apartamento. Naquela noite, eu e Douglas transamos. Mas, no dia seguinte foi quando a cicatriz começou a doer. Carlos Daniel escolheu Raquel.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Por favor comentem. Obrigada!